Autor Tópico: Indo para o espaço  (Lida 14128 vezes)

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Offline André Luiz

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Re: Indo para o espaço
« Resposta #25 Online: 03 de Julho de 2009, 08:47:55 »
Seria bom fazer igual o governo faz aqui, apenas tribos indiginas reconhecidas pelo governo que podem ter cassinos, depois que os estados estabeleceram essa lei, nenhum índio reclamou mais do homem branco ter roubado suas terras. Claro que em um pais como o Brasil isso não deve funcionar.

To sabendo, mais é apenas uma ou outra tribo, o esquema ai é forte, da até porrada

Skorpios

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Re: Indo para o espaço
« Resposta #26 Online: 03 de Julho de 2009, 17:48:10 »
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AEB estuda área fora de Alcântara para nova base de lançamentos      
Por Defesa Brasil   
03 de Julho de 2009

A AEB não revelou a área escolhida, que será apresentado na próxima semana ao presidente Lula. No entanto, já se sabe que tem cerca de 20 mil hectares, e fica na costa Norte-Nordeste, entre o Amapá e o Rio Grande do Norte

A Agência Espacial Brasileira (AEB) deve apresentar na próxima semana ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva um estudo de uma nova área, fora de Alcântara (MA), para a instalação de uma nova base de veículos lançadores de satélites.

De acordo com o presidente da AEB, Carlos Ganem, a proposta visa garantir o cumprimento das metas do Programa Espacial Brasileiro, que enfrenta a resistência das comunidades remanescentes de quilombos para a ampliação da atual base de Alcântara.

“Eu não vejo motivos para ficar batendo nessa tecla de Alcântara. Vamos apresentar em dois meses para o conselho da agência duas áreas, e vamos nos fixar em uma delas”, disse.

No Maranhão, o projeto espacial sofreu um golpe no fim de 2008, quando o governo decidiu conceder a titularidade de 71,8 mil hectares às comunidades quilombolas da região. Trata-se da mesma área que seria destinada para a implantação do Centro Espacial de Alcântara, e que serviria para a instalação de sítios de lançamento comercial, contemplados por um tratado firmado em 2003 entre Brasil e Ucrânia.

Em função da decisão favorável às comunidades locais, a construção dos novos locais de lançamento foi suspensa, e o projeto foi deslocado para o Centro de Lançamento de Alcântara, uma área militar que serve de base para o Veículo Lançador de Satélites (VLS) (foguete brasileiro, que deve ser testado em 2011, e tem o primeiro lançamento previsto para 2012).

O ministro da Defesa, Nelson Jobim, defendeu ontem (quarta-feira, dia 01/07), no Senado, a ampliação da área de lançamento de Alcântara, apesar do projeto da AEB e da decisão do próprio governo de conceder às terras para os quilombolas.

“Esta é uma questão internacional e não podemos ser ingênuos. Há outros países interessados em não deixar que o Brasil seja incluído no fechado círculo dos países lançadores de foguetes”, disse o ministro.

Segundo a AEB, a área em estudo reúne as características que mantém a competitividade de Alcântara em relação aos centros internacionais de lançamento: fica próxima da Linha do Equador, o que garante a economia de até 30% sobre o consumo de propelentes, e está localizada no litoral, condição de segurança para a atividade espacial.

“São áreas quase despovoadas, sem vícios de origem ou de titularidade e que oferecem condições de infraestrutura como estradas e aeroporto”, explica o presidente da agência.

A AEB não revelou a área escolhida, que será apresentado na próxima semana ao presidente Lula. No entanto, já se sabe que tem cerca de 20 mil hectares, e fica na costa Norte-Nordeste, entre o Amapá e o Rio Grande do Norte.

Fonte: Agência Brasil


http://defesabrasil.com/site//Noticias/Espaco/AEB-estuda-area-fora-de-Alcantara-para-nova-base-de-lancamentos.html

Offline André Luiz

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Re: Indo para o espaço
« Resposta #27 Online: 03 de Julho de 2009, 20:44:32 »
Citação de: [url=http://][/url]
Brasil corre risco de perder oportunidade na área espacial, alerta Jobim

orion-lancado-de-alcantara-foto-tribuna-do-norteO Brasil corre o risco de perder uma excelente oportunidade de se tornar um grande centro lançador de satélites, caso se confirme a redução para apenas 8713 hectares da área destinada ao Centro de Lançamento de Alcântara, no Maranhão, com o objetivo de garantir maior extensão de terras a remanescentes de quilombolas. O alerta foi feito nesta quarta-feira (1º) pelo ministro da Defesa, Nelson Jobim, durante audiência pública realizada pela Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE).

Durante a audiência, o ministro lembrou que a Base de Alcântara possui a melhor localização do planeta, por causa de sua proximidade com a linha do Equador - o que torna mais baratos os lançamentos de satélites. A área destinada ao centro em 1983 foi de 62 mil hectares. A partir de um relatório antropológico a respeito dos quilombolas residentes na região, observou, o espaço foi reduzido para 8713 hectares.

O Ministério da Defesa, segundo informou o ministro, está propondo ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva a incorporação de outros 11.287 hectares ao centro de lançamento, deixando 66.713 hectares para 1800 quilombolas. Com isso, poderiam ser instaladas no centro até 15 bases de lançamento - em lugar das três a serem erguidas caso a área permaneça restrita aos atuais 8713 hectares.

- Não podemos perder a oportunidade de expansão, pois estaríamos jogando pela janela o melhor ponto do mundo para lançamento de foguetes - advertiu Jobim.

O risco de redução das atividades da base de Alcântara foi um dos temas que levaram os senadores Eduardo Azeredo (PSDB-MG), Augusto Botelho (PT-RR) e Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR) a apresentarem requerimento de realização da audiência pública. Os dois últimos são provenientes de Roraima, onde recentemente foi confirmada pelo Supremo Tribunal Federal uma grande reserva indígena próxima à fronteira, os dois manifestaram preocupação de que a base tenha de deixar o local, como produtores de arroz foram levados a sair da reserva indígena.

- Sem perder de vista os direitos dos quilombolas, o projeto de nação está acima das etnias - afirmou Mozarildo.

O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) citou reportagem recentemente publicada pela revista Rolling Stone, a respeito da região de Alcântara, ao defender a busca de uma solução negociada com os quilombolas, que teriam deixado de confiar no governo em virtude do não cumprimento de promessas feitas a eles no início do processo de implantação da base. O ministro concordou com a necessidade de se buscar uma solução negociada. Ele disse que não pretendia debater o tema sob o ponto de vista ideológico, mas admitiu a possibilidade de o centro de lançamentos atingir interesses internacionais.

- É evidente que a alguém não interessa que o Brasil seja a maior base mundial de lançamentos de foguetes. Não vamos ser ingênuos - disse Jobim.

Ainda durante a audiência, o senador Sérgio Guerra (PSDB-PE) perguntou quando seria concluído o processo de escolha do fornecedor dos novos aviões que equiparão a Força Aérea Brasileira. Segundo o ministro, a análise técnica será concluída em agosto e, depois disso, começará uma análise política da questão. Nessa etapa, informou, será levada em conta a proposta de transferência de tecnologia para a industria nacional de defesa.

O senador Heráclito Fortes (DEM-PI) elogiou a atuação da Marinha e da Aeronáutica na busca dos destroços do avião da Air France que caiu sobre o Oceano Atlântico, no mês passado. Por sua vez, o senador Romeu Tuma (PTB-SP) pediu que sejam repassados à Marinha os royalties sobre a produção de petróleo pagos pela Petrobras e retidos pelo Ministério da Fazenda.

FONTE: Agência Senado, via Notimp / FOTO (foguete Orion sendo lançado de Alcântara): Tribuna do Norte

Skorpios

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Re: Indo para o espaço
« Resposta #28 Online: 04 de Dezembro de 2009, 15:49:50 »
Ler uma matéria dessas dá vontade de dizer palavrão....

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Falta de pessoal pode afetar pesquisas de clima e aeroespaciais
Tecnologia
 
Sex, 04 de Dezembro de 2009 10:45

Aposentadorias e extinção de carreiras causaram déficit de pessoal.

 

Virgínia Silveira

Nos últimos anos, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e o Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA) perderam muitos funcionários. Com a aposentadoria de antigos servidores e a extinção de carreiras, muitas vagas ficaram abertas, criando um déficit de pessoal que pode comprometer o futuro de pesquisas em áreas definidas como estratégicas pelo governo federal. Segundo o diretor do DCTA, brigadeiro Cleonilson Nicácio, nos últimos dez anos o órgão perdeu cerca de 700 servidores (18% do quadro atual), mas o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão só reconhece a existência de 300 vagas em função da extinção de algumas carreiras ao longo da década de 90.

O problema do déficit de pessoal no Inpe é agravado com as aposentadorias - até o fim do ano, 20% dos atuais funcionários estarão em condições de se aposentar. "Em algumas áreas, como a de engenharia espacial, onde estão sendo desenvolvidos os satélites do programa espacial brasileiro, mais de 50% dos servidores já estarão em condições de se aposentar num prazo de dois a cinco anos", explica a chefe de gabinete da direção do Inpe, Maria Virgínia Alves. O Inpe possui um total de 1.097 servidores ativos, sendo 200 pesquisadores, 559 tecnologistas e 335 da carreira de gestão (analistas de C&T e funções administrativas). Até dezembro deste ano, 227 servidores já podem pedir aposentadoria e entre 2010 e 2014 esse número é de 246, uma média de 50 por ano.

No Inpe, o déficit total é de 400 servidores, mas a situação foi um pouco amenizada com a autorização recente que o governo deu para a contratação de 126 servidores em caráter emergencial. A maior parte das vagas vai para o Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos, que corria o risco de interromper serviços essenciais na área de previsão, onde algumas atividades funcionam 24 horas por dia e atendem a setores estratégicos como defesa civil, aeroportos e agricultura.

As novas contratações autorizadas em caráter temporário, segundo Maria Virgínia, foram uma saída encontrada para resolver o problema dos funcionários terceirizados, que trabalham na instituição, uma vez que o governo determinou que esse tipo de mão de obra não poderia mais exercer trabalhos em atividades fim. Do total que foi autorizado, segundo a chefe de gabinete, 15 vão trabalhar no Centro de Rastreio e Controle de Satélites, dez no Laboratório de Combustão e Propulsão e 75 no CPTEC. Segundo a funcionária, o Inpe emprega hoje 139 funcionários terceirizados em atividades fim.

O DCTA vai apresentar um trabalho ao Ministério do Planejamento, que mostra a necessidade de repor o efetivo perdido nos últimos dez anos, com uma proposta de recomposição automática dos quadros, à medida que forem acontecendo as perdas. "O nosso objetivo é garantir que as equipes de pesquisa tenham continuidade, tendo em vista que o tempo para se formar um pesquisador de alto nível pode levar até dez anos." Um novo concurso foi autorizado para este ano, mas para 93 vagas, das quais apenas 35 para nível superior. A ideia é fazer novos concursos até que se chegue ao número de 700. O Centro possui hoje 3.960 servidores, sendo 1.644 militares e 2.316 civis, mas chegou a ter quase 5 mil funcionários.

Os salários dos pesquisadores do Inpe e do CTA são iguais, porque ambos são civis, da carreira de ciência e tecnologia. O salário inicial de um pesquisador com doutorado é de R$ 8.760,07 e em fim de carreira esse valor sobe para R$ 14.175,82. Um pesquisador sem titulação ganha um salário inicial de R$ 5.111,07 e de R$ 8.337,82 em final de carreira.

