Bom, assisti ao filme inteiro e minha impressão é a seguinte: a maioro parte do filme é baseada em sutras do corão e em declarações de líderes islâmicos pregando apenas a jihad, o assassinato de judeus, de cristãos, de apóstatas, de adúlteros, de homossexuais e de quem os contrariar. Além, claro, da dominação mundial e de sua vontade de substituir as democracias ocidentais por teocracias islâmicas. Tudo isso dito da boca de muçulmanos.
Apenas no finalzinho do filme Wilders expressa sua opinião - que, convenhamos, é uma generalização apressada, ele tenta passar a impressão de que todos os muçulmanos são radicais, e não apenas uma pequena parcela deles. Infelizmente, porém, essa pequena parcela é muito, muito perigosa e eu compreendo perfeitamente o temor de Wilders pela islamização da Europa, até porque há declarações de radicais muçulmanos justamente no sentido de destruí-la.
Portanto, sim, eu concordo que o filme de Wilders não é inteiramente honesto. Porém, ele é mais honesto do que muita gente gostaria de admitir e deixar o Islã acima de toda e qualquer crítica e restrição na Europa é perigosíssimo. Será que a Inglaterra não aprendeu nada com deixar Hitler a vontade para invadir a Polônia? Intolerância por intolerância, intelectuais europeus já mataram menos muçulmanos do que o contrário, que o digam Theo Van Gogh, assassinado por fanáticos, e Salman Rushdie, ameaçado de morte há duas décadas.