Para entender como os espíritas pensam é necessário sempre lembrar que eles sofrem de um tipo de "delusão permanente", que consiste numa permanente vigília em relação aos supostos "espíritos" que os rodeiam, e que (segundo eles) influenciam todas as decisões, suas e dos outros. É por isso que espíritas, em geral, não tem vergonha em defender teses esdrúxulas, mesmo contra todas as evidências e fatos: eles têm o "background" do tal mundo espiritual para justificá-las. Funciona assim: se Kardec chancelou a idéia, ela não poderia estar errada, se eu não concordo com ela, é porque o problema está em mim, e não na idéia. Resposta padrão dos espíritas: "falta estudar..." Depois que a gente entende esse problema de delusão, fica mais fácil debater com espíritas, mesmo os mais articulados, pois mais cedo ou mais tarde eles caem em contradições enormes, e só lhes resta invocar esse tipo de argumentação.