O cosmo existe. Existir e estar existindo são coisas distintas. Quantas mutações uma criatura sofre desde que fora gerada?
Eu estou hoje com meus trinta e seis aninhos de vida. Contudo, a minha existência não se iniciou apartir do nada. Todos os átomos que compõem meu corpo foram adiquiridos do meio externo através da minha alimentação. Nesse caso, afirmar que a fecundação do óvulo no útero de minha mãe por um espermatozóide doado pelo meu pai tenha sido o princípio do meu ser não representaria uma verdade imponderável. De que eram constituídos o óvulo e o espermatozóide? Isso acabaria levando a questão sobre a existência do meu ser até as orígens do cosmo. E quando eu morrer, será o meu fim? Será, certamente, o princípio do fim da extrutura da qual eu sou constituído. No entanto, cada um dos incontáveis átomos que compôem meu corpo continuarão seguindo seu rumo, quer seja em forma de partículas, quer seja em forma de energia. Por enquanto, eu estou existindo. Um dia eu deixarei de existir. De qualquer forma, a "gostosa brincadeirinha" entre meu pai e minha mãe não foi o começo e o meu instante derradeiro não será o meu fim se encararmos a coisa toda sob a perspectiva atômica. Não é diferente com o cosmo. A "singularidade" não foi o começo e um possível "Blackout" não será o fim. Nossa espécie pode acabar encontranto um destino igual ao dos dinossauros. Mas isso não seria o fim da existência. Seria o nosso fim somente. O filme continuará rodando com ou sem nós. Mas o fim da espécie humana poderia se dar de n maneiras. Um grande asteróide; uma guerra nuclear; uma radical mudança climática; uma revolução cibernética (num futuro não muito distante)... O importante mesmo é entendermos que nós somos a mais desenvolvida e mais destrutiva espécie desse planeta. Se eu fosse "Deus", estaria amargamente arrependido.