Para o presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Federais em Ciência e Tecnologia do Vale do Paraíba (SindCT), Fernando Moraes, as medidas planejadas pelo Inpe são soluções paliativas e não resolvem o problema da instituição, uma vez que o contrato é temporário e válido apenas por um ano. "O conhecimento científico não se transmite no curto prazo. O que o Inpe precisa é de uma reposição de vagas de forma efetiva, através de concurso", disse.

Moraes lembra que o governo autorizou a contratação de 70 mil servidores públicos e o Inpe tem o direito e a necessidade de reivindicar pelo menos 300 vagas para cobrir o atual déficit. Além da perda de pessoal, especialmente na década de 90, quando os salários estavam bastante defasados, o Inpe também tem registrado a perda de lideranças importantes por conta da aposentadoria.

No DCTA, segundo Moraes, a área que enfrenta mais problemas com a falta de pessoal qualificado é a dos lançadores de satélites que, além de perder lideranças importantes por aposentadoria, sofreu um grande impacto em 2003, com a morte de 21 técnicos e engenheiros, durante o acidente com o foguete em Alcântara, no Maranhão.

"Eram especialistas com muitos anos de experiência e conhecimento. Houve contratação logo após esse episódio, mas a necessidade do setor ainda não foi suprida." Segundo o presidente do SindCT, no Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE), órgão responsável por projetos definidos como prioritários pelo governo, entre eles o do foguete VLS, veículos aéreos não tripulados, combustível líquido, para foguetes e mísseis, existe hoje uma carência de 150 a 200 pessoas.

Criada em 2003, a área de mudanças climáticas do Inpe, segundo o chefe do Centro de Ciência do Sistema Terrestre, Carlos Nobre, precisa de uma massa crítica de pelo menos 50 pesquisadores, mas nos últimos dois anos só conseguiu contratar cinco. "O governo tem dado muita ênfase às pesquisas nessa área, mas não conseguiremos avançar se não tivermos a possibilidade de contratar mais pesquisadores de maneira estável e com perspectiva de carreira", afirma.

Atualmente, de acordo com Nobre, o CST vem conseguindo desenvolver seus projetos e pesquisas com a ajuda de bolsistas de pós-graduação, que trabalham por tempo determinado. "No CPTEC eu supervisionei a contratação de 65 pesquisadores que hoje estão se tornando líderes relevantes em suas áreas de atuação, mas se quisermos consolidar as pesquisas em áreas estratégicas como a de mudanças globais, temos que criar vagas estáveis e com planos de carreiras que possam atrair bons profissionais", completou.

Fonte: Valor Econômico


http://defesabrasil.com/site/noticias/tecnologia/falta-de-pessoal-pode-afetar-pesquisas-de-clima-e-aeroespaciais.php

Offline _tiago

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Re: Indo para o espaço
« Resposta #29 Online: 04 de Dezembro de 2009, 21:32:54 »
Meu pai trabalhava lá, saiu por questões financeiras. Vou mandar a notícia pra ele...

Skorpios

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Re: Indo para o espaço
« Resposta #30 Online: 14 de Dezembro de 2009, 13:14:00 »
Mais uma boa notícia....

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Brasil desenvolve sistema de navegação de satélites e foguetes

Seg, 14 de Dezembro de 2009 08:43
Primeira fase do projeto já foi concluída.

Virgínia Silveira

O Brasil está conseguindo resolver um dos principais desafios tecnológicos impostos, há quase três décadas, ao seu programa de lançadores de satélites: desenvolver e fabricar seu próprio sistema de navegação inercial, utilizado na estabilização de satélites em órbita e na orientação da trajetória de um foguete no espaço.

A primeira fase do projeto, batizado de SIA (Sistemas de Navegação Inercial para Aplicação Aeroespacial) já foi concluída, com o desenvolvimento do protótipo de uma plataforma inercial completa, que será testada em uma montanha russa, em um parque de diversões, em São Paulo, no começo do próximo ano. O teste em voo da plataforma será feito até o fim de 2010, numa operação chamada de "Maracatu".

"Vamos testar os sensores da plataforma no veículo de sondagem brasileiro VSB-30, utilizado em missões suborbitais de exploração do espaço", disse o coordenador do projeto SIA, Waldemar de Castro Leite Filho. O VSB-30 acumula um histórico de nove lançamentos de sucesso, sendo que dois foram realizados no começo deste mês, no campo de Esrange, em Kiruna, na Suécia, levando à bordo experimentos científicos europeus.

O Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA) também está finalizando a construção de um prédio, que irá abrigar um laboratório de infraestrutura de testes para os sensores da plataforma inercial do SIA.

O laboratório, segundo Leite Filho, é único na América Latina e será capaz de testar sensores com uma precisão de 0,1 grau por hora, ou seja, poderá medir movimentos cem vezes menor que o movimento de rotação da Terra. Empresas como a Embraer e a Petrobras, segundo o pesquisador, já utilizam os laboratórios do DCTA para calibrar seus sensores.

O projeto SIA tem um custo estimado de R$ 40 milhões e está sendo financiado pela Finep, por meio da Fundação de Desenvolvimento de Pesquisa (Fundep). A execução do projeto está a cargo do Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE) e Instituto de Estudos Avançados (IEAv), vinculados ao DCTA e do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). O objetivo inicial do SIA, segundo Leite Filho, é capacitar o Brasil a fabricar sistemas inerciais para foguetes e satélites.

A tecnologia será repassada para a indústria brasileira e, por esta razão, o projeto SIA envolve ainda a participação de um consórcio de empresas, o SIN, formado pela Mectron, Equatorial, Optsensys, Navcon e Compsis. Além do programa espacial, o SIA também vem sendo acompanhado de perto pelo exército brasileiro, devido a sua aplicação em sistemas inerciais de carros de combate e mísseis. A marinha tem interesse no SIA para a guiagem de navios e como estabilizador de armas e a Petrobras utiliza sensores inerciais em brocas e sistemas de ancoragem de estruturas flutuantes, utilizadas no processo de exploração de petróleo.

"Se considerarmos um atirador, o sistema inercial é a luneta, porque sem ela não se vê o alvo", explica Leite Filho. Num avião, segundo ele, o sistema de navegação inercial diz para onde ele está indo e controla o veículo, estabilizando a sua velocidade angular e atitude (orientação no espaço em relação a um sistema de referência). O sistema inercial, neste caso, ajuda a navegação acrescentando os dados do GPS, mas ele é autônomo, ou seja, não depende de satélites, e sim dos seus sensores para funcionar.

O sistema inercial de um foguete é composto por dois sensores principais: um girômetro e um acelerômetro, que repassam as informações sobre a posição do foguete no espaço para o computador de bordo. É através da plataforma inercial que se consegue, por exemplo, identificar os desvios de rota de um foguete ou satélite em órbita.

O domínio da tecnologia que envolve o sistema de navegação de veículos espaciais, segundo Leite Filho, dará ao Brasil autonomia em uma área considerada estratégica, restrita a poucos países no mundo e sujeita a embargos tecnológicos, que há vários anos tem afetado o programa espacial brasileiro.

Os sistemas inerciais de todos os protótipos de foguetes já lançados pelo Centro Técnico Aeroespacial, (CTA), por exemplo, foram comprados da Rússia e da França, em meados da década de 90, sob objeções do governo dos Estados Unidos. A compra de componentes para o atual projeto também continua sofrendo embargo dos EUA. Já o sistema de controle de atitude dos novos satélites da Plataforma Multimissão (PMM) do Inpe, serão fornecidos pela Argentina. Os satélites que o Brasil fez com a China levam um sistema de controle de órbita chinês.

O SIA também pode ser usado na aviação e a aeronave Super Tucano, que depende do fornecimento de sistemas da americana Honeywell, teria uma opção nacional para equipar a frota de 99 aeronaves do modelo, comprada pela FAB. O Super Tucano já sofreu embargo dos EUA, em 2005, quando a Embraer tentou vender a aeronave para a Venezuela, por conta dos componentes americanos instalados no avião. Há cerca de um ano a FAB também teve dificuldades em comprar os sensores inerciais do avião de patrulha marítima P-3, que está sendo modernizado na Espanha, pela empresa europeia EADS. O fabricante original do P-3 Orion é a empresa americana Lockheed Martin.

Fonte: Valor Econômico


http://defesabrasil.com/site/noticias/espaco/brasil-desenvolve-sistema-de-navegacao-de-satelites-e-foguetes.php

Skorpios

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Re: Indo para o espaço
« Resposta #31 Online: 27 de Dezembro de 2009, 06:42:07 »
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País presidirá Comitê de Satélites de Observação da Terra
Espaço

Sáb, 26 de Dezembro de 2009 08:56
Comitê reúne 28 agências espaciais.

Representado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o Brasil presidirá em 2010 o Comitê de Satélites de Observação da Terra (Ceos, na sigla em inglês), que reúne 28 agências espaciais e 20 organizações nacionais e internacionais.
Estabelecido em 1984, o Ceos é responsável pela coordenação global de programas espaciais civis e pelo intercâmbio de dados de satélites de observação da Terra em benefício da sociedade.

No encerramento da 23ª Reunião Plenária do Ceos, realizada em Phuket, na Tailândia, o diretor do Inpe, Gilberto Câmara, foi anunciado oficialmente como novo presidente do comitê para 2010.

O Ceos e outras 51 organizações, além da Comissão Europeia, fazem parte do Grupo de Observações da Terra (GEO, na sigal em inglês), um painel intergovernamental implantado por uma série de cúpulas em nível ministerial, envolvendo 75 países.
O objetivo do GEO é estabelecer, nos próximos dez anos, um Sistema Global de Sistemas de Observação da Terra (Geoss), cuja finalidade é conceber um futuro no qual as decisões e ações em prol da humanidade serão subsidiadas por informações e observações da Terra de forma coordenada, compreensível e sustentável.

Segundo o Inpe, a presidência do Ceos reforça o reconhecimento mundial do Brasil como líder na disseminação do uso de dados de satélites, por ter sido o primeiro a adotar uma política de acesso livre, com o Satélite Sino-Brasileiro de Recursos Terrestres (CBERS, na sigla em inglês), em 2004.

O intercâmbio de dados de satélites proporcionado pelo Ceos une esforços e permite, segundo o Inpe, a obtenção de mais informações para o estudo do desmatamento, previsão de desastres naturais, conservação da biodiversidade, entre outras aplicações importantes no atual cenário de mudanças climáticas.
 
Fonte: Jornal do Brasil

http://defesabrasil.com/site/noticias/espaco/pais-presidira-comite-de-satelites-de-observacao-da-terra.php

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Re: Indo para o espaço
« Resposta #32 Online: 02 de Janeiro de 2010, 13:37:51 »
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Plano de lançar foguete enfrenta atraso
Espaço
   
Sáb, 02 de Janeiro de 2010 11:20
Dois projetos nacionais não devem virar realidade no governo Lula, contrariando promessa do presidente após desastre VLS, totalmente brasileiro, e lançador feito em parceria com ucranianos correm risco de competir entre si e de ter mercado desfavorável.

