Autor Tópico: Bolívia é o 3° país da América Latina livre de analfabetismo  (Lida 3293 vezes)

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Offline JJ

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Bolívia é o 3° país da América Latina livre de analfabetismo
« Online: 22 de Dezembro de 2008, 20:27:09 »

Bolívia é o 3° país da América Latina livre de analfabetismo


Depois de Cuba e Venezuela, a Bolívia tornou-se, dia 20 de dezembro, área livre de analfabetismo. Mais de 819 mil pessoas foram alfabetizadas em um universo de 824.101 analfabetos detectados. Mobilização envolveu trabalho de 130 assessores cubanos e 47 venezuelanos que capacitaram técnicos bolivianos na aplicação do método audiovisual cubano "Yo sí puedo". Programa Nacional de Alfabetização teve um custo estimado de 36,7 milhões de dólares.

Rosa Rojas - La Jornada
Data: 22/12/2008

La Paz – Com três anos de formidável mobilização social, somada à vontade política de um indígena que queria ser presidente para alfabetizar a Bolívia e à solidariedade dos governos e povos de Cuba e Venezuela, se logrou a proeza: neste sábado, 20 de dezembro, o segundo país pobre da América depois do Haiti foi declarado área livre de analfabetismo. A Bolívia converteu-se, assim, no terceiro país que conseguiu vencer o analfabetismo na América Latina, depois de Cuba, em 1961, e da Venezuela, com apoio cubano, em 2005. Os números: 819.417 pessoas alfabetizadas em um universo de 824.101 analfabetos detectados (99,5%); 28.424 pontos de alfabetização criados nos nove departamentos da Bolívia; 130 assessores cubanos e 47 venezuelanos que capacitaram 46.457 facilitadores e 4.810 supervisores bolivianos na aplicação do método audiovisual cubano “Yo sí puedo”.

E algo mais: aqui o analfabetismo tinha “cara de mulher”, dado que mais de 85% dos alfabetizados eram do gênero feminino, explicou à La Jornada o embaixador cubano na Bolívia, Rafael Dausá. As mulheres também eram a maioria de um grupo ruidoso que, às sete da manhã de um domingo, na comunidade de Quila Quila, departamento de Chuquisaca, compareceu para sua aula de alfabetização no local instalado junto ao museu paleontológico construído pelos membros da comunidade para albergar os restos de animais pré-históricos encontrados no lugar. Ali, dona Juana, de uns 70 anos, segurava seu lápis com o punho cerrado enquanto murmurava angustiada “não vou conseguir”. Ao final da primeira meia hora em frente ao televisor olhando o “Yo sí puedo” com a ajuda de um facilitador, ela sorria enquanto se esforçava para desenhar sua primeira linha de redondos “os”.

Um painel solar dava energia à televisão e ao aparelho de vídeo-cassete utilizado para dar as aulas nessa comunidade. Cuba doou para o Programa Nacional de Alfabetização da Bolívia (PNA) 30 mil televisores e uma igual quantidade de aparelhos de vídeo, 1,2 milhão de cartilhas, os correspondentes jogos das 17 fitas do método audiovisual e os manuais para os facilitadores. Cubanos e venezuelanos doaram também 8.350 painéis solares para outras comunidades carentes de energia elétrica na intrincada geografia boliviana, salpicada de povos marginalizados. O embaixador Rafael Dausá nunca falou de dinheiro. Quem deu as cifras foi o ministro de Educação boliviano, Rafael Aguilar, que informou que o PNA teve um custo de 260 milhões de bolivianos, ou seja, um valor equivalente a cerca de 36,7 milhões de dólares.

