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"Renascida", General Motors sai da concordata e anuncia novos rumosA General Motors saiu da concordata na manhã desta sexta-feira (10), após passar 40 dias sob a proteção dos tribunais, transformada em uma empresa chamada General Motors Company - que está sendo chamada de "Nova GM" pela imprensa americana -, uma companhia menor e controlada pelo governo americano.A GM completou a tramitação de papéis necessários para a saída da concordata às 6h30 (7h30 de Brasília) em Nova York.A nova companhia será controlada pelo governo dos EUA, que tem 60,8% das ações. As demais ações estão com as autoridades canadenses, que possuem 11,7%, o sindicato United Auto Workers, 17,5%; e os credores, 10%."Hoje começa uma nova era para a General Motors e todos aqueles associados com a empresa", afirmou em entrevista coletiva o presidente da empresa, Fritz Henderson.Henderson previu que a nova companhia "se torne pública no ano que vem" e que "pague os empréstimos tomados do governo o mais rápido possível". "Temos até 2015 para pagar os empréstimos, mas nosso objetivo é pagá-los muito antes", disse.Segundo o presidente da montadora, a nova GM é lançada com um balanço mais forte, incluindo a dívida ao governo dos EUA de aproximadamente US$ 11 bilhões, que exclui US$ 9 bilhões em ações preferenciais (PN)."No total, as obrigações foram reduzidas em mais de US$ 40 bilhões, composta na maioria por dívida sem garantia e pelo fundo fiduciário VEBA. As subsidiárias da GM fora dos Estados Unidos foram adquiridas pela nova companhia e devem continuar operando normalmente", afirma.Novo conselhoEdward E. Whitacre, Jr., que acompanhou a criação da nova AT&T, será o presidente do conselho da GM, com novos diretores. Henderson permanecerá como presidente e diretor executivo. Ele também será responsável pelas operações da GM na América do Norte, eliminando o presidente da GM América do Norte da posição."Criada a partir das operações mais sólidas da velha GM", a estrutura da nova empresa será constituída por quatro principais marcas nos Estados Unidos e "a maior e mais sólida rede de revenda do país". A nova GM trará uma nova linha de automóveis Chevrolet, Cadillac, Buick e GMC, caminhões com padrões de design e tecnologia que atendam aos consumidores e ao meio ambiente.Reestruturação da empresaSegundo a empresa, a nova GM terá 35% menos ocupantes na alta direção, e 20% menos de trabalhadores de piso de fábrica, com o que passará de 91 mil para 64 mil funcionários. A empresa surge após reduzir dívida e obrigações com seguro-saúde em US$ 48 bilhões, ter reduzido em quase 40% sua rede de concessionárias e eliminado marcas como Saab, Saturn e Hummer.A nova GM também se beneficiará de um novo contrato trabalhista com a entidade sindical UAW. Segundo a empresa, o novo contrato coloca os custos com funcionários horistas de fábricas em mesmo patamar que os de competidores japoneses como a Toyota.As vendas da montadora despencaram 36% durante junho, quando a empresa pediu proteção judicial contra falência. Executivos disseram que o relançamento da companhia oferece uma chance para tentar quebrar a associação negativa dos consumidores.http://ultimosegundo.ig.com.br/economia/2009/07/10/general+motors+sai+da+concordata+e+anuncia+mudancas+7215937.html
Fiat ensina Detroit a fabricar e vender carros menoresTYCHY, Polônia - Durante décadas, as automobilísticas que buscavam o segredo para o sucesso dos carros pequenos iam até a Cidade Toyota no Japão. Atualmente, elas vêm até Tychy.Desde que a Fiat assumiu a Chrysler este ano, os engenheiros de Detroit têm feito peregrinações mensais até esta pequena cidade para ver algo que só podem invejar: uma fábrica de automóveis que está contratando funcionários e gerando lucros.Funcionários trabalham em fábrica da FiatA imensa fábrica da Fiat, responsável pela fabricação de quase meio milhão de automóveis no ano passado, pode ter algumas das respostas para a Chrysler (bem como para a Ford Motor e General Motors), que luta para recuperar seu ritmo depois de sua falência decorrente de uma dependência de veículos esportivos e utilitários de alto consumo.Para quem se lembra, antes de abandonar o mercado americano a Fiat (nome que foi apelidado de "Fix It Again, Tony", ou "Conserte Novamente, Tony" em tradução livre) parecia um modelo improvável. A marca deixou os Estados Unidos no começo dos anos 1980 depois de inúmeros problemas de qualidade.Linha de produção da FiatMas a própria Fiat passou por uma revolução sob Sergio Marchionne, que se tornou seu chefe executivo em 2004, aumentando o padrão e a confiabilidade de fábricas como a de Tychy e se tornando especialista na fabricação de carros pequenos e eficientes. A Chrysler espera que ele possa fazer o mesmo por ela agora que assumiu a companhia americana."Temos sorte que exista uma crise", disse o diretor da fábrica de Tychy, Zdzislaw Arlet, incapaz de resistir a um ataque aos carros maiores que eram o centro das atenções do mercado. "Todos querem construir carros menores agora".Em Tychy (pronuncia-se TICK-ee), um dos segredos é a flexibilidade: a última tecnologia robótica é acompanhada por trabalhadores que podem mudar de modelos rapidamente de acordo com a demanda. Por este motivo Tychy funciona sem parar, seis dias por semana, enquanto a maioria das fábricas na Europa e Estados Unidos funciona a uma fração de sua capacidade, aumentando os custos de períodos não produtivos.Na verdade, para os engenheiros da Chrysler, ir a Tychy é a mesma coisa que um lutador de boxe envelhecido subir ao ringue com um lutador de boxe tailandês mais jovem e ágil.O menor carro da Chrysler, o compacto Dodge Caliber, é cerca de um terço mais pesado (ou 500kg) do que o popular best-seller Fiat 500, que é feito com exclusividade em Tychy.Os executivos da Fiat dizem que seu objetivo não é fazer modelos europeus super compactos nas fábricas norte-americanas da Chrysler - mas também que os gerentes da Chrysler aprendam como acelerar a criação de um mercado para carros pequenos nos Estados Unidos que os americanos desejem comprar, como a nova versão do Sebring, enquanto aumentam a eficiência como a Fiat faz em Tychy.http://ultimosegundo.ig.com.br/new_york_times/2009/07/15/fiat+ensina+detroit+a+fabricar+e+vender+carros+menores+7294945.html