Autor Tópico: Poemas Desperdiçados...  (Lida 7748 vezes)

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Offline Guardião

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Poemas Desperdiçados...
« Online: 02 de Agosto de 2008, 11:50:14 »
Lendo um tópico do Atheo sobre a namorada dele, tive a ideia de abrir este tópico para postar algumas mensagens de amor que escrevemos para a pessoa amada, aquela que diz que nunca vai te deixar e quando voce menos espera... vc se encontra sozinho  :'(


A minha ex me trocou pelo sub-gerente da loja que ela trabalha, sofri feito um condenado, sinto que até hj dói meu peito não por te-la perdido mas por ter sido trocado...bom, la vai um dos poemas...

"Minha querida, a cada dia que passa meu amor por você aumenta mais, sabe, os dias tem mais cores, a felicidade esta mais presente, o amor é mais forte e o tempo mais perto. A distancia que hoje nos separa, posso senti-la fortificando ainda mais o meu amor, o seu amor, o nosso amor; Eu falo sempre que vou faze-la feliz, mas, a alegria que eu sinto por estar do seu lado(mesmo na distancia que nos separa) é imprecindível. Eu te Amo, pela mulher que você é... Eu te Amo pela mulher que você será... Eu te Amo pelos sonhos que juntos estamos compartilhando... Eu te Amo pelas decisões que juntos tomamos... e por fim Eu te Amo pelo namoro que temos, pelo lindo noivado que vamos ter, pelo inacreditavel casamento que iremos fazer, pelos maravilhosos filhos que você ira me proporcionar... Eu tenho orgulho de te dizer...



Te Amo (nome da moça :) ), à eterna em minha alma.


Minha vida, meu milagre
te amo muito...

te amo te amo te amo"

Offline Gaúcho

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Re: Poemas Desperdiçados...
« Resposta #1 Online: 02 de Agosto de 2008, 16:58:44 »
Bom, não tenho nenhum poema que eu tenha mandado pra minha ex, mas tem um poema que eu acho mto bom da Clarice Lispector:

"...Porque eu me imaginava mais forte. Porque eu fazia do amor um cálculo matemático errado: pensava que, somando as compreensões, eu amava. Não sabia que somando as incompreensões é que se ama verdadeiramente. Porque eu, só por ter tido carinho, pensei que amar é fácil. É porque eu não quis o amor solene, sem compreender que a solenidade ritualiza a incompreensão e a transforma em oferenda.
É porque sempre tento chegar pelo meu modo. É porque ainda não sei ceder. É porque no fundo eu quero amar o que eu amaria e não o que é. É porque ainda não sou eu mesmo, e então o castigo é amar um mundo que não é ela..."
"— A democracia em uma sociedade livre exige que os governados saibam o que fazem os governantes, mesmo quando estes buscam agir protegidos pelas sombras." Sérgio Moro

Offline Eremita

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Re: Poemas Desperdiçados...
« Resposta #2 Online: 29 de Agosto de 2008, 18:03:49 »
Dessas poesias, tenho às pencas. Algumas delas gosto, outras não; mas pra mim, que pretendo escrever meu livro (que continua parado eternamente na metade), nenhuma é "disperdiçada".

Sem Nome
Citar
Descobri você em belezas singelas
Esqueci de dois dos meus dezenove
Pra poder cantar seu nome
Pois te vi em balanço e harmonia

Quieta menina, Afrodite de cabelos castanhos
Enviada helena de deuses pagãos
Emudeci quando fui lhe falar
Disse pelos olhos... por que não ouviu?

Cabelos ao vento
Uma música em cada fio
Em alguma língua desconhecida

Sigo seus passos, como ondas seguem à praia
Procuro a cada esquina sua sombra
Será que lhe encontro novamente?
Não foi uma namorada, sequer uma ficante; apenas paixonite aguda que vi não valer a pena.


Carvão
Citar
O delito não está só no muro, mora comigo:
Seu nome apareceu quando fui atacado
Pela simpática agonia da inspiração.

A arritmia que sobe as palavras sou eu
Em letras tortas, grandes, pequenas
E aos poucos impus ao muro minha voz muda.

Entendo seu espanto, de se ver tão...
Mas minha invasão é tímida e desajeitada.
De qualquer forma, com a chuva tudo passa.
Ela nunca descobriu que quem escreveu no muro fui eu.

