http://www.diariodopara.com.br/noticiafull.php?idnot=39349Uma criança de 4 anos de idade estava com uma unha encravada e acabou morrendo na sala de cirurgia do Hospital da Maternidade de Santa Izabel. A família de Luana Santos Silva culpa o médico, Gilberto Pessoa, e a anestesista, que não teve o nome identificado, por imperícia médica.
A mãe da menina, Lucilene Castro dos Santos Silva, 26, contou que a filha se encontrava bem de saúde, apenas estava coma unha inflamada. “Ela brincava normalmente, minha filha era saudável, mas à noite, na hora de dormir, ela reclamava de dor na unha. Por isso, procurei um médico”, disse, chorando muito, a mãe da criança.
Lucilene informou que na manhã de ontem, por volta de 8h, ela deu entrada com a criança no hospital. Ela disse que o enfermeiro chegou a fazer a retirada de sangue da filha, mas em seguida logo levaram Luana para a sala de cirurgia. A mãe da menina começou a perceber que os médicos estavam demorando bastante, pois já era quase 11h e ninguém dava notícias.
Com a demora, os pais da menina começaram a questionar a equipe que estava prestando atendimento à criança e Lucilene disse que uma das pessoas, que ela não sabe identificar, chegou a dizer que havia ocorrido um imprevisto. Com isso, os pais entraram em desespero e invadiram a sala onde a equipe se encontrava com a criança.
“Quando eu entrei na sala, eu vi quando a anestesista tentava reanimar minha filha, eles estavam pressionando o peito dela”, disse Aldir Lima da Silva, o pai da menina.
Após esse tumulto, os médicos informaram à família que a criança seria transferida para o Pronto-Socorro Mário Pinotti, da travessa 14 de Março, em Belém. Mas, quando a criança chegou ao local, os médicos informaram que ela já tinha sofrido duas paradas cardíacas. No momento em que a família da criança percebeu que “os médicos estavam agindo de má fé”, logo procuraram a Seccional de Santa Izabel para fazer a denúncia.
Lá, o delegado plantonista da seccional, Glauco Nascimento, informou que fez a intimação para que o médico e a equipe fossem prestar depoimento.
Por volta de 14h, o médico foi até a seccional e se defendeu. Ele disse que a criança estava com uma inflamação no dedo e foi submetida a uma avaliação clínica para passar por cirurgia. Ele ainda informou em depoimento que durante a cirurgia a menina teve uma parada cardíaca e a equipe tentou reanimá-la, mas não obteve sucesso.
O delegado também ouviu o depoimento dos pais da menina e disse que será aberto inquérito policial para apurar o caso. Após os depoimentos, se for comprovado o erro médico, os responsáveis podem ser indiciados por homicídio.
A equipe do DIÁRIO procurou pelo médico Gilberto Pessoa para que ele se pronunciasse. Mas às 17h, ele não estava mais no local de trabalho. A reportagem também se dirigiu à residência do médico, mas a secretária dele informou, pelo interfone, que ele não se encontrava no imóvel.