Autor Tópico: Desarmamento  (Lida 2505 vezes)

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Offline Herf

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Desarmamento
« Online: 17 de Dezembro de 2008, 23:01:07 »
12 de Dezembro de 2008

As armas e Mumbai

Ser-se pelo "controle das armas", é uma daquelas coisas que para muita gente parece ser do mais elementar bom senso e que é aceite, sem discussão, como eticamente "certa". Afinal de contas as armas matam e por isso são uma coisa "má". Simples e claro, nada menos que uma evidência cartesiana.

Quem discorda do controle apertado no acesso às armas, só pode ser um extremista nazi, um reaccionário, um idiota, um inimigo da humanidade e do progresso, uma pessoa fundamentalmente má, daquelas que precisam urgentemente de ser reeducadas nos "valores para a cidadania".

Mas será assim tão simples?

Há dias 10 islamistas armados de Kalashnikovs, mataram quase 200 pessoas em Mumbai, num ataque coordenado que visava obter ainda "melhores resultados", os quais poderiam facilmente ter atingido os 2 ou 3 milhares. Foram atacados 10 locais simultaneamente, o que implica que os islamistas actuavam em parelhas ou isoladamente.

Como foi possível a 10 rapazolas levarem a cabo uma tarefa de tal magnitude sem que ninguém conseguisse detê-los? Era realmente inevitável ter morrido tanta gente?

Jerusalém, 2 de Julho de 2008. Um islamista palestiniano ao volante de um caterpilar irrompe numa movimentada rua da cidade e leva tudo à frente, procurando matar o máximo número possível de israelitas. Mata 4 pessoas e entretanto um transeunte sobe à máquina e abate-o com um tiro na cabeça.

Em ambas as situações, o mais fácil será criticar a reacção lenta da polícia e fazer rolar uma ou duas cabeças, para apaziguar as fúrias.

Mas na verdade é manifestamente impossível a qualquer Polícia, por mais eficaz que seja, alcançar a ubiquidade e a omnipotência, protegendo todo e qualquer cidadão em todos os momentos e lugares, a menos que se materialize a ficção Minority Report, de Philip K.Dick

No caso de Mumbai, Sebastian D'Souza um fotógrafo indiano que, pelo nome português, deverá ser oriundo de Goa, e que tirou algumas das fotos que correram mundo, disse a certa altura que "Só queria ter uma arma e não uma máquina fotográfica". Nesta exclamação enraivecida está toda uma filosofia.

O estado indiano, como bastantes outros estados no mundo, segue a via dogmática da correcção política e proíbe os seus cidadãos de se protegerem a si mesmos, atribuindo-se a si próprio uma tarefa que não pode cumprir cabalmente. (Curiosamente o “pacifista” Gandhi achava que o direito ao uso e porte de armas era um direito fundamental do indivíduo).

A União Indiana é hoje um dos países do mundo onde é mais difícil obter legalmente uma arma, o que levou, inevitavelmente, ao florescimento de um mercado negro rampante, onde qualquer cidadão que se disponha a contornar al lei, obtem as armas que quer a preços 30 e 40 vezes mais baixos do que os que são praticados no exíguo e quase inexistente mercado legal.

A União Indiana é o exemplo perfeito das perversões da cançoneta politicamente correcta do controle das armas. O resultado final das leis restritivas não é a paz e a harmonia, mas sim uma sociedade em que os criminosos têm as armas que querem e os cidadãos que procuram viver de acordo com a lei estão completamente indefesos perante um ataque inopinado.

Os indianos judeus que estavam no Centro Judeu, desarmados pelas leis "progressistas" do seu país, acabaram a tentar repelir os islamistas à pedrada e foram evidentemente abatidos como cães, pelo fogo mortífero das AK-47. Esta situação repete-se por todo o globo. Nos campus americanos, e em alguns estabelecimentos comerciais, regulamentos "progressistas" estribados na vaga de correcção política, criaram belíssimas e floribélicas "gun free zones", onde está proibido o uso e porte de arma. O resultado é sempre o mesmo: um único indivíduo armado, transforma a "gun free zone" num matadouro, agindo com total liberdade.