RAFAEL GARCIA

O Programa Espacial Brasileiro entrou em seu último ano sob o governo Lula com dificuldades para cumprir uma promessa feita pelo presidente: colocar um foguete em órbita. Os dois projetos que podem conseguir isso provavelmente só terão voos de qualificação após o mandato de Luiz Inácio Lula da Silva, e alguns especialistas dizem que as duas empreitadas acabarão competindo uma com a outra. Quando o VLS (Veículo Lançador de Satélites) explodiu em 2003, matando 21 pessoas no CLA (Centro de Lançamento de Alcântara), no Maranhão, Lula afirmou que ajudaria o projeto da Aeronáutica a se recuperar a tempo de lançar o foguete no ano seguinte. Não foi tão rápido. O VLS - que pretende colocar satélites de até 400 kg em órbita baixa (cerca de 800 km)- foi retomado, mas só terá um primeiro lançamento experimental em 2011.

Consórcio

O outro foguete a ser lançado do Maranhão é o Cyclone-4, projetado pela binacional ACS (Alcântara Cyclone Space), criada pelos governos de Brasil e Ucrânia. O projeto -capaz de levar 1.600 kg a órbitas de 35 mil km de altitude- mantém o cronograma com lançamento em 2010, mas está com dificuldades de financiamento. As empresas ucranianas do consórcio que constrói o veículo reconheceram que precisam de US$ 200 milhões para finalizá-lo. Até o Natal, não anunciaram ter conseguido o dinheiro.

Especialistas ouvidos pela Folha que não estão envolvidos nos projetos, porém, afirmam que os problemas de curto prazo são os menos graves. "Não será possível o país manter o foco em veículos com a capacidade do VLS, pois não existe nicho [de mercado] de satélites de pequeno porte", afirma José Nivaldo Hinckel, engenheiro do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) especialista em satélites. "Se o Brasil quiser contar com um programa autônomo, ele vai ter de fazer um veículo que competirá com o Cyclone-4."

A AEB (Agência Espacial Brasileira), encarregada de dar unidade às ações fragmentados que hoje compõem o programa espacial brasileiro, rejeita essa visão. O presidente da agência, Carlos Ganem, porém, já escreveu, em um artigo para o jornal "Correio Braziliense", que o uso do Cyclone-4 em Alcântara é "uma solução intermediária". Ganem, contudo, disse à Folha que se tinha se expressado mal. "Não estudei semiologia, e o português é uma língua rica", disse. "Falei intermediário porque temos com eles [ucranianos] uma relação de grande expectativa e, até que ela se efetive, será intermediária."

Ainda que o discurso oficial da AEB e da ACS seja de cordialidade, a relação entre as duas entidades já mostrou sinais de desgaste. Em agosto, uma reunião com autoridades do programa espacial acabou em briga, após uma discussão entre Roberto Amaral, diretor da ACS, e o major-brigadeiro Antonio Hugo Chaves, que representava a AEB no encontro.Uma versão do caso, publicada pelo jornal "O Globo", descrevia cena na qual Amaral teria esmurrado a mesa e arremessado um copo na direção de Chaves. Em carta pública, o diretor da ACS negou o ataque. Amaral, porém, reconhece que houve discussão sobre o cronograma de obras em Alcântara. A Folha apurou que a Aeronáutica estava resistindo à pressão para empreender recursos na reforma de uma pista de pouso em Alcântara, obra que é essencial para a ACS. O presidente da AEB não revela o teor do encontro que acabou em discussão, mas afastou Chaves de seu cargo na agência. Ganem diz que "a Aeronáutica tinha se comprometido a realizar essa obra, mas só pôde terminá-la depois de uma incisiva cobrança" de sua parte.

Hoje, enquanto Brasil e Ucrânia pretendem investir US$ 485 milhões para capitalizar a ACS, o projeto VLS, exclusivamente brasileiro, tenta avançar com um orçamento de cerca de R$ 35 milhões/ano. Apesar da diferença, o coronel Francisco Pantoja, diretor do IAE (Instituto de Aeronáutica e Espaço), que desenvolve o VLS, evita críticas. "Com o que recebemos, dá para trabalhar dentro do cronograma."

Justificativas

O volume maior de verba destinado ao Cyclone-4 se justifica, em parte, por se tratar de um foguete de porte mais competitivo no mercado de lançamento. Mas a política adotada tem críticos. "A justificativa para o desenvolvimento de um veículo [foguete lançador] próprio é de caráter estratégico, o que exclui algo produzido por uma parceria oportunista e sujeita a restrições", diz Hinckel. Outro engenheiro do setor aeroespacial, que conversou com a Folha sob a condição de anonimato, disse ter dúvidas sobre a viabilidade da ACS. "É complicado pensar um projeto de longo prazo desses sem apoio forte dos militares", diz. "Mesmo que você tenha todo o apoio do governo, o presidente alguma hora vai embora, mas os militares ficam."



ACS aposta em lançamento "barateiro"

Com posição privilegiada para sua plataforma de lançamentos, a ACS espera ganhar espaço no mercado de lançamento de satélites ao baratear o custo das missões. Alcântara está só 2,2 ao sul do equador, e a empresa prevê que isso permitirá gastar 30% menos combustível que a média de seus concorrentes para colocar um satélite em órbita (a rotação terrestre na região dá um "empurrãozinho" no foguete).

Como o Cyclone-4 não é dos foguetes mais poderosos, porém, críticos afirmam que dificilmente ele será um grande atrativo. Segundo José Nivaldo Hinckel, do Inpe, a maior parte dos satélites de comunicação privados têm hoje pesos acima de 3.000 kg e ficam em órbita geoestacionária -ficam "parados" sobre um ponto específico da Terra, a altitudes da ordem de 20 mil km. O Cyclone-4, porém, só consegue levar 1.600 kg a essa faixa.

Segundo o pesquisador do Inpe, a maioria dos satélites de órbita baixa pertence a programas estatais, que não seguem critérios de mercado para escolher seus lançadores. Governos da Europa, Rússia, China e EUA nunca deixam de usar seus próprios foguetes apenas por questão de custo. E países como a Argentina, que não tem ainda lançador próprio, possuem convênio com os EUA. A ACS, porém, afirma que a criação da empresa binacional está respaldada num estudo detalhado sobre o mercado de satélites, documento que só não foi amplamente divulgado por motivos de estratégia comercial.

Carlos Ganem, presidente da AEB, diz que satélites de pequeno porte são a "nova onda mundial". Segundo ele, a empresa francesa Ariane, que deve ser a principal concorrente da ACS, tem hoje dificuldade para usar seu foguete de grande porte, projetado para levar até 7.000 kg."A Ariane tem problemas hoje para juntar cargas úteis que façam a carga do Ariane-5 ser economicamente racional", disse.



"Transferência de tecnologia é para empresa, não para país"
 
Um dos benefícios que a ACS promete trazer ao Brasil é um pouco do conhecimento que os ucranianos acumularam ao longo das décadas, principalmente no período soviético, em que lançaram foguetes da família Cyclone. "É óbvio que haverá transferência de tecnologia", diz Roberto Amaral, diretor da metade brasileira da empresa.

Stanislav Konyukhov, diretor-geral da Yuzhnoye (empresa ucraniana que projetou o foguete Cyclone-4 para a binacional) ecoa seu colega brasileiro, mas afirma que os termos em que esse conhecimento será repassado ainda não foram totalmente definidos.

"O que diz respeito a nosso contrato não é com o Brasil. Temos um contrato com a empresa binacional ACS", afirma Konyukhov.

"Ela terá direito de acesso a tudo o que ela encomendar de nós -documentação, patentes, etc.-, mas não temos como saber como o Brasil vai se relacionar com a ACS para ter acesso a essas informações", pondera ele.

Mesmo com essa transferência de tecnologia, porém, Konyukhov diz duvidar que um dia os brasileiros adquiram capacidade técnica para competir com os ucranianos com um foguete próprio, mesmo que o programa VLS avance para foguetes de escala maior.

"Nós não vamos ser concorrentes. Isso porque, para chegar a um foguete da classe do Cyclone 4, o Brasil ainda precisa de pelo menos uns 15 ou 20 anos, mas durante esse tempo a gente também não vai ficar parado, vamos continuar progredindo", afirma ele.

Fonte: Folha de São Paulo



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Re: Indo para o espaço
« Resposta #33 Online: 02 de Fevereiro de 2010, 13:16:21 »
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Olho brasileiro no espaço
Espaço

Ter, 02 de Fevereiro de 2010 09:03
Missão do satélite CoRoT é prorrogada devido aos bons resultados que alcançou, como a descoberta do primeiro exoplaneta com características semelhantes às da Terra.


(Correio Brazliense) - Foi-se o tempo em que o Brasil assistia de longe às grandes descobertas do mundo espacial. A participação do país em empreendimentos do setor é cada vez maior. Exemplo disso é o CoRoT, satélite desenvolvido por meio de um convênio entre Brasil, França e seis países europeus. O equipamento acumula tantas descobertas que a duração de sua missão foi ampliada em três anos. Assim, ele deve permanecer no espaço pelo menos até 2012.

O CoRoT — sigla para Convection rotation and planetary transitssatelite — tem dois objetivos principais: descobrir exoplanetas (planetas localizados fora do Sistema Solar) e estudar as vibrações das estrelas, conhecidas como estelemotos (equivalente espacial aos terremotos — veja arte). Os dados enviados para a Terra são analisados por cientistas do Brasil e da França, além de outros seis países (Alemanha, Áustria, Bélgica, Espanha, Holanda e Itália). “A grande vantagem de nossa participação no projeto é que todo nosso investimento está sendo revertido em desenvolvimento. Estão direcionados para nossos pesquisadores, nossas bases. Contribuímos com 2% do orçamento e temos acesso a 100% da pesquisa”, explica o diretor de satélites, Aplicações e Desenvolvimento da Agência Espacial Brasileira (AEB), Thyrso Villela.

De acordo com o professor do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG), da Universidade de São Paulo (USP), Eduardo Janot, também presidente do Comitê CoRoT-Brasil, o satélite abre um novo caminho para a pesquisa espacial brasileira. “Essa é a primeira vez que nós temos direitos totais às pesquisas de um satélite. Até hoje, nós apenas podíamos usar, quase que emprestados, os satélites de outros países”, comemora.

Parece que o país começou com o pé direito. O CoRoT já está fazendo história, ao ser responsável pela descoberta, feita em fevereiro de 2009, do primeiro exoplaneta semelhante à Terra. Batizado pelos cientistas de CoRoT-7B, ele orbita uma estrela denominada CoRoT-7, um pouco menor, mais fria e mais jovem do que o Sol. Localizada na constelação de Unicórnio, a estrela está a cerca de 500 anos-luz da Terra. “Foi a primeira vez que um planeta com essas características foi localizado. Foi esta descoberta que comprovou que podem sim existir outros corpos semelhantes à Terra”, explica Janot.

O interesse dos pesquisadores em encontrar planetas semelhantes ao nosso se deve à possibilidade de identificar vida extraterrestre. “Para que a vida se desenvolva é preciso que haja condições como temperatura e composição rochosa parecidas com as da Terra. E o primeiro que poderia preencher estes requisitos é o CoRoT-7B”, conta o professor da USP.

No entanto, pesquisas já mostraram que não foi desta vez que provamos que não estamos sós no universo. O planeta completa uma translação em torno de sua estrela em pouco mais de 20 horas, estando 23 vezes mais próximo dela do que Mercúrio está do Sol. “Portanto, ele é muito quente para abrigar qualquer tipo de vida, mesmo das formas mais primitivas. Mas como descobrimos esse, podemos achar outros ainda mais promissores”, completa.
 

