Concordo com o Donatello(você é tão estatístico), tem que se diferenciar as pessoas que pedem. Ainda mais quando existem tantos com doenças mentais graves, o problema é que não dá pra identificar os oportunistas.
Moro numa esquina movimentada do Rio e todo dia os mesmos meninos limpam os para-brisas dos carros no sinal, no começo eram 3, e pareciam ter 10 ou 11 anos, eles ficavam o dia inteiro ali e não pareciam estar bêbados ou drogados. Até que um dia a coisa mudou, chegaram uns caras bem mais velhos, nitidamente bêbados, deram uma surra nos pequenos e "tomaram" a esquina, tivemos umas semanas bem tensas. Aí a coisa ficou feia, antes alguns moradores do prédio davam roupas e comida pros menores, eles eram abusados, mas não ameaçavam ninguém. Agora os mais velhos fazem uma zona na portaria, jogam cartas a dinheiro e intimidam os moradores.
E aí? Como lidar com isso? Não acho certo dar dinheiro, nunca dei, mas não via problema quando as crianças ganhavam comida, só que a esquina valorizou, chegaram esses caras que me olham cheios de ameaça quando entro sozinha no meu prédio a noite. Não demonizo todos que vivem na rua, ou os que pedem, mas como não sentir medo?
O Estado deveria fazer um trabalho mais sério na identificação dessas pessoas, justamente para cuidar dos que precisam de apoio, mas óbviamente não vai resolver a situação porque a mendicância é uma fonte de renda.