Autor Tópico: MST  (Lida 6120 vezes)

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Offline Herf

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MST
« Online: 24 de Janeiro de 2009, 23:43:44 »
REVISTA VEJA, edição 2097, 28 de janeiro de 2009

O MANUAL DA GUERRILHA
Como roubar, fraudar cadastros do governo e até fabricar bombas e trincheiras – está tudo na cartilha secreta do MST apreendida pela polícia

Otávio Cabral

Beto Figueirôa/JC Imagem/AE

Scott Dalton/AP

LAÇOS DE SANGUE A invasão de uma fazenda pelo MST (acima) e a marcha de soldados das Farc: guerrilheiros colombianos estão entre os sem-terra

A fazenda Estância do Céu era uma típica propriedade dos pampas gaúchos. Localizada em São Gabriel, a 320 quilômetros de Porto Alegre, seus 5 000 hectares eram ocupados por 10 000 bois e 6 000 carneiros que pastavam entre plantações de arroz e soja. O cenário, de tão bucólico, parecia um cartão-postal. Tudo mudou na fria e ensolarada manhã do dia 14 de abril passado. Por volta das 7 horas, 800 integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, o MST, invadiram a propriedade aos gritos. "Nós ganhamos. Ganhamos dos porcos. A fazenda é nossa." Armados com foices, facões, estilingues, bombas, rojões, lanças, machados, paus e escudos, os sem-terra transformaram a Estância do Céu em um inferno. Alimentos e produtos agrícolas foram saqueados. As telhas da sede da fazenda foram roubadas. Os sem-terra picharam paredes, arrancaram portas e janelas e espalharam fezes pelo chão. Bombas caseiras foram escondidas em trincheiras. Animais de estimação, abatidos a golpes de lança, foram jogados em poços de água potável. Quatro dias depois, quando a polícia finalmente conseguiu retirar os sem-terra da fazenda, só sobravam ruínas.

A barbárie, embora não seja exatamente uma novidade na trajetória do MST, é um retrato muito atual do movimento, que festejou seu aniversário de 25 anos na semana passada. Suas ações recentes, repletas de explosão e fúria, já deixaram evidente que a organização não é mais o agrupamento romântico que invadia fazendas apenas para pressionar governos a repartir a terra. Agora, documentos internos do MST, apreendidos por autoridades gaúchas nos últimos seis anos e obtidos por VEJA, afastam definitivamente a hipótese de a selvageria ser obra apenas daquele tipo de catarse que, às vezes, animaliza as turbas. O modo de agir do MST, muito parecido com o de grupos terroristas, é uma estratégia. A papelada – cadernos, agendas e textos esparsos que somam mais de 400 páginas – é uma mistura de diário e manual da guerrilha. Parece até uma versão rural, porém rudimentar, do texto O Manual do Guerrilheiro Urbano, escrito por Carlos Marighella e bússola para os grupos que combateram o regime militar (1964-1985). Os documentos explicam por que as ações criminosas do movimento seguem sempre um mesmo padrão.

O registro mais revelador sobre a face guerrilheira do MST é formado por quatro cadernos apreendidos pela polícia com os invasores da Estância do Céu em maio passado. As 69 páginas, todas manuscritas, revelam uma rotina militarizada – e bandida. "Muita arma no acampamento", escreveu Adriana Cavalheiro, gaúcha de cerca de 40 anos, uma das líderes da invasão, ligada aos dirigentes do MST Mozart Dietrich e Edson Borba. Em outro trecho, em forma de manual, o texto orienta os militantes sobre como agir diante da chegada da polícia. "Mais pedra, ferros nas trincheiras (...) Zinco como escudo (...) Bombas tem um pessoal que é preparado. Manter a linha, o controle de horas e 800 ml", anotou a militante, descrevendo a fórmula das bombas artesanais, produzidas com garrafas de plástico e líquido inflamável. O manual orienta os militantes a consumir o que é roubado para evitar a prisão em flagrante. Também dá instruções (veja trechos) sobre como fraudar o cadastro do governo para receber dinheiro público. Há até dicas sobre políticos que devem ser acionados em caso de emergência. Basta chamar o deputado federal Adão Pretto e o ex-deputado estadual Frei Sérgio. Ganha um barraco de lona preta quem souber o partido da dupla.

