Autor Tópico: Que venha a marolinha  (Lida 2062 vezes)

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Offline uiliníli

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Que venha a marolinha
« Online: 12 de Janeiro de 2009, 12:46:46 »

12/01/09 - 11h48 - Atualizado em 12/01/09 - 12h02
Brasil tem perspectiva melhor que países ricos e outros emergentes, diz OCDE

Grandes economias devem sofrer 'desaceleração profunda'.
Levantamento aponta queda nas perspectivas globais.


Do G1, em São Paulo

Mesmo sem escapar das consequências da crise financeira mundial, o Brasil mantém perspectivas econômicas mais positivas que as dos países ricos e dos demais países do Bric (Rússia, Índia e China). A conclusão é de um relatório divulgado nesta segunda-feira (12) pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

O levantamento, que mostra as perspectivas para os 29 países da zona da OCDE além dos quatro principais emergentes, aponta que o Brasil é o único entre eles que não deverá registrar forte desaceleração econômica nos próximos seis meses.

No relatório do Indicador Composto Avançado, com dados relativos a novembro, a OCDE sinaliza uma desaceleração profunda nas economias da área da OCDE, Rússia, China e Índia, enquanto aponta uma leve desaceleração para o Brasil.

Pontuação

O relatório da OCDE aponta uma queda de 1,1 ponto na pontuação brasileira em novembro frente à pesquisa de outubro, para 101,2 pontos. Pontuações decrescentes e abaixo de 100 indicam desaceleração profunda. Na comparação com um ano atrás, a pontuação brasileira recuou 2,9 pontos.

A queda, no entanto, é significativamente menor que a registrada pelos demais países do relatório. A maior foi verificada na Rússia, de 13,8 pontos frente a um ano atrás, para 89,9 pontos. Já a menor pontuação é a da China, de 88,5.

O grupo de países da OCDE – 29 economias desenvolvidas – apontou queda anual de 7,3 pontos, para 93,8. Dentro do grupo, foram acentuadas as quedas na Alemanha, de 10,7, e dos Estados Unidos, de 8,7 pontos.

O cálculo do Indicador Composto Avançado leva em conta entre cinco e dez indicadores econômicos para cada país.


Offline HFC

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Re: Que venha a marolinha
« Resposta #1 Online: 12 de Janeiro de 2009, 13:20:14 »
Queiram ou não, o Lula tem uma puta duma sorte ...
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Offline Andre

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Re: Que venha a marolinha
« Resposta #2 Online: 12 de Janeiro de 2009, 13:47:47 »
Não entendi nada dessa história de pontos, mas que bom! :)
Se Jesus era judeu, então por que ele tinha um nome porto-riquenho?

Offline Fabulous

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Re: Que venha a marolinha
« Resposta #3 Online: 12 de Janeiro de 2009, 14:06:37 »
O Lula é o Bush do Brasil.
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Offline Ricardo RCB.

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Re: Que venha a marolinha
« Resposta #4 Online: 12 de Janeiro de 2009, 14:32:28 »
Espero que a previsão se confirme. Uma desaceleração seria péssima para o país.

Lembrando sempre que durante os seis anos de mandato, o presidente não fez NADA na economia seguindo as idéias que seu partido sempre pregou.

O que é algo digno de elogios.
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Donald Kendall

Offline uiliníli

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Re: Que venha a marolinha
« Resposta #5 Online: 12 de Janeiro de 2009, 14:42:46 »
Sim, o presidente merece elogios por ter tido a humildade de dar continuidade ao modelo de racionalidade econômica e estabilidade iniciado por seu antecessor. Só faltou a humildade de reconhecer isso, mas o mais importante são os bons resultados :ok:

Offline HFC

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Re: Que venha a marolinha
« Resposta #6 Online: 12 de Janeiro de 2009, 15:11:01 »
A desaceleração vai acontecer, a sorte é que vamos desacelerar  menos que outros países. Nossa sorte é ter um azar menor.
Isso não é fruto direto da política econômica de estabilidade, iniciada pelo FHC. É fruto de uma aposta (cujas raízes motivacionais podem ser espúrias ou aproveitadoras) num investimento  do setor  público brasileiro dentro de nossa economia.

Os frutos da estabilidade foi uma conquista, e o "mérito" do Lula nisso, se é que se pode chamar de mérito, foi não ser louco de acabar com uma coisa que deu certo.
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Offline Ricardo RCB.