Face a esta realidade, a correcção política enterra a cabeça na areia, e recomenda ainda mais controle das armas, como um bêbado que quer tratar a ressaca com umas goladas de aguardente ainda mais forte.

Como nos deixámos encurralar na irracionalidade?

http://o-lidador.blogspot.com/2008/12/as-armas-e-mumbai.html

Offline Herf

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Re: Desarmamento
« Resposta #1 Online: 17 de Dezembro de 2008, 23:05:05 »
Mumbai photographer: I wish I'd had a gun, not a camera. Armed police would not fire back

Jerome Taylor talks to the photographer whose picture went around the world

Saturday, 29 November 2008


A gunman walks at the Chatrapathi Sivaji Terminal railway station in Mumbai, India, Wednesday, Nov. 26, 2008. Teams of gunmen stormed luxury hotels, a popular restaurant, hospitals and a crowded train station in coordinated attacks across India's financial capital, killing people, taking Westerners hostage and leaving parts of the city under siege Thursday, police said. A group of suspected Muslim militants claimed responsibility. AP

It is the photograph that has dominated the world's front pages, casting an astonishing light on the fresh-faced killers who brought terror to the heart of India's most vibrant city. Now it can be revealed how the astonishing picture came to be taken by a newspaper photographer who hid inside a train carriage as gunfire erupted all around him.

Sebastian D'Souza, a picture editor at the Mumbai Mirror, whose offices are just opposite the city's Chhatrapati Shivaji station, heard the gunfire erupt and ran towards the terminus. "I ran into the first carriage of one of the trains on the platform to try and get a shot but couldn't get a good angle, so I moved to the second carriage and waited for the gunmen to walk by," he said. "They were shooting from waist height and fired at anything that moved. I briefly had time to take a couple of frames using a telephoto lens. I think they saw me taking photographs but theydidn't seem to care."

The gunmen were terrifyingly professional, making sure at least one of them was able to fire their rifle while the other reloaded. By the time he managed to capture the killer on camera, Mr D'Souza had already seen two gunmen calmly stroll across the station concourse shooting both civilians and policemen, many of whom, he said, were armed but did not fire back. "I first saw the gunmen outside the station," Mr D'Souza said. "With their rucksacks and Western clothes they looked like backpackers, not terrorists, but they were very heavily armed and clearly knew how to use their rifles.

"Towards the station entrance, there are a number of bookshops and one of the bookstore owners was trying to close his shop," he recalled. "The gunmen opened fire and the shopkeeper fell down."

But what angered Mr D'Souza almost as much were the masses of armed police hiding in the area who simply refused to shoot back. "There were armed policemen hiding all around the station but none of them did anything," he said. "At one point, I ran up to them and told them to use their weapons. I said, 'Shoot them, they're sitting ducks!' but they just didn't shoot back."

As the gunmen fired at policemen taking cover across the street, Mr D'Souza realised a train was pulling into the station unaware of the horror within. "I couldn't believe it. We rushed to the platform and told everyone to head towards the back of the station. Those who were older and couldn't run, we told them to stay put."

The militants returned inside the station and headed towards a rear exit towards Chowpatty Beach. Mr D'Souza added: "I told some policemen the gunmen had moved towards the rear of the station but they refused to follow them. What is the point if having policemen with guns if they refuse to use them? I only wish I had a gun rather than a camera."

http://www.belfasttelegraph.co.uk/news/world-news/article14086308.ece

Temma

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Re: Desarmamento
« Resposta #2 Online: 17 de Dezembro de 2008, 23:17:01 »
Efeitos de políticas para minorar a violência devem ser avaliadas através de estatísticas.


Citar um caso de TERRORISTAS é evidência anedótica.


e outra. política de restrição as armas também deve dificultar o acesso a elas. tem que ter um combate real, também a qualquer comércio ilegal.



Se não vão falar do nefasto Japão com sua CATASTRÓFICA política de restrição de armas que ATENTA tão frontalmente a liberdade individual, deixem a Índia em paz.





Offline FxF

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Re: Desarmamento
« Resposta #3 Online: 18 de Dezembro de 2008, 00:15:19 »
Isso não pode simplesmente ser reduzido a uma questão de "desarmamento".