Sem nome
Citar
Dedico a seus lábios em flor
Ainda sujos de primavera
As canções qu'eu já quis compor
E toda a minha quimera

Dedico à sua pele e seu riso
(Ébano e marfim)
Aquilo que sei que preciso
Mas que não encontrei em mim

E por aí vai...
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Offline Eremita

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Re: Poemas Desperdiçados...
« Resposta #3 Online: 04 de Setembro de 2008, 16:33:25 »
O.o o povão aqui, pelo jeito, não gosta de poesia... :biglol:

Ô gente! Não precisa postar pra quem foi a poesia, é só tacar aí e pronto!!! rsrsrs
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Offline Contini

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Re: Poemas Desperdiçados...
« Resposta #4 Online: 04 de Setembro de 2008, 16:37:05 »
Dessas poesias, tenho às pencas. Algumas delas gosto, outras não; mas pra mim, que pretendo escrever meu livro (que continua parado eternamente na metade), nenhuma é "disperdiçada".

Sem Nome
Citar
Descobri você em belezas singelas
Esqueci de dois dos meus dezenove
Pra poder cantar seu nome
Pois te vi em balanço e harmonia

Quieta menina, Afrodite de cabelos castanhos
Enviada helena de deuses pagãos
Emudeci quando fui lhe falar
Disse pelos olhos... por que não ouviu?

Cabelos ao vento
Uma música em cada fio
Em alguma língua desconhecida

Sigo seus passos, como ondas seguem à praia
Procuro a cada esquina sua sombra
Será que lhe encontro novamente?
Não foi uma namorada, sequer uma ficante; apenas paixonite aguda que vi não valer a pena.


Carvão
Citar
O delito não está só no muro, mora comigo:
Seu nome apareceu quando fui atacado
Pela simpática agonia da inspiração.

A arritmia que sobe as palavras sou eu
Em letras tortas, grandes, pequenas
E aos poucos impus ao muro minha voz muda.

Entendo seu espanto, de se ver tão...
Mas minha invasão é tímida e desajeitada.
De qualquer forma, com a chuva tudo passa.
Ela nunca descobriu que quem escreveu no muro fui eu.

Sem nome
Citar
Dedico a seus lábios em flor
Ainda sujos de primavera
As canções qu'eu já quis compor
E toda a minha quimera

Dedico à sua pele e seu riso
(Ébano e marfim)
Aquilo que sei que preciso
Mas que não encontrei em mim

E por aí vai...
Putz, Eremita...publica ai esse livro....a amostra gratis já foi bacana
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"Eu não tenho medo de morrer, só não quero estar lá quando isso acontecer"  - Wood Allen

    “O escopo da ciência é limitado? Sim, sem dúvida: limitado a tratar daquilo que existe, não daquilo que gostaríamos que existisse.” - André Cancian

Offline Eremita

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Re: Poemas Desperdiçados...
« Resposta #5 Online: 04 de Setembro de 2008, 18:29:42 »
Putz, Eremita...publica ai esse livro....a amostra gratis já foi bacana

Valeu!!!

Tenho mais umas poesias... tá, não são românticas, mas vou tacar aqui que não vou criar um tópico novo só pra isso.

Concreto Armado
Cercado de muros de tijolos
Protejo-me da minha própria liberdade
Cercado de aço e alumínio
Pertenço a um mundo decadente
Cercado de fórmica e nylon
Descubro valores vagos e vazios
Cercado de cédulas e celulares
Sinto minha solidão tomando forma.
Cercado de THC e anfetaminas
Vejos sonhos disformes de um mundo melhor
Cercado de concreto armado
Percebo como ainda somos selvagens

[EDIT: eu esqueci de colar o último verso, "percebo como..." O.o]


Os Mortos, I

Busca o chinelo com os olhos,
São cinco para as sete na tarde tardia,
De um feriado picareta,
Cúmplice lisérgico do vagabundo cotidiano.

O Sol pela janela digere, pouco-a-pouco,
As obras de arte geradas pelo travesseiro.
Deixa para trás, apenas:
A blusa rota,
A confortável entorpecência
O sermão fora de missa,
O rádio ligado fora de estação,
O standby da CPU mental,
E de qualquer sangue a 60 Hertz na veia,
Pois ele ainda se sente.

Seu cachorro velho
(Tão velho que nasceu velho)
Coça e lambe as próprias chagas,
Em apoio moral a sua decadência.

Lá fora nubla, se chove ignora, não sai ver;
E a cidade, tão oca quanto sua barriga
(Mas a preguiça mata o jantar).

Celebra um sanduíche,
O pão e o cão são contemporâneos...
Um mínimo nutritivo
E substituto do sabor ausente.