Softwares
 
Os programas que comandam e garantem o funcionamento do CoRoT foram totalmente desenvolvidos por engenheiros brasileiros. “Quando entramos no projeto, enviamos seis engenheiros para Toulouse, na França, onde o projeto é baseado, e eles desenvolveram toda a parte de software do satélite”, explica Eduardo Janot.

Outra contribuição fundamental para o sucesso das pesquisas vem da base aeroespacial de Alcântara, no Maranhão. É para lá que são direcionados os dados colhidos quando o satélite está orbitando o Hemisfério Sul. “São apenas três centos de recepção de dados: dois no Hemisfério Norte, localizados na França e no Ártico, e o do Brasil”, conta Janot.

Além de identificar novos planetas, o CoRoT ajuda em estudos sobre os chamados estelemotos, que são espécies de terremotos que ocorrem dentro de estrelas. O fenômeno pode ajudar a compreender o comportamento e a estrutura das estrelas. “Nós estudamos estrelas mais velhas na tentativa de prever como será o comportamento do Sol, que é a principal fonte da vida na Terra”, diz Janot. “Uma pequena alteração em sua densidade seria fatal para nós. Daí a importância de conhecer tão bem as estrelas.”

Depois de três anos em órbita, o satélite seria desativado no fim do ano passado. Entretanto, a missão do CoRoT foi tão bem-sucedida que os pesquisadores do consórcio de sete países que o controlam decidiram prorrogar sua missão por mais três anos. “É um custo muito alto manter equipes em várias partes do mundo monitorando e recebendo os dados de um satélite, mas as descobertas foram tantas que as agências espaciais optaram por não interromper o experimento agora”, explica o cientista paulista.

Com sua data de aposentadoria marcada para 2012, o CoRoT já tem um sucessor em desenvolvimento. Quando parar de funcionar, será substituído pelo Planto, uma versão muito maior e mais moderna. A participação brasileira já está garantida nessa segunda etapa. “No setor espacial, a cooperação internacional é muito importante, e nós estamos cada vez mais ampliando nossa participação”, comenta o diretor da Agência Espacial Brasileira, Thyrso Villela.

Fonte: Correio Brazliense


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Re: Indo para o espaço
« Resposta #34 Online: 19 de Fevereiro de 2010, 13:07:58 »
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O Brasil vai revolucionar a viagem espacial
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Sex, 19 de Fevereiro de 2010 09:55
"Um pequeno impulso nos levará a Lua, ou até Marte. A imaginação será o limite."


(Jornal do Commercio) - Coronel Engenheiro Marco Antonio Sala Minucci, diretor do Instituto de Estudos Avançados do Ministério da Defesa - IEAV  Os brasileiros foram pioneiros da aviação civil. Agora, depois de mais de um século e muitos avanços tecnológicos, a humanidade está chegando a um novo estágio nas viagens espaciais, e o Brasil também pode ser um dos pioneiros dessa nova etapa. A tecnologia de propulsão a laser desenvolvida no Instituto de Estudos Avançados (IEAv), organização da Força Aérea Brasileira, deverá diminuir o custo de escaparmos da Terra e chegarmos à Lua — ou a Marte.

Numa viagem espacial, a parte mais difícil é escapar do campo gravitacional que nos mantém presos à Terra. Se tivermos um meio eficiente de arrebentar esse grilhão e atingirmos o espaço, metade dos problemas da viagem espacial estará resolvida. Os foguetes tradicionais, por exemplo, têm de carregar imensas quantidades de combustível e de oxidante para escapar da gravidade. Com isso, só 5% do peso de decolagem de um foguete pode ser gasto com carga útil. Sobra pouco espaço para aquilo que você quer levar ao espaço.

Com a nossa tecnologia, a energia para empurrar o foguete não vem desse mesmo combustível, mas sim de um feixe laser instalado no solo e apontado para a traseira da nave. Lembra quando você era criança e pegava uma lupa para focalizar a luz do sol e queimar uma folha seca? O princípio é o mesmo, só que numa escala muito maior. A parte de trás de nosso veículo vai ter espelhos que vão focalizar esse laser de alta potência num único ponto. Ao passar por esse ponto, o ar é instantaneamente aquecido, criando um plasma e empurrando o veículo.


UM PEQUENO IMPULSO NOS LEVARÁ À LUA, OU ATÉ MARTE. A IMAGINAÇÃO SERÁ O LIMITE

Em vez de 5%, vamos poder usar 50% de nosso peso com coisas úteis. Além disso, o custo de colocar algum material em órbita vai diminuir de US$ 20.000,00/kg para US$ 200/kg. É um meio muito rápido e barato de atingir o espaço. Depois que conseguirmos escapar da gravidade terrestre, um pequeno impulso consegue nos levar até a Lua ou talvez até Marte. A imaginação, então, será o limite.

É uma tecnologia que vai revolucionar a viagem espacial. Ela foi pensada na década de 70, mas só agora está sendo testada por uma parceria do IEAv com a Força Aérea dos Estados Unidos. Os testes que conduzimos em nosso laboratório são únicos no mundo.

A tecnologia é tão revolucionária que durante muito tempo ouvimos dizer que ela não funcionaria, que era coisa dos filmes do Flash Gordon. Hoje, comprovamos sua eficácia em laboratório. Numa visão otimista, em cinco anos poderemos estar testando a nave. É importante divulgarmos os resultados dessa pesquisa, pois o dinheiro vem do contribuinte. E ele também tem o direito de vibrar um pouquinho com as nossas conquistas. 

Fonte: Jornal do Commercio

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Re: Indo para o espaço
« Resposta #35 Online: 24 de Fevereiro de 2010, 15:15:44 »
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Orçamento da política espacial do País é o menor dos BRICs
Espaço
 
Qua, 24 de Fevereiro de 2010 10:31
É o que afirma um estudo da Consultoria Legislativa da Câmara dos Deputados.

 
(Jornal da Câmara) - Estudo da Consultoria Legislativa da Câmara dos Deputados alerta para a fragilidade institucional e orçamentária da atual Política Espacial Brasileira.Para 2010, o orçamento previsto na proposta orçamentária é de R$ 353 milhões, contra R$ 415 milhões em 2009. Segundo o diretor da Agência Espacial Brasileira, Carlos Ganen, para fazer frente a todos os desafios, seria necessário o dobro dos recursos atuais.

Os outros países que têm o mesmo patamar de desenvolvimento do Brasil (Rússia, Índia e China, os BRICs) destinam muito mais recursos públicos aos seus programas. A China investe mais de 1 bilhão de dólares (cerca de R$ 1,8 bilhão) e planeja voos tripulados à lua até 2020. A Índia tem orçamento superior a 800 milhões de dólares ao ano, e a agência espacial russa conta com orçamento da ordem de 2 bilhões de dólares.

Atrasos - Entre as consequências, segundo analisa o estudo, está a postergação das metas estabelecidas pelo programa espacial brasileiro. Alguns exemplos, apenas para mencionar os principais projetos, são: atraso no lançamento do Satélite Sino-Brasileiro de Recursos Terrestres, na sigla em inglês (CBERS-3), inicialmente previsto para 2009 e adiado para 2011; e atraso no lançamento do Veículo Lançador de Satélites (VLS 1), cujo lançamento do quarto protótipo estava previsto para 2007 - e agora está marcado o teste para 2011.

A Agência Espacial Brasileira planeja lançar três satélites geoestacionários até 2013, para comunicação de dados, sendo o primeiro deles conhecido como SGB, Satélite Geoestacionário Brasileiro. Caso esses artefatos não sejam colocados em órbita, prossegue o estudo, o Brasil poderá perder posições orbitais definidas pela União Internacional de Telecomunicações (UIT).

Telecomunicações - Em todo o mundo, a necessidade crescente de telecomunicações e a evolução tecnológica no setor, como a implantação da TV Digital, estão transformando o setor de satélites numa indústria multibilionária. Segundo dados de 2008 da Space Foundation, a atividade espacial mundial, incluindo bens e serviços, indivíduos, corporações e governos, movimentou 257 bilhões de dólares, dos quais 35% em serviços satelitais comerciais; 32% em infraestrutura comercial; 26% só do orçamento espacial do governo dos Estados Unidos; 6% dos outros governos; e somente 1% com lançadores e indústria de suporte.

Os Estados Unidos detêm 41% do mercado global de satélites, deixando 59% para o restante do mundo, sendo de 1,9% a participação do mercado brasileiro.

Fonte: Jornal da Câmara


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Re: Indo para o espaço
« Resposta #36 Online: 04 de Março de 2010, 13:18:37 »
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País retoma desenvolvimento de nova família de foguetes
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Qui, 04 de Março de 2010 11:14
Família lançadora de satélites, VLS Alfa.
 
 
 
Virgínia Silveira

(Valor Econômico) - O desenvolvimento de nova geração de lançadores de satélites no Brasil será retomado em breve. O Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE), órgão do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), aguarda para os próximos dois meses o recebimento dos relatórios técnicos (anteprojeto) do foguete VLS Alfa, o primeiro veículo da nova família de lançadores do Programa Cruzeiro do Sul.

O documento, que inclui a análise da configuração do novo veículo, simulação de desempenho e proposta de propulsor, foi elaborado pelo Centro Estatal de Foguetes Acadêmico V.P. Makeyev, da Rússia. O Cruzeiro do Sul prevê investimentos de US$ 750 milhões (valores de 2004) para a construção de 5 foguetes em 17 anos, com o objetivo de atender às demandas brasileiras na área de transporte espacial.

"Em dezembro do ano passado, o governo brasileiro enviou para a Rússia o certificado de usuário final dos relatórios e agora espera a conclusão da licença de exportação do documento que, pelo conteúdo, é classificado como item sensível", explicou o coordenador do Programa Cruzeiro do Sul no IAE, Paulo Moraes Júnior. A elaboração do anteprojeto do foguete VLS Alfa, segundo Moraes, também precisou ser ratificada por um acordo de salvaguarda tecnológica, assinado, em 2009, pelos governos do Brasil e da Rússia.

A Rússia já é parceira de longa data do programa brasileiro de lançadores. Além do fornecimento de componentes para os quatro protótipos do VLS (Veículo Lançador de Satélites), os russos foram contratados para fazer uma revisão técnica do quarto protótipo do VLS-1, que tem lançamento previsto para 2012. O trabalho também foi desenvolvido pela russa Makeyev.

A revisão técnica do projeto do foguete VLS-1 , segundo o pesquisador, incluiu modificações nas redes elétricas, rede pirotécnica (dispositivos utilizados para ignição de motores e separação de estágios), proteções térmicas, entre outras alterações, feitas com o objetivo de se aumentar a confiabilidade e a segurança do veículo.

O VLS-1, segundo o diretor do IAE, coronel Francisco Carlos Melo Pantoja, conta com um orçamento de R$ 30 milhões a R$ 35 milhões em 2010. A torre de lançamento do foguete, que está sendo construída em Alcântara, pelo consórcio Jaraguá-Lavitta, deve ficar pronta no fim deste ano. O investimento previsto no projeto é de R$ 43 milhões.

O programa brasileiro de lançadores enfrenta embargos com relação aos sistemas que permitem o desenvolvimento de artefatos militares (tecnologias sensíveis). A compra do computador de bordo do VLS-1, por exemplo, tem enfrentado dificuldades, mas está em fase de finalização do contrato. A fornecedora do sistema é a GE Intelligent Platformes. Os computadores de bordo, que equiparam os outros protótipos do VLS, foram comprados da Rússia.