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Re: Que venha a marolinha
« Resposta #7 Online: 12 de Janeiro de 2009, 16:46:51 »
Sim, o presidente merece elogios por ter tido a humildade de dar continuidade ao modelo de racionalidade econômica e estabilidade iniciado por seu antecessor. Só faltou a humildade de reconhecer isso, mas o mais importante são os bons resultados :ok:

Mas ai ele não seria um político brasileiro. Seria um alienígena.
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Offline HFC

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Re: Que venha a marolinha
« Resposta #8 Online: 12 de Janeiro de 2009, 17:52:54 »
Sim, o presidente merece elogios por ter tido a humildade de dar continuidade ao modelo de racionalidade econômica e estabilidade iniciado por seu antecessor. Só faltou a humildade de reconhecer isso, mas o mais importante são os bons resultados :ok:
Ou seria o Messias  :inri: :inri: :inri: :histeria: :histeria: !!!!
Mas ai ele não seria um político brasileiro. Seria um alienígena.

Mas ai ele não seria um político brasileiro. Seria um alienígena.
[/quote]
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Offline HFC

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Re: Que venha a marolinha
« Resposta #9 Online: 12 de Janeiro de 2009, 17:54:01 »
Merde! Sinal de hipoglicemia ! :P
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Offline Fabi

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Re: Que venha a marolinha
« Resposta #10 Online: 12 de Janeiro de 2009, 18:14:38 »
Vamos ver.... o Brasil cresceu pouco quando a economia mundial tava boa...então crescer menos impossível ::)
Difficulter reciduntur vitia quae nobiscum creverunt.

“Deus me dê a serenidadecapacidade para aceitar as coisas que não posso mudar, a coragem para mudar o que posso, e a sabedoria para saber a diferença” (Desconhecido)

Offline uiliníli

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Re: Que venha a marolinha
« Resposta #11 Online: 12 de Janeiro de 2009, 18:34:36 »
Vamos ver.... o Brasil cresceu pouco quando a economia mundial tava boa...então crescer menos impossível ::)

Parece que o problema da economia brasileira é a inércia, lá fora pode estar o paraíso ou o inferno, mas o Brasil não sai do purgatório. :P

Offline DDV

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Re: Que venha a marolinha
« Resposta #12 Online: 12 de Janeiro de 2009, 19:14:14 »
Queiram ou não, o Lula tem uma puta duma sorte ...

Tem gente nesse fórum que se fosse perguntado se preferiria ver o Brasil prosperar com o Lula à frente, ou afundar, responderiam sem pestanejar a segunda opção. 
Não acredite em quem lhe disser que a verdade não existe.

"O maior vício do capitalismo é a distribuição desigual das benesses. A maior virtude do socialismo é a distribuição igual da miséria." (W. Churchill)

Temma

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Re: Que venha a marolinha
« Resposta #13 Online: 12 de Janeiro de 2009, 21:51:37 »
Frustração pra muita gente aí com a notícia do tópico.




uiliníli,


times new roman não! pelo amor de deus cara, isso remete a trabalho. desanima ler notícia assim. povo em fóruns quer é ESQUECER de trabalho. tu coloca um troço desses. E que atire a primeira pedra quem não dá uma acessadinha do trampo  :lol:





Offline uiliníli

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Re: Que venha a marolinha
« Resposta #14 Online: 12 de Janeiro de 2009, 21:52:49 »
uiliníli,


times new roman não! pelo amor de deus cara, isso remete a trabalho. desanima ler notícia assim. povo em fóruns quer é ESQUECER de trabalho. tu coloca um troço desses. E que atire a primeira pedra quem não dá uma acessadinha do trampo  :lol:

Sinto muito, o Times veio para ficar :P

Offline JJ

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Re: Que venha a marolinha
« Resposta #15 Online: 12 de Janeiro de 2009, 22:10:25 »
Vamos ver.... o Brasil cresceu pouco quando a economia mundial tava boa...então crescer menos impossível ::)


É perfeitamente e facilmente possível !

Uma economia pode crescer zero  ou mesmo decrescer  moderadamente ( situação de recessão) ou decrescer fortemente,  caso de uma depressão econômica, que só não vai acontecer com os EUA e Europa porque os governos deram um chute monumental    :hehe:    :hehe:    nos princípios liberais de não intervenção  do Estado na economia !


E continuam a chutar  :hihi:    :hihi:   .


Então , pode sim , ser muito pior .



.