Jaz sua mente em sono profundo,
Dormita em sepulcro.
Não importa. Dormiu a tarde inteira,
O dia inteiro,
A vida inteira.
E agora, perambula pela casa,
Zumbi burro que só assombra a si mesmo.



Os Mortos, II

Diga-me, e se preciso minta:
Já passam das seis da manhã?
Estou cansado,
E meu sono desistiu há tempos
De aplacar o tédio.

Peço-lhe coisas simples:
Um cigarro e uma vida menos infeliz.
O resto, o tempo arranja.
Dê-me algum, aliás, se tiver...
Pois o tempo que tenho está estragado,
Não me serve mais.

O Marx e o Bakunin juntam pó,
As traças proletárias fazem deles melhor uso.
As moscas já expropriaram a cozinha
E a burguesia do Homo está decadente.

Quanto à vida, esquece.
Fica pros próximos quinze minutos.
Afinal, viver é sempre @diável...



Jardim de Inverno

   Um por um os cacos feriram o chão, era inevitável... não negarei o prazer dos golpes, e que os estilhaços cintilando em meus ouvidos eram como uma melodia bela, fúnebre e violenta.
   O que é belo um dia perece; mas o jardim de inverno, merecia. Intocável demais, sagrado demais, puro demais; para visto e admirado de longe.
   Tinha eu, no final: o rosto sangrando dos cacos desesperados, os olhos embotados de raiva e felicidade, e os braços fatigados pelo martelo.
   Ainda havia uma touceira de beijos-de-frade, intacta. Única, pela ousadia de florescer sem ser plantada; única, por ser palpável, vulgar; únicos, escondida frente à exuberância da elite da primavera. E, única, escapou assim acidentalmente da minha cólera. A ela, não restou outra solução além de um vaso em minha janela.
   Em meio a tanta beleza rara e inatingível, o comum e atingível torna-se a única coisa que merece ser preservada.
« Última modificação: 05 de Setembro de 2008, 00:21:24 por Eremita »
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Offline Donatello

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Re: Poemas Desperdiçados...
« Resposta #6 Online: 04 de Setembro de 2008, 21:50:33 »
Tá bom, vou aceitar pagar este mico   :)

Velhos modelos para novos Renoires.
A lua dos namorados
a farofa da favela
os pés dos descamisados
a timidez da donzela

transeunte transeuntando cantante cantarolando amante

os desvios, os caminhos tortos
os navios e os cais dos portos

o amor a falta

o menino soprando a flauta(doce)
o desafino de não ter flautas a tocar

estudantes colando namorados brigando policiais

o riacho correndo no fundo do quintal
o porco no matagal que berra
o mar o céu a terra

e tudo mais que na terra erra
e insiste em errar

eis que aí tendes: o pincel e a paisagem e a tela e a moldura e o resto.

Ordens do castelo.
Paulo amava Felipe
que amava João
que amava Antônio
que amava João Paulo
que nunca amou ninguém.

João Paulo
que é o chefe da quadrilha
não quer ninguém falando de amor no ouvido dele.

Talvez.. quem sabe?
E se deus é sinistro
e criou com a mão direita?
Isso sim, deve explicar as coisas deste mundo.

A caverna onde a razão se esconde.
De repente minha vida se inundou de infância
e redescobri o prazer de me lambuzar comendo bombom
e reaprendi a conversar com a voz melosa das crianças neofalantes
e me flagrei pronunciando onomatopéias parecidas com guhguhdahdah

De repende meu Q.I. despencou no abismo
(tamanha a infantilidade dos meus novos atos),
reaprendi a conversar horas a fio sem ter nada a dizer
e a perguntar pela centésima vez o que noventa e nove fora respondido

E voltei a gostar de viver
,ou melhor, voltei a viver e gostei,
e estou gostando muito de ser criança
e de ouvir o tempo todo que sou o seu bebê.

Offline Eremita

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Re: Poemas Desperdiçados...
« Resposta #7 Online: 05 de Setembro de 2008, 00:19:38 »
Ê laiá, esse povão que curte Drummond... né, Donatello? :biglol:

Das tuas poesias, gostei especialmente da primeira. Nela parece que você brinca mais com as rimas, com os sentidos e com um monte de imagens sem ligação mas que você só percebe que compõem a algo no fim.

