Autor Tópico: Religião faz bem?  (Lida 4461 vezes)

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Offline ToNyDeAtH

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Religião faz bem?
« Online: 07 de Outubro de 2009, 13:59:09 »
O pastor norte-americano Ray Hemphill foi indiciado hoje pela morte de um menino autista de oito anos durante uma cerimônia para livrar a criança do demônio. A informação foi dada hoje pela promotoria de Milwakee, nos Estado Unidos.
De acordo com o escritório do promotor do condado de Milwakee, o pastor Hemphill, que está preso, corre o risco de pegar 10 anos de prisão se for considerado culpado. Hemphill, de 45 anos, sufocou o menino autista durante uma sessão de exorcismo em sua igreja no noroeste de Milwakee, na sexta-feira passada.

Segundo a investigação, Pat Cooper levou o filho para a igreja, como sempre fazia, e o menino foi colocado no chão, onde várias mulheres seguraram seus braços e pernas, enquanto o pastor se ajoelhava sobre o peito de Terrance Cottrell. O pastor ficou sobre o menino durante quase uma hora e quando se levantou, todos perceberam que Terrance estava morto.

O médico legista concluiu que o peso do pastor sobre o peito de Terrance impediu o menino de respirar e o matou.

(Gente de boa... para mim foi assassinato premeditado! Que pai não saberia que o seu filho estaria com falta de ar? Ainda mais estando em cima dele? Ele apenas queria se livrar do filho com síndrome de down! Doença essa que deus não cura e nunca vai curar! ASSASSINATO!)

http://noticias.terra.com.br/mundo/interna/0,,OI135478-EI312,00.html


Um pastor em Strängnäs, na Suécia, renunciou à direção da paróquia depois que vírus tomaram conta da rede de computadores. Ele admitiu que ficava "muitas horas do seu tempo de trabalho" vendo pornografia na Internet, e que esperava que isso ficasse apenas entre ele e Deus - o que teria acontecido se "um letal vírus de computador" não tivesse afetado e paralisado toda a rede da paróquia.
O arcebispo Anders Wejryd disse, a respeito do episódio, que os pastores são pessoas como todas as outras. "Mas não posso tolerar que alguém sente e fique surfando por pornografia nos computadores da igreja", afirmou, segundo o site The Register.

A porta-voz da oficial da congregação, Charlotta Novosel, confirmou o afastamento do pastor: "Ele decidiu se aposentar".

http://tecnologia.terra.com.br/interna/0,,OI3273157-EI4805,00-Padre+infecta+rede+da+paroquia+ao+ver+pornos+no+PC.html

A esposa do pastor evangélico Nicolai Vasilev foi presa em Chicago por matar os próprios filhos com 500 facadas. Apesar de não haver motivo concreto para o crime, as autoridades ssuspeitam que a professora de religião Tonya Vasilev, de 34 anos,  teria sofrido um surto psicótico.

O pastor foi surpreendido ao chegar em casa e se deparar com seus filhos mortos e sua mulher, ao lado dos corpos ensanguentada. A professora foi levada à delegacia e assumiu a culpa.

Segundo os investigadores, a sua filha Gracie, de 3 anos, foi atacada primeiro. Em seguida a mãe teria levado o corpo para o cômodo onde assistia TV seu filho Christhy. Assustado em ver sua irmã ensanguentada,perguntou a mãe o que havia acontecido e foi atacado. "Ele tentou fugor, mas foi pego", afirmou o policial.

"Tonya começou então a alternar os golpes de faca entre seus filhos", completou o policial. Em 2000 a família Vasilev teria escapado de um incêndio domiciliar e hoje acredita-se que Tonya poderia ter provocado o incêndio.

http://www.webservos.com.br/fcg/forum_posts.asp?TID=2189

A Polícia Civil de São Paulo busca identificar a mulher que durante um culto evangélico afirmou ter matado a própria filha e bebido o seu sangue. O seu depoimento foi transmitido ao vivo pela rádio Rede Aleluia e chocou os ouvintes, que acionaram a polícia.
O caso foi registrado no 12º Distrito Policial, encarregado da investigação. Assim que a polícia tomou conhecimento do fato, foi até o local em busca da mulher. Dois pastores da igreja foram ouvidos, mas não souberam identificá-la.