Esse dado, porém, não quantifica a energia, a solidariedade, a vontade de aprender, o esforço continuado, as caminhadas de horas e horas para chegar a uma comunidade e assistir aulas depois de uma árdua jornada no campo, de um dia de vendas no mercado ou na rua, uma longa manhã ou tarde engraxando sapatos ou depois do dificultoso exercício de serviços sexuais. Tampouco quantifica a dedicação e o carinho desses assessores cubanos e venezuelanos que deixaram seu país, seu lugar, sua família, por dois anos para colaborar na missão de eliminar o analfabetismo. É um trabalho que, na Bolívia, significou “uma experiência dura, mas muito linda”, nas palavras da assessora cubana Maribel Romagosa, que exigiram enfrentar condições – como o clima frio e a altitude – totalmente diferentes das encontradas em Cuba.

A tarefa não esteve isenta de problemas. Algumas autoridades municipais não cooperavam com o transporte para mobilizar as comunidades mais afastadas. Alguns diretores de unidades educacionais ou de serviço social se negavam a emprestar um local para as aulas, segundo o facilitador Joaquín Calle. Além disso, alguns dos alfabetizados aprenderam escassamente a assinar seu nome e a reconhecer algumas letras, como se pode comprovar com egressos do curso. As profissionais do sexo que oferecem seus serviços em uma praça pública de La Paz não puderam assistir aulas com o tradicional equipamento de televisão e vídeo-cassete. Calle, que trabalhou com elas, relatou que elas assistiam as aulas sob um pórtico, “onde o equipamento poderia ser roubado”. Nesse lugar, sentadas no chão, conversamos com cinco delas que se ufanavam de já saber ler, escrever e assinar seu nome.

Uma história de marginalização e de exclusão por detrás de cada analfabeto. Uma epopéia pessoal e coletiva de vontade e dignidade por detrás de cada uma e cada um que recebeu seu diploma ao graduar-se no “Yo sí puedo” em cerimônias encabeçadas pelo diretor da escola, do asilo de idosos, do líder do mercado, onde se ministraram os cursos, ou do presidente boliviano Evo Morales, que assistiu a dezenas dessas cerimônias portando invariavelmente o colar de flores, frutas ou pães que colocam em seu pescoço e o punhado de confetes que jogavam em seu cabelo cada vez que assisti às festas de conclusão das aulas. Cerimônias que, geralmente, foram silenciadas pelos meios de comunicação bolivianos que apenas ocasionalmente as registravam, mas destacando uma declaração controversa do presidente.

Como iniciou o PNA? Dausá explicou que em uma conversa entre o então presidente eleito da Bolívia e o ainda presidente Fidel Castro, no dia 29 de dezembro de 2005, eles falaram de uma nova etapa que se abria no país andino e firmaram um documento com uma série de acordos para apoios em matéria de saúde e educação, nos quais se estabelecia especificamente o apoio que Havana daria a Bolívia para implementar o PNA. Menos de dois meses depois, na segunda metade de fevereiro de 2006, chegaram os primeiros assessores cubanos da campanha e os cursos foram inaugurados em Camiri, departamento de Santa Cruz, no dia 1° de março. Em 1° de junho se fez a primeira graduação em Cochabamba. Agora, no dia 20 de dezembro de 2008, a Bolívia é declarada “livre de analfabetismo como fenômeno social”, indicou o diplomata.

Não pode haver analfabetismo zero, porque sempre há alguma pessoa incapacitada que não pode ou alguma pessoa que não quer aprender a ler e escrever. Os padrões reconhecidos pela Organização das Nações Unidas estão em torno de 3,9 ou 4%; se existe uma cifra como essa ou menor, considera-se um país livre de analfabetismo como fenômeno social. O índice cubano é de aproximadamente 0,7%, diz Rafael Dausá. Com o método “Yo sí puedo” já foram alfabetizadas mais de 3 milhões de pessoas no mundo. Atualmente, esse método está sendo implementado em 28 países, incluindo o México, com o apoio de assessores cubanos. Para atingir esses resultados, o programa foi adaptado em mais de 16 versões, porque não é a mesma coisa alfabetizar alguém no Haiti do que o fazê-lo na Venezuela ou na Bolívia.

