Autor Tópico: Espíritas e o controle da natalidade  (Lida 1700 vezes)

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Offline Sklogw

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Espíritas e o controle da natalidade
« Online: 06 de Junho de 2008, 22:18:28 »
O controle da natalidade é um assunto tabu no espiritismo. A posição oficial da DE é a de que o controle da natalidade é indesejável e moralmente condenável, pois evitaria a reencarnação de espíritos que "necessitariam passar pela vida material para evoluir". Uma posição menos xiita reconhece que o controle da natalidade seria um " mal menor", comparado com o aborto, mas assim mesmo teria a pecha de coisa condenável (tal qual, aliás, é visto pelo catolicismo, por exemplo, o que é uma incômoda comparação para os espíritas). No entanto, tirando algumas poucas exceções, a maioria dos casais espíritas têm poucos filhos. Como não é de se supor que casais espíritas transem menos que casais de outras religiões, podemos concluir que casais espíritas em sua maioria praticam escondido o controle da natalidade.

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Offline Adriano

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Re: Espíritas e o controle da natalidade
« Resposta #1 Online: 07 de Junho de 2008, 00:16:38 »
Essa idéia espírita de que a alma deve sofrer, vem, penso eu, da união que Kardec fez com o cristianismo, escrevendo um livro baseado no evangelho para agregar credibilidade a suas obras. Por isso é tão ruim a doutrina espírica, é baseada no cristianismo e no teísmo.

Assim, a idéia de sofrimento e pecado do catolicismo está contido no espiritismo, porém com a idéia de reencarnação que nem ao menos tem origem no espiritismo.
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Offline Moro

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Re: Espíritas e o controle da natalidade
« Resposta #2 Online: 07 de Junho de 2008, 00:34:01 »
Eu acho essa questão de ter que sofrer para se purificar, de associar o seu sofrimento (doenças, problemas financeiros) à sua vida passada, pagar o Karma, e etc.. um grave problema para a espécie humana. Eu não quero adjetivar pejorativamente, então repito: É um grave problema para a espécie humana.

Eu já vi dezenas de vezes espíritas falarem que quem passa fome na etiópia está pagando os pecados, eu já ouvi um medium explicar a minha (ex) gagueira falando uma groselha imensa de minha vida passada, eu já vi espiritas deixarem definhar as pessoas porque prometiam que o passe iria resolver o problema delas, que elas tinham que ter se associar às vibrações superiores e punham a culpa na própria pessoa se a cura não acontecia (era porque não teve pureza para se associar às energias positivas) e essas coisas.

Agora, temos que respeitar o direito de crença e sempre lembrarmos que muitas pessoas encontram conforto ali (e em todas as religiões), concordemos ou não com elas.

Mas essas situações teriam que evoluir de alguma maneira...
“If an ideology is peaceful, we will see its extremists and literalists as the most peaceful people on earth, that's called common sense.”

Faisal Saeed Al Mutar


"To claim that someone is not motivated by what they say is motivating them, means you know what motivates them better than they do."

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Offline Eu

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Re: Espíritas e o controle da natalidade
« Resposta #3 Online: 07 de Junho de 2008, 01:04:24 »
Eu acho essa questão de ter que sofrer para se purificar, de associar o seu sofrimento (doenças, problemas financeiros) à sua vida passada, pagar o Karma, e etc.. um grave problema para a espécie humana. Eu não quero adjetivar pejorativamente, então repito: É um grave problema para a espécie humana.

Eu já vi dezenas de vezes espíritas falarem que quem passa fome na etiópia está pagando os pecados, eu já ouvi um medium explicar a minha (ex) gagueira falando uma groselha imensa de minha vida passada, eu já vi espiritas deixarem definhar as pessoas porque prometiam que o passe iria resolver o problema delas, que elas tinham que ter se associar às vibrações superiores e punham a culpa na própria pessoa se a cura não acontecia (era porque não teve pureza para se associar às energias positivas) e essas coisas.

Agora, temos que respeitar o direito de crença e sempre lembrarmos que muitas pessoas encontram conforto ali (e em todas as religiões), concordemos ou não com elas.

Mas essas situações teriam que evoluir de alguma maneira...


Um colega meu da faculdade, rubens, disse que conversou com um casal budista, acho descendentes de japoneses, que eram contrários à caridade, pois criam no karma, eles achavam que pobre tinha que sofrer mesmo.
« Última modificação: 07 de Junho de 2008, 01:11:47 por Waldon »

Offline Moro

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Re: Espíritas e o controle da natalidade
« Resposta #4 Online: 07 de Junho de 2008, 01:07:44 »
Isso é muito comum em TJs.

