Não consigo acreditar em alguns comentários que vejo aqui, francamente. Á, então está certo, vamos tampar o sol com a peneira. Poxa, eu fiz artes marciais durante um período considerável. É lógico que o indivíduo fica mais agressivo. O que mais se vê em casas de shows, a torta e a direita, são esses pit-boys cheios de marra, loucos para colocar em prática o que aprenderam. Pô, quer ficar másculo? Pega no pesado, segura um machado em mãos e se mete a arrancar toco. Nada mais másculo. Agora dizer que a ausência de conhecimentos sobre técnicas marciais deixa o homem afeminado, é de uma sandice sem precedentes.
Azumi, existem pessoas e pessoas. Tenho vários amigos que praticam diversos tipos de artes-marciais e nenhum deles é violento ou sai por aí procurando briga. Penso que a arte marcial pode influenciar uma personalidade violenta, mas despertar a violência em alguém subitamente é algo que não acontece com tanta frequência assim. Nunca pratiquei nenhum tipo de arte-marcial, mas o conhecimento que tenho é de que elas trabalham também a mente do praticante, ensinando principalmente a disciplina corporal. É um contra-senso afirmar que elas instigam a violência - a menos que haja uma predisposição individual para tanto.
Os pit boys que existem por aí não se tornaram violentos pela prática de artes-marciais: já tinham uma predisposição a isso, já pensavam que podem fazer e acontecer e não serem punidos por isso. Aliás, esse tipo de gente busca a prática de modalidades de luta unicamente para impor medo e criar confusão. Para eles, se impor pela força é essencial para serem considerados 'homens'.
Ah, e não acho que para ficar másculo basta pegar num machado e ir 'arrancar toco'. Se você tem uma mente legal, não vai procurar 'esportes' que pregam a violência e a falta de respeito para com o outro. Sim, os garotos podem praticar musculação, arte-marcial e outras modalidades de luta sem que se tornem esses monstros que vemos por aí.
E mais, existem inúmeras medidas a serem tomadas, nesses casos de brigas entre crianças... Muito mais sensatas que colocar o filho numa acadêmia e incentvá-lo a retribuir na mesma moeda. Se for por esse caminho, porque não comprar logo uma garrucha? Armado Bandido Com essa, eu vou dá uma volta. Tchau
Lugar de criança é na escola, aprendendo o que tem verdadeira relevância. Não em rinhas de seja lá o que for.
Alguém falou em colocar uma criança numa escola de artes-marciais para ensiná-la a se defender? Só não acho que seja saudável para uma criança recorrer aos pais e professores toda vez que um coleguinha pega a caneta ou puxa o cabelo. Eu também não afirmei que deve-se incentivar a criança a bater no outro colega, mas a não deixar que ela faça isso e se defender. Acho que o contrário gerará um adolescente e um adulto medroso, que não sabe se impor e deixa que os outros o dominem. A meu ver, isso é altamente prejudicial. Se você pensa diferente, direito seu.
Como já afirmei acima: sou a favor do posicionamento do juiz. No entanto, lugar de criança não é apenas na escola: é lá e em outras atividades que contribuam para o seu desenvolvimento (sim, até mesmo uma arte-marcial, porque não?). Criança recebe proteção integral por parte do Estado e é por isso que deve ser retirada de ambientes que incentivem à violência e afetem sua integridade física e psíquica. Se o ambiente não agride, não há porque retirá-la de lá. E criança não aprende só na escola, aprende em bons ambientes, principalmente dentro de sua própria casa.
Abraço.
Olá Lua!
Quanto ao questionamento, é que com a afirmação do Orbe, de que, não praticando artes-marciais, o sujeito tende a ficar afeminado, e, em seguida, justificando a premissa, vinculando isso ao comportamento infantil em situações conflitantes, como uma bronca entre crianças, como fora exemplificado, deixa implícito que a ideia seja de se praticar com o intuito de resolver tais hipóteses de conflitos. E é necessário, logo de partida, perceber que, da forma como foi colocado aqui, isentaram o sexo feminino ou mesmo, talvez, o depreciaram, isso dependendo da interpretação. Oras, por acaso, mulheres não praticam artes marciais? Ou ser afeminado é sinônimo de covardia? Reitero. Pelo o que foi expresso, seria uma ou outra. E isso sem se falar de restringir psicologia infantil a ‘babaquices’. Eu não concordo mesmo, moça. E enxergo como sendo muito mais varonil segurar um machado em mãos e se dispor a arrancar tocos, que se propor a adentrar em um ringue e digladiar em prol do entretenimento de terceiros, sim.
Para efeito de desambiguação, do meu ponto de vista, quero deixar claro que não tenho nada contra a prática de artes marcias. Eu mesmo já pratiquei várias... Mas sim, sou contra expor crianças, as quais não possuem discernimento suficiente, ainda, a combates extremamente violentos, como é o caso do Ultimate Full-contact, mais conhecido como Vale Tudo. E sou a favor de uma reforma na prática docente das mesmas, aqui no Brasil. Poucas academias do nosso país aplicam a filosofia oriental, sendo esse – o predomínio do método ocidental – o principal fator gerador do problema. Esquece-se que as práticas marciais estão vinculadas a um sistema filosófico que prepara o praticante, também, física e psiquicamente.
O que se diz é que o Full Contact – arte base do Ultimate Full-contact - surgiu nos Estados Unidos, com a finalidade de dar uma maior “expressão” para as artes marciais. Quem engole essa? Converteram as artes marciais, milenares, em algo mais ‘atrativo’, em função de arrecadar cifras, isso sim.
Ademais... Á, Lua, não há nada o que contestar quanto ao que expressou em suas últimas postagens. Você está coberta de razão. E eu me expressei no ímpeto das emoções, me expressei mal mesmo. É que tenho problemas com o assunto abordado, daí me empolgo.
Abraço. Azumi.