Citar
e tudo mais que na terra erra
e insiste em errar
:ok: Esse trecho sozinho valeria por uma poesia inteira!
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Offline Contini

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Re: Poemas Desperdiçados...
« Resposta #8 Online: 05 de Setembro de 2008, 10:35:23 »
Voces dois continuem postando.... :)

p.s.: Não entendo nada de poesia pra fazer avaliações, nessa area sou simplesmente passional, gosto ou não gosto...
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Offline Eremita

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Re: Poemas Desperdiçados...
« Resposta #9 Online: 06 de Setembro de 2008, 01:06:15 »
Ninguém teve pira de pegar uma música incompleta e fazer continuação?

Antes das Sete 04/ago/2006
(Letra original: Renato Russo, Antes das Seis)

[Refrão]
Quem inventou o amor
Me explica por favor
Como é que acontece
De que sonho ele se tece

Vem e me diz o que aconteceu
Faz de conta que passou
Não demorou e adormeceu
Como um anjo que chorou

Daqui vejo seu descanso
Perto do seu travesseiro
Depois quero ver se acerto
Dos dois quem acorda primeiro

<Refrão>

Te amparo em meu ombro
E adormeço eu também
Teu sorriso eu relembro
Em meus sonhos ele vem

Seu aroma me acomoda
E a ele eu me abraço
Dentro de toda a madrugada
Sobrevive esse laço

<Refrão>

Enquanto a vida vai e vem
Você procura achar alguém
Que um dia possa te dizer
“Quero ficar só com você”
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Offline Donatello

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Re: Poemas Desperdiçados...
« Resposta #10 Online: 06 de Setembro de 2008, 09:29:43 »
Ê laiá, esse povão que curte Drummond... né, Donatello? :biglol:
Mas não é? Bando de bobo... :biglol:

Offline Eremita

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Re: Poemas Desperdiçados...
« Resposta #11 Online: 06 de Setembro de 2008, 21:27:12 »
Ê laiá, esse povão que curte Drummond... né, Donatello? :biglol:
Mas não é? Bando de bobo... :biglol:
Eu adorava Drummond. Acabei pegando um pouco de asco do Drummond, mas não foi culpa dele.

Quando passei no vestibular, fui o Calouro da Pedra (porque eu era o cabeludo, e daí tinha que carregar uma pedra, oras). O apelido de "Pedra" pegou, e sempre tinha um pra ficar "havia um Pedra no meu caminho hoje!" pra mim :biglol: Acabei enchendo tanto o saco de ouvir a mesma piada com a poesia do Drummond que larguei as poesias dele na estante e parei de lê-lo. Quero ver se retomo :)
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Offline Lua

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Re: Poemas Desperdiçados...
« Resposta #12 Online: 09 de Setembro de 2008, 23:50:17 »
Sem nome
Citar
Dedico a seus lábios em flor
Ainda sujos de primavera
As canções qu'eu já quis compor
E toda a minha quimera

Dedico à sua pele e seu riso
(Ébano e marfim)
Aquilo que sei que preciso
Mas que não encontrei em mim

Você escreve bem, Eremita... Eu adorei essa, particularmente... Me fez lembrar algumas das minhas poesias que deixo trancafiadas por aí...rs...
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"A estupidez insiste sempre." Albert Camus

Offline Eremita

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Re: Poemas Desperdiçados...
« Resposta #13 Online: 22 de Novembro de 2008, 10:16:59 »
Sem nome
Citar
Dedico a seus lábios em flor
Ainda sujos de primavera
As canções qu'eu já quis compor
E toda a minha quimera

Dedico à sua pele e seu riso
(Ébano e marfim)
Aquilo que sei que preciso
Mas que não encontrei em mim

Você escreve bem, Eremita... Eu adorei essa, particularmente... Me fez lembrar algumas das minhas poesias que deixo trancafiadas por aí...rs...
Depois de alguns meses... hehe.

Lua, qual a graça de uma poesia se ela for ficar trancafiada? Compartilha aí com a gente! :D
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Offline Eremita

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Re: Poemas Desperdiçados...
« Resposta #14 Online: 24 de Novembro de 2008, 23:50:59 »
Escrevi hoje, como nick do meu MSN:

It's yelling to me, the steel
Speaking to my heart, my veins
Now we're just one, mind and feel
And nothing more else remains

(Se eu traduzir, perde a rima e a métrica... mas, vamos lá:
Grita a mim o aço
Falando ao meu coração, às minhas veias,
Agora somos somente um, mente e sentimento,
E nada mais além resta
)

Minha idéia é construir a partir disso uma ode, na qual um guerreiro se sente uno com a sua espada; e que somente alcança paz através do sangue.
Latebra optima insania est.