Tem um forum que acho muuuito legal de ex-TJs. De um look, tem afirmações como essa sua. Os caras querem que a coisa fique feia para Cristo vir mais rápido. Então, se alguém passa fome, dão apenas a palavra de deus.

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Offline Luis Dantas

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Re: Espíritas e o controle da natalidade
« Resposta #5 Online: 07 de Junho de 2008, 02:47:07 »
Um colega meu da faculdade, rubens, disse que conversou com um casal budista, acho descendentes de japoneses, que eram contrários à caridade, pois criam no karma, eles achavam que pobre tinha que sofrer mesmo.

Bizarro.

E nada budista.  Há explicações para isso.
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Offline Gigaview

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Re: Espíritas e o controle da natalidade
« Resposta #6 Online: 07 de Junho de 2008, 03:58:12 »
Vejo o espiritismo como um amontoado de idéias que foram aproveitadas, principalmente, do misticismo oriental, ocultismo e cristianismo.  Esse fundamento foi então moldado ao sabor de influências ambientais (sociais, lideranças pessoais, científicas, políticas, religiosas, etc) resultando num grande número de escolas ou linhas de pensamento.

O tópico (../forum/topic=16044.0.html) mostra essa diversidade de visões, algumas contraditórias entre si a respeito da realidade do mundo espiritual (uma delas, por exemplo, nem reconhece a reencarnação). Portanto, essa falta de unidade reflete uma desorganização ideológica (ou doutrinária) que permite acomodar qualquer tipo de bobagem com embalagem convincente.

Em relação ao tópico em discussão, um dos questionamentos mais comuns dos não-espíritas é sobre a dificuldade de se encontrar um número de almas suficientes para atender o crescimento populacional. Se indivíduos nascem em número superior aos que morrem e as almas dos indivíduos mortos precisam reencarnar, então de onde vem a diferença?

A resposta está na “transmigração”. Transmigração é uma doutrina filosófica de origem indiana, transportada para o Egito, de onde mais tarde Pitágoras a importou para a Grécia. Os discípulos desse filósofo ensinavam ser possível uma mesma alma, depois de um período mais ou menos longo no império dos mortos, voltar a animar outros corpos de homens ou de animais, até que transcorra o tempo de sua purificação e possa retornar à fonte da vida. Como se constata, há uma diferença capital entre a metempsicose e a doutrina da reencarnação: em primeiro lugar, a metempsicose admite a transmigração da alma para o corpo de animais, o que seria uma degradação; em segundo lugar, esta transmigração não se opera senão na Terra. Os Espíritas lecionam o contrário, que a reencarnação é um progresso constante, que o homem é um ser cuja alma nada tem de comum com a dos animais, que as diferentes existências podem realizar-se, quer na Terra, quer, por uma lei progressiva, em mundos de ordem superior, até que se torne Espírito purificado (fonte: Wikipedia). Isto é, as almas viriam de outros planetas, provavelmente de mundos onde o controle de natalidade estivesse em operação. Nesses mundos, estariam sobrando almas.

Então, o controle de natalidade não evitaria a reencarnação de espíritos que "necessitariam passar pela vida material para evoluir”, nem essa vida material precisaria ser necessariamente vivida no nosso planeta. O equilíbrio estaria mantido. O nosso planeta seria um "exportador" de almas.

Nesse ponto o espiritismo passa a ser ficção científica com fluxos interplanetários de almas, com carmas associados a espécies de vida inteligente vivendo em condições diferentes do planeta Terra. Seria como imaginar a alma de um ser inteligente com a forma de um polvo gelatinoso, numa sociedade “gelatinosa” vir para reencarnar no nosso planetinha azul, numa galáxia no miolo do universo, numa forma humana.

Puro surrealismo.
« Última modificação: 07 de Junho de 2008, 04:02:24 por Gigaview »
Brandolini's Bullshit Asymmetry Principle: "The amount of effort necessary to refute bullshit is an order of magnitude bigger than to produce it".

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Offline Luis Dantas

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Re: Espíritas e o controle da natalidade
« Resposta #7 Online: 07 de Junho de 2008, 04:09:58 »
Espiritismo é catolicismo envergonhado com pretensões (muito mal fundamentadas) de ter todas as respostas válidas.

Não aproveita idéias orientais porque nunca as assimilou para começo de conversa. 
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Offline FxF

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Re: Espíritas e o controle da natalidade
« Resposta #8 Online: 07 de Junho de 2008, 06:56:37 »
Espiritismo é quando você pega o catolicismo e troca o títulos dos evengelhos de "livro sagrado" para "estudo científico".

