Autor Tópico: Crise das montadoras nos EUA  (Lida 1910 vezes)

0 Membros e 1 Visitante estão vendo este tópico.

Offline Unknown

  • Conselheiros
  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 11.331
  • Sexo: Masculino
  • Sem humor para piada ruim, repetida ou previsível
Crise das montadoras nos EUA
« Online: 30 de Abril de 2009, 18:37:24 »
Citar
Barack Obama anuncia concordata da Chrysler e parceria da montadora com Fiat

O presidente dos EUA, Barack Obama, anunciou nesta quinta-feira, em entrevista coletiva, que a Chrysler irá declarar concordata e fará uma parceria com a Fiat, montadora italiana. Conforme a proposta do governo americano, a Chrysler tinha até a meia-noite desta quinta-feira para chegar a um acordo com seus credores.

"A concordata será rápida e controlada", anunciou o presidente americano. Obama também confirmou que a companhia irá pedir proteção pelo "Capítulo 11" da Lei de Falências (o equivalente à recuperação judicial brasileira). O assunto é objeto de debate há vários meses para garantir a sobrevivência da empresa.

Pela lei americana, ao pedir proteção pelo "Capítulo 11", a empresa reconhece que não terá capacidade para pagar suas dívidas. Com o decreto, um juiz reorganiza a dívida da empresa, determinando quanto os credores receberão e como serão feitos os pagamentos. Caso a empresa não consiga cumprir este novo prazo, ela fecha suas portas.

A operação de resgate de uma das três grandes montadoras de Detroit prevê que a Fiat assumirá entre 20% e 35% do capital da Chrysler, enquanto que os governos americano e canadense ficarão com, respectivamente, 8% e 2%, anunciou a Casa Branca.

Além disso, um novo fundo criado para garantir a cobertura médica dos aposentados da Chrysler receberá 55%.

O governo americano se disse disposto a liberar mais US$ 8 bilhões para garantir a Chrysler. "Daremos a Chrysler não apenas a chance de prosperar, mas de triunfar", disse Obama, ressaltando o potencial competitivo e a importância da montadora para a econômia dos EUA.

O presidente americano afirmou ainda que a Fiat pode construir veículos limpos e de qualidade.

Os termos do acordo, anunciados anteriormente, diziam que a Fiat cederia à Chrysler tecnologia e plataformas para veículos pequenos, de modo que a montadora americana possa produzi-los na América do Norte.

Nesta quinta-feira, o diretor-executivo da Chrysler, Robert Nardelli, anunciou nesta à rede de informação financeira CNBC que não será mantido no cargo. Segundo Nardelli, o conselho de administração escolherá pessoas nomeadas pelo Estado e pelo grupo italiano Fiat.

http://ultimosegundo.ig.com.br/economia/2009/04/30/barack+obama+auncia+parceria+entre+chrysler+e+a+fiat+5864957.html
Citar
Chrysler se une à Fiat para tentar se recuperar mais uma vez

A fusão da Chrysler com a italiana Fiat, anunciada nesta quinta-feira pelo presidente americano, Barack Obama, na Casa Branca, marca uma nova etapa no longo declínio desta pioneira do automobilismo que acumulou erros industriais e reveses financeiros e está, atualmente, na mesma situação difícil de 30 anos atrás.
A Chrysler será colocada sob a proteção da Lei de Falência, depois do fracasso das negociações para a reestruturação de sua dívida.

A agonia de uma das principais montadoras dos Estados Unidos começou em 1979, quando a Chrysler já havia sido salva da quebra com garantias públicas de sua dívida, que influenciaram a votação de uma lei pelo Congresso.

O apoio federal e o lançamento de modelos inovadores permitiram então que a Chrysler se recuperasse, após os golpes sofridos com as crises do petróleo de 1973 e de 1979 e com a concorrência japonesa.

Nos anos 1980, a empresa iniciou uma restruturação rigorosa, realizada por Lee Iacocca. A Chrysler atacou o mercado dos carros menores graças a uma aliança com a japonesa Mitsubishi.

A empresa tentou voltar à Europa, onde possuiu a marca Simca no início dos anos 1990, com uma fábrica austríaca.

Em 1987, ela recuperou a famosa marca de veículos todo-terreno Jeep, comprando da Renault a montadora americana AMC, à beira da falência.

Com modelos audaciosos, como o esportivo Dodge Viper, os carros da Chrysler caíram novamente nas graças dos consumidores.

Em 1998, a Chrysler se uniu com grande pompa à Daimler-Benz. A fusão foi anunciada como de igual para igual, mas foi o grupo alemão que assumiu uma dívida de 36 bilhões de dólares e ficou com a direção das operações, para a insatisfação de funcionários e engenheiros americanos.

Nos anos 2000, foram lançados projetos de redução de custos, por meio de parcerias tecnológicas, como foi o exemplo do cupê germano-americano Chrysler Crossfire.

Mas, apesar de alguns sucessos, o grupo perdeu muito de seu dinamismo. Teve que romper a aliança com a Mitsubishi, envolvida em um escândalo de problemas mecânicos encobertos. Depois disso, assim como ocorreu com sua concorrente General Motors, seus resultados foram sendo derrubados pelos custos sociais, com as aposentadorias, por exemplo.

Em 2005, o mentor da fusão entre a Daimler e a Chrysler, Jürgen Schrempp, deixou prematuramente a liderança do grupo. Seu sucessor Dieter Zetsche se pronunciou publicamente por um divórcio, em fevereiro de 2007, o que se concretizou três meses depois: 80,1% da Chrysler foram cedidos ao fundo de investimentos Cerberus.

O grupo não havia se preparado para a escalada dos preços do petróleo entre 2007 e 2008, e entrou na crise econômica mundial com uma frota pouco econômica.

Voltou-se tardiamente para os modelos híbridos, previstos para 2010. Mas nesse domínio, suas concorrentes japonesas estavam bem à frente.

A fatia do mercado da Chrysler nos Estados Unidos foi fortemente afetada pela recessão e as vendas desabaram em 2008. A união com a tradicional montadora italiana foi promovida para tirar a empresa automobilística americana de mais uma situação dramática.

http://ultimosegundo.ig.com.br/economia/2009/04/30/chrysler+se+une+a+fiat+para+tentar+escapar+da+falencia+mais+uma+vez+5867904.html
Citar
Saiba mais sobre a Chrysler

A Chrysler, terceira maior montadora de veículos dos Estados Unidos, pediu proteção contra falência nesta quinta-feira em Nova York, para completar a reestruturação de sua dívida e permitir uma aliança com a Fiat. A Chrysler, 80% controlada pela empresa de investimentos Cerberus Capital Management, vem operando com ajuda de US$ 4 bilhões do governo dos Estados Unidos desde o começo deste ano.

Walter P. Chrysler fundou a Chrysler Corp em 1925 e três anos depois colocou a pedra fundamental do famoso edifício Chrysler em Nova York. A construção foi por algum tempo o prédio mais alto do mundo e segue sendo ponto marcante da paisagem da cidade.

Veja a seguir cinco fatos sobre a Chrysler:

Estrutura e comando

A Cerberus comprou 80,1% de participação na Chrysler em 2007 da alemã Daimler AG, que manteve fatia de 19,9%. Quando finalizar a reestruturação, a Fiat terá 20% de participação na montadora, o fundo de saúde dos metalúrgicos da United Auto Workers terá 55% e os governos dos Estados Unidos e do Canadá ficarão com 10%.

Resultados

A Chrysler, em 2008, teve prejuízo de US$ 8 bilhões, com queda de 30% nas vendas, para 1,45 milhão de veículos.

Marcas

As marcas da Chrysler são: Chrysler, Dodge e Jeep. Entre os principais veículos da companhia estão a picape Dodge Ram, o Dodge Charger, o jipe Wrangler e a minivan Dodge Caravan. A montadora tem 3.215 concessionárias nos EUA.