Offline Contini

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Re: Poemas Desperdiçados...
« Resposta #15 Online: 25 de Novembro de 2008, 13:39:23 »
Legal!!! Se vc desenvolver mais um pouco posta ai p/ gente ler!!
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Offline Eremita

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Re: Poemas Desperdiçados...
« Resposta #16 Online: 26 de Novembro de 2008, 02:05:57 »
Mais um pedaço, inventei agora... (tô usando o CC como rascunho :P ) ficaria mais pro fim da ode.

Uncountless years in the cold,
Much time we rode in the dust.
But the sword is feeling old
While I start to get some rust.

(Incontáveis anos no frio,
[Por] muito tempo vagamos pela poeira.
Mas a espada se sente velha,
Enquanto eu começo a enferrujar)
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Offline Renato T

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Re: Poemas Desperdiçados...
« Resposta #17 Online: 26 de Novembro de 2008, 08:43:14 »
tomando o Eremita como exemplo e rascunhando no CC, ai vai..

Death awaits for those who don't live in freedrom,
for those all that remains is doom,
but those who live free shall taste the glory,
even if in love with death,
'cause those are the ones that can take a last breath.


a propósito Eremita.. você escreve muito bem cara...

essa aqui em, especial, ficou muito boa (muito boa mesmo!!)

Citar
Dedico a seus lábios em flor
Ainda sujos de primavera
As canções qu'eu já quis compor
E toda a minha quimera

Dedico à sua pele e seu riso
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Offline Eremita

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Re: Poemas Desperdiçados...
« Resposta #18 Online: 27 de Novembro de 2008, 14:22:04 »
Ué... o pessoal gosta das minhas com rima e métrica aqui!
Isso me deixa feliz, ainda há salvação mesmo após o modernismo e seus versos livres! :biglol:
(Mas quem me chamar de pós-moderno vai...)
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Offline Renato T

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Re: Poemas Desperdiçados...
« Resposta #19 Online: 28 de Novembro de 2008, 07:54:39 »
Você gosta de Vinicius de Moraes, Eremita??

Offline Eremita

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Re: Poemas Desperdiçados...
« Resposta #20 Online: 10 de Dezembro de 2008, 18:29:10 »
Você gosta de Vinicius de Moraes, Eremita??
Alguma coisa... li pouco dele. Conheço mais Drummond, Augusto dos Anjos, e internacionais (Baudelaire, Poe, Byron, Shakespeare)
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Offline Maeve

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Re: Poemas Desperdiçados...
« Resposta #21 Online: 10 de Dezembro de 2008, 18:33:18 »
Este teu retrato

Eu quis fazer um verso igual a ti
Que contivesse encanto e  singeleza,
Simplicidade e um misto de beleza,
Tudo o que, afinal, tens e eu conheci...

O carinhoso modo do teu ser
Olhares, gestos e o sorriso amigo
Foi o que me levaram a te descrever
Nessa lembrança que ficará contigo.

Não sei se nesse poema sensato
Rimas , inspirações te decantaram
Muitas palavras aqui se ajuntaram
E assim formaram esse teu retrato.

Perdoe – me!Seu nome não deixei!
Não revelei o alguém que tenho acima dito!
Essa é a pessoa na qual eu me inspirei
E para qual o poema foi escrito:

(nome)



É, preservar a privacidade....rssss



"Meço o valor de um homem pela medida em que ele se liberta de seu próprio eu."

Offline Eleitor de Mário Oliveira

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Re: Poemas Desperdiçados...
« Resposta #22 Online: 11 de Dezembro de 2008, 03:24:37 »
Tópico mais emo do ano!

Offline Maeve

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Re: Poemas Desperdiçados...
« Resposta #23 Online: 11 de Dezembro de 2008, 23:04:52 »
Tópico mais emo do ano!

Bom...opiniões próprias.Como não reconheci nada de emo....calo-me.
"Meço o valor de um homem pela medida em que ele se liberta de seu próprio eu."

Offline Eleitor de Mário Oliveira

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Re: Poemas Desperdiçados...
« Resposta #24 Online: 11 de Dezembro de 2008, 23:18:55 »
Tópico mais emo do ano!

Bom...opiniões próprias.Como não reconheci nada de emo....calo-me.

Onde que isto aqui não é emo?

tive a ideia de abrir este tópico para postar algumas mensagens de amor que escrevemos para a pessoa amada, aquela que diz que nunca vai te deixar e quando voce menos espera... vc se encontra sozinho  :'(

 

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