Você assistiu ao filme Inteligência Artificial, Renato? Eu acho ele bastante verossímil, um andróide suficientemente parecido com um ser humano será capaz de despertar reações humanas nas pessoas. Note que o andróide que tenho em mente não é um objeto inerte, ele interage com o meio e com as pessoas. Acho que em breve os robôs, em termos de comportamento, serão indistingüíveis dos animais. Até eles passarem pelo teste de Turing, porém, levará mais tempo.
Mas será que é preciso ir tão longe assim para cogitar que robôs possam ser amados? O ser humano consegue sentir empatia por qualquer coisa, veja os desenhos animados, por exemplo: as crianças se interessam, se preocupam e se identificam com bichinhos e com objetos inanimados antropomorfizados nesses programas. Mesmo adultos continuamos a nos identificar, somos capazes de assistir ao filme Carros ou a Wall.E e ficarmos comovidos, torcermos e esquecermos por duas horas que os personagens são representações de objetos inanimados criadas em computador. E isso não é de hoje, desde a antigüidade temos fábulas com bichos e e objetos falantes, mais ainda, o ser humano personificava fenômenos da natureza e atribuía intenções a eles. Nossa empatia por seres não humanos é bem natural.