Empregados

A Chrysler tinha cerca de 54 mil funcionários em dezembro de 2008, incluindo mais de 40 mil horistas e 13 mil assalariados.

http://ultimosegundo.ig.com.br/economia/2009/04/30/saiba+mais+veja+cinco+fatos+sobre+a+chrysler+5869922.html

"That's what you like to do
To treat a man like a pig
And when I'm dead and gone
It's an award I've won"
(Russian Roulette - Accept)

Offline Unknown

  • Conselheiros
  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 11.331
  • Sexo: Masculino
  • Sem humor para piada ruim, repetida ou previsível
Re: Crise das montadoras nos EUA
« Resposta #1 Online: 10 de Maio de 2009, 01:31:57 »
GM à brasileira

Nos Estados Unidos, dívidas bilionárias, risco de concordata e demissões. Por aqui, operação lucrativa, investimentos recorde e novos produtos no mercado. Descubra por que o modelo de negócios da GM do Brasil (agora cobiçada até pela Fiat) pode salvar a montadora

O colombiano Jaime Ardila enfrenta uma situação curiosa. Ele preside uma empresa, a GM do Brasil, que dá lucro desde 2006 e que tem em caixa US$ 1 bilhão para investir nos próximos quatro anos. Em 2008, esta mesma companhia remeteu centenas de milhões de dólares em dividendos para a matriz nos Estados Unidos, enquanto a indústria automobilística contabilizava os astronômicos prejuízos gerados pela crise financeira global. Há algumas semanas, Ardila tomou uma decisão de causar inveja mundo afora. Para atender ao aumento da demanda dos brasileiros, ele aumentou a jornada de trabalho de alguns funcionários, que passaram a fazer hora extra e dar expediente aos sábados nas plantas industriais. Apesar da excelente performance da corporação que dirige, Ardila está no centro de um terremoto. No mês passado, seu chefe, o americano Richard Wagoner, perdeu o emprego. Há 15 dias, a ameaça de concordata da matriz americana ficou próxima da realidade e surgiu até a hipótese de estatização da empresa, que seria incorporada pelo governo dos Estados Unidos. Na semana passada, as notícias negativas parecem ter chegado ao auge. A empresa anunciou prejuízo global de US$ 6 bilhões no trimestre e Ardila teve de acompanhar pelos jornais o suposto interesse de uma de suas principais concorrentes, a Fiat, em comprar as operações da GM no Brasil. Algum sinal de tensão? Nenhum. “É uma situação inesperada e obviamente difícil”, disse Ardila à DINHEIRO, em entrevista feita na semana passada na sede da GM em São Caetano do Sul, São Paulo. “Se você precisa enfrentar o problema, é melhor estar do lado em que estou.” Não há mesmo motivo para desespero. Ardila sabe que o futuro da problemática gigante americana está cada vez mais atrelado ao destino de sua lucrativa filial brasileira. Se há duas décadas o Brasil era visto como um mercado secundário, cheio de problemas estruturais (nem sequer havia tecnologia para desenvolver veículos, tampouco fornecedores de comprovada competência) e incapaz de andar com as próprias pernas, atualmente o cenário é muito diferente. Ao lado da China, a operação brasileira é a mais promissora do mundo e uma das poucas que permitem às fabricantes ganhar dinheiro com o negócio de automóveis. Há não muito tempo, as filiais brasileiras eram meras montadoras, no sentido clássico da palavra. As partes dos carros vinham para o País já prontas e a fábrica apenas montava o quebra-cabeça. Isso mudou. No caso da GM, o Brasil é um dos cinco centros globais de desenvolvimento completo de produtos, que inclui o design, a engenharia e o processo de fabricação. Os outros quatro ficam nos EUA, China, Alemanha e Coreia. “No passado recente, os brasileiros do setor automobilístico tinham muito que aprender”, afirma Ardila. “Agora, têm muito que ensinar.”


É consenso na matriz americana – mesmo para os funcionários com décadas de casa que fizeram carreira acreditando no lema “o que não for americano ou europeu não é importante” – que o Brasil pode oferecer lições úteis e até ajudar a salvar a empresa. Segundo Ardila, três motivos cruciais fizeram com que o País se transformasse num dos novos centros mundiais da indústria de carros. O primeiro deles é o custo. Em termos financeiros, a engenharia brasileira leva grande vantagem. Construir um carro por aqui é 20% mais barato do que fabricá-lo na Europa e nos Estados Unidos. Como no Brasil a questão do preço é mais importante do que qualquer outra, a indústria nacional dedicou-se ao desenvolvimento de novos materiais e técnicas de produção capazes de reduzir o valor final do automóvel. Essa preocupação foi negligenciada nos Estados Unidos. O segundo motivo diz respeito à formação de uma nova safra de engenheiros, profissionais que são o coração de qualquer fabricante de automóveis. Para rejuvenescer seu quadro de pessoal – e trazer gente capaz de propor ideias e projetos inovadores –, a GM criou parcerias com as principais faculdades de engenharia do Brasil. Há dois anos, a subsidiária brasileira contava com 600 engenheiros. Hoje, são 1.200, dos quais 900 foram contratados nos últimos 18 meses. Muitos dos que ingressaram recentemente estão envolvidos no desenvolvimento de uma nova linha de produtos, chamada de Viva e que terá seu primeiro lançamento no segundo semestre. Na GM americana, a substituição de profissionais ou até mesmo a contratação de novos cérebros é muito mais penosa. Nos Estados Unidos, a GM tem encargos trabalhistas remanescentes de uma época em que os sindicatos praticamente controlavam a empresa. Na última década, os benefícios assegurados por contrato aos seus trabalhadores custaram mais de US$ 80 bilhões. “É impossível sobreviver num cenário desses”, diz o ex-vice-presidente da GM e hoje consultor André Beer. “Se for para culpar alguém pelo malogro da empresa, eu digo que foram os sindicatos.” O terceiro motivo apontado por Ardila diz respeito à capacidade inovadora do País. O Brasil foi o responsável pela criação da tecnologia flex, numa época em que nem sequer havia a discussão ambiental tão presente nos dias de hoje. Os brasileiros também merecem o crédito pelo investimento em carros compactos, que consomem menos combustível e ocupam pouco espaço nas ruas. “O mundo está voltando os olhos para o que o Brasil já fez no passado”, diz Beer.

A excelência técnica dos brasileiros vem sendo reconhecida pela GM. “Nunca exportamos tantos profissionais para os principais mercados do mundo”, diz Ardila. Um deles é o engenheiro paulista Sérgio Rocha, 49 anos, diretor-executivo de programas globais da empresa – é o cargo mais alto já ocupado por um brasileiro na matriz americana da GM. Rocha mora em Detroit e, desde janeiro de 2009, é o responsável pela coordenação de cerca de 500 programas que estão sendo executados em todas as fábricas da GM espalhadas pelo mundo. Um deles é o projeto do Volt, carro movido a eletricidade com previsão de lançamento para 2011. Vale lembrar: o Volt é o veículo mais importante desenvolvido pela GM nos últimos anos. Para algumas pessoas, o sucesso do modelo pode significar inclusive a salvação definitiva da companhia. Sob a liderança de Rocha, estão 450 profissionais. O que tem transmitido a eles? “O principal ensinamento é tipicamente brasileiro: fazer mais com menos”, diz.

Rocha diz que uma característica cultural dos brasileiros, a agilidade para resolver problemas, é motivo de admiração por parte dos americanos. “Observei que muitos estrangeiros relutam em mudar de trajetória, mesmo quando percebem que algo está errado”, diz o executivo. Essa falta de dinamismo se reflete em negócios mal executados e no desperdício de boas oportunidades. Nos Estados Unidos, a GM tem uma estrutura grande demais, parecida com a das piores estatais, em que tudo demora para ser feito, as decisões são penosas e tardias. Em meados dos anos 90, a GM foi a primeira fabricante a pensar em construir um carro híbrido, movido a eletricidade. Depois de examinar os custos do projeto, a empresa decidiu esperar. Em 1998, antes de a GM se mexer, os japoneses da Toyota lançaram o Prius, hoje um sucesso global. A comparação com a Toyota revela a desvantagem competitiva da GM. Enquanto os japoneses levam um ano para colocar um modelo em circulação, os americanos podem demorar até três vezes mais. Uma das responsabilidades dos brasileiros é justamente desatar as amarras que diminuem a velocidade da ação da GM.


O futuro: previsto para ser lançado em 2011, o carro elétrico Volt pode significar a salvação da GM

A crise global da GM não é ignorada no Brasil. Nos corredores da subsidiária brasileira, os funcionários revelam certa preocupação. A notícia do interesse da Fiat pela aquisição da rival no País (leia quadro) alimentou uma onda de boataria dentro das duas empresas. No acirrado mercado brasileiro, a GM se mantém em terceiro lugar, atrás da Fiat e da Volks. No início do ano, a empresa dirigida por Ardila sofreu uma ligeira perda de market share. Mas isso, segundo especialistas, não tem nada a ver com a crise. É resultado da paralisação da produção no final do ano passado, medida que foi tomada porque a companhia acreditava que o mercado demoraria para se reerguer, o que acabou não acontecendo. Ardila, uma pessoa contida nas palavras e no jeito de ser, não esconde o otimismo. “Mesmo se houver a concordata da GM nos Estados Unidos, vai ser por um período muito curto”, diz. “Enquanto isso, a operação brasileira vai continuar muito forte.”


Citar
Fiat pode assumir a GM?