Por esse motivo, alguns itens do foguete estão sendo nacionalizados para que o Brasil tenha mais autonomia no desenvolvimento do seu programa de lançadores. Um exemplo é o sistema de navegação inercial, utilizado na orientação da trajetória do foguete no espaço e na estabilização de satélites em órbita. O projeto, batizado de SIA, referente a Sistemas de Navegação Inercial para Aplicação Aeroespacial, tem um custo estimado de R$ 40 milhões e está sendo financiado pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep).

"O objetivo do programa é nacionalizar outros itens dos veículos lançadores, mas vários componentes continuam sendo fornecidos por empresas internacionais pois, em alguns casos, o custo e o tempo gastos no desenvolvimento da tecnologia não compensam", comenta o gerente do VLS-1. Além do sistema de navegação, o Brasil hoje tem o domínio completo do sistema de propulsão do foguete e também da parte de materiais usados em sua estrutura.

O governo brasileiro decidiu investir no domínio da tecnologia de produção de propelente para ter mais autonomia no desenvolvimento do seu programa espacial, tendo em vista as dificuldades enfrentadas no mercado externo para a compra de matérias-primas usadas na composição dos propelentes para foguetes. Para os novos veículos do Programa Cruzeiro do Sul, que serão equipados com motores de maior porte, existe a necessidade de aperfeiçoar a tecnologia de propulsão. O segundo veículo da nova família, o VLS Beta, por exemplo, terá motor com capacidade para 40 toneladas de propelente sólido.

Os motores que equipam o foguete atual, o VLS-1, carregam até sete toneladas de propelente cada um. O foguete Beta também será feito em material composto e a empresa brasileira Cenic tem larga experiência nessa área, com a fabricação dos motores do quarto estágio do VLS-1 e do acelerador do foguete de sondagem VSB-30.

O primeiro veículo do Programa Cruzeiro do Sul, o Alfa, também irá introduzir o uso da tecnologia de propulsão líquida, que o Brasil está se preparando para dominar. O IAE montou um laboratório de Propulsão líquida, que é uma referência na América do Sul e o DCTA tem formado de 15 a 20 especialistas nessa tecnologia por ano, em parceria com a instituição russa Moscow Aviation Institute.


Acidente afetou o programa em 2003

O Veículo Lançador de Satélite (VLS-1) começou a ser desenvolvido em 1984 e já realizou dois testes em voo, mas sem sucesso, em 1997 e 1999. Em agosto de 2003, uma explosão com o terceiro protótipo do foguete, na plataforma de lançamento localizada em alcântara, no Maranhão, provocou a morte de 21 engenheiros e técnicos que trabalhavam no projeto.

Ao longo do desenvolvimento, o projeto do VLS-1 sofreu diversos atrasos, por conta de sucessivas restrições orçamentárias, perda de pessoal qualificado e embargo internacional. Desde o começo, o programa enfrentou as pressões dos países que dominam a tecnologia espacial e, por este motivo, o Brasil decidiu investir no desenvolvimento de tecnologias restritas, como a de propulsão e combustível sólido, plataforma inercial e estrutura em aço especial. O receio desses países era que o Brasil utilizasse o foguete para desenvolver mísseis de longo alcance.

O VLS-1 é uma evolução natural do programa de desenvolvimento de foguetes de sondagem, iniciado no país na década de 60. Com quatro estágios de voo, o VLS-1 é um lançador convencional, que usa combustível sólido e foi projetado para lançar satélites de 100 a 350 quilos, em altitudes de 200 a 1000 km. O veículo tem 19 metros de comprimento e 50 toneladas de peso na decolagem. O foguete VLS-1, apesar de ainda não ter sido qualificado em voo, ajudou no desenvolvimento de tecnologia de ponta no país. Durante a sua construção, o programa envolveu mais de cem empresas, que se capacitaram para fornecer equipamentos e componentes com qualificação espacial. Hoje, segundo o IAE, 14 empresas participam da construção do quarto protótipo do VLS-1.

Fonte: Valor Econômico

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Re: Indo para o espaço
« Resposta #37 Online: 04 de Março de 2010, 13:20:41 »
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Primeiro satélite universitário será lançado em 2012
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Qui, 04 de Março de 2010 11:16
Itasat, desenvolvido por alunos e pesquisadores do Inpe, ITA e várias outras universidades.
 
 
 
 
(Valor Econômico) - A Agência Espacial Brasileira (AEB) está acelerando o desenvolvimento do projeto Itasat, o primeiro satélite universitário brasileiro, desenvolvido por pesquisadores e alunos do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) e de várias universidades brasileiras. Com orçamento anual de R$ 1,7 milhão, o Itasar é um microssatélite de coleta de dados ambientais e meteorológicos, que deverá ser lançado por um foguete nacional, por volta de 2012.

O Itasat está inserido no Plano Plurianual de Desenvolvimento e Lançamento de Satélites Tecnológicos de Pequeno Porte (PPA), destinado a promover a capacitação brasileira para atender a demanda pelas futuras gerações de micro e nanossatélites. A coordenação geral do projeto é feita pela AEB, tendo o ITA como responsável pela execução do projeto e o Inpe como provedor de consultoria técnica, de infraestrutura laboratorial e gestão financeira.

Segundo o diretor de Satélites, Aplicações e Desenvolvimento da AEB, Thyrso Villela, o Itasat tem como missão principal a formação de especialistas na área de engenharia aeroespacial, com o desenvolvimento de novas tecnologias para o setor. "O primeiro satélite vai levar a bordo um transponder digital, que vai receber e transmitir informações, coletadas da rede de plataformas brasileira e utilizadas hoje na previsão de tempo", diz Villela.

A rede brasileira de Plataforma de Coleta de Dados (PCDs) é formada por mais de 800 estações, espalhadas por todo o território. Elas coletam, armazenam e transmitem, automaticamente, medidas de variáveis meteorológicas e ambientais, realizadas a cada hora e armazenadas na memória da PCD. A transmissão dos dados é feita via satélite, a cada três horas.

O Itasat conta com a participação da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Escola de Engenharia de São Carlos (EESC/USP), Universidade Estadual de Londrina (UEL), Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Universidade de Brasília (UNB), e da Technical University of Berlin. Em 2009 o Itasat envolveu 32 alunos de graduação, 23 de mestrado e cinco de doutorado.

Atualmente, 120 microssatélites universitários de cunho tecnológico são lançados por ano no mundo e apenas 15 países trabalham com esse tipo de projeto. "O Itasat é um projeto que estimula a participação das universidades no esforço nacional de desenvolvimento do Programa Espacial Brasileiro", ressalta Villela.

Fonte: Valor Econômico

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Re: Indo para o espaço
« Resposta #38 Online: 11 de Março de 2010, 13:00:53 »
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Suécia negocia compra de foguete brasileiro
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Qui, 11 de Março de 2010 10:31
Foguetes de sondagem VSB-30.
 
 

 
 
Virgínia Silveira

(Valor Econômico) - A estatal sueca Swedish Space Corporation(SSC), dedicada ao desenvolvimento de tecnologia espacial, estánegociando a compra de novos foguetes de sondagem VSB-30, produzidos noBrasil pelo Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE), órgão de pesquisado Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA). Segundo oexecutivo-chefe da SSC, Lars Persson, a empresa já utilizou o VSB-30 em11 lançamentos de experimentos científicos e tecnológicos apoiados pelaAgência Espacial Europeia (ESA).

Os dois lançamentos mais recentes ocorreram durante os meses de novembro edezembro do ano passado, no campo de Esrange, em Kiruna, na Suécia. OVSB-30 começou a ser desenvolvido em 2001, a pedido da Agência EspacialAlemã (DLR), para atender ao programa europeu de microgravidade etambém para substituir o foguete inglês Skylark 7, que deixou de serproduzido. O desenvolvimento do VSB-30 foi feito com investimentos decerca de R$ 5 milhões e o DLR arcou com 40% desse valor. O foguetecusta cerca de R$ 750 mil.

Oprograma europeu de microgravidade, conhecido em inglês como "UnifiedMicrogravity Sounding Rocket Program for the Future", reúne umconsórcio de organizações formado pela DLR e pelas companhias Astrium, Kayser-Thredee SSC . Até o momento, o VSB-30 acumula um total de nove lançamentos desucesso, sendo dois a partir do Centro de Lançamento de Alcântara (MA)e sete do Centro de Esrange, na Suécia.

"OVSB-30 é o melhor do mundo em sua categoria. É tão bom e confiável quenão vamos gastar tempo, dinheiro e energia para inventar o que jáexiste", afirmou Persson. Segundo ele, as organizações europeiasenvolvidas no programa de microgravidade já trabalham nos experimentoscientíficos e tecnológicos que serão lançados, em abril de 2011, pormeio de três foguetes de sondagem do IAE.

Em2004, quando o programa de lançadores brasileiro sofreu um revés, com aexplosão do foguete VLS-1 na torre de Alcântara, a companhia canadense Bristol Aerospacechegou a oferecer ao consórcio europeu um voo gratuito do foguete desondagem Black Brant, visando à substituição do VSB-30. Segundo o IAE,a agência espacial alemã DLR se manteve firme na manutenção doslançamentos com o foguete de sondagem brasileiro.

"Onosso foguete foi o primeiro produto espacial brasileiro a sercomercializado no mercado externo e também o primeiro a receber umacertificação de nível internacional, o que demonstra o alto nível decapacitação brasileira no segmento espacial", disse o diretor do IAE,coronel Francisco Carlos Melo Pantoja.

Acertificação do VSB-30, emitida em outubro de 2009, contou com umarigorosa avaliação da ESA e das companhias europeias do programa demicrogravidade, afirmou Pantoja.

Amissão do foguete de sondagem brasileiro é lançar um conjunto deexperimentos (carga útil) com massa de até 400 quilos, a uma altitudemáxima de 250 quilômetros, permanecendo no ambiente de microgravidadepor seis minutos. Durante esse período, a carga útil aciona um sistemaque elimina qualquer movimento angular. Com isso, a formação decristais torna-se uniforme, conferindo melhores propriedades aosprodutos químicos, orgânicos e inorgânicos, e às ligas metálicas.

Nosdois mais recentes lançamentos do VSB-30 feitos na Suécia, o foguetelevou ao espaço experimentos científicos com o objetivo de testar novosmateriais e o comportamento de células humanas e metais em ambiente demicrogravidade, informou Persson.

Emvisita recente ao Brasil, o executivo-chefe da SSC reuniu-se com ospesquisadores do IAE para reforçar a parceria que a empresa mantém como instituto na área de foguetes de sondagem e para apresentar umcombustível inédito que a companhia pretende testar, em breve, nolançamento do seu mais novo satélite, o Prisma. "Trata-se de umcombustível ecológico, feito à base de compostos salinos e que jádemonstrou, em laboratório, ser 30% mais potente que os compostoslíquidos normalmente utilizados pelos atuais lançadores", disse oexecutivo.

Perssoninformou que a SSC também tem interesse em colaborar no desenvolvimentodo programa brasileiro de lançadores e que considera o foguete VLS-1muito promissor, porque pode atuar em um nicho de mercado novo, queestá crescendo bastante.

"Paraos microssatélites e nanossatélites de até 400 quilos não existe quasenenhum lançador disponível, o que nos obriga a procurar o serviço dosgrandes lançadores, nem sempre disponíveis quando precisamos", dissePersson. O Brasil, segundo o executivo, tem interesse em dominar atecnologia de microssatélites e a SSC quer oferecer uma parceria nessaárea, que poderá facilitar o acesso do país a esse mercado.