Offline JJ

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Re: Que venha a marolinha
« Resposta #16 Online: 12 de Janeiro de 2009, 22:16:21 »
Queiram ou não, o Lula tem uma puta duma sorte ...

Tem gente nesse fórum que se fosse perguntado se preferiria ver o Brasil prosperar com o Lula à frente, ou afundar, responderiam sem pestanejar a segunda opção. 



Muitos que  tem patrimônio e renda garantida,  não se importam com pessoas que venham a perder emprego  numa recessão ou depressão econômica.   :|



.

Offline Blue

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Re: Que venha a marolinha
« Resposta #17 Online: 12 de Janeiro de 2009, 22:28:58 »
Queiram ou não, o Lula tem uma puta duma sorte ...

Tem gente nesse fórum que se fosse perguntado se preferiria ver o Brasil prosperar com o Lula à frente, ou afundar, responderiam sem pestanejar a segunda opção. 



Muitos que  tem patrimônio e renda garantida,  não se importam com pessoas que venham a perder emprego  numa recessão ou depressão econômica.   :|



.

Mas numa recessão essa gente pode perder o patrimônio e a renda garantida.

Offline Andre

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Re: Que venha a marolinha
« Resposta #18 Online: 13 de Janeiro de 2009, 09:15:04 »
Frustração pra muita gente aí com a notícia do tópico.


uiliníli,


times new roman não! pelo amor de deus cara, isso remete a trabalho. desanima ler notícia assim. povo em fóruns quer é ESQUECER de trabalho. tu coloca um troço desses. E que atire a primeira pedra quem não dá uma acessadinha do trampo  :lol:
Pensava que era só eu. :lol:

Uili, se quer usar uma fonte serifada, usa uma decente. :P
Se Jesus era judeu, então por que ele tinha um nome porto-riquenho?

Offline Gaúcho

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Re: Que venha a marolinha
« Resposta #19 Online: 13 de Janeiro de 2009, 12:20:12 »
Culpa do Lula.

Edit: ops, é uma notícia boa, "culpa" do FHC então!
"— A democracia em uma sociedade livre exige que os governados saibam o que fazem os governantes, mesmo quando estes buscam agir protegidos pelas sombras." Sérgio Moro

Offline Unknown

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Re: Que venha a marolinha
« Resposta #20 Online: 23 de Março de 2009, 19:32:00 »
Queda de 4,5% do PIB do Morgan Stanley tem a qualidade do aumento de 4% de Mantega

Os muito pessimistas ignoram o papel de elementos amortecedores à continuidade da retração

Na bolsa de apostas sobre a economia em 2009, parece que ninguém vai superar os dois lances mais atrevidos sobre a variação do PIB, Produto Interno Bruto, ambos com chances reduzidas de acerto.

Eles vão de um crescimento de 4%, o sonho do ministro da Fazenda, Guido Mantega, a uma retração de 4,5% - o pesadelo do banco Morgan Stanley, divulgado como estraga-festa quando o presidente Lula e comitiva garantiam a uma platéia de investidores em Nova York, na segunda-feira, que a palavra recessão não será ouvida no Brasil.

Na retrospectiva do ano fechado, é provável que não. Na sequência do último trimestre, quando o PIB recuou 3,6% comparado ao período anterior, com o desempenho entre janeiro e março, talvez sim. Mas nem isso está garantido. Certeza é que poucos anteciparam antes de setembro o tsunami (Lembra? É a onda que bateria no país, segundo Lula, como marolinha) - e continuam boiando sobre o que virá.

Mantega passou a sorrir amarelo depois do saber do PIB do último trimestre, que abriu as porteiras para o pessimismo escancarado. É outra seqüela desta crise: a falta de uma fonte ouvida por todos e considerada crível, harmonizando as expectativas dos empresários e do mercado financeiro com cenários realistas e também raciocínios articulados. O ex-ministro Delfim Netto era mestre neste papel, e todos os que vieram depois, com maior ou menor êxito, seguiram tal ritual: clarear o horizonte da conjuntura. Quem falhou não durou.

Não raramente, o que mais se ouvia era líder empresarial repetir como reflexão própria o que absorvera de algum ministro, e o fazia meio inconsciente tamanha a confiabilidade na palavra do governo. Sem essa coordenação, fica o passeio ao acaso dos cenários, dando espaço para diversionismo estatístico, como as projeções do PIB de Mantega e do Morgan Stanley, desamparadas de evidências empíricas.

