Espiritismo é catolicismo envergonhado com pretensões (muito mal fundamentadas) de ter todas as respostas válidas.
Não aproveita idéias orientais porque nunca as assimilou para começo de conversa.
Algumas idéias orientais "embutidas" na confusão espírita:
1. A reencarnação é um dos pontos fundamentais do Espiritismo, codificado por Allan Kardec, do Hinduísmo, do Jainismo, da Teosofia, do Rosacrucianismo, da filosofia socrato-platônica e de vertentes místicas do Cristianismo como, por exemplo, o Cristianismo esotérico.
2. Transmigração é uma doutrina filosófica de origem indiana, transportada para o Egito, de onde mais tarde Pitágoras a importou para a Grécia. Os discípulos desse filósofo ensinavam ser possível uma mesma alma, depois de uma período mais ou menos longo no império dos mortos, voltar a animar outros corpos de homens ou de animais, até que transcorra o tempo de sua purificação e possa retornar à fonte da vida. Como se constata, há uma diferença capital entre a metempsicose e a doutrina da reencarnação: em primeiro lugar, a metempsicose admite a transmigração da alma para o corpo de animais, o que seria uma degradação; em segundo lugar, esta transmigração não se opera senão na Terra. Os Espíritas lecionam o contrário, que a reencarnação é um progresso constante, que o homem é um ser cuja alma nada tem de comum com a dos animais, que as diferentes existências podem realizar-se, quer na Terra, quer, por uma lei progressiva, em mundos de ordem superior, até que se torne Espírito purificado.
3. Karma (do sânscrito karmam; em pali, Kamma) significa ação. O termo tem uso religioso dentro das doutrinas budista, hinduísta e jainista. Foi posteriormente adotado também pela Teosofia, pelo Espiritismo e por um subgrupo significativo do movimento New Age. Embora Allan Kardec não tenha usado em momento algum a palavra "karma" ou qualquer de suas variações, esta veio a ser mais tarde incorporada ao jargão espírita por alguns espíritas, para designar o nível de evolução espiritual de cada indivíduo, ao qual se devem as circunstâncias favoráveis ou desfavoráveis que venha a encontrar. A meta espírita em relação ao carma é portanto melhorar seu nível para atingir estados evolutivos mais elevados.
4. Princípio Vital é uma forma de energia, de força, não é Ente. Kardec usa também os termos Fluido Vital, Fluido Cósmico, Princípio Universal [LE 27] e Fluido Universal [LE 27] para designá-lo. O perispírito é uma condensação do Fluido Cósmico [GE 14:7]. O Princípio Vital corresponde ao que as teorias vitalistas chamam de força vital ou energia vital. No misticismo oriental: Chi - pelos chineses, Ki – pelos japoneses, Prana - pelos hindus e Mana - pelos kahunas. Prâna (ou corpo vital) é, na teosofia e em algumas correntes rosacrucianas, um dos princípios da constituição do Homem. Na Teosofia é preferida a denominação Prâna (ou Pranan, em sânscrito: pra, antes; mais a raiz verbal an, respirar, viver) para designar o 3º princípio na constituição setenária do Homem. Prâna representa a energia psíquica, vital, que mantém o corpo físico funcionando (o corpo físico também é chamado corpo denso ou Sthula Sharira). Apesar de o espiritismo não utilizar a mesma terminologia, é clara a utilização desses conceitos.
5. Para Kardec, o Princípio Inteligente, que se individualiza depois em Espírito, animaliza a matéria no sentido ontológico. Princípio Inteligente e Espírito são estados do Ente [entidade]. Já o Princípio Vital animaliza a matéria no sentido fisiológico. No miscitismo egípcio: Khaib é uma sombra possuída pelas pessoas que, em determinados momentos, deixava o corpo e passava a ter uma vida própria e Ka é o duplo espiritual humano, o corpo astral. O homem recebe o ka as nascer e, depois da sua morte, o ka permanece perto do corpo por um tempo, reanimando-o ocasionalmente.
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