Não conheço bem a história desse tal de Rosa Cruz, mas posso quase garantir que essa bobajada toda começou na época em que Napoleão criou a famosa expedição ao Egito, da qual participaram grandes cientistas como Fourier, Carnot e Champollion, este último tendo decifrado a famosa Pedra da Roseta. No retorno à França, com a publicação do livro "Description de l´Egypte", era natural que houvesse um furor em tudo que se referisse ao Egito, faraós e outras coisas. Não duvido que o Rosa Cruz tenha começado como um modismo nessa época, ainda que os ditos-cujos jurem de pés juntos que sua sociedade tenha uma longa história.... (assim como os maçons)
Foi antes de Napoleão. Começou com uma série de anúncios colocados em postes que anunciava os a rosacruzes. Na época, foram tomados por piada.
Christian Rosenkreuz, English Christian Rose Cross, is the legendary founder of the Rosicrucian Order (Order of the Rose Cross), presented in the three Manifestos published in the early 17th century. The first anonymous public document on the Rosicrucian Order is the Fama Fraternitatis Rosae Crucis which appeared in 1614 in Kassel (Germany), introducing the pilgrim founder "Frater C.R.C", followed in 1615 by the Confessio Fraternitatis (issued with Fama (...)). In 1616 appears the Chymical Wedding of Christian Rosenkreutz in Strasbourg (annexed by France in 1681) which discloses for the first time the founder's name as Christian Rosenkreutz.
http://en.wikipedia.org/wiki/Christian_RosenkreuzO livro "Ilusões Populares e a Loucura das Massas" (Charles Mackay, Ediouro, publicado originalmente em 1841) nos diz resumidamente o seguinte:
Logo a seguir foram publicados 2 livros que despertaram a curiosidade das pessoas e se esgotaram rapidamente. Eles diziam que a Rosa-Cruz era composta de 36 pessoas no total que haviam renunciado ao seu batismo e à esperança de ressurreição, e atribuiam seus poderes à ao diabo. Esses 36 eram divididos em companhias ou bandos com missões na França, Itália, Espanha, Alemanha, Suécia, Suiça, etc. Na França acreditava-se que os rosacruzes eram pessoas estranhas que apareciam nas melhores pousadas, comiam e bebiam do melhor e desapareciam sem pagar a conta e ainda invadiam o quarto de donzelas na cidade.
Depois apareceu um segundo cartaz convidando futuros adeptos que seriam identificados e contatos pelos rosa-cruzes. A polícia chegou a investigar mas não teve sucesso. Dizia-se que era uma fraternidade de bêbados impostores e que seu nome era derivado da guirlanda de rosas, em forma de cruz, pendente sobre as mesas das tabernas na Alemanha, como sinal de segredo, e daí deriva o ditado comum que, quando um homem comunicava um segredo para outro, dizia "Sob a rosa". A sigla F.R.C. não era interpretada como Fraternidade Rosa-Cruz, mas como "Fratres Roris Cocti" ou seja, a fratenidade do carvalho cozido, alegando que eles recolhiam grande quantidade de orvalho da manhã e o ferviam para extrair um ingrediente de grande valor na composição da pedra filosofal e de água da vida.
versão em inglês - Extraordinary Popular Delusions (domínio público):
http://www.ebooksread.com/authors-eng/charles-mackay.shtml