Hoje está claro, entre os fatores factuais, o que derrubou o PIB a partir de setembro – basicamente, a parada abrupta do crédito e o adiamento preventivo do investimento na produção devido à quebra do comércio internacional. Mas não estão claras a causa de a queda ter sido tão forte e a conjuntura neste início do ano, que começou pontuado pela manutenção do bom desempenho do comércio em par com a estagnação relativa da indústria, vergada pelos estoques.

Pessimismo sem rigor

Outro dado que parece estar sendo ignorado pelos projetistas mais pessimistas do PIB este ano, como o baque profetizado pelo Morgan Stanley – queda de 4,5%, algo nunca visto desde que a FGV começou a apurar o PIB em 1948, substituída na função depois pelo IBGE – é o papel dos elementos amortecedores da retração da economia.

Não é que impeçam uma grande desaceleração frente ao crescimento de 5,1% no ano cheio de 2008 e de 5,7% em 2007. Mas, como diz o economista Fernando Montero, “a não ser que se forme uma espiral recessiva de desconfiança e o quadro externo continue a assustar não há por que achar que o Brasil não retomaria o crescimento”. O que se ignora?

Consumo resistente

As vendas de carros neste primeiro trimestre já tendem a superar as de um ano atrás. Houve o incentivo do IPI, é certo, mas não se vê o governo cometendo a loucura de não prorrogá-lo. Além disso, o consumo continua, pelo menos até agora, segundo Montero, mostrando “resistência surpreendente”.

Em dezembro, fora carros, as vendas foram apenas 0,3% menores que as de novembro. E, em janeiro, houve aumento de 1,4%. Função de promoções? Também. Mas uma melhora tão generalizada das vendas, diz ele, precisa de renda e de crédito.

Governo sinaliza mal

Crédito segue andando de lado e caro, o que significa que com uma pequena distensão a atividade pode dar um salto, já que do lado da renda não há retração, e pelo emprego, os dados do Caged, que dá a visão das contratações e demissões do mercado formal, mostram para fevereiro números positivos.

A massa de rendimentos nominais para janeiro foi 12,7% superior à de igual mês de 2008. Os rendimentos reais se expandiram na mesma base 7,8%. O gasto público federal no bimestre janeiro-fevereiro cresceu 17%, já abatida a inflação.

A velocidade de volta da produção industrial depende da retomada do investimento e do fim do ciclo de estoques, ainda alto no setor intermediário da indústria. É o que pode aclarar a diferença de 10 pontos percentuais entre a produção e demanda. Mas não os cenários catastrofistas. Se os porta-vozes do governo fossem mais críveis, o pessimismo poderia ser menor.

Dólar perde o pique

À medida que o ano vai passando surgem evidências de que, se não dá para evitar uma grande contração do PIB, e isso pelo tamanho da recessão nos EUA e Europa, pelo menos há condições de o ajuste se processar num ambiente bem menos desagregador que o que se assiste em quase todo o mundo.

Pegue-se o dólar: pela tendência, à luz do fluxo de divisas, está mais para uma ligeira apreciação por volta de R$ 2,10 a R$ 2,20. Não há indício de agravamento do déficit em contas externas. O que importa hoje é a tendência à frente, e isso a partir da retomada que parece em curso, não em relação ao degrau recorde do PIB do terceiro trimestre de 2008. O que foi já era.

http://cidadebiz.oi.com.br/paginas/47001_48000/47659-1.html

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Re: Que venha a marolinha
« Resposta #21 Online: 25 de Março de 2009, 19:40:59 »
Ipea prevê crescimento de 2% para o PIB em 2009

O PIB deve sofrer desaceleração em 2009, chegando ao fim do ano com um crescimento acumulado em torno de 2%, com intervalo de 0,5% para mais ou para menos, de acordo com um estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgado nesta quarta-feira. O PIB brasileiro cresceu 5,1% em 2008.

Segundo o Ipea, para o PIB crescer 2% em termos reais, espera-se as seguintes taxas de crescimento trimestrais ao longo de 2009: 0,2%; 1,6%; 2,5% e 3,1%. “As projeções estão condicionadas à hipótese de que o pior da crise financeira internacional já foi superado”, pondera o relatório.

As projeções são baseadas, de acordo com o Ipea, em oito considerações. Entre elas estão: o aumento dos investimentos referentes às obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC); o lançamento do Programa Habitacional do governo, que pretende financiar um milhão de casas para a população de baixa renda; o aumento da renda devido à criação de duas novas alíquotas do Imposto de Renda; e a diminuição da taxa básica de juros.