Offline Gigaview

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Re: Espíritas e o controle da natalidade
« Resposta #9 Online: 07 de Junho de 2008, 15:17:14 »
Espiritismo é catolicismo envergonhado com pretensões (muito mal fundamentadas) de ter todas as respostas válidas.

Não aproveita idéias orientais porque nunca as assimilou para começo de conversa. 

Algumas idéias orientais "embutidas" na confusão espírita:

1.   A reencarnação é um dos pontos fundamentais do Espiritismo, codificado por Allan Kardec, do Hinduísmo, do Jainismo, da Teosofia, do Rosacrucianismo, da filosofia socrato-platônica e de vertentes místicas do Cristianismo como, por exemplo, o Cristianismo esotérico.

2.   Transmigração é uma doutrina filosófica de origem indiana, transportada para o Egito, de onde mais tarde Pitágoras a importou para a Grécia. Os discípulos desse filósofo ensinavam ser possível uma mesma alma, depois de uma período mais ou menos longo no império dos mortos, voltar a animar outros corpos de homens ou de animais, até que transcorra o tempo de sua purificação e possa retornar à fonte da vida. Como se constata, há uma diferença capital entre a metempsicose e a doutrina da reencarnação: em primeiro lugar, a metempsicose admite a transmigração da alma para o corpo de animais, o que seria uma degradação; em segundo lugar, esta transmigração não se opera senão na Terra. Os Espíritas lecionam o contrário, que a reencarnação é um progresso constante, que o homem é um ser cuja alma nada tem de comum com a dos animais, que as diferentes existências podem realizar-se, quer na Terra, quer, por uma lei progressiva, em mundos de ordem superior, até que se torne Espírito purificado.

3.   Karma (do sânscrito karmam; em pali, Kamma) significa ação. O termo tem uso religioso dentro das doutrinas budista, hinduísta e jainista. Foi posteriormente adotado também pela Teosofia, pelo Espiritismo e por um subgrupo significativo do movimento New Age. Embora Allan Kardec não tenha usado em momento algum a palavra "karma" ou qualquer de suas variações, esta veio a ser mais tarde incorporada ao jargão espírita por alguns espíritas, para designar o nível de evolução espiritual de cada indivíduo, ao qual se devem as circunstâncias favoráveis ou desfavoráveis que venha a encontrar. A meta espírita em relação ao carma é portanto melhorar seu nível para atingir estados evolutivos mais elevados.

4.   Princípio Vital é uma forma de energia, de força, não é Ente. Kardec usa também os termos Fluido Vital, Fluido Cósmico, Princípio Universal [LE 27] e Fluido Universal [LE 27] para designá-lo. O perispírito é uma condensação do Fluido Cósmico [GE 14:7]. O Princípio Vital corresponde ao que as teorias vitalistas chamam de força vital ou energia vital. No misticismo oriental: Chi - pelos chineses, Ki – pelos japoneses, Prana - pelos hindus e Mana - pelos kahunas. Prâna (ou corpo vital) é, na teosofia e em algumas correntes rosacrucianas, um dos princípios da constituição do Homem. Na Teosofia é preferida a denominação Prâna (ou Pranan, em sânscrito: pra, antes; mais a raiz verbal an, respirar, viver) para designar o 3º princípio na constituição setenária do Homem. Prâna representa a energia psíquica, vital, que mantém o corpo físico funcionando (o corpo físico também é chamado corpo denso ou Sthula Sharira). Apesar de o espiritismo não utilizar a mesma terminologia, é clara a utilização desses conceitos.

5.   Para Kardec, o Princípio Inteligente, que se individualiza depois em Espírito, animaliza a matéria no sentido ontológico. Princípio Inteligente e Espírito são estados do Ente [entidade]. Já o Princípio Vital animaliza a matéria no sentido fisiológico. No miscitismo egípcio: Khaib é uma sombra possuída pelas pessoas que, em determinados momentos, deixava o corpo e passava a ter uma vida própria e Ka é o duplo espiritual humano, o corpo astral. O homem recebe o ka as nascer e, depois da sua morte, o ka permanece perto do corpo por um tempo, reanimando-o ocasionalmente.

[]s
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Offline Leafar

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Re: Espíritas e o controle da natalidade
« Resposta #10 Online: 10 de Junho de 2008, 22:52:40 »
Essa idéia espírita de que a alma deve sofrer, vem, penso eu, da união que Kardec fez com o cristianismo, escrevendo um livro baseado no evangelho para agregar credibilidade a suas obras. Por isso é tão ruim a doutrina espírica, é baseada no cristianismo e no teísmo.