Assim, um grupo de bolivianos foi a Cuba para gravar o método em espanhol, em quechua e em aymara. A expectativa era alfabetizar 200 mil pessoas em quechua (só se conseguiu fazê-lo com 24 mil) e 300 mil em aymara (mas unicamente 30 mil solicitaram alfabetização neste idioma). A grande maioria preferiu o espanhol, explicou o diretor nacional de Alfabetização, Benito Ayma. “Antes, falar aymara e quechua era muito mais difícil, porque até para os jovens era uma vergonha falar em sua própria língua; este é um processo que tem que mudar; o governo do povo encabeçado por Evo tem apenas três anos, mas ainda há uma dívida histórica”, assinalou Ayma. Além disso, detalhou, foram entregues 200 mil óculos aos participantes do Programa Nacional de Alfabetização que apresentaram problemas de visão.

Rafael Dausá e Benito Ayma anunciaram que uma segunda etapa, a da pós-alfabetização, será iniciada em fevereiro de 2009 com o programa “Yo sí puedo seguir” para a implementação do ciclo básico (primário), com um período de dois ou três anos, com conteúdos de espanhol, matemática, geografia, história e ciências. “Acredito francamente que estamos a ponto de realizar uma tarefa muito importante na Bolívia, e temos trabalhado nisso com grande seriedade, sobretudo sabendo que sempre vamos enfrentar muitos críticos que jamais fizeram alguma coisa até hoje para alfabetizar o povo da Bolívia, mas que, diante de uma tarefa tão importante como esta, tratarão de questionar os resultados”, comentou Dausá.

Tradução: Katarina Peixoto


http://www.cartamaior.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=15446


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Está aí uma importante e benéfica ação do governo boliviano.  :ok:


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Offline Nyx

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Re: Bolívia é o 3° país da América Latina livre de analfabetismo
« Resposta #1 Online: 22 de Dezembro de 2008, 20:53:56 »
Estranho, eu achava que o Uruguai também não tinha analfabetismo.

Offline Arcanjo Lúcifer

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Re: Bolívia é o 3° país da América Latina livre de analfabetismo
« Resposta #2 Online: 22 de Dezembro de 2008, 21:11:34 »
Citar
Além disso, alguns dos alfabetizados aprenderam escassamente a assinar seu nome e a reconhecer algumas letras, como se pode comprovar com egressos do curso.

Está explicado.

O cara assina o próprio nome e entra para as estatísticas do governo como "alfabetizado".

Offline Arcanjo Lúcifer

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Re: Bolívia é o 3° país da América Latina livre de analfabetismo
« Resposta #3 Online: 22 de Dezembro de 2008, 21:13:39 »
Agora acho que podem até votar se a lei  não permite o voto de analfabetos, deu para entender tudo.

Offline Moro

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Re: Bolívia é o 3° país da América Latina livre de analfabetismo
« Resposta #4 Online: 22 de Dezembro de 2008, 21:59:20 »
é exatamente isso Arcanjo. É um esforço para as estatísticas. Esse Helder...
“If an ideology is peaceful, we will see its extremists and literalists as the most peaceful people on earth, that's called common sense.”

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Offline Dodo

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Re: Bolívia é o 3° país da América Latina livre de analfabetismo
« Resposta #5 Online: 22 de Dezembro de 2008, 21:59:54 »
Está explicado.

O cara assina o próprio nome e entra para as estatísticas do governo como "alfabetizado".

Olha, pelo menos aqui no Brasil, sempre foi assim.
Existe até o caso de um prefeito analfabeto. Ele apareceu nas páginas amarelas da Veja e declarou que a legislação o permitia ser candidato, porque sabendo assinar o nome, era considerado alfabetizado pela lei vigente.

