Dodo
Não se deve misturar as coisas. A entrevista fala de um senador do PMDB falando da corrupção no PMDB. Puxar isso pro PFL não resolve nada, pelo contrário, legitima uma postura do são todos iguais e nada pode ser feito. O senador está tentando.
Outra. Se há corrupção, há um corruptor. Não é o PFL no governo agora.
Eu tenho quase certeza de que existem vozes no congresso nacional que são coerentes, e maior ainda é minha certeza de que estas vozes estão espalhadas em TODOS os partidos.
Agora, certeza absoluta, só posso ter de que a grande maioria de nossos parlamentares estão, para dizer o mínimo, legislando em causa própria, seja negociando cargos para seus apadrinhados ou verbas para seus currais eleitorais.
Eu só quis ilustrar como estão as coisas na nossa política, pois tenho plena convicção de que, a partir do momento em que o PT deixe o governo, automaticamente ele agirá, mais uma vez, como o guardião da ética e moralidade, pois qualquer outro partido no poder irá tomar atitudes muito parecidas como foi esse acordo entre PT e PMDB, e novamente tudo será feito em nome da "governabilidade".
A entrevista pode até ser apenas sobre o PMDB, mas ela ilustra algo que é, hoje, indissolúvel da maneira de se fazer política no Brasil: o fisiologismo, a maldita ética do "é dando que se recebe". Apenas veio a calhar para muitos que o grande representante de tal prática hoje é o PMDB, mas é algo que ainda irá vigorar por muitos anos ainda.
Foi isso que eu quis dizer.