Em seus capítulos não contemplados pelo Código Penal, o manual expõe uma organização claramente assentada sobre um tripé leninista, com doutrinação política, centralismo duro e vida clandestina. Além de teorias esquerdistas, repletas de homenagens a Che Guevara e Zumbi dos Palmares, há relatos de espionagem e tribunais de disciplina. Uma militante, que precisou de "licença" de um mês para fazer uma cirurgia, só foi autorizada a realizar o tratamento com a condição de que ele fosse feito num único dia. Brigas, investigações internas e punições também explicitam o rígido e desumano controle exercido sobre suas fileiras. "Assim como nas favelas controladas pelo narcotráfico, o MST atua como polícia e juiz ao impor e fiscalizar seu código de conduta", afirma o filósofo Denis Rosenfield. Exagero? Talvez não. Dos 800 invasores que depredaram a fazenda Estância do Céu, por exemplo, 673 já foram identificados. Nada menos que 168 tinham passagem pela polícia. Havia antecedentes de furto, roubo e até estupro. "O MST é formado por alguns desvalidos, vários aproveitadores e muitos bandidos", diz o promotor Gilberto Thums, do Ministério Público gaúcho. "Eles usam táticas de guerrilha rural para tomar territórios escolhidos pelos líderes."

Embora raramente sejam expostos à luz, manuais de guerrilha são lidos como best-sellers nos acampamentos. Também no Rio Grande do Sul, berço e laboratório do MST, a polícia apreendeu três documentos que registram o lastro teórico de sua configuração de guerra. O mais recente, apreendido em julho passado, orienta os militantes a "se engajar na derrubada de inimigos estratégicos". Os inimigos, claro, não se resumem aos gatinhos das fazendas ocupadas pelo MST. O objetivo é a "derrota da burguesia", o "controle do estado" e a "implantação do socialismo". O documento lista exemplos de como "interromper as comunicações do inimigo" e "incendiar as proximidades para tornar o ambiente irrespirável". Pode não ser obra do acaso. Há dois anos, um membro das Farc foi descoberto pela polícia em meio aos sem-terra gaúchos. A combinação entre teoria e prática deixa poucas dúvidas sobre os propósitos do MST. O movimento, que seduziu a intelectualidade nos anos 80 e caiu nas graças do povão na década seguinte, está marchando para a guerrilha rural. Diz o filósofo Roberto Romano: "O MST está se filiando à tradição leninista de tomada violenta do poder por meio de uma organização centralizada e autoritária".

Fotos Antonio Scorza/AFP e Dida Sampaio/AE

O CHEFÃO E O PRESIDENTE O comandante-em-chefe do MST, João Pedro Stedile, e o presidente Lula com um boné do movimento: simpatia recíproca, alianças, muitos cargos no Incra para os sem-terra e trégua nos ataques ao governo.

A estratégia da guerrilha é um sucesso recente nos pampas graças a sua eficácia. As invasões e os acampamentos têm funcionado em muitos casos. Em novembro passado, após cinco anos de guerra com o MST, o fazendeiro Alfredo Southall resolveu vender a Estância do Céu ao Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). "Cansei da batalha. Joguei a toalha", desabafa. Suas terras serão transformadas em um assentamento para 600 famílias. O fazendeiro gaúcho Paulo Guerra teve sua fazenda invadida seis vezes desde 2004. Os invasores destruíram uma usina hidrelétrica e 300 quilômetros de cercas. Também queimaram dois caminhões, dois tratores e onze casas, além de abaterem 300 bois. "Minha família se dedica à fazenda há 100 anos. Podemos perder tudo, mas não vamos entregar nosso patrimônio ao MST", diz. Nos últimos dois anos, mais de 600 processos já foram abertos contra militantes do movimento. Uma ação judicial pede que o MST seja colocado na ilegalidade. Enquanto ela não é julgada, porém, os promotores têm conseguido impedir seus integrantes de circular em algumas regiões. "Não se trata de remover acampamentos. A intenção é desmontar bases usadas para cometer reiterados atos criminosos", justifica o promotor Luis Felipe Tesheiner.