Estou procurando a lei e a reportagem.
Você é único, assim como todos os outros.
Alfred E. Newman

Offline Moro

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Re: Bolívia é o 3° país da América Latina livre de analfabetismo
« Resposta #6 Online: 22 de Dezembro de 2008, 22:01:55 »
No Brasil tenho certeza que já foi assim. Hoje vejo estatísticas que diferenciam quem sabe assinar do que sabe aprender com o que leu. Mas não estou seguro.
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Offline Arcanjo Lúcifer

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Re: Bolívia é o 3° país da América Latina livre de analfabetismo
« Resposta #7 Online: 22 de Dezembro de 2008, 22:11:12 »
Conheço algumas professoras de primeiro e segundo grau, me explicaram o seguinte:

Na época em que tiveram a brilhante idéia  de instituir aquele programa em que o aluno não pode ser reprovado, o motivo foi que o Governo Estadual pediu um empréstimo no exterior e para mostrar  uma melhora nas estatísticas inventaram a tal progressão continuada...

Então passou a ser comum encontrar na quinta série alunos com 15 anos que mal sabem escrever o nome mas aparecem nas estatísticas  como alfabetizados  e no índice menor de evasão escolar.

Dá para pegar os números e torcer até chegar onde se quer.


Offline Arcanjo Lúcifer

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Re: Bolívia é o 3° país da América Latina livre de analfabetismo
« Resposta #8 Online: 22 de Dezembro de 2008, 22:14:11 »
Está explicado.

O cara assina o próprio nome e entra para as estatísticas do governo como "alfabetizado".

Olha, pelo menos aqui no Brasil, sempre foi assim.
Existe até o caso de um prefeito analfabeto. Ele apareceu nas páginas amarelas da Veja e declarou que a legislação o permitia ser candidato, porque sabendo assinar o nome, era considerado alfabetizado pela lei vigente.

Estou procurando a lei e a reportagem.

Pena que vc não viu uma reportagem da Rede Globo...

Um dos testes para os candidatos a cargos eletivos era apenas COPIAR algo escrito em um papel e o pessoal assim mesmo errava feio.

Offline Dodo

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Re: Bolívia é o 3° país da América Latina livre de analfabetismo
« Resposta #9 Online: 22 de Dezembro de 2008, 22:40:02 »
Pena que vc não viu uma reportagem da Rede Globo...

Um dos testes para os candidatos a cargos eletivos era apenas COPIAR algo escrito em um papel e o pessoal assim mesmo errava feio.

 :o :o :o

Socorro!

Quantos será que se elegeram?

O prefeito foi muito elogiado pela revista.

Ele investiu em educação porque, segundo ele, não saber ler e escrever lhe mostraram o quanto o mundo era difícil para um analfabeto. Uma de suas atitudes foi trocar o quadro de pessoal, existiam professores com primário incompleto e ele contratou outros mais capacitados.
« Última modificação: 22 de Dezembro de 2008, 22:42:39 por Dodo »
Você é único, assim como todos os outros.
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Offline guicn

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Re: Bolívia é o 3° país da América Latina livre de analfabetismo
« Resposta #10 Online: 22 de Dezembro de 2008, 22:59:06 »
Como o Lula ainda não teve essa grandiosa idéia?

Não sabe ler? Não dá nada, assina o nome que as estatisticas te consideram alfabetizado.

Offline Zeichner

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Re: Bolívia é o 3° país da América Latina livre de analfabetismo
« Resposta #11 Online: 23 de Dezembro de 2008, 00:01:00 »
Existem três tipos de mentiras.

Tem mentiras que são o oposto da  verdade.

Tem as mentiras deslavadas, aquelas que são mentiras muito, mas muito , mas muito mentirosas.

e as estatísticas.  ::)


Offline Arcanjo Lúcifer

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Re: Bolívia é o 3° país da América Latina livre de analfabetismo
« Resposta #12 Online: 23 de Dezembro de 2008, 07:15:41 »
Como o Lula ainda não teve essa grandiosa idéia?

Não sabe ler? Não dá nada, assina o nome que as estatisticas te consideram alfabetizado.

E muitos foristas do CC ainda não entendem o motivo de eu não acreditar em números fornecidos pelo governo.

Offline JJ

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Re: Bolívia é o 3° país da América Latina livre de analfabetismo
« Resposta #13 Online: 23 de Dezembro de 2008, 08:30:13 »
Existem três tipos de mentiras.