É impossível eliminar as armas do Brasil, enquanto mundo a fora guerrilheira leva AK-47, aqui no Brasil isso é arma de traficante. Ok eu admito, uma bomba atômica resolve grande parte do problema, mas criaria outros piores ainda.

Desarmamento só funcionaria contra os cumpridores da lei. Um sujeito que vai assaltar um banco vai se preocupar com porte ilegal de arma? Talvez ele também vá se preocupar em pagar o imposto de renda pelo dinheiro roubado...

Mas ainda existe a possibilidade de penas duras como declarar pena de morte para quem andar armado. Ao menos pelas palavras parece algo plausível.

Offline Luis Dantas

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Re: Desarmamento
« Resposta #4 Online: 18 de Dezembro de 2008, 00:20:17 »
Desarmamento é uma boa idéia, desde que haja autoridades efetivamente capazes de fiscalizá-lo. 

Não funciona no Rio de Janeiro, em Mumbai e em outros lugares porque a situação lá já se degenerou a tal ponto que cabe perguntar se há verdadeira ordem social.
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Em 18 de janeiro de 2010, ainda não vejo motivo para postar aqui. Estou nos fóruns Ateus do Brasil, Realidade, RV.  Se a Moderação reconquistar meu respeito, eu volto.  Questão de coerência.

Offline Barata Tenno

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Re: Desarmamento
« Resposta #5 Online: 18 de Dezembro de 2008, 00:23:12 »
Efeitos de políticas para minorar a violência devem ser avaliadas através de estatísticas.


Citar um caso de TERRORISTAS é evidência anedótica.


e outra. política de restrição as armas também deve dificultar o acesso a elas. tem que ter um combate real, também a qualquer comércio ilegal.



Se não vão falar do nefasto Japão com sua CATASTRÓFICA política de restrição de armas que ATENTA tão frontalmente a liberdade individual, deixem a Índia em paz.







Se é pra usar o exemplo do Japão, ele pode usar o exemplo da Suiça, onde todo cidadão adulto tem um fuzil em casa.
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Offline Dodo

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Re: Desarmamento
« Resposta #6 Online: 18 de Dezembro de 2008, 01:05:50 »
Fatos:

- O motorista do trator foi morto não com um, mas com três tiros, disparados por um civil e um policial de fronteira.

- O ataque terrorista em Mumbai foi planejado, as ações, mesmo um tanto amadoras, foram sincronizadas. O efeito surpresa, independente de quantos tenham uma arma a mão para impedir o que quer que seja, conta, e muito, a favor de quem dele se aproveita.

- Terroristas ou criminosos não se importam com os riscos, ou agem como se estes não existissem, estando preparados para quaisquer consequências, diferente do cidadão comum ou agente da lei, que pensa antes de agir.

Resumindo: mais uma merda olaviana saída da cabeça dos seus discípulos.
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Alfred E. Newman

Offline Herf

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Re: Desarmamento
« Resposta #7 Online: 18 de Dezembro de 2008, 03:09:15 »
- Terroristas ou criminosos não se importam com os riscos, ou agem como se estes não existissem,
Absurdo. Simplesmente absurdo. Não há mais nada para dizer sobre esse seu comentário.

Offline Herf

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Re: Desarmamento
« Resposta #8 Online: 18 de Dezembro de 2008, 03:41:10 »
Um comentário do user f.k.a. Cabeção do RV sobre o mesmo texto, que não resisti em colar aqui:

Citar
O grande erro do esquerdismo de boa fé é o de acreditar que uma lei tenha o poder de modificar a estrutura da realidade exatamente na direção que ele tencionava, e não criar distorções ainda mais graves.

Eles realmente acreditam que ao proporem leis que tornem mais difícil demitir ou que aumentem os salários mínimos eles estarão aumentando a segurança dos empregados.

Eles realmente acreditam que leis que impeçam o cidadão de possuir armas para se defender eliminarão as armas que abastecem criminosos.

A idéia de ação de um esquerdista é passar leis pretenciosamente direcionadas para fazer aquilo que ele acredita ser correto, mas infelizmente ele está enganado a respeito de como leis funcionam.

Leis e decretos não alteram a realidade perfeitamente, elas funcionam como incentivos para os quais as pessoas reagem. E decretar que civis não portarão armas é um incentivo para criminosos, assim como decretar um salário mínimo alto é um desestímulo para empregadores.