Suposto interesse da fabricante italiana pela GM do Brasil e pela Opel gera onda de boatos na indústria automobilística global


Ousadia: Marchionne, CEO da Fiat, estaria de olho nas operações rentáveis da GM

Os jornais italianos publicaram na semana passada a declaração de uma “fonte graduada” da Fiat que teria revelado o interesse da empresa em comprar as operações latino-americanas da GM, inclusive a brasileira. Segundo o La Repubblica, as negociações já começaram. A mesma publicação afirmou que é grande a chance de a Fiat, comandada pelo executivo Sergio Marchionne, adquirir as atividades da GM na Europa, que funcionam sob a marca Opel. Para o consultor André Beer, que chegou a ser vice-presidente da GM no Brasil, é pouco provável que o negócio seja realizado. “Se a GM vender suas operações na Europa e na América Latina, ela praticamente dá adeus ao sonho de recuperação”, diz. “O Brasil e a Opel são os centros de desenvolvimento de carros compactos da GM, que são o futuro da própria empresa. Não faz sentido algum realizar o negócio.” Um outro consultor, que prefere não se identificar, acredita que a Fiat quer aproveitar o momento negativo da GM. “Acho que pode ser uma estratégia de marketing”, diz. “Ao falar que deseja comprar a GM do Brasil, uma concorrente direta, a Fiat demonstra seu poder e fragiliza o adversário.” Na quinta-feira 7, o jornal americano The New York Times deu outra versão da história. Disse que a GM quer uma fatia de 30% da Fiat em troca da transferência de suas operações na Europa e na América Latina. A Fiat, porém, estaria disposta a ceder menos de 10%. Procuradas por DINHEIRO, as duas empresas afirmaram desconhecer a negociação.

“Para o Brasil a concordata nos EUA não terá impacto”

Jaime Ardila fala da crise nos EUA, analisa o mercado brasileiro e diz que os próximos cinco anos serão os melhores da indústria

DINHEIRO – A possível concordata da GM nos Estados Unidos pode causar impacto no Brasil?
Jaime Ardila –
Se houver a concordata, o efeito aqui será nulo. Temos independência jurídica e financeira, além de liberdade total para o desenvolvimento de produtos. Não compramos nada dos Estados Unidos e também não vendemos nada para eles. Os Estados Unidos não são um mercado para nós, tampouco são fornecedores. Por isso, a concordata não muda nada para a GM do Brasil.

DINHEIRO – Que balanço o sr. faz do desempenho da GM brasileira em 2009?
Ardila –
Fomos surpreendidos pela força do mercado, que reagiu mais do que esperávamos. Foi uma surpresa o interesse do cliente brasileiro em comprar carro. Demoramos para elevar a produção para os níveis da demanda e eu lamento isso. Hoje, estamos vendendo tudo o que produzimos. Passamos a trabalhar aos sábados, a fazer horas extras.

DINHEIRO – Tomada no final do ano passado, a decisão de paralisar a produção foi acertada?
Ardila –
Foi acertada porque era impossível manter os níveis de estoque que tínhamos. Nossos concessionários não tinham capacidade de financiar estoques acima de 30 dias. Quisemos ajudá-los.

DINHEIRO – Por que o mercado brasileiro reagiu de forma tão rápida?
Ardila –
Por três razões principais. A primeira delas foi a redução do IPI, que fez com que o valor da parcela dos financiamentos caísse para o seu nível normal. Em segundo lugar, as condições de crédito, que melhoraram porque o Banco Central liberou recursos. Além disso, os estatais como Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal começaram a emprestar dinheiro para a compra de carro. O último motivo foram os incentivos dados pelas montadoras, com todo tipo de promoção. Tudo isso anulou os efeitos da crise.

DINHEIRO – Que prognóstico o sr. faz para 2009?
Ardila –
Espero um mercado forte em maio e junho, quando acaba o IPI. No primeiro semestre, a indústria vai ter um desempenho muito parecido com o do ano passado. No segundo semestre, deve haver uma pequena queda, porque as pessoas anteciparam as compras que fariam no final do ano. Em todo o ano de 2009, acho que teremos uma indústria com 2,5 milhões de unidades. É menos do que os 2,8 milhões de 2008. Ainda assim, significa o segundo melhor ano da história. E isso em tempos de crise.

DINHEIRO – A empresa mantém o ciclo de investimentos?
Ardila –
Todos os investimentos, que chegam a US$ 1 bilhão, estão mantidos. Temos uma geração de caixa suficiente para financiar nossos projetos e operações. Os próximos cinco anos serão muito interessantes. Queremos estar preparados. Precisamos fazer os investimentos para modernizar a linha de produtos.

DINHEIRO – O que diferencia o mercado brasileiro do restante do mundo?
Ardila –
O consumidor brasileiro é excepcionalmente bem-informado. Ele acessa internet, lê, assiste a programas na tevê. Isso faz com que o seu nível de exigência seja muito alto. Há também um aspecto cultural. O brasileiro gosta de carro, quer tudo o que há de mais moderno

DINHEIRO – Qual é a importância da GM brasileira para a corporação como um todo?
Ardila –
O Brasil é um dos cinco centros globais de desenvolvimento de produtos. Temos uma capacidade de engenharia e design comparável com a de qualquer país e podemos desenvolver produto para qualquer mercado.

DINHEIRO – Não era assim antes?
Ardila –
É um fenômeno recente, coisa de três anos. Nossa capacidade de engenharia estava restrita a fazer mudanças para veículos desenvolvidos em outros centros de engenharia. Hoje nós não fazemos mais mudanças para veículos criados em outros países. Fazemos e desenvolvemos o veículo aqui.

DINHEIRO – O sr. notou uma mudança na imagem que a GM do Brasil tem lá fora?
Ardila –
Os brasileiros passaram a ser admirados. Temos engenheiros trabalhando nos principais centros do mundo. Os líderes de motores bicombustível são brasileiros. Temos gente em cargos significativos nos Estados Unidos, na Coreia e na Alemanha. Antes, os brasileiros apenas aprendiam. Agora, têm muito o que ensinar.

DINHEIRO – O sr. presidiu um banco na Colômbia. É possível comparar essa experiência com a gestão de uma indústria?
Ardila –
É muito diferente administrar um banco e uma indústria. O negócio industrial é mais complexo. Ele precisa de um conhecimento do detalhe muito grande. Tem margens pequenas, em que a lucratividade é obtida com volume e não com a venda de cada unidade. Já o negócio bancário exige decisões muito rápidas. Além disso, você tem uma clareza maior dos riscos envolvidos.

http://www.terra.com.br/istoedinheiro/edicoes/605/artigo134348-1.htm

"That's what you like to do
To treat a man like a pig
And when I'm dead and gone
It's an award I've won"
(Russian Roulette - Accept)

Offline biscoito1r

  • Nível 30
  • *
  • Mensagens: 1.740
  • 笑顔
Re: Crise das montadoras nos EUA
« Resposta #2 Online: 11 de Maio de 2009, 15:33:59 »
sou mais meu Toyota Yaris
Be ashamed to die until you have won some victory for humanity

Offline Unknown

  • Conselheiros
  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 11.331
  • Sexo: Masculino
  • Sem humor para piada ruim, repetida ou previsível
Re: Crise das montadoras nos EUA
« Resposta #3 Online: 11 de Maio de 2009, 18:40:47 »
Ao forçar a concordata da Chrysler para salvá-la, Obama põe o nacionalismo no centro da crise

Dirigismo dos anos 30 é retomado para inverter a favor dos EUA a polaridade da globalização

A virada de mesa do governo Barack Obama para cima dos credores, acionistas, diretores e operários da Chrysler, que com a General Motors e Ford formam as Big Three de Detroit, a menor do terminal e agonizante setor automobilístico dos EUA, foi um ato de profundo alcance, com consequências sobre o futuro da economia americana e a inserção de sua indústria no mundo. A crise tomará outra forma.

Num país com sólida tradição de respeito à iniciativa privada e a contratos, Obama forçou a montadora a ir a uma corte de Nova York pedir proteção judicial contra seus credores nos termos do chamado Chapter 11 da lei de falências dos EUA. E o fez sustentado nos US$ 4 bilhões já emprestados pelo Tesouro desde 2008, sem resultar em quaisquer melhoras da empresa, além de suas promessas na campanha eleitoral de “consertar” o sistema produtivo dos EUA.

No aperta-estica da negociação com os sindicatos e os credores da Chrysler, iniciada em fevereiro por uma força-tarefa à frente da qual estão dois financistas com larga experiência em reciclagem empresarial, Ron Bloom e Steven Rattner, chegou-se esta semana a um impasse.

O grupo de 45 bancos e fundos de hedge credores, sob a liderança do JP Morgan Chase, recusou na quarta-feira a proposta final do governo: trocar US$ 6,9 bilhões de dívidas, cerca de 70% do passivo total, por US$ 2,25 bilhões em dinheiro.