O MST passa atualmente por uma curiosa transmutação política. Desde a chegada ao poder de Lula e do PT, aliados históricos do movimento, a sigla abrandou os ataques ao governo federal. A trégua, que beneficia a ambos, permitiu que os sem-terra apadrinhassem vinte dos trinta superintendentes regionais do Incra. É um comportamento muito diferente de quando o MST liderou as manifestações "Fora, FHC" e invadiu a fazenda do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, em 2002. O terrorismo agora é praticado preferencialmente no quintal de governadores de oposição a Lula, como a gaúcha Yeda Crusius e o paulista José Serra. A reputação do MST acompanha sua guinada violenta. Dez anos atrás, a maioria dos brasileiros simpatizava com a sigla. Agora, a selvageria, aliada à extraordinária mobilidade que levou 14 milhões de pessoas a ascender socialmente nos últimos anos, mudou a imagem do movimento. Pesquisa do Ibope realizada no ano passado mostra que metade dos entrevistados é contra os sem-terra. O MST, hoje, é visto como sinônimo de violência. "As pessoas descobriram que é possível melhorar de vida sem que para isso seja necessário fazer uma revolução", diz o presidente do Ibope, Carlos Augusto Montenegro. Às vezes é preciso tempo para enxergar o óbvio.


Offline Dodo

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Re: MST
« Resposta #1 Online: 25 de Janeiro de 2009, 09:41:25 »
Por que não publicaram trechos da cartilha? Fiquei curioso.
Você é único, assim como todos os outros.
Alfred E. Newman

Offline Fernando Silva

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Re: MST
« Resposta #2 Online: 25 de Janeiro de 2009, 11:42:45 »
E agora estão defendendo os direitos de Paraguai e Bolívia em detrimento do Brasil.
E seus argumentos são do tipo "a energia de Itaipu não pode ser usada por empresas capitalistas multinacionais".

Offline uiliníli

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Re: MST
« Resposta #3 Online: 25 de Janeiro de 2009, 12:19:35 »
Por que não publicaram trechos da cartilha? Fiquei curioso.

Na Veja tem algumas fotos das cartilhas manuscritas, dá para ler os trechos.

Offline Arcanjo Lúcifer

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Re: MST
« Resposta #4 Online: 25 de Janeiro de 2009, 12:53:04 »
E agora estão defendendo os direitos de Paraguai e Bolívia em detrimento do Brasil.
E seus argumentos são do tipo "a energia de Itaipu não pode ser usada por empresas capitalistas multinacionais".

Eles ameaçaram invadir Itaipu  poucas semanas atrás.

Sei que causou até um movimento de militares brasileiros na região a título de "treinamento", mas não achei o link para postar aqui.

Eles que não se atrevam a tentar algo.

Offline Tupac

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Re: MST
« Resposta #5 Online: 25 de Janeiro de 2009, 13:33:16 »
E assim caminha a humanidade... espero que yellowstone acorde...
"O primeiro pecado da humanidade foi a fé; a primeira virtude foi a dúvida."
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Offline Fernando Silva

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Re: MST
« Resposta #6 Online: 25 de Janeiro de 2009, 16:34:37 »
Eles ameaçaram invadir Itaipu  poucas semanas atrás.
Tempos atrás, eles invadiram uma hidroelétrica não me lembro onde. Fiquei com ódio só de ver a foto daquele bando de capiaus ignorantes na sala de controle, com aquelas caras de débeis mentais.

Offline Arcanjo Lúcifer

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Re: MST
« Resposta #7 Online: 25 de Janeiro de 2009, 19:03:38 »
Eles ameaçaram invadir Itaipu  poucas semanas atrás.
Tempos atrás, eles invadiram uma hidroelétrica não me lembro onde. Fiquei com ódio só de ver a foto daquele bando de capiaus ignorantes na sala de controle, com aquelas caras de débeis mentais.