Além disso, o aumento do salário mínimo para R$ 456, a ampliação de créditos, o consumo da administração pública em ascensão e a 1,3 milhão de famílias beneficiadas pelo programa Bolsa Família são outros fatores que devem influenciar positivamente na projeção do PIB.

Inflação

A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deverá ficar, de acordo com as projeções do instituto, entre 3,7% e 4,7% em 2009, “podendo ficar ligeiramente abaixo da meta de 4,5%, definida pelo Conselho Monetário Nacional”.

“Não somente pelo desaquecimento da atividade econômica, como também pelas previsões de nos resultados em relação às safras agrícolas, acreditamos que a inflação não será um problema em 2009”, avalia o instituto.

Transações correntes

O IPEA faz previsões também sobre o saldo de transações correntes para 2009, que deve ficar no intervalo negativo de 25 a 18 bilhões de dólares. “A retração dos níveis de comércio, juntamente com a redução dos preços internacionais, especialmente das commodities, terão conseqüência direta a redução dos níveis de exportações e importações”, conclui o relatório.

http://ultimosegundo.ig.com.br/economia/2009/03/25/ipea+preve+crescimento+de+2+para+o+pib+em+2009+5045933.html

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Re: Que venha a marolinha
« Resposta #22 Online: 25 de Março de 2009, 21:41:14 »
Para grandes empresários, a crise passa logo, mas faltará gás para reaver já o tempo perdido

Embora confiantes, eles começam a rever dimensão dos planos de ampliação, sobretudo para exportações

Vão melhorar ou piorar as coisas daqui para frente? A depender da expectativa empresarial, considerando a opinião média dos chamados pesos-pesados, piora muito mais nos EUA - onde começa a pintar um quadro de recessão longa, com mais dois a três anos de ajuste. Na Europa será mais profunda que em outras regiões.

No Brasil a crise perde força mais cedo, mas levará tempo para que a economia retome o impulso anterior e volte ao nível do terceiro trimestre de 2008.

A constatação que se dissemina é que o país foi apanhado por dois choques:

1º, o do colapso do crédito nos EUA, que se espalhou pelo mundo, com impacto recessivo sobre as maiores economias;

2º, o dos juros, elevados pelo Banco Central a partir de abril de 2008, para esfriar o consumo devido ao ricochete da inflação, quando estavam visíveis os sinais de deterioração dos mercados, e não só nos EUA. A miopia foi geral, aqui e no mundo. A lentidão para agir, não.

O primeiro choque já seria uma pancada na economia pelo canal da exportação e do crédito, segundo tais avaliações. Esse impacto foi amplificado pela demora na reversão do arrocho monetário, já que o BC estendeu até janeiro o início da inflexão da Selic.

Para tais empresários formadores de opinião, a agilidade do BC não evitaria a chegada da crise ao país, mas ela teria sido menos agressiva.

Vários deles, e são poucos, o presidente Lula consulta com alguma freqüência para ampliar a percepção sobre os problemas da economia além do quadro que recebe dos ministros, especialmente da Fazenda, Guido Mantega, e do Banco Central, Henrique Meirelles.

Eles acusam a responsabilidade de Meirelles, mas falam de Mantega com frieza.

De um governo com 37 ministérios, e mais uns quatro dirigentes de estatais com status maior que o de ministro, apenas dois nomes são unânimes nos elogios: o da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, e do presidente do BNDES, Luciano Coutinho, ambos pela capacidade de trabalho e disposição de resolver quaisquer problemas.

Esses empresários continuam confiantes na economia, sobretudo em relação ao resto do mundo, mas estão revendo a dimensão dos planos de ampliação, especialmente para o mercado externo.

Alguns começam a acionar planos de aumento da produtividade, tanto para preservar a taxa de retorno de seus empreendimentos como para tomar mercados da concorrência e sair na frente ao menor sinal de fim da crise.

Tempos de darwinismo

Se o governo atentasse para tais movimentos, lideraria um esforço nacional de preservação energética, um dos itens de custo de maior peso sobre o ciclo de investimento encerrado, e trataria de tomar medidas para destravar o crédito bancário.

Não por eles, que estão à frente de empresas capitalizadas, mas pelos de menor porte, elos seguintes das cadeias de produção ou satélites de grupos maiores.