Era menos, mas Obama mandou oferecer mais US$ 250 milhões para fechar o acordo. JP Morgan e bancos maiores concordaram. Os fundos menores vetaram, apostando que o Tesouro pagaria mais para evitar a concordata. Obama, segundo o New York Times, ficou furioso. Aos jornais, disse que era um “pequeno grupo de especuladores”.

“Eles estavam esperando que todos fizessem sacrifícios, e eles não fariam nenhum”, reagiu Obama. Ele instruiu o Tesouro a ir para o pau. A maioria cedeu.

Espera-se a adesão total para que o pedido de recuperação judicial seja aceito, permitindo à Chrysler, como previu Obama, sair da concordata em 30 a 60 dias, mais “forte” em suas palavras. É uma aposta de risco, reveladora de sua intenção.

Será o modelo para a concordata consensual da GM, outro tumor, só que muito maior e mais grave, da indústria dos EUA. Das Big Three, apenas a Ford vai escapando da queda sem ter de apelar ao governo.

Sindicalismo domado

Na salvação da Chrysler na mesa de cirurgia, o maior obstáculo, não fosse a terrível crise bancária, teria sido a arrogante United Auto Workers, o sindicato dos operários das Big Three. A recessão com jeito de depressão domou os barões do sindicalismo, que vinham fechados com Obama desde a campanha, mas noutra circunstância.

A crise enfraqueceu a faceta sindicalista do governo Obama. A UAW capitulou ao aceitar ações da Chrysler contra metade da dívida da empresa com o plano de saúde dos empregados. Eles vão receber 80% dos salários durante a concordata, com garantia de emprego.

O caroço da GM é igual, embora maior e envolve também o seu fundo de pensão. O que valeu para uma será estendido para a outra.

Fiat é a segurança

No arranjo final, o fundo de private equity Cerberus, controlador atual, perderá os anéis para conservar os dedos. A Daimler Benz, que em 1998 se fundira à Chrysler e desistira em 2007, vendendo o controle à Cerberus, abrirá mão dos 19% do capital ainda em seu poder e pagará US$ 600 milhões ao fundo de pensão da montadora.

Os governos do Canadá e do estado de Ontário, onde a Chrysler tem fábrica, emprestarão US$ 2,4 bilhões. Os EUA injetarão até US$ 4,5 bilhões adicionais. E, por fim, entrará a Fiat, para redesenhar o modelo de negócios, e assegurar a não estatização da montadora.

Ainda não está claro, mas a intenção é que a Fiat, com até 30%, e a UAW, cerca de 40%, sejam os novos donos após o governo vender as ações resultantes da conversação dos créditos do Tesouro.

Ruptura de um dogma

As dúvidas sobre o sucesso desse acordo não são poucas. A própria Fiat há alguns anos esteve com a GM, que pulou fora perdendo mais de US$ 2 bilhões. Mas as questões negociais interessam ao mercado.

Aos desdobramentos da economia e da política importa a ruptura de Obama com um artigo de fé nos EUA - a supremacia dos mercados. Não havia intervenção estatal, inclusive na gestão de empresas, desde os anos 30.

Ao ressuscitar um setor agonizante bem antes da crise, batido pela obsolescência e a concorrência externa, Obama socorre não só alguns empregos. Ele põe o nacionalismo no centro da crise.

Globalização a favor

Antes que apressados saiam a exaltar as virtudes do Estado, dando o governo Obama como testemunha, é preciso distinguir as nuanças do dirigismo econômico nos EUA daquele praticado, por exemplo, no Brasil até os anos 80. Aqui se estatizaram negócios privados onde o capital privado era fraco. Foi difícil desmontar a intervenção.

Lula até hoje critica as privatizações. Lá o Estado interventor é solução de emergência, afastando-se logo que se torne dispensável.

Essa política foi assentada no programa pós-depressão do governo Roosevelt e desarmada na era Reagan. Obama indica que vai retomá-la, para inverter a favor dos EUA a polaridade da globalização.

http://cidadebiz.oi.com.br/paginas/48001_49000/48155-1.html

"That's what you like to do
To treat a man like a pig
And when I'm dead and gone
It's an award I've won"
(Russian Roulette - Accept)

Offline Unknown

  • Conselheiros
  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 11.331
  • Sexo: Masculino
  • Sem humor para piada ruim, repetida ou previsível
Re: Crise das montadoras nos EUA
« Resposta #4 Online: 14 de Maio de 2009, 16:55:24 »
Chrysler vai fechar 789 de suas 3.200 concessionárias nos Estados Unidos

A montadora Chrysler anunciou, nesta quinta-feira, que vai fechar 789 concessionárias nos Estados Unidos, como parte do seu projeto de reestruturação. A medida é divulgada quase duas semanas depois da empresa pedir concordata.

Hoje, a montadora tem 3.200 concessionárias nos Estados Unidos. O porta-voz da montadora, Kathy Graham, disse, sem dar mais detalhes, que não há como manter todas as lojas abertas. 

Na semana passada, a justiça dos Estados Unidos aprovou o procedimento acelerado proposto pelo governo para auxiliar a montadora, fixando para 27 de maio a decisão definitiva sobre a associação com a Fiat.

Ao fim de uma audiência que durou oito horas, o juiz federal para concordatas Arthur González rejeitou os argumentos de um grupo de credores da Chrysler, que consideravam ilegal o plano de reestruturação.

"É um procedimento justo e regular", afirmou o juiz, antes de destacar que "existe uma necessidade urgente de realização da venda".

O governo propôs que os envolvidos se apresentem até 20 de maio e que a justiça tome uma decisão definitiva uma semana depois.

O governo pretende salvar a Chrysler até junho e criar uma "nova Chrysler" liberada das dívidas mais importantes, provavelmente associada à italiana Fiat.

http://ultimosegundo.ig.com.br/economia/2009/05/14/chrysler+vai+fechar+789+de+suas+3200+concessionarias+nos+estados+unidos++6119933.html

"That's what you like to do
To treat a man like a pig
And when I'm dead and gone
It's an award I've won"
(Russian Roulette - Accept)

Offline Unknown

  • Conselheiros
  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 11.331
  • Sexo: Masculino
  • Sem humor para piada ruim, repetida ou previsível
Re: Crise das montadoras nos EUA
« Resposta #5 Online: 15 de Maio de 2009, 16:48:47 »
GM não vai renovar contratos de 1,1 mil concessionárias

A General Motors (GM) notificou cerca de 1.100 do total de seis mil concessionárias que a empresa tem nos EUA que não renovará seus contratos em outubro de 2010, segundo a imprensa norte-americana.

A rede de televisão "CNN" disse que muitas das concessionárias às quais a GM não renovará os contratos devem fechar as portas nos próximos meses.

O plano de reestruturação da empresa indica que a companhia reduzirá em 40% sua rede de concessionárias nos Estados Unidos para garantir sua sobrevivência.

A GM quer operar em 2010 com menos pontos de venda, assim que eliminar as marcas Pontiac, Saturn, Hummer e Saab. Isso poderá gerar a perda de outras 460 concessionárias, segundo o porta-voz da GM, John McDonald. No total, poderão ser fechados até  2.600 showrooms.

"Nós basicamente estamos dizendo a eles que não se encaixarão no novo cenário no longo prazo, mas entre agora e depois nós vamos ajudar nessa transição da melhor maneira cada concessionária individualmente", explicou McDonald.

As concessionárias da GM atingidas pelos planos de fechamento receberam notificação na manhã desta sexta-feira informando-as de que a montadora não vê como poderá "ter uma relação de negócios produtiva" após 2010.

Cortes na Chrysler

A Chrysler, que entrou com pedido de recuperação judicial em 30 de abril, planeja fechar 789 de suas 3.181 concessionárias até o começo de junho, medida que pode custar até 40 mil postos de trabalho, segundo o principal grupo de concessionárias.

A montadora acrescentou que não revelará o nome das unidades afetadas, mas na quinta-feira expôs no tribunal os nomes de quase 800 concessionárias que pretende eliminar por meio do processo.

Mark Calisi, 47, dono da Eagle Auto-Mall em Riverhead, no Estado de Nova York, disse que ficou "arrasado" ao saber que sua concessionária será descredenciada. Ele afirmou que a Chrysler responde por um terço do seu negócio, que também comercializa Volvo, Mazda e Kia.