Olançamento de dois satélites Prisma, planejado para o próximo mês, seráfeito pelo foguete russo Dnieper, disse Persson. Avaliado em US$ 75milhões, o Prisma é um microssatélite demonstrador de tecnologia, queserá usado como plataforma para várias aplicações, especialmente naárea de observação da Terra.

Comfaturamento anual de US$ 250 milhões e 650 profissionais em 11 países,a SSC é especializada no desenvolvimento de câmeras para satélites deobservação da Terra, prestação de serviços de recepção de dados desatélites, pesquisas em ambiente de microgravidade e vigilânciamarítima por meio de radares, câmeras e sensores.

Fonte: Valor Econômico


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Re: Indo para o espaço
« Resposta #39 Online: 23 de Março de 2010, 13:04:38 »
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Rollemberg busca construir mecanismos para estimular programa espacial
Espaço
 
Ter, 23 de Março de 2010 13:26
É preciso que a sociedade brasileira tenha consciência de sua importância.
 
 

 
 
Vania Alves

(Jornal da Câmara) - O relator do Conselho de Altos Estudos para o Programa Espacial Brasileiro, deputado Rodrigo Rollemberg (PSB-DF), e os participantes do bate-papo realizado pelo e-democracia, rede social da Câmara dos Deputados, concluíram que, para a reestruturação e efetividade do programa, é preciso que a sociedade brasileira tenha consciência de sua importância.

O parlamentar concordou com os participantes do chat que veem a política espacial descolada da vida nacional. A população, defendeu, precisa conhecer todas as aplicações do programa, como controle do desmatamento, mudanças climáticas, previsão de safras, telecomunicações, telemedicina, GPS, entre outras. “É necessário fazer com que o Congresso e o Executivo percebam que o programa espacial deve ser tratado como política de Estado, e não como política de governo”, disse.

Deficiências - Durante a discussão, foram apontadas as deficiências de orçamento, de material humano e de relevância política do programa. Rollemberg também destacou a lentidão com que avançam os projetos na área aeroespecial. Todas as sugestões levantadas no bate-papo servirão para subsidiar o estudo que está sendo realizado pelo conselho sobre o tema.

De acordo com Rollemberg, o relatório buscará construir mecanismos inovadores e eficientes para dar uma injeção de recursos no programa espacial. “Os fundos setoriais destinaram pouquíssimos recursos para a política espacial, e o maior banco de desenvolvimento do País, o BNDES, tem programas para financiar da TV Digital à produção cinematográfica, porém, passa ao largo das demandas do setor espacial”, criticou.

O relator explicou que o estudo analisa os aspectos institucionais, orçamentários, econômicos, ambientais, de formação de recursos humanos, de segurança nacional, além de contar com artigos de autoridades sobre o tema. Segundo ele, o processo de debates para sua elaboração já conseguiu recolocar o assunto na agenda política do País, “e se pensa, inclusive, em levar a Agência Espacial Brasileira para o núcleo estratégico do governo”.

Segunda grandeza - Na avaliação de Rollemberg, a pesquisa espacial no Brasil está relegada a uma política de segunda grandeza, feita nos gabinetes burocráticos e com base em ritos e normas limitantes. De acordo com o deputado, há problemas de coordenação política, que é pulverizada; no planejamento e gestão dos projetos, que não recebem recursos nem instrumentos necessários à sua execução; na gestão de pessoas, que não são valorizadas à altura de seu conhecimento; e no modelo organizacional.

Ele citou como exemplo a Agência Espacial Brasileira (AEB), vinculada ao Ministério da Ciência e Tecnologia, e que está praticamente no mesmo nível hierárquico dos órgãos que deve coordenar, como o Instituto Nacional de Pesquisa Espacial (Inpe) e bem distante do Centro de Treinamento da AERONÁUTICA (CTA), subordinado à área militar.

A AEB, avaliou Rollemberg, deve ter uma visão geral do programa, fazer o controle e o planejamento, ter projetos de longo prazo e coordenar os vários órgãos executores da política espacial. No entanto, afirmou, parece que hoje a AEB apenas repassa recursos com destinação já definida. O deputado lembrou, porém, que com apenas 80 técnicos, todos requisitados, não se pode ir muito longe.

Fonte: Jornal da Câmara

http://defesabrasil.com/site/noticias/espaco/rollemberg-busca-construir-mecanismos-para-estimular-programa-espacial.php

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Re: Indo para o espaço
« Resposta #40 Online: 05 de Abril de 2010, 13:08:28 »
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Brasil terá seu próprio foguete espacial em 2014, informa governo
Espaço
 
Seg, 05 de Abril de 2010 10:34


 
Iberê Thenório

(G1) - Daqui a quatro anos o Brasil será capaz de lançar seu próprio foguete para colocar um satélite em órbita, informou ao G1 a Agência Espacial Brasileira (AEB). O propulsor será uma versão repaginada do VLS (Veículo Lançador de Satélite), da mesma família do foguete que explodiu em Alcântara (MA) em 2003, matando 21 pessoas.

“De 2003 para cá houve uma grande revisão do projeto do VLS”, conta o diretor de política espacial e investimentos estratégicos da AEB, Hemilcon Carvalho.

O primeiro teste com o VLS-1, como é chamado o foguete, está previsto para 2012, informa Carvalho. Nessa fase, serão acionados apenas os dois primeiros estágios do propulsor, que ficam na parte inferior. Em 2013 se prevê um voo com a carga total, mas ainda experimental. “Em 2014 vamos poder colocar um satélite em órbita”, afirma.

O cronograma está atrasado. No Programa Nacional de Atividades Espaciais, formulado em 2005, o lançamento oficial do VLS-1 estava previsto para 2007. “Muitas vezes a gente se depara com dificuldades técnicas”, conta Carvalho. Uma delas, segundo ele, é a dificuldade de comprar componentes eletrônicos do exterior, já que essas peças também podem ser usadas com fins militares, e seu mercado é restrito.

Enquanto o VLS não fica pronto, o Brasil contrata serviços no exterior para lançar seus satélites. Hoje há três equipamentos brasileiros em órbita. Dois deles – os SCD 1 e 2 – captam informações sobre dados ambientais (nível de rios, quantidade de chuvas) de centenas de estações espalhadas pelo Brasil.

Um satélite mais avançado, chamado CBERS-2B, tira fotos do planeta e ajuda o Brasil a monitorar o desmatamento da Amazônia. O equipamento, fabricado em parceria com a China, já é o terceiro de uma família de cinco membros – mais dois devem ser lançados até 2014.

Na fila de desenvolvimento também estão outros satélites brasileiros: o Amazônia-1, que terá uma câmera com maior ângulo de visão do que o CBERS, e o Lattes, que irá analisar partículas nocivas que vêm do espaço e atingem a terra, além de descobrir fontes de raio-x no centro da via láctea.

“Tendo o Amazonia-1 e o CBERS conseguiremos fotografar o mundo todo em três dias”, informa o coordenador de Gestão Tecnológica do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Marco Antonio Chamon.

Nenhum dos satélites previstos, contudo, poderá ser carregado pela versão do VLS que ficará pronta em 2014. Eles são muito pesados para a capacidade do foguete, que provavelmente fará seu vôo de estreia com um equipamento menor, como o satélite universitário Itasat, que está sendo planejado no Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA).


Com os pés no chão

Ao contrário dos EUA e da Rússia, o Brasil não tem grandes pretensões de exploração espacial, como a confecção de naves espaciais ou a construção de máquinas que explorem outros planetas, informa Carvalho.

“O grande objetivo da política espacial [brasileira] é dominar a tecnologia espacial para a solução dos grandes problemas nacionais e em benefício da sociedade brasileira”, explica. “Quando olhamos aquecimento global, poluição, desmatamento, vemos que há uma série de questões importantes que têm impacto direto sobre a sociedade brasileira.”

Por isso, todos os satélites que planejados ou em órbita olham para a terra, e não para as estrelas. A única exceção seria o Lattes, que analisará raios-x do espaço. Da mesma forma, o Brasil também não planeja ter astronautas. Segundo Carvalho, os experimentos científicos nacionais que precisam ser feitos no espaço serão enviados por meio de missões de outros países.

Fonte: G1


http://defesabrasil.com/site/noticias/espaco/brasil-tera-seu-proprio-foguete-espacial-em-2014-informa-governo.php

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Re: Indo para o espaço
« Resposta #41 Online: 14 de Abril de 2010, 13:32:23 »
Boa notícia...

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Ibama autoriza base de foguete ucraniano
Espaço

Qua, 14 de Abril de 2010 10:21


 
Ricaro Mioto

(Folha de São Paulo) - O Ibama emitiu na semana passada a licença prévia para construção da base que abrigará o Foguete Cyclone 4 no Centro de Lançamento de Alcântara (MA). Publicada ontem no Diário Oficial da União, a medida destrava uma das principais barreiras que atrasavam as metas da empresa binacional Alcântara Cyclone Space, parceira com a Ucrânia.

Roberto Amaral, diretor-geral da ACS, diz que a meta é realizar os primeiros lançamentos comerciais em 2012 -o objetivo inicial era conseguir isso ainda no governo Lula.
 
O atraso se deve, também, à resistência das comunidades quilombolas de Alcântara ao projeto. O próximo passo é obter a licença permanente de instalação, que requer uma avaliação sobre os impactos socioambientais da instalação da ACS.

Fonte: Folha de São Paulo


http://defesabrasil.com/site/noticias/espaco/ibama-autoriza-base-de-foguete-ucraniano.php

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Re: Indo para o espaço
« Resposta #42 Online: 15 de Abril de 2010, 09:44:23 »
Mas o governo já não está abandonando Alcântara por causa dos quilombolas? Achei que esse projeto seria transferido junto.

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Re: Indo para o espaço
« Resposta #43 Online: 15 de Abril de 2010, 12:59:19 »
Aparentemente não....

Mais uma.

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Etanol brasileiro para propulsão de foguetes
Espaço

Qui, 15 de Abril de 2010 11:32


 
(Jornal do Brasil) - O Brasil vem desenvolvendo um programa de pesquisa em propulsão líquida para foguetes, que tem como base o etanol nacional. O desafio do projeto, liderado pelo Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE), é movimentar futuros foguetes com um combustível líquido que seja mais seguro do que o propelente à base de hidrazina empregado atualmente. Esse último, cuja utilização é dominada pelo país, é corrosivo e tóxico.

A meta é possibilitar o aprimoramento de uma indústria brasileira para a produção de motores de foguetes. A propulsão sólida já garantiu o início da era espacial no Brasil, graças aos trabalhos realizados há mais de 40 anos, tornando o IAE capaz de produzir e lançar foguetes para fins científicos, como os veículos lançadores e foguetes de sondagem.

O desafio da busca por um combustível verde e nacional também conta com o apoio de um grupo particular de pesquisadores, formado em parte por engenheiros que cursam ou cursaram o mestrado profissional em engenharia aeroespacial do IAE realizado em parceria com o Instituto Tecnológico da Aeronáutica e com o Instituto de Aviação de Moscou.

O IAE planeja lançar o primeiro foguete entre 2013 e 2015, o que representará o domínio do ciclo completo dessa tecnologia para projetar, fabricar, testar e operar motores a propulsão líquida.

