[...]Ele me disse que a outra alternativa seria caçar o criminoso e fazer com ele pior do que fez a sua irmã. Ele me disse que preferia assim, imaginar que a sua irmã está em paz e com isso conseguir paz para ele mesmo.[...]
Realmente foi a melhor escolha, até porque já vi a alternativa acontecer.
Resumindo, um homem teve o filho assassinado. Até aquele momento ele sempre havia sido uma pessoa trabalhadora, honesta e direita. Quando seu filho foi morto ele ficou transtornado e optou pela vingança. Conseguiu uma arma (com bandidos, é claro) e na primeira oportunidade, descarregou-a no assassino do filho dele. Só que o assassino não morreu, apenas ficou paraplégico (ou tetraplégico, não lembro com exatidão agora). E mesmo depois disso, ele começou a se interessar em ter mais armas em casa e ao que parece estava planejando entrar numa espécie de Esquadrão da Morte, que atuava na região onde ele morava. Alguns dias depois, ele teve o seguinte diálogo com um amigo:
Pai: ...e ele não morreu, só que nunca mais vai poder andar. No fundo isso é até melhor.
Amigo: Como assim?
P: É que descobri que ele tem um filho pequeno, está com três meses só. Eu vou esperar a criança ter uns quatro ou cinco anos, tempo para ele pegar bastante amor à ela. Aí então eu vou lá e mato o filho dele. Então vou deixá-lo sofrer bastante, pouco menos de um ano, e só então vou matá-lo.
A: Cara, você tá louco! A criança não tem nada a ver com isso. Isso é loucura!
P (encerrando o assunto): Loucura? Loucura é você criar um filho, dar todo seu amor a ele, e aí vem alguém e o mata!