Leis esquerdistas não modificam a moral dos criminosos, nem tornam empregadores capazes de empregar funcionários com salários maiores. Mas para vencer o desemprego, é preciso empregadores mais capazes de empregar, assim como para vencer o crime, é preciso derrotar os criminosos e isolá-los do resto das pessoas.

Leis esquerdistas fazem exatamente o contrário do que era a intenção original dos esquerdistas de boa fé. Em todas as circunstâncias. Não há nada mais ingênuo do que um esquerdista de boa fé.

http://www.rv.cnt.br/viewtopic.php?t=18187

Offline FxF

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Re: Desarmamento
« Resposta #9 Online: 18 de Dezembro de 2008, 04:12:41 »
O grande erro do esquerdismo de boa fé é o de acreditar que uma lei tenha o poder de modificar a estrutura da realidade exatamente na direção que ele tencionava, e não criar distorções ainda mais graves.
(...)
Leis e decretos não alteram a realidade perfeitamente, elas funcionam como incentivos para os quais as pessoas reagem. E decretar que civis não portarão armas é um incentivo para criminosos, assim como decretar um salário mínimo alto é um desestímulo para empregadores.
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Temma

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Re: Desarmamento
« Resposta #10 Online: 18 de Dezembro de 2008, 08:36:02 »

Se é pra usar o exemplo do Japão, ele pode usar o exemplo da Suiça, onde todo cidadão adulto tem um fuzil em casa.

exato. mas aí vê-se que não pode se ater apenas à proibição



enquanto isso...



Número de mortes por arma de fogo cai após Estatuto do Desarmamento


Rosanne D'Agostino
Do UOL Notícias
Em São Paulo

Desde 2003, quando foi aprovado o Estatuto do Desarmamento, o número de mortes ocasionadas por armas de fogo no país sofreu queda. É o que mostra estudo realizado pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) sobre os resultados das ações do poder público entre 1996 e 2007.

Segundo os dados recolhidos do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) do Ministério da Saúde, 39.325 brasileiros tiveram mortes causadas por armas de fogo em 2003, pico dentro do período. Desde então, só houve novo aumento em 2006, mas a cifra voltou a cair, 16,6%, até 2007. O número crescia sistematicamente desde 1996.

A lei entrou em vigor em dezembro de 2003 e, além de uma série de restrições, proíbe o porte de armas por civis. Antes, campanhas incentivavam o desarmamento em todo o país.



A região com o maior número desse tipo de morte é a Sudeste, que representava 53% do total de 2003 (21.107 mortes). Em 2006, a cifra diminuiu, chegando a 13.738, redução que vinha acontecendo desde a entrada em vigor do estatuto.

Já no Nordeste houve um aumento constante durante todo o período analisado: de 6.012 para 11.848 mortes. O mesmo ocorre, em menor intensidade, na região Sul, onde houve 2.862 mortes em 1996 e 4.385 em 2006.

Uma das conclusões do instituto é de que medidas como as novas leis de reforma do Código do Processo Penal, novos regulamentos infralegais e o aprimoramento da execução penal contribuem para combater os maiores problemas hoje existentes na área de segurança, como os altos índices de criminalidade, a impunidade, a dificuldade de acesso à Justiça para resolver conflitos cotidianos, a morosidade e as violações de direitos no sistema penitenciário.
LEIA MAIS


Políticas públicas de segurança, no entanto, privilegiaram a construção de estabelecimentos penais estaduais. Segundo o estudo, em 2007 foram investidos R$ 127,4 milhões para agregar 4.799 vagas ao sistema prisional e apenas R$ 1,9 milhão em programas de incentivo à aplicação de penas alternativas.

Além disso, o boletim de "Políticas Sociais - acompanhamento e análise" do instituto cita relatório de gestão de 2007 da Coordenação-Geral do Programa de Fomento às Penas e Medidas Alternativas (CGPMA), segundo o qual seriam aplicáveis as penas alternativas para um terço da massa carcerária (140 mil detentos). Do total de 2.510 comarcas existentes no Brasil, porém, apenas 267 (10,6%) desenvolvem serviços especializados de monitoramento na área penal e de medidas alternativas.