É no encadeamento ou no entorno setorial que a aversão a risco da banca mais preocupa. Uma onda de desemprego ainda não aconteceu, a rigor. As demissões em massa já praticadas foram mais preventivas, originando-se nas grandes empresas.

O desemprego que ameaça é o de setores intermediários da economia, cuja correlação com a situação das médias e pequenas empresas - as maiores empregadoras do país - é elevada, além de mais frágeis em tempos de darwinismo econômico.

Seqüelas dos atrasos

Lula não parece insensível para o problema. Não satisfeito só com as medidas propostas pelos seus assessores, tem pedido a grupos de empresários sugestões para destravar o crédito. O Iedi, Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial, foi um dos acionados para oferecer idéias.

Fato é que os desdobramentos sobre o emprego e a confiança serão piores quanto mais demorar a volta da produção à normalidade, ainda que em níveis inferiores aos de 2008. E, por extensão, à candidatura de Dilma Rousseff à sucessão de Lula.

Nós de Serra e Aécio

As atenções do empresariado de ponta se voltam para o pós-crise, misturando-se os cenários econômicos com a sucessão presidencial. O senso é que a crise favorece o governador José Serra e desgasta a imagem de Lula. Mal resolvida seria a reticência do governador Aécio Neves.

Um conhecedor de ambos diz que Serra teria ir a Aécio dizer que só sai candidato com seu apoio, convidá-lo a coordenar a candidatura, fazer do choque de gestão mineiro um dos alicerces da campanha e garantir ao colega influência sobre certas áreas de um eventual governo tucano.

O lulismo, assim, dependeria da involução da crise, e o tucanato, da razão e sensibilidade de suas estrelas.

Consenso empresarial

O capital não ganha eleição, mas pode fazer a diferença em pleito acirrado, como tende a ser a sucessão de Lula. Sem as seqüelas da crise, que reabre questões da economia empurradas por Lula, Dilma estaria tranqüila, com o empresariado procurado apenas para ajudar nas despesas.

O vento mudou. Antigos problemas, como do custo do crédito, reclamam solução imediata. A questão fiscal voltou. Nada disso tem resposta sem consenso empresarial. No Congresso a chance de acordos se estreitou.

Os tumultos políticos abismam a sociedade e abespinham os empresários, aparentemente menos disposto a passar a mão na cabeça de políticos e fingir que não é com eles também.

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Re: Que venha a marolinha
« Resposta #23 Online: 28 de Março de 2009, 01:58:35 »
Economia ainda resiste, mas se o crédito seguir a conta-gotas nada evitará demissões em massa

Desemprego menos acentuado, renda ainda estável e resiliência do comércio seguram a atividade

A baciada de indicadores sobre a saúde da economia divulgados na quinta-feira permite diagnósticos para todos os gostos. Otimistas e pessimistas têm números à vontade para defender suas convicções.

Os que admitem que o baque econômico é global, duradouro e contra o qual as ações anticíclicas dos governos em todo mundo podem, na melhor das hipóteses, amortecer as sequelas do retorno à realidade do crédito, jamais resgatar a febre anterior, porém, encontram em tais indicadores motivos para não se afobar. O bicho é menos feio.

Tudo depende de como forem analisados os dados de fevereiro sobre o desemprego monitorado pelo IBGE, o volume de crédito acompanhado pelo Banco Central, vendas nos supermercados apuradas pela Abras, associação do setor, e a atividade industrial em São Paulo medida pela FIESP, a federação das indústrias do estado. Eles revelam um panorama que lembra a imagem do copo meio cheio ou meio vazio.

Desempata-se a dúvida ao se considerar que a retração da economia é inevitável, já que boa parte da efervescência anterior se devia ao giro acelerado do dinheiro em escala global, impulsionado pelos instrumentos de crédito bancados por ativos de alto risco.

A banca ruiu (nos EUA, na Europa) porque criou crédito divorciado de fluxos de caixa e de resultados oriundos da economia produtiva. Mas, ao mesmo tempo, canalizou a riqueza artificial, meramente de papel, para dar crédito a atividades reais, como financiar a venda de carros, a construção e expansão de fábricas, e, sobretudo, para tomadores sem nenhuma condição de adimplência, empresas e pessoas.

Isso induziu os governos mundo afora, aqui inclusive, a achar que o crescimento econômico, portanto, as receitas tributárias, fossem permanentes, levando-os a assumir compromissos que nunca poderiam custear em situação de normalidade dos mercados financeiros.