Tem mentiras que são o oposto da  verdade.

Tem as mentiras deslavadas, aquelas que são mentiras muito, mas muito , mas muito mentirosas.

e as estatísticas.  ::)


Estatísticas   podem   ser utilizadas para enganar pessoas,   entretanto  isso não quer dizer que são sempre  utilizadas  para enganar pessoas.

O uso de estatísticas para enganar pessoas não é exclusivo de qualquer grupo de pessoas !

Por outro lado,  a estatística é fundamental tanto nas ciências chamadas exatas, como nas ciências chamadas  biológicas e sociais. 




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Offline JJ

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Re: Bolívia é o 3° país da América Latina livre de analfabetismo
« Resposta #14 Online: 23 de Dezembro de 2008, 08:32:55 »
Como o Lula ainda não teve essa grandiosa idéia?

Não sabe ler? Não dá nada, assina o nome que as estatisticas te consideram alfabetizado.

E muitos foristas do CC ainda não entendem o motivo de eu não acreditar em números fornecidos pelo governo.


Você não acredita em nenhum número fornecido  por nenhuma entidade  governamental ?  :?:

Offline JJ

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Re: Bolívia é o 3° país da América Latina livre de analfabetismo
« Resposta #15 Online: 23 de Dezembro de 2008, 08:39:19 »
Citar
Além disso, alguns dos alfabetizados aprenderam escassamente a assinar seu nome e a reconhecer algumas letras, como se pode comprovar com egressos do curso.

Está explicado.

O cara assina o próprio nome e entra para as estatísticas do governo como "alfabetizado".


Alguns é diferente de todos :|

Offline Ricardo RCB.

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Re: Bolívia é o 3° país da América Latina livre de analfabetismo
« Resposta #16 Online: 23 de Dezembro de 2008, 08:48:37 »
Citar
Além disso, alguns dos alfabetizados aprenderam escassamente a assinar seu nome e a reconhecer algumas letras, como se pode comprovar com egressos do curso.

Está explicado.

O cara assina o próprio nome e entra para as estatísticas do governo como "alfabetizado".


Alguns é diferente de todos :|

Alguns que saibam apenas assinar o próprio nome e sejam incapazes de ler uma simples frase já são suficientes para negar a afirmação da eliminação completa do analfabetismo.

Exceto para aqueles que consideram que alguém que sabe apenas assinar o próprio nome (e só isso) são alfabetizados.
“The only place where success comes before work is in the dictionary.”

Donald Kendall

Offline Jeanioz

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Re: Bolívia é o 3° país da América Latina livre de analfabetismo
« Resposta #17 Online: 23 de Dezembro de 2008, 09:29:39 »
Ainda bem que o país é pequeno... ::)

Offline JJ

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Re: Bolívia é o 3° país da América Latina livre de analfabetismo
« Resposta #18 Online: 23 de Dezembro de 2008, 10:50:28 »
Citar
Além disso, alguns dos alfabetizados aprenderam escassamente a assinar seu nome e a reconhecer algumas letras, como se pode comprovar com egressos do curso.

Está explicado.

O cara assina o próprio nome e entra para as estatísticas do governo como "alfabetizado".


Alguns é diferente de todos :|

Alguns que saibam apenas assinar o próprio nome e sejam incapazes de ler uma simples frase já são suficientes para negar a afirmação da eliminação completa do analfabetismo.

Exceto para aqueles que consideram que alguém que sabe apenas assinar o próprio nome (e só isso) são alfabetizados.

Do texto :

Citar
Não pode haver analfabetismo zero, porque sempre há alguma pessoa incapacitada que não pode ou alguma pessoa que não quer aprender a ler e escrever. Os padrões reconhecidos pela Organização das Nações Unidas estão em torno de 3,9 ou 4%; se existe uma cifra como essa ou menor, considera-se um país livre de analfabetismo como fenômeno social.