A declaração foi dada no momento que os fiéis davam o testemunho de situações em que teriam sido ajudadas pela fé. Os pastores dizem que havia cerca de 5 mil pessoas na igreja e que tudo aconteceu muito rápido. Depois do testemunho, a mulher não foi mais vista. De acordo com os pastores, ela parecia transtornada.

No depoimento, a mulher disse que "participou de um ritual satânico com a própria filha em um centro de bruxaria". Em seguida, segundo o relato, ela a estrangulou e bebeu o seu sangue.

No depoimento, a mulher também mencionou ser portadora do vírus HIV, de câncer e disse ser ameaçada por pessoas do referido centro de bruxaria.

A polícia investiga o caso, mas até agoram não tem como confirmar a veracidade dos fatos. O caso foi registrado como apologia ao crime. A polícia tentará encontrar a mulher por meio de gravações e de imagens de vídeo feitas na igreja.

http://noticias.terra.com.br/brasil/interna/0,,OI1858970-EI5030,00.html

Pistoleiro profissional receberia R$ 150 mil pelo crime. Alvo seria o deputado federal Carlos Willian, do PTC (MG).

A polícia paulista diz ter descoberto uma trama para assassinar o deputado federal Carlos Willian, do PTC (MG). O parlamentar seria vítima de um pistoleiro profissional. O mandante seria, segundo os policiais, outro deputado federal, também de MG.

Há sete meses, a polícia tenta identificar um suposto assassino de aluguel que age a partir de Osasco, na Grande São Paulo. A pista que os policiais têm é o apelido: Alemão.

Na terça-feira (19) da semana passada, uma pessoa avisou a polícia que ele se encontraria com um homem chamado de Odair Silva. Odair foi preso e revelou que a conversa com Alemão, que conseguiu fugir, era para combinar a morte de Carlos Willian.

Escuta

Escuta feita pela polícia confirma a negociação:

Alemão: – Como é mesmo o nome do deputado?
Odair: – Carlos Willian.
Alemão: – Carlos Wilian é para ser morto?
Odair: – É.

Odair Silva foi encontrado na praça de alimentação de um shopping, em Barueri, também na região metropolitana de São Paulo. Segundo a polícia, ele entregou dinheiro para o pistoleiro, que deveria viajar para Belo Horizonte. A investigação também mostrou que na mesma reunião foi marcado o dia para o assassinato: quinta-feira (21) da semana passada.

R$ 150 mil

Carlos Willian seria cercado na estrada, que liga o aeroporto de Confins a Belo Horizonte. Alemão receberia R$ 150 mil pelo assassinato. Segundo a polícia, Odair gravou, no próprio celular, as orientações que passou à alemão.

Odair: - Aeroporto, é tudo filmado.
Alemão: – Eu acompanho ele na estrada e na estrada eu emborracho ele.

Ainda na delegacia em Osasco, Odair Silva acusou outro deputado de Minas Gerais de encomendar o crime: Mário de Oliveira (PSC). Presidente da Igreja do Evangelho Quadrangular, ele não foi encontrado para comentar a acusação. Carlos Willian já foi dirigente da mesma igreja. Em fevereiro, ele entrou com uma representação na corregedoria da Câmara, depois de discutir com Oliveira. A assessoria do deputado Mário de Oliveira informou que, por enquanto, ele não vai se pronunciar sobre a acusação.

Fonte: G1

http://noticias.gospelmais.com.br/policia-descobre-trama-de-pastor-para-matar-deputado-evangelico.html

Meados de 2006. Patrícia (nome fictício) estava prestes a completar 14 anos e gostava do filho do pastor José Leonardo Sardinha, da Igreja Assembléia de Deus Ministério Plenitude. Mas o rapaz não se interessava por ela. Mas o pastor, sim.