Essa é a crise: as dores do retorno da economia à sanidade, e dói mais para quem se recusa a aceitar que boa parte do crescimento de ontem era fruto da especulação financeira, não da genialidade dos governantes, da clarividência de empresários, ou dos “senhores dos mercados”, segundo o sarcasmo de Wall Street.

É como cair do 10º andar de um prédio e só quebrar as pernas. Todos os países também despencaram. Vários de andares até mais altos, como os asiáticos. Alguns foram atropelados depois da queda, caso dos EUA, Alemanha, Inglaterra, Japão, Argentina, exportadores de commodities etc.

É neste sentido que o ajuste da economia brasileira poderia ser pior. Com o adicional de que os indicadores refletem mais a força das empresas que as medidas anticíclicas acionadas pelo governo.

A variável relevante

O desemprego é a variável relevante na prospecção do curto prazo. Eles “surpreendem positivamente”, segundo reflexão do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial, Iedi. A taxa cresceu de 6,8% em dezembro para 8,2% em janeiro e 8,5% em fevereiro nas seis regiões metropolitanas pesquisadas pelo IBGE.

Mas a queda da taxa da população ocupada, de 0,3% em termos ajustados contra janeiro, similar à redução de 0,2% anterior, está a indicar resistência do mercado de trabalho em relação à forte queda do PIB e da produção industrial no último trimestre de 2008. É um quadro de estagnação.

Resistência da renda

Também chama atenção o nível de rendimentos pagos, praticamente estável em fevereiro sobre janeiro (queda de 0,1%). Na comparação interanual, recuou do pico de 12,7% em janeiro para 11,3%, ainda assim, segundo o economista Fernando Montero, uma taxa expressiva, que fez a massa de rendimentos pagos crescer 12,8% sobre fevereiro de 2008, ou 6%, abatida a inflação.

A sustentação da renda real é o componente-chave para a manutenção do consumo. Nos supermercados a crise ainda não bateu. As vendas reais em fevereiro sobre igual mês de 2008 cresceram 4,16%. Sobre janeiro recuaram 5,37%, mas há menos dias em fevereiro, além do Carnaval.

Banca agrava a crise

Os dados da Abras e índices antecedentes do varejo projetam para o comércio restrito, fora carros, em fevereiro, na pesquisa mensal do IBGE, avanço de 1% sobre janeiro e de 2,7% na base interanual. Isso fará o comércio ajustado, segundo Montero, superar as vendas do pré-crise de setembro de 2008.

Então está tudo bem? Nada. Os dados do BC revelam que concessões de novos créditos continuam encolhendo, 30% no bimestre sobre dezembro para as empresas, menos 7% sobre janeiro. Ao agravar a situação, a banca está criando uma nova crise.

Miolo do PIB em risco

O resumo da ópera é claro: a economia se ajustou rápido à menor demanda e crédito externos. É o que mostram o desemprego não tão acentuado diante do forte corte da produção e a resiliência do comércio. Mas está à mercê da magnificação dos receios da banca com a inadimplência.

O crédito a conta-gotas fará o ajuste à menor atividade econômica no mundo se converter numa recessão de largo alcance sem que isso seja inevitável. Essa é a emergência do governo, que, no entanto, ainda contorna o problema principal: o fôlego dos setores intermediários da economia.

Se o miolo do PIB desmaiar, nada, nem PAC ao cubo, segura o desemprego em massa.

http://cidadebiz.oi.com.br/paginas/47001_48000/47761-1.html

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« Resposta #24 Online: 08 de Abril de 2009, 04:26:50 »
Sinais de que a indústria passou o pior implicam ao governo tomar ações para reforçar a virada

Iedi propõe estender redução de impostos a máquinas e equipamentos e depreciação acelerada até 2010

Ainda há muita pedra a levar morro acima para se dar como acabada a maior crise econômica do mundo desde o pós-guerra, embora surjam indícios tímidos de que esteja batendo no fundo do poço nos EUA, o epicentro da borrasca. No Brasil, tais evidências são mais claras.

O problema é a percepção. Ou da métrica que se tome. Medida contra dezembro, o ápice da parada abrupta do crédito no Brasil depois da quebra do Lehman Brothers em 15 de setembro, a produção industrial já está refazendo o caminho de volta. Entre dezembro e fevereiro, o aumento acumula 4%.