Fonte: Jornal do Brasil


http://defesabrasil.com/site/noticias/espaco/etanol-brasileiro-para-propulsao-de-foguetes.php

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Re: Indo para o espaço
« Resposta #44 Online: 29 de Abril de 2010, 17:04:05 »
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Lançamento ecológico
Espaço

Qui, 29 de Abril de 2010 12:07
Grupo de pesquisadores brasileiros desenvolve combustível para foguetes formado a partir da mistura de etanol com água oxigenada concentrada. Além de mais seguro e econômico, o produto promete agredir menos o meio ambiente.



Silvia Pacheco

(Correio Braziliense) - A busca por combustíveis alternativos não se resume aos transportes terrestres e aéreos. Ela também é uma preocupação da corrida espacial. Países europeus, Japão e Rússia saíram na frente na busca por soluções de propelentes (combustíveis para foguete) que agridam menos o meio ambiente e não causem riscos para os seres humanos. No Brasil, o desafio da busca por um propelente “verde” pode estar perto do fim.

Projeto que conta com a participação de diferentes pesquisadores e uma empresa privada desenvolveu um propulsor que utiliza uma mistura de etanol e peróxido de hidrogênio — nada mais que água oxigenada concentrada. “Esses compostos vêm se revelando uma solução inovadora e bastante promissora. A grande vantagem é a disponibilidade do etanol e do peróxido de hidrogênio no país, o baixo custo do propelente e o motor em desenvolvimento”, afirma José Miraglia, engenheiro químico e aeroespacial e coordenador da iniciativa, que tem apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).

Segundo o pesquisador, os propelentes usados atualmente pelo Brasil são a hidrazina e o tetróxido de nitrogênio, ambos importados, extremamente caros e altamente tóxicos. “Para se ter uma ideia dessa toxicidade, quando o tetróxido de nitrogênio entra em contato com a umidade, ele se transforma em ácido nitroso”, explica o especialista.

A escolha dos pesquisadores pela combinação de etanol com peróxido de hidrogênio se deu pelo fato de que ambos são largamente produzidos pelo Brasil. No caso do etanol, a fabricação chega a 16 milhões de toneladas por ano. Além disso, o país conta com um parque industrial instalado e domínio tecnológico para a produção do combustível, comprovadamente seguro e pouco tóxico. Já o peróxido de hidrogênio é muito utilizado na indústria do papel para o clareamento da celulose, dispondo de larga produção nacional. “Comparado ao uso da hidrazina e do tetróxido de nitrogênio, a combinação que propomos é 20 vezes mais barata no consumo de propelente. O que traz uma economia importante dentro de um programa espacial”, aponta Miraglia.

Outra vantagem, considerada a mais importante pelos pesquisadores, é o baixo impacto ambiental do novo propelente. Os gases provenientes da combustão são muito menos poluentes que os utilizados pelos outros países. Isso porque entre 90% e 95% dos gases de escape do motor são compostos por vapor d’água, e o restante, por gás carbônico.

Para chegar a essa inovação, os engenheiros utilizaram um catalisador — material cerâmico desenvolvido pelo próprio engenheiro José Miraglia — que decompõe o peróxido de hidrogênio em vapor d’água e oxigênio. Essa mistura entra na câmara de combustão e pulveriza o etanol, resultando na propulsão. “O etanol pulverizado por essa mistura gera uma quantidade muito pequena de gás carbônico na combustão, por isso o escolhemos”, explica o coordenador do projeto. Existem soluções usadas por países como a Inglaterra que utilizam o metano ou mesmo o querosene de aviação. Porém, a quantidade de gás carbônico formado na combustão é muito maior.


Ensaios

A primeira etapa do projeto já foi concluída. Nela, os engenheiros construíram um motor pequeno de 10N de impulso (que gera um quilo de força) para provar a viabilidade da tecnologia proposta. Na segunda etapa, os cientistas vão construir dois motores maiores, de 10N e de 1.000N (equivalentes a 10kg e 1t de força de impulso), para testar o propelente de etanol.

Para isso, serão feitos ensaios com motores a frio e aquecidos para testar os materiais. “Utilizaremos ligas de alumínio e aços inoxidáveis para os motores a frio e apenas aços inoxidáveis nos quentes”, explica Vanderlei Neias Júnior, mestrando em engenharia aeroespacial e um dos diretores da empresa Guatifer. Já os tanques serão feitos com ligas de aços inoxidáveis para ensaios estáticos, pois não necessitam de alívio de peso. “Isso é feito propositadamente, para possibilitar ensaios com níveis de pressão no tanque acima da desejada afim de avaliar condições diversas de operação”, completa Júnior.


Alumínio diminui peso de tanques

Em março deste ano, a Nasa (agência espacial norte-americana) apresentou a primeira cúpula esférica projetada para ser utilizada em grandes tanques de combustível líquido. Esses compartimentos fazem parte do sistema de lançamento e energia de um foguete, que gera até 294 mil libras de impulso no espaço.

A cúpula, de cerca de 5,5m de diâmetro, foi desenvolvida com solda por fricção linear — processo de soldagem projetado especificamente para trabalhos com alumínio. Por meio dessa nova tecnologia, a Nasa espera baixar em 25% o peso dos grandes tanques de combustível líquido. Além disso, o custo de produção será reduzido, porque a soldadura por fricção linear e o processo de moldagem esférica em forma de rede côncava eliminam a necessidade de alguns processos industriais.

O projeto representa um avanço na tecnologia espacial por mostrar que a nova tecnologia de soldadura é capaz de unir chapas de alumínio-lítio de forma segura e mais econômica, sem prejuízos para a capacidade de resistência. “Trata-se de um passo importante para testar os fundamentos dessa tecnologia e um ótimo exemplo de como as ligas de alumínio de nova geração continuam a expandir as fronteiras da inovação, a fim de permitir a criação de estruturas mais eficientes e de alto desempenho”, diz Harry Kiskaddon, diretor comercial global de Produtos Laminados da Alcoa, empresa americana que desenvolveu a soldadura em parceria com a Nasa. “Duas de nossas chapas largas foram unidas em uma única peça por meio da soldagem por fricção linear”, explica. (SP)

O número
25%, índice esperado de redução do peso dos tanques de combustível graças ao uso da nova tecnologia.

Fonte: Correio Braziliense


http://defesabrasil.com/site/noticias/espaco/lancamento-ecologico.php

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Re: Indo para o espaço
« Resposta #45 Online: 01 de Maio de 2010, 23:30:00 »
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O Brasil vai revolucionar a viagem espacial

Espaço

Sex, 19 de Fevereiro de 2010 09:55
"Um pequeno impulso nos levará a Lua, ou até Marte. A imaginação será o limite."


(Jornal do Commercio) - Coronel Engenheiro Marco Antonio Sala Minucci, diretor do Instituto de Estudos Avançados do Ministério da Defesa - IEAV  Os brasileiros foram pioneiros da aviação civil. Agora, depois de mais de um século e muitos avanços tecnológicos, a humanidade está chegando a um novo estágio nas viagens espaciais, e o Brasil também pode ser um dos pioneiros dessa nova etapa. A tecnologia de propulsão a laser desenvolvida no Instituto de Estudos Avançados (IEAv), organização da Força Aérea Brasileira, deverá diminuir o custo de escaparmos da Terra e chegarmos à Lua — ou a Marte.

Numa viagem espacial, a parte mais difícil é escapar do campo gravitacional que nos mantém presos à Terra. Se tivermos um meio eficiente de arrebentar esse grilhão e atingirmos o espaço, metade dos problemas da viagem espacial estará resolvida. Os foguetes tradicionais, por exemplo, têm de carregar imensas quantidades de combustível e de oxidante para escapar da gravidade. Com isso, só 5% do peso de decolagem de um foguete pode ser gasto com carga útil. Sobra pouco espaço para aquilo que você quer levar ao espaço.

Com a nossa tecnologia, a energia para empurrar o foguete não vem desse mesmo combustível, mas sim de um feixe laser instalado no solo e apontado para a traseira da nave. Lembra quando você era criança e pegava uma lupa para focalizar a luz do sol e queimar uma folha seca? O princípio é o mesmo, só que numa escala muito maior. A parte de trás de nosso veículo vai ter espelhos que vão focalizar esse laser de alta potência num único ponto. Ao passar por esse ponto, o ar é instantaneamente aquecido, criando um plasma e empurrando o veículo.


UM PEQUENO IMPULSO NOS LEVARÁ À LUA, OU ATÉ MARTE. A IMAGINAÇÃO SERÁ O LIMITE

Em vez de 5%, vamos poder usar 50% de nosso peso com coisas úteis. Além disso, o custo de colocar algum material em órbita vai diminuir de US$ 20.000,00/kg para US$ 200/kg. É um meio muito rápido e barato de atingir o espaço. Depois que conseguirmos escapar da gravidade terrestre, um pequeno impulso consegue nos levar até a Lua ou talvez até Marte. A imaginação, então, será o limite.

É uma tecnologia que vai revolucionar a viagem espacial. Ela foi pensada na década de 70, mas só agora está sendo testada por uma parceria do IEAv com a Força Aérea dos Estados Unidos. Os testes que conduzimos em nosso laboratório são únicos no mundo.

A tecnologia é tão revolucionária que durante muito tempo ouvimos dizer que ela não funcionaria, que era coisa dos filmes do Flash Gordon. Hoje, comprovamos sua eficácia em laboratório. Numa visão otimista, em cinco anos poderemos estar testando a nave. É importante divulgarmos os resultados dessa pesquisa, pois o dinheiro vem do contribuinte. E ele também tem o direito de vibrar um pouquinho com as nossas conquistas. 

Fonte: Jornal do Commercio

http://defesabrasil.com/site/noticias/espaco/o-brasil-vai-revolucionar-a-viagem-espacial.php

Desculpem-me. Mas aí está uma notícia que eu duvido que tenha consistência.

O Brasil não tem uma tradição de excelência em pesquisa de propulsores convencionais. E nenhuma em sistemas avançados.

Estes últimos demandam tecnologia e capital. E nós não temos isto.

Isto me lembra de uma reportagem nos anos 80 da revista Brasil Defesa, a qual mencionava que no interior de São Paulo se fazia pesquisa avançada com raios laser de modo semelhante ao do plano do presidente Reagan (o SDI ou conhecido popularmente como "Guerra nas Estrelas").

Posteriormente se descobriu que era apenas "wishful thinking" da área militar. Mais uma, aliás.
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Re: Indo para o espaço
« Resposta #46 Online: 20 de Dezembro de 2010, 02:19:56 »
Na área espacial Brasil continua com os pés no chão


Brasil e Espanha planejam construir em conjunto um telescópio para pesquisar a Energia Escura.[Imagem: Hubblesite]

O Brasil é classificado como um dos competidores menos atuantes no cenário internacional devido à carência de investimentos e falta de formação de especialistas.

A conclusão é de um estudo realizado pelo Conselho de Altos Estudos e Avaliação Tecnológica, um órgão técnico-consultivo da Câmara dos Deputados.

Política Espacial Brasileira

O órgão é responsável pela elaboração de estudos críticos e especialização técnica ou científica. O Conselho também faz análises de viabilidade e de impactos em relação às tecnologias, políticas ou ações governamentais de alcance nacional.

A publicação "A Política Espacial Brasileira" incorpora o resultado de conferências e reuniões com autoridades e especialistas do setor.