Imagine o que podem fazer se danificarem  a sala  de controle da usina de Itaipu como fizeram na Aracruz.

E tem gente que acha que não merecem ser postos para fora a bala.

Offline Fabulous

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Re: MST
« Resposta #8 Online: 26 de Janeiro de 2009, 21:09:33 »
Eles ameaçaram invadir Itaipu  poucas semanas atrás.
Tempos atrás, eles invadiram uma hidroelétrica não me lembro onde. Fiquei com ódio só de ver a foto daquele bando de capiaus ignorantes na sala de controle, com aquelas caras de débeis mentais.

Imagine o que podem fazer se danificarem  a sala  de controle da usina de Itaipu como fizeram na Aracruz.

E tem gente que acha que não merecem ser postos para fora a bala.

Com certeza!
MSN: fabulous3700@hotmail.com

Offline Hugo

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Re: MST
« Resposta #9 Online: 26 de Janeiro de 2009, 21:18:32 »
 :histeria: :histeria: :histeria:


Na boa Herf... a Veja vai desenterrar todas áquelas capas de 2006... não esqueça, ano que vem tem eleição!

 :?
"O medo de coisas invisíveis é a semente natural daquilo que todo mundo, em seu íntimo, chama de religião". (Thomas Hobbes, Leviatã)

Offline uiliníli

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Re: MST
« Resposta #10 Online: 26 de Janeiro de 2009, 21:19:28 »
O que você acha especificamente do MST, Hugo?

Offline Zeichner

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Re: MST
« Resposta #11 Online: 26 de Janeiro de 2009, 22:11:47 »
Depois de ver bem a questão, percebe-se que Eldourado dos Carajás foi um dos maiores engodos já vendidos no Brasil. O MST atacou policiais militares e, quando estes reagiram e mataram os invasores ( direito constitucional dos policiais, pois qualquer um que enfrente a polícia pode ser morto legalmente no confronto ao atacarem autoridades), sendo que os mortos foram martirizados, numa forma de jogar a opinião pública contra o Estado Democrático e a Justiça.
Até entendia as explicações do MST quando requisitavam fazendas abandonadas para plantarem, apesar de achar que empréstimos para a compra de propriedades rurais é muito melhor que a doação por parte do governo, mas enfim. Agora, se vê qual é a natureza deste movimento, que busca sim a implantação de uma ditadura socialista no Brasil, atropelando a democracia.

E a democracia é o que devemos defender, sempre, a todo custo. Qual opção é sempre muito, mas muito pior.


Offline Südenbauer

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Re: MST
« Resposta #12 Online: 27 de Janeiro de 2009, 02:49:59 »
Existem os esquerdistas como o Luiz Souto que são sensatos e é sempre bom ler o que ele posta. O Hugo sendo formado em filosofia poderia dar sua contribuição para o fórum discutindo os temas do fórum ao invés de cair de pára-quedas neles e só fazer comentários provocativos.

Offline O Grande Capanga

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Re: MST
« Resposta #13 Online: 27 de Janeiro de 2009, 04:59:56 »
Existem os esquerdistas como o Luiz Souto que são sensatos e é sempre bom ler o que ele posta. O Hugo sendo formado em filosofia poderia dar sua contribuição para o fórum discutindo os temas do fórum ao invés de cair de pára-quedas neles e só fazer comentários provocativos.

O cara é formado em filosofia? Fez o curso por correspondência?

Offline Hugo

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Re: MST
« Resposta #14 Online: 27 de Janeiro de 2009, 15:19:16 »
Existem os esquerdistas como o Luiz Souto que são sensatos e é sempre bom ler o que ele posta. O Hugo sendo formado em filosofia poderia dar sua contribuição para o fórum discutindo os temas do fórum ao invés de cair de pára-quedas neles e só fazer comentários provocativos.

Beleza... voce tem razão. Vou evitar isso.