Contra fevereiro de 2008, porém, a queda vai a 17%. Enquanto não terminar o processo de desova de estoques, que está quase concluído apenas no setor automobilístico, mas ainda é preocupante na indústria de transformação, a retomada da produção não ganha pique e, sem um claro arranque, o senso é de mais crise.

Dois fatores jogam contra a melhora do, digamos, psicossocial dos brasileiros. O primeiro é o pé atrás do empresariado envolvido com projetos de expansão: muitos suspenderam ou adiaram investimentos, devido à visão ainda embaçada sobre o alcance da crise lá fora.

Exportações estão nas simulações de receita de praticamente todo projeto analisado pelo BNDES. Não são determinantes. Atribui-se ao canal externo de 20% a 30% do aumento projetado de produção. Mas, com a perspectiva de mercado interno também enfraquecido por mais um ano, pelo menos, qualquer fração exportada faz falta.

A parada do investimento deprime a economia duplamente: atinge o setor de bens de capital, sinônimo de crescimento da produção e da produtividade, e abate o nível de emprego. Se o melhor a cogitar é a volta à normalidade, seguida de continuidade da atividade, não há razão para ampliar o emprego. O segmento de bens de capital foi o principal responsável pela frustração da retomada em fevereiro. Sua produção recuou 6,3% sobre janeiro, quando crescera 4,9%.

O segundo fator a atrasar o consenso de que o pior começa a ficar para trás é o baixo empenho do governo em afinar as expectativas - situação complicada pela reduzida credibilidade dos porta-vozes da área econômica e ampliada pela confusão criada pela antecipação da campanha eleitoral à sucessão de Lula em 2010.

Ao lado dos índices ruins da produção e emprego, soa falso o discurso de que o pior já está passando. Talvez seja a explicação para o contraste entre tal percepção e as altas taxas de popularidade de Lula e aprovação do governo, embora começando a cair, segundo as últimas sondagens.

Falta de timoneiros

A interlocução também é prejudicada pelo juízo do empresariado em relação aos dois principais personagens da política econômica. Um deles, com raras exceções, é visto com antipatia: o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles. Ele se ressente da decisão de manter por tempo demais a política de juro muito acima da inflação que pretendia combater.

O outro é considerado mais torcedor que formulador macroeconômico, além de submisso demais às pressões de Lula: o ministro da Fazenda, Guido Mantega. Ele cresce aos olhos dos empresários quando desanca Meirelles na questão dos juros. Mas os seus prognósticos não mexem com o ânimo do empresariado.

Vencido pela altura

Esse meio de campo da economia mistura frustração, medo e alguma dose de lobby empresarial, para tentar sensibilizar o governo e beliscar facilidades. Em nota distribuída em contraponto à análise do IBGE, segundo a qual a produção apresenta sinais de melhora, a Federação das Indústrias de São Paulo, Fiesp, destaca a comparação de hoje com o que passou, não com o que está vindo.

Para que a produção ficasse estagnada, “sem nenhum aumento sobre 2008”, diz, o crescimento médio teria de ser de 3% ao mês de março a dezembro, “desempenho nunca antes registrado na série histórica do índice”, segundo a nota. Exagerar a altura desanima a escalada.

Discurso apropriado

Se tal é o quadro, ações contracíclicas parecem impotentes. Não há o que fazer. Qualquer esforço seria jogar dinheiro fora. Mas há melhoras, que podem ser ampliadas com políticas pontuais.

Estoques estão cadentes. Depois de três leituras negativas, ficou positiva a taxa mensal de empresas que esperam elevar a produção nos três meses à frente. O valor de exportações e importações em março teve a primeira variação mensal positiva depois de cinco meses seguidos em queda.

Com menos juros e impostos sobre a produção, a tendência de retomada será reforçada. Um discurso assim faz mais sentido.

Idéias da indústria

O presidente da Fiesp, Paulo Skaf, defende encurtar o tempo entre as reuniões do BC, para apressar a queda da Selic, e a redução do IOF. “Essas providências trariam mais investimentos na produção”, acredita. É improvável.

No cardápio do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial, Iedi, há coisas mais substantivas como estender a redução de impostos dada a carros, motos e materiais de construção também a máquinas e equipamentos, miolo do investimento industrial, e mais o benefício da depreciação acelerada até 2010.

Na área do crédito, liberar compulsórios à banca, condicionando-os à sua aplicação por prazo dilatado. Dá trabalho, mas funciona.

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