O trabalho aponta que, embora o Brasil seja um dos pioneiros na área espacial, hoje não dispõe de recursos adequados para o desenvolvimento do setor - apenas quatro anos após o lançamento do satélite Sputinik I pelos russos, considerado o marco zero da exploração espacial, o Brasil instituiu um grupo para "ingressar nesse seleto clube".

O clube continua seleto, mas o Brasil ainda não faz parte dele.

Investimentos esquecidos

No período de 2005 a 2014, os investimentos previstos no Plano Nacional de Atividades Espaciais eram de R$ 3,12 bilhões. Mas os recursos efetivamente gastos até dezembro do ano passado somam somente R$ 502,36 milhões.

Para se ter uma ideia, somente em 2008, apenas em atividades civis, a China investiu 1,3 bilhão de dólares (cerca de R$ 2,25 bilhões), conforme o estudo. O valor é praticamente o mesmo aplicado pela Rússia no mesmo ano, de 1,31 bilhão de dólares. Maior potência em tecnologia espacial no mundo, os Estados Unidos destinaram 18,9 bilhões de dólares (R$ 32,68 bilhões) à Nasa naquele ano.

Devido à carência de investimentos e problemas como falta de formação de especialistas e carência de planejamento, o Brasil hoje é classificado como um dos competidores menos atuantes no cenário internacional, prossegue o estudo.

Projeto de lei espacial

Com base nas conclusões do estudo, o deputado Rodrigo Rollemberg (PSB-DF) apresentou o Projeto de Lei 7526/10, que institui incentivos para as indústrias espaciais, e recomendações ao Poder Executivo para atuar na área.

A proposta concede uma série de benefícios fiscais para as indústrias espaciais. A proposta assegura, por exemplo, redução de 100% do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) na comercialização de bens, produtos e serviços do setor espacial, e a não cobrança do PIS/PASEP.


Uma câmera fabricada no Brasil, que está sendo instalada no Telescópio SOAR, no Chile, fará imagens do céu com nitidez sem precedentes. [Imagem: IAG USP]

Os mesmos benefícios aplicam-se à venda ou à importação de soluções de informática destinadas à área espacial. Segundo Rollemberg, "o total previsto de desoneração dará um novo impulso ao setor industrial espacial, que hoje vive praticamente das contratações da União".

Como contrapartida, as empresas beneficiadas deverão investir anualmente pelo menos 5% de seu faturamento bruto anual em pesquisa e desenvolvimento realizados no País. O autor do projeto ressalta que o orçamento público, além de escasso, vai majoritariamente para institutos executores do programa, "restando pouquíssimos incentivos à indústria".

Ainda conforme o projeto, nas compras por órgãos e entidades da administração pública e nos financiamentos por entidades oficiais de crédito, as empresas brasileiras do setor espacial e os bens considerados de fabricação nacional terão prioridade. A proposta também prevê a criação de linhas de crédito especiais para pesquisa e desenvolvimento tecnológico da área.

Outra fonte de recursos destinados ao setor prevista na medida é a transferência de 15%, no mínimo, da arrecadação com a contribuição de intervenção no domínio econômico (Cide) para o Fundo Setorial - CT Espacial. O estudo do conselho mostra que hoje o fundo é insignificante, pois contribui com menos de 1% dos recursos destinados ao programa espacial, cerca de R$ 9,6 milhões entre 2000 e 2009.

Já por meio da Indicação 6480/10, Rollemberg sugere ao Executivo, entre outras medidas, a substituição do Conselho Superior da Agência Espacial Brasileira pelo Conselho Superior de Política Espacial, vinculado diretamente à Presidência da República.

Na opinião do parlamentar, a Agência Espacial Brasileira também deve ser reformulada, com quadro próprio de servidores e autonomia orçamentária.

A publicação está disponível no endereço www2.camara.gov.br/a-camara/altosestudos.

http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=estudo-area-espacial-brasil&id=020175101216

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Re: Indo para o espaço
« Resposta #47 Online: 24 de Dezembro de 2010, 22:34:09 »
A ressurreição de Alcântara

Em 22 de novembro de 2003, o programa espacial  brasileiro sofreu um golpe trágico. A explosão de um foguete lançador de satélites na Base de Alcântara, no Maranhão, matou 21 técnicos e engenheiros que se encontravam na torre de lançamento. Enquanto a Aeronáutica creditou o acidente a “problemas de ignição”, comissão da Câmara dos Deputados apontou a falta de investimentos em segurança como a principal causa da tragédia. O governo federal prometeu punir os responsáveis, mas arquivou o caso, assim como o Ministério Público Militar.

No último dia 12, um foguete de médio porte, de tecnologia nacional, foi lançado com sucesso da base. Com autonomia para 250 quilômetros de voo e capacidade de 400 quilos, o VSB-30 percorreu 100 quilômetros de altitude e realizou dez experimentos em ambiente de microgravidade. Após menos de duas horas de testes, a carga caiu no mar para ser resgatada. Os resultados serão analisados pelas instituições que enviaram os experimentos. O foguete foi desenvolvido pelo Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE), em parceria com a agência espacial alemã. Cada unidade custa R$ 300 mil. Em 2007, a carga de um VSB-30 foi completamente perdida ao sair de Alcântara. Após quase dois anos fechada, a base retomou as atividades em maio de 2009, com um foguete de treinamento, sem carga útil, que permaneceu no ar durante cinco minutos. Por isso, o êxito do evento no dia 12 foi considerado como importante passo para o nosso programa espacial.

No ano que vem, graças à parceria firmada com a Ucrânia, deve partir de Alcântara o primeiro foguete para lançamento de satélites. Mas a previsão para a colocação em órbita de um satélite genuinamente nacional é para daqui a apenas quatro anos. Testes devem ser feitos neste sentido em 2012 e 2013, com versões aprimoradas do mesmo tipo de lançador que provocou a tragédia em 2003. Espera-se que os procedimentos de segurança sejam reforçados, para evitar a perda de vidas caras ao desenvolvimento do conhecimento científico e tecnológico brasileiro. Uma nova torre de integração foi erguida, ao custo de R$ 43 milhões. Aliás, o alto custo do projeto em parceria com a Ucrânia tem recebido críticas, como acontece em todos os países com programas espaciais. O capital brasileiro será de R$ 519 milhões, que é o preço da plataforma para o foguete ucraniano Cyclone-4. A Ucrânia deverá aportar valor semelhante. O projeto prevê a realização de quatro a seis lançamentos por ano.

Outras áreas para lançamentos estão sendo procuradas no País, nos estados do Ceará, Rio Grande do Norte, Pará e Amapá, sem esquecer o Maranhão. Os locais precisam estar próximos à Linha do Equador, onde a velocidade de rotação do planeta ajuda a impulsionar os foguetes e reduz o gasto de combustível em até 30%. O Brasil está decidido a entrar no lucrativo mercado de lançamento comercial de satélites, que movimenta cerca de US$ 2 bilhões anualmente. Trata-se ainda de um mercado restrito, que efetua algumas dezenas de lançamentos a cada ano, sobretudo pelos Estados Unidos e pela Rússia. O problema é o custo. A média orçamentária de todo o programa espacial brasileiro desde 2005 é inferior a R$ 300 milhões. Parcerias público-privadas e acordos internacionais são opções consideradas pelo governo federal para a viabilização do sonho de se tornar o primeiro país latino-americano com tecnologia de lançamento de foguetes e satélites.

A expansão da base no Maranhão, apesar de tida como vital para as pretensões do programa espacial, está comprometida pela disputa territorial com comunidades quilombolas (descendentes de escravos). Em 2008, um terço da área da base foi destinada pela Justiça às famílias remanescentes de quilombos. O Ministério da Defesa possui um projeto para dobrar o tamanho da Base de Alcântara, relocando os quilombolas e oferecendo compensações na forma de empregos e serviços de educação e saúde para as famílias. Um acordo com a população residente seria a melhor saída, possibilitando o desenvolvimento nacional, mas compartilhando os benefícios sociais e econômicos de Alcântara com a comunidade.

http://www.aereo.jor.br/2010/12/24/a-ressurreicao-de-alcantara/

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Re: Indo para o espaço
« Resposta #48 Online: 23 de Março de 2011, 07:56:41 »
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Notícias » Ciência e Meio Ambiente » Ciência e Meio Ambiente
 Dilma anuncia investimentos no programa espacial brasileiro
22 de março de 2011 • 11h25 • atualizado às 11h50

A presidente brasileira, Dilma Rousseff, anunciou nesta terça-feira que o Governo fará investimentos para fortalecer o programa espacial do país, pois, segundo ela, o Brasil não pode renunciar meta de construir, lançar e operar satélites.

A presidente afirmou que seu Governo vai investir no programa espacial brasileiro por meio da contratação de novos profissionais para a Agência Espacial Brasileira (AEB) e para os órgãos executores desse programa. Além disso, haverá injeção de recursos.

Dilma negou que o Brasil tenha suspendido seu programa espacial após a explosão ocorrida em 2003 que destruiu parte da base espacial de Alcântara, no Maranhão, e que provocou a morte de 21 cientistas.

Segundo a governante, os novos investimentos permitirão alcançar as metas propostas. Ela ressaltou que o objetivo é ter um programa espacial autônomo, capaz de atender às demandas da sociedade brasileira e de fortalecer a soberania do país.

Para Dilma, o programa espacial é estratégico para o país, pois o Brasil necessita de satélites para vigiar o território, auxiliar na previsão do tempo e prevenir os danos causados pelos desastres naturais. Ela acrescentou que os satélites também são estratégicos para o país em áreas como defesa, comunicações e a segurança hídrica e alimentar.

Além do desenvolvimento e da operação de satélites, que o Brasil já alcançou graças a um acordo com a China, o programa espacial brasileiro prevê o desenvolvimento de um foguete próprio para transportar os satélites.

Dilma anunciou recursos para o programa um dia depois de o ministro de Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, admitir a possibilidade de negociar um novo acordo de cooperação para lançar foguetes americanos a partir da base de Alcântara.

Em 2000, Brasil e EUA assinaram um acordo para permitir à Nasa (agência espacial americana) o uso da base espacial brasileira que não foi ratificado pelo Congresso devido à oposição do PT.

Na ocasião, o partido alegou que o acordo violava a soberania do Brasil por não permitir a participação de técnicos brasileiros nos lançamentos americanos.

Mercadante admitiu que, após a assinatura no sábado de um acordo de cooperação espacial entre os dois países durante a visita ao Brasil do presidente americano, Barack Obama, é possível negociar um novo tratado para compartilhar a base de Alcântara sem os mecanismos vetados no passado.



http://noticias.terra.com.br/ciencia/noticias/0,,OI5017758-EI301,00-Dilma+anuncia+investimentos+no+programa+espacial+brasileiro.html

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Re: Indo para o espaço
« Resposta #49 Online: 23 de Março de 2011, 09:08:42 »
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Notícias » Ciência e Meio Ambiente » Ciência e Meio Ambiente
 Dilma anuncia investimentos no programa espacial brasileiro
22 de março de 2011 • 11h25 • atualizado às 11h50

A presidente brasileira, Dilma Rousseff, anunciou nesta terça-feira que o Governo fará investimentos para fortalecer o programa espacial do país, pois, segundo ela, o Brasil não pode renunciar meta de construir, lançar e operar satélites.
[...]

Espero que não seja apenas mais uma notícia que gera expectativa mas que não traz resultados.
« Última modificação: 23 de Março de 2011, 09:11:23 por Geotecton »
Foto USGS

 

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