Ainda conforme o estudo, as ações ostensivas da Força Nacional de Segurança Pública, embora permitam que a União atenda ao pedido de Estados em situações graves, drenam recursos para operações que deveriam ser executadas pelas próprias polícias militares estaduais. "Em geral, nestes casos, a União vem atuando mais nas emergências do presente que na mudança do sistema de segurança pública brasileiro."


http://noticias.uol.com.br/cotidiano/2008/12/17/ult5772u2237.jhtm




É verdade que o título da reportagem não condiz com seu conteúdo. E me parece um tanto difícil 'isolar' todas essas variáveis pra determinar o quê provocou a queda no número de mortes, Mas reparem, milhares de cidadãos comuns se desfizeram de suas armas voluntariamente, e nem por isso a violência aumentou. Como isso é explicado pela linda teoria de que diz que com o cidadão armado a violência diminui?


Ah, claro. Talvez o que tenha diminuido seja o número de baixas somente de criminosos, que antes eram mortos pelos cidadãos de bem, no revide,  agora já podem escapar impunes, pois as pessoas de bem foram doutrinadas a se livrar daquilo que lhes garante a segurança. O título do texto está claramente manipulado.  :stunned:
« Última modificação: 18 de Dezembro de 2008, 08:57:54 por Temma »

Offline Diegojaf

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Re: Desarmamento
« Resposta #11 Online: 18 de Dezembro de 2008, 09:17:55 »
Começo a me preocupar em andar desarmado no Brasil...

- Terroristas ou criminosos não se importam com os riscos, ou agem como se estes não existissem, estando preparados para quaisquer consequências, diferente do cidadão comum ou agente da lei, que pensa antes de agir.

O criminoso antes de praticar o crime também pesa o custo/benefício. Somente psicopatas não se importam com o retorno pelo crime. Sequestradores, assaltantes, traficantes, todos eles analisam se é ou não vantajoso praticar o crime.

Vide como exemplo aquele moleque de 11 anos que já foi preso 9 vezes por roubo de carros. Ele provavelmente já roubou/furtou um número muito maior de veículos, mas foi preso "apenas" 9 vezes e posto em liberdade logo em seguida, graças ao ECA que o trata ainda como criança e não como adolescente, passível de alguma pena "reeducativa". Mas é fácil saber que ele concluiu que os crimes praticados por ele e a impossibilidade de ser punido dão a ele mais vantagens do que desvantagens para continuar praticando crimes.
"De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto." - Rui Barbosa

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Offline Dodo

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Re: Desarmamento
« Resposta #12 Online: 18 de Dezembro de 2008, 09:30:14 »
Começo a me preocupar em andar desarmado no Brasil...

- Terroristas ou criminosos não se importam com os riscos, ou agem como se estes não existissem, estando preparados para quaisquer consequências, diferente do cidadão comum ou agente da lei, que pensa antes de agir.

O criminoso antes de praticar o crime também pesa o custo/benefício. Somente psicopatas não se importam com o retorno pelo crime. Sequestradores, assaltantes, traficantes, todos eles analisam se é ou não vantajoso praticar o crime.

Vide como exemplo aquele moleque de 11 anos que já foi preso 9 vezes por roubo de carros. Ele provavelmente já roubou/furtou um número muito maior de veículos, mas foi preso "apenas" 9 vezes e posto em liberdade logo em seguida, graças ao ECA que o trata ainda como criança e não como adolescente, passível de alguma pena "reeducativa". Mas é fácil saber que ele concluiu que os crimes praticados por ele e a impossibilidade de ser punido dão a ele mais vantagens do que desvantagens para continuar praticando crimes.

Olha, mesmo com todo o aparato judicial que temos para punir criminosos, o crime só aumenta, ao invés de diminuir. Foi a isso que me referi, por isso acrescentei a frase "ou agem como se estes não existissem (riscos)". O cidadão comum, armado ou não, frente a um criminoso, tem contra si o fator surpresa. Eu não quis dar a impressão de que imagino que todos os criminosos agem impulsivamente, sem se importar com os riscos.
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Alfred E. Newman

Offline JJ

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Re: Desarmamento
« Resposta #13 Online: 18 de Dezembro de 2008, 22:23:23 »

Sou a favor de  se poder ter arma de fogo em casa  ou no trabalho, tanto é que votei  "não" a proibição de se comprar e ter  armas.