Caso se aplique  um critério ultra rigoroso de não haver uma única pessoa  analfabeta , para que se considere  que um país esteja livre do analfabetismo, então certamente não haverá um único país no mundo livre do analfabetismo.



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Offline Zeichner

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Re: Bolívia é o 3° país da América Latina livre de analfabetismo
« Resposta #19 Online: 23 de Dezembro de 2008, 11:37:08 »
Estas estatísticas são as mesmas que dizem que em Cuba estão os melhores médicos do continente. São apenas propagandas do governo.
Alguém já foi atendido por um médico cubano? Daqueles que receitou aspirina para pacientes com dengue?

Offline Ricardo RCB.

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Re: Bolívia é o 3° país da América Latina livre de analfabetismo
« Resposta #20 Online: 23 de Dezembro de 2008, 11:49:36 »
Estas estatísticas são as mesmas que dizem que em Cuba estão os melhores médicos do continente. São apenas propagandas do governo.
Alguém já foi atendido por um médico cubano? Daqueles que receitou aspirina para pacientes com dengue?

Ei, não fala mal de Cuba não.

Cuba é O Paraíso Socialista na Terra, de acordo com o que foi profetizado por Marx. Lá tudo é lindo, maravilhoso e perfeito. Tudo bem que falta comida, falta até papel higiênico (pelo menos faltava antes, agora não sei se ainda falta ou se dizem por lá que papel higiênico é um mito, algo que nunca existiu), mas lá é O Paraíso Socialista.

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Donald Kendall

Offline Arcanjo Lúcifer

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Re: Bolívia é o 3° país da América Latina livre de analfabetismo
« Resposta #21 Online: 23 de Dezembro de 2008, 12:17:24 »
Como o Lula ainda não teve essa grandiosa idéia?

Não sabe ler? Não dá nada, assina o nome que as estatisticas te consideram alfabetizado.

E muitos foristas do CC ainda não entendem o motivo de eu não acreditar em números fornecidos pelo governo.


Você não acredita em nenhum número fornecido  por nenhuma entidade  governamental ?  :?:

Não, principalmente quando se tratam de governos populistas fornecendo os números.

"O ensino em Cuba é de primeiro mundo!" e logo em seguida vejo uma matéria no jornal onde o ilustre Lullalá queria dar aprovação automática a médicos cubanos no Brasil, os ilustres podem se sentir ofendidos por ter suas qualificações postas à prova?

"A aprovação de Lullalá nas pesquisas é de 70%!", engraçado é que ele toma vaia até em seus redutos eleitorais e é amigo de um dono de instituto de "pesquisas"...

"O IDH em Cuba supera o do Brasil"...engraçado que cansei de ler notícias onde professoras são obrigadas a se prostituir e médicos são obrigados a dirigir táxis e cortar cana...

Não me passa pela cabeça  que um lugar que tem comida racionada e professora faz ponto em esquina pode ter um IDH melhor que o nosso.



Basta vc comparar o que vc pode ver com os números  que divulgam .


Citar
Além disso, alguns dos alfabetizados aprenderam escassamente a assinar seu nome e a reconhecer algumas letras, como se pode comprovar com egressos do curso.

Está explicado.

O cara assina o próprio nome e entra para as estatísticas do governo como "alfabetizado".


Alguns é diferente de todos :|

Vejamos...um programa de alfabetização considera "alfabetizado" um adulto que sabe desenhar o próprio nome, então que motivo tenho para acreditar que são a minoria?


Offline Arcanjo Lúcifer

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Re: Bolívia é o 3° país da América Latina livre de analfabetismo
« Resposta #22 Online: 23 de Dezembro de 2008, 12:24:44 »
Uma pergunta a vc, Helder:

Supondo que vc trabalha em uma empresa e precise de alguém que leia e responda a documentos , vc contrataria alguém "alfabetizado" pelo método bolíviano?

Vc é o responsável pela contratação e seu emprego estará em risco por sua escolha, e então?

O método de alfabetização é válido?