Então Sardinha (foto) disse à menina que teve um sonho profético: se fizesse um sacrifício, como Abraão havia feito na Bíblia, ela conquistaria o seu filho.

O sacrifício em nome de Jesus seria ter com ele relações sexuais por três vezes.

Sardinha recebia mensagens divinas com freqüência, conforme suas pregações aos fiéis, mas nenhuma lhe alertou que ia ser condenado à prisão por estupro e atentado violento ao pudor.

No dia 6 de novembro, a juíza Jucimara Esther de Lima Bueno, da 26ª Vara Criminal Central, de São Paulo, condenou-o a 21 anos de cadeia em regime inicialmente fechado.

Ele já estava preso preventivamente desde 24 de março deste ano no Centro de Detenção Provisória de Vila Independência, para que não intimidasse familiares da vítima, os quais teriam sido perseguidos por fiéis da igreja por algum tempo.

Na sentença, a juíza sublinhou que Patrícia tinha se tornado em “refém do discurso do pastor”.

Ao se entregar pela primeira vez ao Sardinha, a garota, que era virgem, perguntou se o sonho que ele tivera era mesmo ‘de Deus’. O pastor garantiu que sim, que ele nunca brincaria com o nome de Deus. E em um motel, em três diferentes ocasiões, o pastor abusou da menina, em coito anal e vaginal. A menina sentia dores, mas o religioso dizia que sacrifício a Deus é assim mesmo.

Depois de ter feito o ‘sacrifício’, a garota ficou chateada porque profecia não se cumpriu: o filho do pastor continuava ignorando-a.

Para acalmar a menina, o Sardinha, em um culto, chegou a pregar que as coisas ocorrem no tempo de Deus, não quando as pessoas querem.

O pastor já tinha dito à menina, na terceira vez que a levou para o motel, que ela deveria ser dele, que ele deixaria a mulher para se juntar a ela.

Patrícia desistiu do filho do pastor e acabou acreditando que o religioso gostava dela. Voltaram a ter relacionamento sexual, agora com o consentimento dela.

Regina, a mãe de Patrícia , disse que não desconfiou de nada. “Ele era um homem de Deus.”

Quando Regina soube do namoro, ela contou para a mulher do pastor, que teria sido perdoado (consta que não foi a primeira vez). Mas logo depois o inferno do pastor ia começar: o caso foi levado ao Ministério Público, que o denunciou à Justiça.

Na Justiça, o pastor se defendeu dizendo que tudo foi invenção da Regina, com quem, disse ele inicialmente, teve um caso extraconjugal. A invenção, portanto, teria sido uma vingança de Regina. O que não ficou provado.

Além disso, em seus depoimentos à polícia e à Justiça, o pastor se contradisse em vários pontos, anotou a juíza Jucimara em sua sentença, de onde foram tiradas as informações deste post.

Acostumado a ludibriar os féis com a oratória, o evangélico foi condenado, em parte, por suas próprias palavras.

Fonte: http://e-paulopes.blogspot.com/2008/11/con...rou-garota.html

Bem as notícias seriam infinitas... O que gostaria de saber é ... "Se eu fundar uma religião onde minha crença diz que devo estuprar uma loira gostosa por dia poderia cometer tal crime?" , apenas usufruindo de minha imaginação?

Em pleno século XXI é inaceitavel que a Igreja não pague impostos e ainda seja usada para beneficiar criminosos.

Se o fato de acreditar em um ser invisível se baseia na fé! Quem poderia me questionar que não escuto deus dizendo para que eu estupre uma loira diariamente? Bem se você não escuta apenas não possui fé suficiente.
« Última modificação: 07 de Outubro de 2009, 14:02:19 por ToNyDeAtH »

Offline Barata Tenno

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Re: Religião faz bem?
« Resposta #1 Online: 07 de Outubro de 2009, 14:11:17 »
Agora cola aí as notícias de religiosos que fazem boas ações, e depois cole oscrimes cometidos por torcedores de futebol, e depois os crimes que as varias correntes políticas cometeram ao redor do mundo..... E tanto clubes de futebol quanto partidos são isentos de impostos....
Ladroes, assassinos, estupradores existem em qualquer parcela da população.
He who fights with monsters should look to it that he himself does not become a monster. And when you gaze long into an abyss the abyss also gazes into you. Friedrich Nietzsche