Quanto ao porte de arma, considero que deve ser bem mais restrito  pois tem muita gente que por pouca coisa já usaria contra outras pessoas.


Aliás, gostaria de saber como  é  questão do porte de arma nos EUA . Qualquer pessoa comum pode portar arma  de fogo  na rua ou em locais públicos ??     :?:
 

Offline Herf

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Re: Desarmamento
« Resposta #14 Online: 18 de Dezembro de 2008, 22:26:22 »
Aliás, gostaria de saber como  é  questão do porte de arma nos EUA . Qualquer pessoa comum pode portar arma  de fogo  na rua ou em locais públicos ??     :?:
Depende do estado. Em alguns é proibido, em outros é permitido andar em público com uma arma escondida, como, por exemplo, em baixo do casaco.

Offline guicn

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Re: Desarmamento
« Resposta #15 Online: 18 de Dezembro de 2008, 22:38:46 »
Mas a atual suprema corte americana autoriza o porte de armas em casa (para qualquer pessoa)?
Me lembro de ter ouvido algo assim, que ela permitiu o porte de armas em casa.

Offline FxF

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Re: Desarmamento
« Resposta #16 Online: 20 de Dezembro de 2008, 04:36:51 »
Começo a me preocupar em andar desarmado no Brasil...
- Terroristas ou criminosos não se importam com os riscos, ou agem como se estes não existissem, estando preparados para quaisquer consequências, diferente do cidadão comum ou agente da lei, que pensa antes de agir.
O criminoso antes de praticar o crime também pesa o custo/benefício. Somente psicopatas não se importam com o retorno pelo crime. Sequestradores, assaltantes, traficantes, todos eles analisam se é ou não vantajoso praticar o crime.

Vide como exemplo aquele moleque de 11 anos que já foi preso 9 vezes por roubo de carros. Ele provavelmente já roubou/furtou um número muito maior de veículos, mas foi preso "apenas" 9 vezes e posto em liberdade logo em seguida, graças ao ECA que o trata ainda como criança e não como adolescente, passível de alguma pena "reeducativa". Mas é fácil saber que ele concluiu que os crimes praticados por ele e a impossibilidade de ser punido dão a ele mais vantagens do que desvantagens para continuar praticando crimes.
Eu acho que você não entendeu... seqüestro, assalto ou tráfico JÁ é crime.
Já existem leis contra o uso indevido de armas, leis contra o uso geral de armas só se aplicariam ao grupo que não usa indevidamente.

Offline Luis Dantas

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Re: Desarmamento
« Resposta #17 Online: 20 de Dezembro de 2008, 10:33:04 »
Mas a atual suprema corte americana autoriza o porte de armas em casa (para qualquer pessoa)?
Me lembro de ter ouvido algo assim, que ela permitiu o porte de armas em casa.

Sempre foi permitido, desde a época das Treze Colônias (quando era parte da política de resistência às forças armadas britânicas).  Se por acaso deixou de ser, então muita gente ficou incomodada por lá.
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Em 18 de janeiro de 2010, ainda não vejo motivo para postar aqui. Estou nos fóruns Ateus do Brasil, Realidade, RV.  Se a Moderação reconquistar meu respeito, eu volto.  Questão de coerência.

Offline Diegojaf

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Re: Desarmamento
« Resposta #18 Online: 20 de Dezembro de 2008, 10:39:38 »
Começo a me preocupar em andar desarmado no Brasil...
- Terroristas ou criminosos não se importam com os riscos, ou agem como se estes não existissem, estando preparados para quaisquer consequências, diferente do cidadão comum ou agente da lei, que pensa antes de agir.
O criminoso antes de praticar o crime também pesa o custo/benefício. Somente psicopatas não se importam com o retorno pelo crime. Sequestradores, assaltantes, traficantes, todos eles analisam se é ou não vantajoso praticar o crime.