Não defendo o MST, mas sei que precisamos dar um desconto de 80% nas reportagens da Veja quando quer atingir o governo Lula. Vide campanha de 2006. Foram, em 2005 e 2006, mais de 40 capas "escorrachando" o Lula e seu governo. Um massacre da mídia nunca visto.

Esses debates já forma feitos por aqui e está se repetindo, não tendo nada de novidade.

Veja o debate sobre Cuba em um tópico recente.  Nada de novo. Quem defende Cuba continua a defender e quem "esculhamba" (é assim que fazem, sem um mínimo de respeito) continuam a "esculhambar".

Vou adotar sua sugestão. Se não for para debater é melhor nem postar. Valeu...
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Offline Dodo

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Re: MST
« Resposta #15 Online: 27 de Janeiro de 2009, 15:30:01 »
Depois de ver bem a questão, percebe-se que Eldourado dos Carajás foi um dos maiores engodos já vendidos no Brasil. O MST atacou policiais militares e, quando estes reagiram e mataram os invasores ( direito constitucional dos policiais, pois qualquer um que enfrente a polícia pode ser morto legalmente no confronto ao atacarem autoridades), sendo que os mortos foram martirizados, numa forma de jogar a opinião pública contra o Estado Democrático e a Justiça.

Mesmo depois de rendidos?

Tem uma reportagem da Veja (nem vou citar outras fontes, para não ser chamado de esquerdista) que mostra evidências que alguns sem-terra foram executados.
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Offline André Padoveze

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Re: MST
« Resposta #16 Online: 27 de Janeiro de 2009, 15:57:52 »
Com licença, entrando na conversa.
MST é um movimento cujas intenções são interessantes, ao meu ver, a criação da propriedade privada é sim um problema social, queira num ponto de vista socialista ou capitalista, se existe propriedade privada e essa tem certo valor, quanto maior for a propriedade mais seu poder, principalmente em meio rural, então surgem os latifundios, se 1 pessoa tem um terreno gigantesco alguém tem pouco ou nenhum terreno pra sobreviver, fato. Entretanto, a distribuição de terras ficou nesse estado, que creio nem precisar discorrer sobre.
Agora, pessoas que não tem um teto pra morar lutarem para ocupar um lugar desocupado (tem dono, mas é desocupado) creio não ser um problema.
OK, lado negativo da história, entrar armado, tentar explodir policiais, ou policiais tentarem explodir sem terras, são coisas inaceitáveis, mas daí nos perguntamos, caramba, quem começou com a violência? ironizarei um exemplo, um grupo de caras andando pelo mato, acham um lugarzinho vazio e entram lá pra plantar alguma coisa pra comer, já que passavam fome, o dono daquele lugar vê aquilo, fica puto e manda a justiça tirá-los de lá, claro que com o uso da violência. A resposta a isso, imediata ou não, vem através de violência, e virou a guerra que está agora. O que por mim é ridículo, é uma guerra de interesses onde nem os sem-terras nem os latinfudiários e muito menos os coitados que vão lá "impor a lei" estão sendo vítimas, são todos carrascos, brigando por aquilo que tem valor no mundo capitalista, dinheiro e terra. Não é só mais uma luta por sobrevivência ou por igualdade, muito menos por direitos constitucionais de nível básico de vida. É somente interesse, o que vale na real é o valor que eles conseguirem através disso, e essa própria guerra é mantida, porque pra politicagem típica de "Veja e cia" é ótimo ter um bode espiatório, onde descarregar todas as culpas, e fazer seu terrorismo.
Ou acham que simplesmente agora surgiu a participação de "guerrilheiros comunistas"? hunf, não, agora surgiu um inimigo que precisa ser desmerecido publicamente, ou seja, é um perigo ao sistema, portanto usaram essa peça do tabuleiro pra fazê-lo, nada como usar a velha estratégia de culpar a face vermelha do planeta, os "comedores de criancinhas". (só pra não ocorrer más interpretações, esse último parágrafo foi bastante irônico e sarcástico :) )
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Offline Zeichner

