Boa parte é às custas de um "subprime" de veículos...o apocalipse ainda chegará...aguardem...
Não, estamos muito, mas muito longe de uma crise de crédito, com os juros do nível do Brasil o crédito é tudo menos subprime, tá mais para superprime. Na verdade é justamente por medir a perda de crédito que os juros reais são tão maiores que a selic, têm-se que compensar todos maus pagadores, que no Brasil, onde a maioria não sabe nem fazer uma simples conta de juros compostos, são em grande número.
Tudo leva a crer que o maior risco que corremos vem das contas externas.
Essa semana o JP Morgan, que é o mais importante banco de investimento do mundo, alertou que, em breve, as necessidades de financiamento externo do Brasl baterão na casa dos US$ 40 bilhões. Se isso acontecer, e por qualquer motivo o fluxo de investimentos externos, que estão altos, passar a refluir, estaremos em apuros.
O Comitê de Política Monetária deu mostras de que está atento a isso. Na ata de sua última reunião lemos:
A balança comercial continua registrando perda de vigor na margem, tendência já antecipada e que está em consonância com avaliações expressas em Relatórios de Inflação e em Notas de reuniões anteriores do Copom. (...) Como observado em Notas de reuniões anteriores, as importações vêm crescendo em ritmo mais acelerado do que as exportações, em razão tanto do fortalecimento do real como do maior nível de atividade econômica no país, a despeito das elevadas cotações de diversas commodities características da pauta exportadora brasileira. A redução dos superávits comerciais contribuiu para que o saldo em transações correntes registrasse déficit de US$14,7 bilhões em doze meses até abril de 2008, equivalente a 1,1% do Produto Interno Bruto (PIB). Por sua vez, os investimentos estrangeiros diretos chegaram, nos doze meses até abril, a US$37,2 bilhões, equivalente a 2,8% do PIB.Como é impensável imaginar que o BC irá agir deliberadamente para conter o cresimento econômico, penso que teremos surpresas em breve em relação à política cambial.
Para os que gostam de se arriscar , está na hora de fazer um pé-de-meia em dólares.