"Eu estou com a Chrysler há 13 anos e meu pai ficou a Chrysler por 30 anos", lamenta. "Não importa a forma como você corte o bolo, é devastador."

http://ultimosegundo.ig.com.br/economia/2009/05/15/gm+estuda+nao+renovar+contratos+de+1100+concessionarias+6148935.html

"That's what you like to do
To treat a man like a pig
And when I'm dead and gone
It's an award I've won"
(Russian Roulette - Accept)

Offline Athena

  • Nível 19
  • *
  • Mensagens: 589
  • Sexo: Feminino
Re: Crise das montadoras nos EUA
« Resposta #6 Online: 16 de Maio de 2009, 20:12:09 »
Lá se foi me sonho de um dia possuir um Chrysler 300c  :(
Você nasce sem pedir e morre sem querer.
Aproveite o intervalo!

Offline Arcanjo Lúcifer

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 22.730
  • Sexo: Masculino
Re: Crise das montadoras nos EUA
« Resposta #7 Online: 17 de Maio de 2009, 08:40:59 »
Lá se foi me sonho de um dia possuir um Chrysler 300c  :(

Olá, Athena...

Não fique triste por não comprar seu Chrysler, os carros são ótimos mas a montadora tem o costume de deixar os consumidores a pé. No fim dos anos 70 ela saiu do Brasil, um conhecido tinha um carro zero quilômetro recém comprado que ficou sem peças de reposição e perdeu metade do valor em pouco tempo.

Depois voltou, vendeu um monte de carros e se mandou novamente.

É mais fácil e barato encontrar peça para carro nacional de 30 anos que para um Chrysler.


Offline Pregador

  • Conselheiros
  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 8.056
  • Sexo: Masculino
  • "Veritas vos Liberabit".
Re: Crise das montadoras nos EUA
« Resposta #8 Online: 17 de Maio de 2009, 15:05:46 »
Fizeram (Chrysler) recentemente aqui no Paraná também. Fecharam a fábrica e os donos das pick-ups que eles vendiam se ferraram, literalmente.
"O crime é contagioso. Se o governo quebra a lei, o povo passa a menosprezar a lei". (Lois D. Brandeis).

Offline Unknown

  • Conselheiros
  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 11.331
  • Sexo: Masculino
  • Sem humor para piada ruim, repetida ou previsível
Re: Crise das montadoras nos EUA
« Resposta #9 Online: 23 de Maio de 2009, 22:36:05 »
Obama diz que montadoras dos EUA sairão fortalecidas da crise

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse que permitir a quebra das montadoras General Motors (GM) e Chrysler poderia levar o país a uma depressão econômica e assegurou que as duas empresas sairão fortalecidas da crise com o plano de reestruturação.

Em uma entrevista ao canal de televisão "C-SPAN" divulgada neste sábado, Obama defendeu o plano de recuperação proposto pelo Governo para o setor automotivo e assegurou que a iniciativa terá resultados.

"Acho que, no final, a GM continuará sendo uma companhia forte", afirmou.

O presidente americano incentivou as companhias a renovarem sua oferta de produtos e a apostarem em veículos de baixo consumo e alto rendimento para atrair novos clientes.

Reestruturação

Ontem, um grupo de 40 congressistas americanos enviou uma carta a Obama na qual exigiram que o Congresso exerça um maior controle sobre a reestruturação do setor automotivo conduzida pelo Governo.

Os parlamentares expressaram sua oposição ao ritmo e ao conteúdo dos planos do Executivo e pediram aos diretores de General Motors e Chrysler que expliquem sua decisão de fechar centenas de concessionárias em todo o país.

Guantánamo

Na mesma entrevista, Obama admitiu que está tratando de resolver a questão dos presos de Guantánamo que não podem ser julgados ou libertados, admitindo que este é um dos "problemas maiores" de seu governo.

Obama sugeriu que será preciso um esforço bipartidário para se criar uma estrutura legal e institucional para julgar estes detidos. "É uma situação complicada. Não é fácil", estimou o presidente americano.

Obama destacou que o problema surgiu de "decisões inadequadas" tomadas pela administração precedente imediatamente após os atentados de 11 de setembro de 2001, "porque as pessoas estavam aterrorizadas".

"Penso que pegamos muitos atalhos e tomamos decisões contrárias ao que somos como Nação".

"Temos muita gente lá (em Guantánamo) que deveria ter sido julgada antes, mas não fizemos isto. Em alguns casos, as provas contra eles já estão comprometidas", destacou o presidente.

http://ultimosegundo.ig.com.br/economia/2009/05/23/obama+diz+que+gm+e+chrysler+sairao+fortalecidas+da+crise+6299949.html

"That's what you like to do
To treat a man like a pig
And when I'm dead and gone
It's an award I've won"
(Russian Roulette - Accept)

Offline Unknown

  • Conselheiros
  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 11.331
  • Sexo: Masculino
  • Sem humor para piada ruim, repetida ou previsível
Re: Crise das montadoras nos EUA
« Resposta #10 Online: 28 de Maio de 2009, 19:11:09 »
GM vai pedir concordata no dia 1º de junho, diz agência

A montadora GM - a maior dos EUA e a segunda maior do mundo - está se preparando para pedir concordata no dia 1º de junho, a próxima segunda-feira, segundo a agência de notícias Bloomberg. De acordo com uma fonte ouvida pela agência, a maior parte dos ativos da empresa seria vendida para formar uma "nova" GM.

Ainda segundo a Bloomberg, a "nova" montadora planejaria montar seus negócios em torno das marcas Chevrolet e Cadillac, que continuariam parte da linha automotiva da companhia.

Também foi anunciado que o presidente americano, Barack Obama, provavelmente fará um pronunciamento sobre a General Motors na próxima segunda-feira. O porta-voz do governo, Robert Gibbs, disse que o presidente dos EUA vai discutir sobre a montadora, mas se recusou a dizer se Obama vai anunciar que a GM pedirá concordata.

Caminho aberto

Mais cedo nesta quinta, a GM e o Tesouro americano fizeram uma proposta melhorada de troca de dívida por ações a credores detentores de US$ 27 bilhões em dívidas da companhia e abriram caminho para a criação da "nova" GM, após o pedido de concordata.

Sob o acordo proposto, que a GM informou que foi apoiado por credores que representam cerca de 20% de sua dívida, os detentores de bônus receberão 10% da companhia reorganizada e receberão garantias para compra de outros 15%.

Em troca do pagamento melhorado, os credores não se oporiam à iniciativa de vender ativos lucrativos da GM para uma nova companhia fundada pelo governo dos EUA em um rápido processo de concordata.

A oferta de troca de dívida por ação será aberta a detentores de bônus até sábado, de acordo com a montadora.

Participação estatal

O Tesouro dos EUA ganhará 72,5% da nova GM resultante do processo de concordata, enquanto a empresa filiada ao grupo sindical United Auto Workers ficará com 17,5%, informou a GM.

A primeira fase de reestruturação dos US$ 27,2 bilhões da dívida não garantida da GM fracassou quarta-feira, pela falta de interesse dos investidores, que se consideraram discriminados em relação às demais partes interessadas na empresa, principalmente os sindicatos.

Ultimato

Os credores têm um novo prazo para se pronunciar: eles deverão manifestar seu apoio ao novo plano, em um número "suficiente" antes de sábado 30 de maio, às 17h, de Washington (18h de Brasília), segundo o anúncio. Se recusarem a proposta, a participação que receberiam na "Nova GM" pode ser reduzida ou eliminada e a dívida ficaria na "Velha GM".

Como parte do acordo, os detentores de bônus não poderiam se opor aos planos da GM, se a montadora entrar com pedido de concordata para vender ativos considerados ruins. A companhia pode entrar com pedido de concordata até a próxima segunda-feira (dia 1º) e um comitê de detentores de bônus teria expressado apoio à nova oferta.

Concordata

A lei de falências dos Estados Unidos prevê dois caminhos para a General Motors: a falência ou o pedido de recuperação judicial (a antiga concordata, na similaridade mais próxima com a legislação brasileira).

Na concordata, prevista no capitulo 11 da Lei de Falências americana, os credores abrem mão de parte dos créditos que têm a receber, para que a companhia possa se recuperar, durante um período estabelecido e garantido por proteção judicial.

Já no caso da falência, que consta no capítulo 7, os ativos da empresa são vendidos e os credores recebem parte dos créditos, dentro de uma escala de prioridade. “Na minha opinião, tudo caminha para um pedido de recuperação judicial. Se for para falência, todos perderão. As empresas devem ter um bom-senso em relação a isso”, diz o advogado Pierre Moreau, do escritório Moreau Advogados, em entrevista ao Último Segundo.

Segundo Moreau, a GM caminha para um pedido de recuperação judicial. “Há uma cláusula que permite que as dívidas da montadora sejam transformadas em ações. Mas isso não é interessante para todos os credores, já que, em caso de falência, os credores recebem os créditos antes que os acionistas.”

http://ultimosegundo.ig.com.br/economia/2009/05/28/gm+vai+pedir+concordata+no+dia+1+de+junho+diz+agencia+6398907.html

"That's what you like to do
To treat a man like a pig
And when I'm dead and gone
It's an award I've won"
(Russian Roulette - Accept)

Offline Moro

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 20.984
Re: Crise das montadoras nos EUA
« Resposta #11 Online: 28 de Maio de 2009, 21:54:23 »
Lá se foi me sonho de um dia possuir um Chrysler 300c  :(

Olá, Athena...