Offline JJ

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Re: Bolívia é o 3° país da América Latina livre de analfabetismo
« Resposta #23 Online: 23 de Dezembro de 2008, 13:37:20 »
Vejamos...um programa de alfabetização considera "alfabetizado" um adulto que sabe desenhar o próprio nome, então que motivo tenho para acreditar que são a minoria?

E onde é que está escrito no texto que o programa de alfabetização aplicado considera "alfabetizado" um adulto que sabe desenhar o próprio nome ?   :?:


Uma pergunta a vc, Helder:

Supondo que vc trabalha em uma empresa e precise de alguém que leia e responda a documentos , vc contrataria alguém "alfabetizado" pelo método bolíviano?

Vc é o responsável pela contratação e seu emprego estará em risco por sua escolha, e então?

O método de alfabetização é válido?


Por que você considera  inválido o método de alfabetização que foi aplicado ??  Com base em qual critério ?


Quanto a pergunta, se o nível de leitura  e escrita  for compatível com o trabalho a ser executado e se o candidato fosse o melhor dentre os que se apresentaram para concorrer à vaga, eu não veria problema de contratar.

Note que uma eventual procura maior do que a oferta de vagas leva normalmente a uma seleção, e  isso não é o mesmo que descartar  logo de cara um candidato porque ele  foi alfabetizado  de uma maneira ou de outra .

Outro ponto que temos que ter em mente é que o objetivo de uma empresa privada é sempre o lucro para o dono da empresa , enquanto que o objetivo do Estado deve ser o bem comum e a garantia de direitos fundamentais para todos os cidadãos.



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« Última modificação: 23 de Dezembro de 2008, 13:58:52 por Helder »

Offline Arcanjo Lúcifer

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Re: Bolívia é o 3° país da América Latina livre de analfabetismo
« Resposta #24 Online: 23 de Dezembro de 2008, 19:27:56 »
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E onde é que está escrito no texto que o programa de alfabetização aplicado considera "alfabetizado" um adulto que sabe desenhar o próprio nome ?   Question

Além disso, alguns dos alfabetizados aprenderam escassamente a assinar seu nome e a reconhecer algumas letras, como se pode comprovar com egressos do curso.

Faz parte do próprio texto que vc postou, está no quinto parágrafo.

Citar
Por que você considera  inválido o método de alfabetização que foi aplicado ??  Com base em qual critério ?

Os caras que acabaram o curso foram avaliados por alguma entidade ou é só a palavra do Imorales que torna isso uma verdade absoluta?

Foi avaliado?

Sim ou não?

Basta ver que um médico cubano receitou aspirina para dengue e vc verá que não dá para confiar muito na palavra do  trio Parada Dura Imorales /Chapolim/Fudeu Castro.

Citar
Quanto a pergunta, se o nível de leitura  e escrita  for compatível com o trabalho a ser executado e se o candidato fosse o melhor dentre os que se apresentaram para concorrer à vaga, eu não veria problema de contratar.

Note que uma eventual procura maior do que a oferta de vagas leva normalmente a uma seleção, e  isso não é o mesmo que descartar  logo de cara um candidato porque ele  foi alfabetizado  de uma maneira ou de outra .

Perguntei se vc contrataria um cara que só sabe desenhar o próprio nome se seu emprego estiver correndo risco.

Sim ou não?

Citar
Outro ponto que temos que ter em mente é que o objetivo de uma empresa privada é sempre o lucro para o dono da empresa , enquanto que o objetivo do Estado deve ser o bem comum e a garantia de direitos fundamentais para todos os cidadãos.

É o lucro das empresas privadas que sustentam o tal governo, que por sinal gasta muito mal o que recebe, cobra caro e te devolve um arroto.

Acho que criticar as empresas privadas por terem lucro em um país onde não existe um simples serviço público que funcione como se o governo fosse eficiente em controle de gastos e qualidade de serviços é falta  de se informar melhor.

Se todas as empresas do Brasil fossem estatais estaríamos como em Cuba, racionando papel higiênico  e culpando algum fantasma pela falta de honestidade e eficiência  do estado





 

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