Assim, a idéia de sofrimento e pecado do catolicismo está contido no espiritismo, porém com a idéia de reencarnação que nem ao menos tem origem no espiritismo.
O Espiritismo não faz apologia ao sofrimento. Apenas tenta explicar porque sofremos. O Espiritismo, neste caso, é um mero observador. Quando ele diz que o indivíduo deve passar por provas para evoluir, é porque a observção mostra isso.

E alguém que deixa de ajudar alguém para que ela melhor cumpra o seu "karma" não age corretamente em relação aos ensinos espíritas. O homem, o espírita, deve fazer o que estiver ao seu alcance para aliviar o sofrimento de tantos quanto possa. Cabe a Deus decidir se o sofrimento terá ou não um fim. Se Deus achar que não é momento, a nossa empresa não obterá sucesso. E se Deus achar que o sofrimento deve chegar ao fim, ele chegará, seja ou não por nossas mãos.

Um abraço.
"Ide com a onda que nos arrasta; necessitamos do movimento, que é vida, ao passo que vós nos apresentais a imobilidade, que é a morte.... Queremos lançar-nos à vida, porquanto os séculos vindouros, que divisamos, têm horror à morte." (Obras Póstumas - Allan Kardec).

visite: http://conviccao-espirita.blogspot.com/2013/08/apresentacao-deste-blog.html

Offline Luis Dantas

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Re: Espíritas e o controle da natalidade
« Resposta #11 Online: 10 de Junho de 2008, 23:36:49 »
Algumas idéias orientais "embutidas" na confusão espírita:

1.   A reencarnação é um dos pontos fundamentais do Espiritismo, codificado por Allan Kardec, do Hinduísmo, do Jainismo, da Teosofia, do Rosacrucianismo, da filosofia socrato-platônica e de vertentes místicas do Cristianismo como, por exemplo, o Cristianismo esotérico.

Falso.  Mais da metade desses movimentos é ocidental e recente.  Praticamente a única exceção é o Hinduísmo, que não tem um conceito materialista de reencarnação comparável ao espírita.

Sempre houve uns exóticos por aí, mas como idéia estabelecida e aceita em uma doutrina, a reencarnação é praticamente uma invenção do Espiritismo e da Teosofia - dois movimentos de honestidade questionável, que alegam muito mas sabem pouco.

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2.   Transmigração é uma doutrina filosófica de origem indiana, transportada para o Egito, de onde mais tarde Pitágoras a importou para a Grécia. Os discípulos desse filósofo ensinavam ser possível uma mesma alma, depois de uma período mais ou menos longo no império dos mortos, voltar a animar outros corpos de homens ou de animais, até que transcorra o tempo de sua purificação e possa retornar à fonte da vida. Como se constata, há uma diferença capital entre a metempsicose e a doutrina da reencarnação: em primeiro lugar, a metempsicose admite a transmigração da alma para o corpo de animais, o que seria uma degradação; em segundo lugar, esta transmigração não se opera senão na Terra. Os Espíritas lecionam o contrário, que a reencarnação é um progresso constante, que o homem é um ser cuja alma nada tem de comum com a dos animais, que as diferentes existências podem realizar-se, quer na Terra, quer, por uma lei progressiva, em mundos de ordem superior, até que se torne Espírito purificado.

Para você ver.  O Espiritismo não apenas falha em entender que a linguagem das religiões não tem valor literal e sim simbólico, como também opta arbitrariamente por rejeitar interpretações que não alimentam a sua própria vaidade, porque seu objetivo não é a verdade, e sim a vaidade.

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3.   Karma (do sânscrito karmam; em pali, Kamma) significa ação. O termo tem uso religioso dentro das doutrinas budista, hinduísta e jainista. Foi posteriormente adotado também pela Teosofia, pelo Espiritismo e por um subgrupo significativo do movimento New Age.

A palavra foi adotada, mas o significado, não.  O que teósofos e espíritas chamam de carma é apenas um conceito materialista cheio de apego. Algo sem qualquer valor religioso, muito menos semelhança com os ensinamentos das religiões dármicas.

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Embora Allan Kardec não tenha usado em momento algum a palavra "karma" ou qualquer de suas variações, esta veio a ser mais tarde incorporada ao jargão espírita por alguns espíritas, para designar o nível de evolução espiritual de cada indivíduo, ao qual se devem as circunstâncias favoráveis ou desfavoráveis que venha a encontrar. A meta espírita em relação ao carma é portanto melhorar seu nível para atingir estados evolutivos mais elevados.

Como eu acabei de dizer. :)

O resto nem vou comentar.  Há momentos em que a melhor forma de refutar é deixando de dar atenção.
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