http://oglobo.globo.com/mundo/mat/2008/12/22/papa-compara-protecao-as-florestas-combate-ao-homossexualismo-587504787.aspCIDADE DO VATICANO - O Papa Bento XVI comparou nesta segunda-feira a proteção às florestas ao combate ao homossexualismo em sua saudação de fim de ano à Cúria Romana, o órgão administrativo da Santa Sé. Joseph Ratzinger pediu que o mundo escute a linguagem da criação, afirmando que seu desprezo "seria a destruição do homem e, portanto, a destruição da obra de Deus". Segundo o pontífice, a posição da Santa Sé é contra a discriminação dos gays, mas se opõe à equiparação de casais homossexuais com outros.
- O que muitas vezes é expresso e compreendido pelo termo gênero se resume, na verdade, em última instância, na autoemancipação do homem da criação e do criador. O Homem quer estar sozinho e fazer sozinho e exclusivamente o que lhe diga respeito, mas viver dessa forma é contra a verdade, é contra o espírito do Criador. As florestas tropicais merecem, sim, a nossa proteção, mas não menos digno é o homem como uma criatura, que está escrevendo uma mensagem que não significa contradição com nossa liberdade, mas sua condição - disse o Papa.
Ele afirmou que os comportamentos que vão além das relações heterossexuais são "a destruição do trabalho de Deus". Durante o discurso contra o homossexualismo, Bento XVI defendeu a criação de uma "ecologia humana", dizendo que a Igreja não pode se limitar a transferir a seus fiéis a mensagem da salvação, mas que também tem uma responsabilidade sobre a criação.
- (A Igreja) também deve proteger o homem da destruição de si mesmo. Um tipo de ecologia humana é necessária - afirmou. - Não é o homem que decide, é Deus que decide quem é homem quem é mulher.
A Igreja Católica prega que, embora a homossexualidade não seja um pecado, os atos sexuais são. O Vaticano também se opõe ao casamento gay. Em seu discurso, o Papa aproveitou para voltar a defender a conservação do casamento, recordando que o matrimônio é um sacramento instituído por Cristo.