Estou com preguiça agora de analisar todos os links, por isso vou fazer apenas um breve comentário sobre a seguinte afirmação:
8 - Uganda em 1991 contava com uma taxa de infecção de 20%, enquanto que no ano de 2002 tinha descido aos 6%, em virtude de uma política sanitária centrada na fidelidade e na abstinência, não no preservativo, à diferença de Botsuana, Zimbábue e Africa do Sulo) que ainda ocupam os primeiros lugares nos contágios .
Isso não é totalmente verdade, ou melhor, foi colocado de um modo que simplesmente se torna uma mentira.
Enquanto é verdade que Uganda baixou a prevalência de aids para 6%, o seu programa não foi baseado apenas em abstinência, ou em abstinência para todos. Veja
o seguinte texto:
The Ugandan approach has always been dubbed the "ABC" strategy, with the emphasis firstly on abstinence, then on being faithful and thirdly on condoms.
"They have been consistent in advocating for a multi-pronged approach - those who are sexually active should be faithful to their partners, others should abstain and those who cannot abstain should use condoms," said Onapito Ekomoloit.
Ou seja, o programa de prevenção de Uganda era baseado em fidelidade para os casais, abstinência para os solteiros
e se eles não conseguissem se manter em abstinência deveriam usar preservativos.
Ou seja, na prática, o programa de prevenção de Uganda se baseou no uso de preservativos para os sexualmente ativos com vários parceiros e não na adoção em massa da abstinência.
Isso baixou em três vezes a prevalência no período entre 1992 e 2002.
Apenas a partir de 2005, por pressão do governo Bush, o governo de Uganda passou a centrar o programa apenas na abstinência, tirando qualquer referência a preservativos.
Também estou com preguiça de procurar dados agora, mas posso apostar que se tal ênfase continuar os níveis de infecção em Uganda vão começar a subir nos próximos anos, visto que os programas de abstinência já se provaram extremamente ineficientes em atingir seu objetivo principal.