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Re: MST
« Resposta #17 Online: 27 de Janeiro de 2009, 18:06:50 »
Minha opinião é a seguinte... Reinvindicar terras todos podem, ainda mais que possuir terras nâo é mais o sinônimo de sobrevivência que já foi um dia. Se fosse, não teria tantos pequenos produtores vendendos suas propriedades pra ir pra cidade ( vejo isso na minha região, que era marcado minifúndios, que estão virando apenas sítios de fim de semana ou áreas de reflorestamento ).  Para produzir alimentos em quantidades e com os valores de hoje em dia, apenas propriedades mecanizadas, em grande escala. A agricultura hoje é um assunto profissional.

Então, a pressão para que as pessoas vivam no campo já não é essencial, porque 80% da população vivem nas cidades, porque é melhor. Tem escola perto, tem hospital, tem ônibus, tem emprego, salário, mesmo que pouco, é todo mês, e não se depende mais da safra pra se saber se vai ter o que comer e vestir durante o ano.

A vida no campo, nas pequenas propriedades é muito romantizado.

Então, está errado pessoas quererem ter sua terra? Não. Mas que comprem.

Pode-se  ter linha de crédito a juros subsidiados, apoio, etc.

O que não pode é os impostos dos brasileiros, que trabalham e geram riquezas, estarem sustentando um movimento subversivo que debocha das leis do país, não importando que ideologia possua.

Não quero meu imposto, do trabalho que eu tive, sustentando invasão. Tenho o direito de reclamar sobre esta questão.

Offline André Padoveze

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Re: MST
« Resposta #18 Online: 27 de Janeiro de 2009, 18:23:47 »
Minha opinião é a seguinte... Reinvindicar terras todos podem, ainda mais que possuir terras nâo é mais o sinônimo de sobrevivência que já foi um dia. Se fosse, não teria tantos pequenos produtores vendendos suas propriedades pra ir pra cidade ( vejo isso na minha região, que era marcado minifúndios, que estão virando apenas sítios de fim de semana ou áreas de reflorestamento ).  Para produzir alimentos em quantidades e com os valores de hoje em dia, apenas propriedades mecanizadas, em grande escala. A agricultura hoje é um assunto profissional.

Então, a pressão para que as pessoas vivam no campo já não é essencial, porque 80% da população vivem nas cidades, porque é melhor. Tem escola perto, tem hospital, tem ônibus, tem emprego, salário, mesmo que pouco, é todo mês, e não se depende mais da safra pra se saber se vai ter o que comer e vestir durante o ano.

A vida no campo, nas pequenas propriedades é muito romantizado.

Então, está errado pessoas quererem ter sua terra? Não. Mas que comprem.

Pode-se  ter linha de crédito a juros subsidiados, apoio, etc.


O que não pode é os impostos dos brasileiros, que trabalham e geram riquezas, estarem sustentando um movimento subversivo que debocha das leis do país, não importando que ideologia possua.

Não quero meu imposto, do trabalho que eu tive, sustentando invasão. Tenho o direito de reclamar sobre esta questão.

Concordo em partes, em relação a parte em negrito, um sem-terra comprar uma terra? Hum, onde ele vai ter o dinheiro? Linha de crédito? Quem vai emprestar?
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Offline Herf

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Re: MST
« Resposta #19 Online: 27 de Janeiro de 2009, 19:30:01 »
Concordo em partes, em relação a parte em negrito, um sem-terra comprar uma terra? Hum, onde ele vai ter o dinheiro? Linha de crédito? Quem vai emprestar?
E por que isso é diferente de qualquer situação onde uma pessoa não tem o suficiente para comprar o que quer?

A propaganda esquerdista romantizou tanto a terra que as pessoas pensam que ela é algo sagrado e quem vive nela tem mais direito a acesso à terra que querem/assistencialismo/dinheiro alheio do que qualquer outra pessoa.