Não fique triste por não comprar seu Chrysler, os carros são ótimos mas a montadora tem o costume de deixar os consumidores a pé. No fim dos anos 70 ela saiu do Brasil, um conhecido tinha um carro zero quilômetro recém comprado que ficou sem peças de reposição e perdeu metade do valor em pouco tempo.

Depois voltou, vendeu um monte de carros e se mandou novamente.

É mais fácil e barato encontrar peça para carro nacional de 30 anos que para um Chrysler.



Eu tive um Neon, comprei em 97. A montadora disse que estavam construindo fábrica no Brasil. E estavam mas pararam com o primeiro espirro da economia. O carro virou um mico, mas tão mico que ninguém queria comprar. As peças eram caras que chegavam a beira da impossibilidade.

Realmente, se você queria comprar, se livrou de um pesadelo.
“If an ideology is peaceful, we will see its extremists and literalists as the most peaceful people on earth, that's called common sense.”

Faisal Saeed Al Mutar


"To claim that someone is not motivated by what they say is motivating them, means you know what motivates them better than they do."

Peter Boghossian

Sacred cows make the best hamburgers

I'm not convinced that faith can move mountains, but I've seen what it can do to skyscrapers."  --William Gascoyne

Offline Arcanjo Lúcifer

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 22.730
  • Sexo: Masculino
Re: Crise das montadoras nos EUA
« Resposta #12 Online: 28 de Maio de 2009, 23:59:45 »
Lá se foi me sonho de um dia possuir um Chrysler 300c  :(

Olá, Athena...

Não fique triste por não comprar seu Chrysler, os carros são ótimos mas a montadora tem o costume de deixar os consumidores a pé. No fim dos anos 70 ela saiu do Brasil, um conhecido tinha um carro zero quilômetro recém comprado que ficou sem peças de reposição e perdeu metade do valor em pouco tempo.

Depois voltou, vendeu um monte de carros e se mandou novamente.

É mais fácil e barato encontrar peça para carro nacional de 30 anos que para um Chrysler.



Eu tive um Neon, comprei em 97. A montadora disse que estavam construindo fábrica no Brasil. E estavam mas pararam com o primeiro espirro da economia. O carro virou um mico, mas tão mico que ninguém queria comprar. As peças eram caras que chegavam a beira da impossibilidade.

Realmente, se você queria comprar, se livrou de um pesadelo.

Sei bem como funciona a coisa, tenho um primo que mora na casa vizinha à minha e trabalhou como mecânico em uma oficina de importados. Um cliente da oficina vendeu um Monza e comprou um (Se não me engano..) Stratus, rodou até dar problema na bomba de combustível e depois largou o carro parado na oficina por seis meses.

Acabou vendendo o carro no estado em que estava mesmo.

Vejam um anúncio de 2008:

AMORTECEDOR DIANTEIRO PAR(2)
Montadora: CHRYSLER
Aplicação: CHRYSLER STRATUS 00 EM DIANTE
Código da peça: 05343
Unidade: JOGO
Peso: 8

R$ 707,85 par/ Condição Usado

Um par de amortecedores dianteiros usados e retirados de um carro sucateado, R$ 707,85

Offline Moro

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 20.984
Re: Crise das montadoras nos EUA
« Resposta #13 Online: 29 de Maio de 2009, 13:16:37 »
Uma vez me quiseram me cobrar 3.4K por um espelho retrovisor ahaha.. mandei um mecânico fazer uma gambi, ficou lindo..
Levei o carro para um mecânico, o cara me deu uma lista do que eu tinha que comprar, e aproveitei uma viagem para os estados unidos para trazer as peças. Embreagem, etc.., etc..  Paguei um mico pelo tamanho da bagagem, mas gastei quase 10x menos...
“If an ideology is peaceful, we will see its extremists and literalists as the most peaceful people on earth, that's called common sense.”

Faisal Saeed Al Mutar


"To claim that someone is not motivated by what they say is motivating them, means you know what motivates them better than they do."

Peter Boghossian

Sacred cows make the best hamburgers

I'm not convinced that faith can move mountains, but I've seen what it can do to skyscrapers."  --William Gascoyne

Offline Unknown

  • Conselheiros
  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 11.331
  • Sexo: Masculino
  • Sem humor para piada ruim, repetida ou previsível
Re: Crise das montadoras nos EUA
« Resposta #14 Online: 30 de Maio de 2009, 05:05:45 »
E a GM já começa a se desfazer dos pedaços...

Citar
Governo alemão aprova venda da Opel à Magna

O governo da Alemanha anunciou hoje que escolheu a oferta da fabricante canadense de autopeças Magna (MGA) pela subsidiária da General Motors na Europa, a Opel. A Magna é apoiada por um banco russo e pelo fabricante russo de automóveis GAZ, informou uma fonte na madrugada de sábado, horário local na Alemanha.

A italiana Fiat também disputava a Opel. O acordo, alcançado após horas de conversas entre políticos alemães, funcionários do governo norte-americano e funcionários das empresas, permitirá que a russa GAZ produza automóveis da Opel na Rússia, com apoio do maior banco russo, o estatal Sberbank.

Embora a decisão sobre o destinos das operações europeias da General Motors esteja nas mãos de Washington e da própria GM, Berlim jogou um papel chave nas negociações, uma vez que a Opel emprega 25 mil trabalhadores e o governo da Alemanha deverá garantir bilhões em empréstimos.

Detalhes do acordo não foram divulgados na madrugada do sábado, mas o governo alemão proverá € 4,5 bilhões em garantias de empréstimos, bem como um empréstimo de € 1,5 bilhão para manter a Opel em funcionamento.

http://ultimosegundo.ig.com.br/economia/2009/05/29/governo+alemao+aprova+venda+da+opel+a+magna+6436926.html

"That's what you like to do
To treat a man like a pig
And when I'm dead and gone
It's an award I've won"
(Russian Roulette - Accept)

Offline Diego

  • Nível 40
  • *
  • Mensagens: 4.835
  • Sexo: Masculino
Re: Crise das montadoras nos EUA
« Resposta #15 Online: 01 de Junho de 2009, 08:16:18 »
Citar

Casa Branca confirma que GM se declarará em quebra

A Casa Branca confirmou que a General Motors (GM) se declarará nesta segunda-feira em quebra por não ter conseguido suficiente apoio de seus credores para eliminar 90% de sua dívida não assegurada, avaliada em US$ 27,2 bilhões.

Um alto funcionário da Casa Branca informou na noite deste domingo aos meios de comunicação que o governo americano proporcionará ao fabricante de automóveis US$ 30,1 bilhões para se reestruturar e que a GM utilizará a seção 363 da Lei de Quebra para terminar sua reorganização.

O presidente americano, Barack Obama, deve explicar, nesta segunda-feira, pouco antes das 12h local (13h de Brasília) a decisão.

Pouco depois, o presidente da General Motors, Fritz Henderson, anunciará de Nova York que a empresa se viu forçada a recorrer à quebra ao não contar com o apoio do suficiente número de credores para reestruturar sua dívida.

O mesmo funcionário disse que a administração Obama calcula que a GM permaneça em situação de quebra "entre 60 e 90 dias" e acrescentou que não será tão rápido como com a Chrysler porque é mais complicada, mas que o processo seguirá as mesmas linhas que o acontecido com o terceiro fabricante americano de automóveis.

A GM necessitava que os detentores de bônus que representam pelo menos 90% da dívida não assegurada aceitassem cancelar esse número em troca de obter até 25% do conjunto de acionistas da nova GM.

Apesar disso, a General Motors confirmou que seu plano de reestruturação conta com o respaldo de "mais de 54% dos detentores de bônus" o que lhe permitirá proceder com a proposta de venda 363.

Segundo explicou a Casa Branca, a reestruturação significará a criação de uma nova General Motors que comprará "substancialmente todos os ativos da velha GM que necessita para implementar seu plano de negócios".

Em troca, o Governo americano "renunciará" a recuperar a maioria de seus empréstimos.

O fundo destinado a proporcionar serviço de saúde aos aposentados da GM, denominado VEBA, receberá 17,5% do conjunto de acionistas da nova GM e garantias para a compra de outros 2,5%.

O VEBA terá direito de escolher um dos integrantes independentes do conselho de administração que não terá direito a voto ou outros direitos no comando da companhia.

O governo americano receberá cerca de 60% do conjunto de acionistas da nova GM e direito a nomear os membros iniciais do conselho de administração.