Vide como exemplo aquele moleque de 11 anos que já foi preso 9 vezes por roubo de carros. Ele provavelmente já roubou/furtou um número muito maior de veículos, mas foi preso "apenas" 9 vezes e posto em liberdade logo em seguida, graças ao ECA que o trata ainda como criança e não como adolescente, passível de alguma pena "reeducativa". Mas é fácil saber que ele concluiu que os crimes praticados por ele e a impossibilidade de ser punido dão a ele mais vantagens do que desvantagens para continuar praticando crimes.
Eu acho que você não entendeu... seqüestro, assalto ou tráfico JÁ é crime.
Já existem leis contra o uso indevido de armas, leis contra o uso geral de armas só se aplicariam ao grupo que não usa indevidamente.

??
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Offline Zeichner

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Re: Desarmamento
« Resposta #19 Online: 20 de Dezembro de 2008, 12:56:25 »
O grande erro do esquerdismo de boa fé é o de acreditar que uma lei tenha o poder de modificar a estrutura da realidade exatamente na direção que ele tencionava, e não criar distorções ainda mais graves.
(...)
Leis e decretos não alteram a realidade perfeitamente, elas funcionam como incentivos para os quais as pessoas reagem. E decretar que civis não portarão armas é um incentivo para criminosos, assim como decretar um salário mínimo alto é um desestímulo para empregadores.
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Achar que vão mudar a sociedade apenas porque colocaram uma lei num papel é muita inocência... ou pior. No momento em que as coisas não se resolvem apenas porque a lei existe ( vide lei-seca ), começam a dizer: "Estão vendo, a sociedade não tem jeito, não obedecem à leis", o que pode servir de pretesto à criação de um estado de excessão.
Por isso não sei se é inocência ou se é planejamento estratégico. Mas a massa de esquerdinhas que realmente acreditam na 'revolução" são usados como massa de manobras inocentes. A estes está reservada o segundo estoque de balas quando vier a revolução, como nos ensinou Stálin.

Offline Spitfire

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Re: Desarmamento
« Resposta #20 Online: 20 de Dezembro de 2008, 19:54:29 »
Eu não tenho arma (de fogo) em casa... mas gosto de saber que tenho o direito, se quiser, em uma eventualidade, de ter uma.

Mesmo que seja um direito que nunca usarei, prefiro ter o direito do que não tê-lo.  :ok:

Offline Dodo

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Re: Desarmamento
« Resposta #21 Online: 20 de Dezembro de 2008, 22:15:04 »
Eu gostaria de saber o que é uma lei direitista, e se os adeptos das armas de fogo sabem ao menos atirar.

Eu sei atirar... nasci em vila que só tinha marginal e fui soldado do exército.

Você é único, assim como todos os outros.
Alfred E. Newman

Offline Ricardo RCB.

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Re: Desarmamento
« Resposta #22 Online: 20 de Dezembro de 2008, 22:21:58 »
Eu gostaria de saber o que é uma lei direitista

Não faço a menor idéia. E com os políticos desse país (de ambos os lados) dá até medo de imaginar.

, e se os adeptos das armas de fogo sabem ao menos atirar.

Não acho que saber atirar seja condição necessária para defender a idéia do direito a ter arma de fogo em casa.

Eu pessoalmente acho que a idéia de que cidadãos tenham o direito de ter uma arma de fogo em casa é interessante.

Talvez fosse necessário condicionar a autorização a ter a arma em casa a um treinamento básico com armas, e como colocou o Spitfire :

Mesmo que seja um direito que nunca usarei, prefiro ter o direito do que não tê-lo.  :ok:
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Donald Kendall

Offline FxF

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Re: Desarmamento
« Resposta #23 Online: 20 de Dezembro de 2008, 22:49:51 »
Eu não tenho arma (de fogo) em casa... mas gosto de saber que tenho o direito, se quiser, em uma eventualidade, de ter uma.

Mesmo que seja um direito que nunca usarei, prefiro ter o direito do que não tê-lo.  :ok:
Dizem as más línguas que no Brasil você se ferra se atirar em um assaltante durante ato. (deve de ser o Direito dus Manos em ação)

Offline guicn

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Re: Desarmamento
« Resposta #24 Online: 21 de Dezembro de 2008, 02:08:58 »
Cara, se não se pode atirar em um assaltante durante o ato, qual o objetivo de ter uma arma?

 

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