Offline Arcanjo Lúcifer

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Re: MST
« Resposta #20 Online: 27 de Janeiro de 2009, 19:43:12 »
Existem os esquerdistas como o Luiz Souto que são sensatos e é sempre bom ler o que ele posta. O Hugo sendo formado em filosofia poderia dar sua contribuição para o fórum discutindo os temas do fórum ao invés de cair de pára-quedas neles e só fazer comentários provocativos.

Beleza... voce tem razão. Vou evitar isso.

Não defendo o MST, mas sei que precisamos dar um desconto de 80% nas reportagens da Veja quando quer atingir o governo Lula. Vide campanha de 2006. Foram, em 2005 e 2006, mais de 40 capas "escorrachando" o Lula e seu governo. Um massacre da mídia nunca visto.

Esses debates já forma feitos por aqui e está se repetindo, não tendo nada de novidade.

Veja o debate sobre Cuba em um tópico recente.  Nada de novo. Quem defende Cuba continua a defender e quem "esculhamba" (é assim que fazem, sem um mínimo de respeito) continuam a "esculhambar".

Vou adotar sua sugestão. Se não for para debater é melhor nem postar. Valeu...

Esqueceu de comentar que quando o Lullalá ainda não era presidente, o FHC tb aparecia sempre nas capas e eles não poupavam críticas.

Aconteceu até de um deputado petista levar uma revista à câmara e elogia-la por uma reportagem que denunciava um escândalo que apareceu no governo FHC, mas como petistas tem memória seletiva poucos lembram do caso.

E o mesmo deputado mudou radicalmente de opinião sobre a Veja quando denunciaram a falcatrua dos Correios.

Offline Arcanjo Lúcifer

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Re: MST
« Resposta #21 Online: 27 de Janeiro de 2009, 19:44:57 »
Depois de ver bem a questão, percebe-se que Eldourado dos Carajás foi um dos maiores engodos já vendidos no Brasil. O MST atacou policiais militares e, quando estes reagiram e mataram os invasores ( direito constitucional dos policiais, pois qualquer um que enfrente a polícia pode ser morto legalmente no confronto ao atacarem autoridades), sendo que os mortos foram martirizados, numa forma de jogar a opinião pública contra o Estado Democrático e a Justiça.

Mesmo depois de rendidos?

Tem uma reportagem da Veja (nem vou citar outras fontes, para não ser chamado de esquerdista) que mostra evidências que alguns sem-terra foram executados.

O cara que morreu estava atirando contra os policiais, tem um vídeo gravado que foi mostrado na TV.

Não haviam sido rendidos, foi morto enquanto atirava.

Offline Arcanjo Lúcifer

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Re: MST
« Resposta #22 Online: 27 de Janeiro de 2009, 19:50:10 »
André, e  como vc explica que gente que dirige o MST sejam proprietários de terras?

A quem pertencem hojes os lotes abandonados pelo MST depois de conquistados e porque invadem apenas áreas  bem valorizadas perto de estradas ou jazidas minerais?

E mais, vc conhece qualquer produto agrícola que eles produzam?

Pois é, não sabem nem mesmo plantar um pé de alface.


Offline Dodo

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Re: MST
« Resposta #23 Online: 27 de Janeiro de 2009, 20:05:58 »
O cara que morreu estava atirando contra os policiais, tem um vídeo gravado que foi mostrado na TV.

Não haviam sido rendidos, foi morto enquanto atirava.

Leia a reportagem, Arcanjo, daí você vai entender o que estou falando.

http://veja.abril.com.br/idade/em_dia/carajas_capa.html

Você é único, assim como todos os outros.
Alfred E. Newman

Offline Arcanjo Lúcifer

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Re: MST
« Resposta #24 Online: 27 de Janeiro de 2009, 20:17:01 »
O cara que morreu estava atirando contra os policiais, tem um vídeo gravado que foi mostrado na TV.

Não haviam sido rendidos, foi morto enquanto atirava.

Leia a reportagem, Arcanjo, daí você vai entender o que estou falando.

http://veja.abril.com.br/idade/em_dia/carajas_capa.html



Sim, mas eu vi um cara armado atirando contra os policiais.

 

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