Além disso, as autoridades canadenses (o governo federal e o da província de Ontário) emprestarão US$ 9,5 bilhões à empresa por isso que ostentarão 12% do conjunto de acionistas da nova GM e terão direito a escolher um membro do conselho de administração.

Os 10% restantes irão para os credores com garantias para que possam assumir até 25%.

O funcionário da Casa Branca repetiu em várias ocasiões que "o governo americano não tem nenhum desejo de possuir participação acionária em empresas privadas mais tempo do que o necessário" e que o Departamento do Tesouro se desprenderá de sua participação na GM tão breve quanto seja possível.

Mas também advertiu que o Tesouro "não tem planos" para proporcionar mais ajuda financeira a General Motors além da nova injeção de capital de US$ 30,1 bilhões.


http://economia.uol.com.br/ultnot/efe/2009/06/01/ult1767u146473.jhtm



Offline Tupac

  • Nível 39
  • *
  • Mensagens: 3.905
Re: Crise das montadoras nos EUA
« Resposta #16 Online: 01 de Junho de 2009, 10:29:13 »
Citar
DINHEIRO – O que diferencia o mercado brasileiro do restante do mundo?
Ardila – O consumidor brasileiro é excepcionalmente bem-informado. Ele acessa internet, lê, assiste a programas na tevê. Isso faz com que o seu nível de exigência seja muito alto. Há também um aspecto cultural. O brasileiro gosta de carro, quer tudo o que há de mais moderno
Não acho, acho o brasileiro muito acomodado com os modelos que nos empurram goela abaixo (exemplo é a merda do Uno, carro ridiculo - cerca de 20 a 25k um zero, se não me engano). Vejam o carro que com 49,5k dolares os americanos podem comprar:
http://www.chevrolet.com/pages/open/default/family/corvette.do

Com no maximo 50 mil dolares é possivel comprar mitsubishi lancer, subaru impreza, nissan RX-7 (8 e etc.), Nissan Skyline. Com muitos desses carros sendo encontrados a 30 mil zero. Aqui, nessa faixa de preço temos cada coisa miseravel que da até raiva...
"O primeiro pecado da humanidade foi a fé; a primeira virtude foi a dúvida."
 - Carl Sagan

"O que é afirmado sem argumentos, pode ser descartado sem argumentos." - Navalha de Hitchens

Offline Diego

  • Nível 40
  • *
  • Mensagens: 4.835
  • Sexo: Masculino
Re: Crise das montadoras nos EUA
« Resposta #17 Online: 01 de Junho de 2009, 11:00:57 »
Citar
DINHEIRO – O que diferencia o mercado brasileiro do restante do mundo?
Ardila – O consumidor brasileiro é excepcionalmente bem-informado. Ele acessa internet, lê, assiste a programas na tevê. Isso faz com que o seu nível de exigência seja muito alto. Há também um aspecto cultural. O brasileiro gosta de carro, quer tudo o que há de mais moderno
Não acho, acho o brasileiro muito acomodado com os modelos que nos empurram goela abaixo (exemplo é a merda do Uno, carro ridiculo - cerca de 20 a 25k um zero, se não me engano). Vejam o carro que com 49,5k dolares os americanos podem comprar:
http://www.chevrolet.com/pages/open/default/family/corvette.do

Com no maximo 50 mil dolares é possivel comprar mitsubishi lancer, subaru impreza, nissan RX-7 (8 e etc.), Nissan Skyline. Com muitos desses carros sendo encontrados a 30 mil zero. Aqui, nessa faixa de preço temos cada coisa miseravel que da até raiva...


discordo.

Uno é um carrão, para seu  público alvo.

Empresas compram de monte, pois é extremamente resistente, manutenção barata e é pau pra toda obra.
Você compraria um carro de 40 mil pra soltar na mão dos peão sabendo que em 1 ano o carro vai estar destruído?

Se ele fosse a merda que vc acha não seria o 3º carro em vendas. (perde pro palio e celta)

Offline Barata Tenno

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 16.283
  • Sexo: Masculino
  • Dura Lex Sed Lex !
Re: Crise das montadoras nos EUA
« Resposta #18 Online: 01 de Junho de 2009, 11:15:03 »
Para, pelo preco do uno da pra comprar um civic Poe aqui... Carro barato pra peao custa uns 8 mil doletas e vem com ar,trio eletrico,etc
He who fights with monsters should look to it that he himself does not become a monster. And when you gaze long into an abyss the abyss also gazes into you. Friedrich Nietzsche

Offline Diego

  • Nível 40
  • *
  • Mensagens: 4.835
  • Sexo: Masculino
Re: Crise das montadoras nos EUA
« Resposta #19 Online: 01 de Junho de 2009, 11:46:29 »
Mas comprar mercado americano e japonês com o brasileiro é piada.

Se formos pensar, um celular top nos EUA custa menos de 200 dólares, quanto no brasil com 200 reais você compra um celular com no máximo uma câmera VGA.

Offline Arcanjo Lúcifer

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 22.730
  • Sexo: Masculino
Re: Crise das montadoras nos EUA
« Resposta #20 Online: 01 de Junho de 2009, 12:10:27 »
Citar
DINHEIRO – O que diferencia o mercado brasileiro do restante do mundo?
Ardila – O consumidor brasileiro é excepcionalmente bem-informado. Ele acessa internet, lê, assiste a programas na tevê. Isso faz com que o seu nível de exigência seja muito alto. Há também um aspecto cultural. O brasileiro gosta de carro, quer tudo o que há de mais moderno
Não acho, acho o brasileiro muito acomodado com os modelos que nos empurram goela abaixo (exemplo é a merda do Uno, carro ridiculo - cerca de 20 a 25k um zero, se não me engano). Vejam o carro que com 49,5k dolares os americanos podem comprar:
http://www.chevrolet.com/pages/open/default/family/corvette.do

Com no maximo 50 mil dolares é possivel comprar mitsubishi lancer, subaru impreza, nissan RX-7 (8 e etc.), Nissan Skyline. Com muitos desses carros sendo encontrados a 30 mil zero. Aqui, nessa faixa de preço temos cada coisa miseravel que da até raiva...

Discordo tb, a mecânica do Uno é extremamente confiável e não se pode comparar preço de carro americano com carro brasileiro por dois motivos:

Carga de impostos que é bem maior para as empresas brasileiras, portanto não dá para concorrer em preço com importados que pagam bem menos.

Poder aquisitivo do brasileiro que proporcionalmente é bem menor que o dos americanos, mesmo que se compre um carro como os citados acima por um preço baixo, a manutenção é muito mais cara que a de um carro popular.

Sem contar a taxa de juros brasileira em que vc financia um carro em dois anos, leva um e paga três.

Offline Unknown

  • Conselheiros
  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 11.331
  • Sexo: Masculino
  • Sem humor para piada ruim, repetida ou previsível
Re: Crise das montadoras nos EUA
« Resposta #21 Online: 01 de Junho de 2009, 18:30:49 »
Concordata não terá impacto na América do Sul, diz presidente da GM

* Caio Blinder, de NY: Hoje no buraco, GM já asfaltou sonho americano
* Deixar a GM quebrar teria sido "devastador", diz Obama
* GM confirma concordata e diz que "nova" montadora será mais forte
* GM terá 40 dias para vender ativos, diz Tesouro
* Entenda a crise na General Motors

Fritz Henderson, presidente e executivo-chefe da montadora General Motors (GM), disse durante entrevista coletiva nesta segunda-feira (01) que o pedido de concordata feito pela GM "não terá nenhum impacto" na América da Sul, Europa, ou Ásia e que seguirão operando "sem interrupções" nestes continentes.
 
Henderson também declarou que  "hoje é um dia difícil, mas muito importante" para a companhia e assegurou que este é "um momento histórico".

Além disso, o presidente da montadora disse esperar que a empresa saia da concordata "em 60 ou 90 dias".

A montadora entrou com um pedido de concordata nesta segunda segundo o capítulo 11 da Lei de Falências americana. De acordo com esse capítulo, a montadora continua funcionando normalmente, mas ganha um período de proteção contra credores para se reestruturar.

Novo começo

Em comunicado oficial, a General Motors confirmou que pediu concordata. “Hoje, é um novo começo para a General Motors”, afirma o documento oficial. “Um processo de transferência de ativos vai permitir que a 'Nova GM' apareça como uma companhia mais forte, mais saudável e mais focada", completa.

O conselho da empresa diz que há “transformação vai maximizar o valor da companhia e o retorno dos muitos acionistas que estão envolvidos com a GM ao longo dos anos”.

O pedido foi feito no tribunal de falências do distrito sul de Nova York, segundo um documento divulgado no site do tribunal. A montadora tinha dívidas no valor de US$ 172,8 bilhões, segundo informação publicada no site do jornal New York Times.

O tribunal é o mesmo que recebeu o pedido de concordata da Chrysler em 30 de abril. O juiz encarregado do caso, Arthur Gonzalez, emitiu o parecer favorável ao pedido da GM na madrugada de domingo para segunda-feira.

O plano da GM prevê um rápido processo de venda que permitirá que uma GM muito menor saia da recuperação judicial dentro de 60 a 90 dias.

"Nós queremos uma saída rápida e limpa (da concordata) assim que as condições permitirem", afirmou o secretário do Tesouro dos EUA, Timothy Geithner, a estudantes na Peking University, em Pequim. "Nós estamos muito otimistas de que essas companhias deixarão a concordata sem mais assistência do governo."

Plano

Segundo o planejamento, o governo federal americano vai destinar US$ 30,1 bilhões e controlará 60% do capital. O Estado canadense e a província de Ontario desembolsarão US$ 9,5 bilhões e ficarão com 12% das ações.

O fundo de previdência dos funcionários da GM assumirá 17,5% do pacote acionário. Outros 10% ficarão nas mãos do antigos credores proprietários de obrigações não garantias que aceitaram o plano de reestruturação.

A meta de reestruturação é permitir que a montadora retorne à lucratividade caso as vendas no setor automotivo nacional se recuperem mesmo que levemente, para quase 10 milhões de unidades anualmente.

A GM confirmou que poderá fechar 14 plantas industriais nos Estados Unidos. Sete delas no estado de Michigan. Além disso, três distribuidores de peças também serão fechados em dezembro – em Noston, Ohio e Flórida. Os fechamentos deixarão a companhia com 33 plantas nos Estados Unidos em 2012, ante 47 no ano passado.

A montadora também fechará quatro marcas deficitárias: Saturn, Hummer, Saab e Pontiac. A eliminação desses ativos será supervisionada pela corte de falências de Nova York. A empresa comercializará no mercado americano veículos das unidades Chevrolet, Cadillac, Buick e GMC.

http://ultimosegundo.ig.com.br/economia/2009/06/01/henderson+diz+que+hoje+e+um+dia+dificil+mas+importante+para+a+gm+6467914.html

"That's what you like to do
To treat a man like a pig
And when I'm dead and gone
It's an award I've won"
(Russian Roulette - Accept)

Offline Unknown

  • Conselheiros
  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 11.331
  • Sexo: Masculino
  • Sem humor para piada ruim, repetida ou previsível
Re: Crise das montadoras nos EUA
« Resposta #22 Online: 10 de Junho de 2009, 02:22:30 »
Suprema Corte libera venda da Chrysler para a Fiat

A Suprema Corte dos Estados Unidos voltou a autorizar nesta terça-feira (9) a venda da montadora Chrysler para a italiana Fiat. Ontem, a Suprema Corte havia suspendido temporariamente o negócio, atendendo a um pedido de três fundos de pensão do estado de Indiana, que controlam 1% das ações da montadora.

Os fundos alegavam que a venda prejudica injustamente os acionistas titulares de títulos segurados (respaldados com ativos da empresa), a favor dos que têm ações não seguradas.

Em nota sobre a decisão, a Suprema Corte alegou que para adiar o negócio seria necessário que ao menos quatro nos nove magistrados considerassem as alegações fortes o suficiente, mas os fundos de pensão não conseguiram o número duficiente de votos.

O caso da Chrysler vem sendo considerado como um precedente para a General Motors Corp, que também optou por estratégia similar de venda rápida em sua concordata em Nova York.

Bloqueio

A venda havia sido bloqueada na segunda-feira a pedido de três fundos que representam os interesses de professores e policiais aposentados de Indiana, entre outros, e são titulares de 1% do capital da Chrysler.

Além disso, os fundos consideravam inconstitucional que, sem a autorização prévia do Congresso, a Chrysler tenha recebido US$ 8 bilhões do Programa de Alívio de Ativos Problemáticos (TARP, em inglês) iniciado pelo Governo americano.

Se a venda não fosse fechada até 15 de junho, a Fiat teria o direito de suspender a operação, da qual também está pendente toda a produção da Chrysler, que está congelada.

http://ultimosegundo.ig.com.br/economia/2009/06/09/suprema+corte+libera+venda+da+chrysler+para+a+fiat+6644968.html

"That's what you like to do
To treat a man like a pig
And when I'm dead and gone
It's an award I've won"
(Russian Roulette - Accept)

Offline Moro

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 20.984
Re: Crise das montadoras nos EUA
« Resposta #23 Online: 14 de Junho de 2009, 22:37:22 »
Mas comprar mercado americano e japonês com o brasileiro é piada.

Se formos pensar, um celular top nos EUA custa menos de 200 dólares, quanto no brasil com 200 reais você compra um celular com no máximo uma câmera VGA.

Mas poderíamos comparar com o mercado mexicano..

No MX os carros têm praticamente o mesmo custo dos EUA, e tenhos vários amigos lá que tem um carro melhor que o chefe do chefe que mora no Brasil..

O UNO é uma merda para esses padrões, sim..
“If an ideology is peaceful, we will see its extremists and literalists as the most peaceful people on earth, that's called common sense.”

Faisal Saeed Al Mutar


"To claim that someone is not motivated by what they say is motivating them, means you know what motivates them better than they do."

Peter Boghossian

Sacred cows make the best hamburgers

I'm not convinced that faith can move mountains, but I've seen what it can do to skyscrapers."  --William Gascoyne

Offline Unknown

  • Conselheiros
  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 11.331
  • Sexo: Masculino
  • Sem humor para piada ruim, repetida ou previsível
Re: Crise das montadoras nos EUA
« Resposta #24 Online: 10 de Julho de 2009, 00:06:39 »
Montadora americana General Motors já pode sair da concordata

A montadora americana General Motors (GM) já pode sair formalmente da concordata, uma vez que expirou nesta quinta-feira o prazo legal para que os opositores a seu plano de saída da quebra apresentassem algum recurso de apelação.

O tribunal nova-iorquino de concordatas aprovou no domingo o conteúdo central do plano de recuperação do primeiro fabricante de automóveis do país: a venda de seus ativos a uma "Nova GM", que ficaria majoritariamente nas mãos do Estado.

Livre dos fatores que provocaram seus maiores prejuízos, como fábricas não rentáveis e prestações sociais que desequilibram seu balanço contábil, o grupo precisará agora pôr à prova sua viabilidade em um mercado que continua em crise.

Prejuízos

A GM, que já foi a maior empresa do mundo, acumulou US$ 88 bilhões em prejuízos entre 2005 e o primeiro trimestre de 2009. Sua sobrevivência se deve ao aporte de US$ 50 bilhões do governo dos Estados Unidos.

Em sua decisão, o juiz Gerber indicou ter examinado 850 objeções ao plano de reestrturação, apresentadas por acionistas, credores e aposentados da companhia, mas concluiu que não eram válidas.

Além disso, destacou a urgência de agir, afirmando que "outras soluções que não recorressem à venda seriam infrutíferas e não ofereceriam nenhuma esperança de sucesso".

O tribunal também rejeitou o argumento de que os poderes públicos teriam tratado injustamente os credores privados da dívida da GM, "que foram ajudados - e não lesados - pelos esforços do Tesuro".

Recursos

Ao divulgar sua decisão, o juiz Robert Gerber deu um prazo de quatro dias, que expirou nesta quinta para que os opositores ao chamado "plano GM" apresentassem eventuais recursos. Sem isso, a venda pode ser realizada depois da expiração do prazo.

Dessa forma, 60,8% da nova entidade será propriedade do Estado americano e 11,7% do Estado canadense, em troca de US$ 60 bilhões de fundos públicos concedidos desde dezembro. O sindicato do automóvel UAW teria 17,5% e os credores os 10% restantes em troca da anulação de US$ 27 bilhões de dívidas.

Apelação

Durante a manhã, a família de uma vítima de um acidente com um veículo GM apresentou uma apelação de última hora ante um tribunal federal de Nova York.

Mas o juiz Lewis Kaplan, encarregado do caso, "rejeitou a demanda de suspensão da venda", segundo uma fonte judicial.

Com a aplicação do plano de saída da crise, a GM terá muito menos fábricas, empregados, marcas de automóveis e concessionárias, mas também se livrará da maior parte de sua dívida.

http://ultimosegundo.ig.com.br/economia/2009/07/09/gm+ja+pode+deixar+a+protecao+da+lei+de+concordatas+e+aplicar+novo+plano+7213932.html

"That's what you like to do
To treat a man like a pig
And when I'm dead and gone
It's an award I've won"
(Russian Roulette - Accept)

 

Do NOT follow this link or you will be banned from the site!