Offline ToNyDeAtH

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Re: Religião faz bem?
« Resposta #2 Online: 07 de Outubro de 2009, 14:27:57 »
Agora cola aí as notícias de religiosos que fazem boas ações, e depois cole oscrimes cometidos por torcedores de futebol, e depois os crimes que as varias correntes políticas cometeram ao redor do mundo..... E tanto clubes de futebol quanto partidos são isentos de impostos....
Ladroes, assassinos, estupradores existem em qualquer parcela da população.

A questão não é essa. E você como conselheiro deveria entender a posição da pergunta além do texto e não responder qualquer bobagem.

Quantos assassinatos, estupros ou qualquer crime hediondo você viu alguém dizendo:

Eu matei as crianças na praia por que sou Gaviões! ou Estuprei por que vi o fantasma da mancha verde me dizer que deveria fazer isso!
Ou quando vi a estrela do Pt pensei ter nascido algum deus de uma virgem e sacrifiquei o meu próprio filho!

Fazer boas ações não isentam ninguém para fazer coisas ruins. Hitler também devia fazer coisas boas para com o seu país!

O que afirmo é que qualquer tipo de crença ou religião não pode ser justificativa para tais atos.
O Laico tem que ser Laico!

A Religião ao invés de reconhecer vários problemas, dão ênfase a uma força má que comete tais atos. Muitas vezes isentando da culpa os verdadeiros culpados.

Offline Barata Tenno

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Re: Religião faz bem?
« Resposta #3 Online: 07 de Outubro de 2009, 15:11:49 »
O que você parece não entender e quem cometeu esses crimes foram pessoas e não instituições ou crenças. Diferente do Nazismo que pregava o ódio, a maioria das religiões pregam a paz e o amor. Não se pode imputar a culpa de alguns indivíduos a coletividade. Todos aqui tem pais, mães, avos religiosos eimagino que nenhum desses são assassinos estupradores e ladroes, são pessoas de bem.
Se você fundar uma religião que prega o estupro de loirar e assim o fizer vai ser preso, como o pastor foi.
E você vê gaviões matando mancha verde porque o curintia perdeu. Isso e mais justificável que matar porque Deus quis? E melhor matar por Deus ou porque fulano era um porco capitalista burguês? Estuprar porque ela e gostosa e melhor que estuprar porqueDeus mandou? São todos crimes da mesma maneira.

Pessoas que cometem esses atos vão comete-lis de uma maneira ou de outra, se você tirar uma crença eles arrumam outra.... Seja o Nazismo, comunismo, anarquia....
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Offline ToNyDeAtH

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Re: Religião faz bem?
« Resposta #4 Online: 07 de Outubro de 2009, 15:28:21 »
O que você parece não entender e quem cometeu esses crimes foram pessoas e não instituições ou crenças. Diferente do Nazismo que pregava o ódio, a maioria das religiões pregam a paz e o amor. Não se pode imputar a culpa de alguns indivíduos a coletividade. Todos aqui tem pais, mães, avos religiosos eimagino que nenhum desses são assassinos estupradores e ladroes, são pessoas de bem.
Se você fundar uma religião que prega o estupro de loirar e assim o fizer vai ser preso, como o pastor foi.
E você vê gaviões matando mancha verde porque o curintia perdeu. Isso e mais justificável que matar porque Deus quis? E melhor matar por Deus ou porque fulano era um porco capitalista burguês? Estuprar porque ela e gostosa e melhor que estuprar porqueDeus mandou? São todos crimes da mesma maneira.

Pessoas que cometem esses atos vão comete-lis de uma maneira ou de outra, se você tirar uma crença eles arrumam outra.... Seja o Nazismo, comunismo, anarquia....

Eu consegui entender melhor sua posição e até concordo!

Talvez o centro da minha pergunta não esteja de maneira clara.

Vamos resumir assim:

Concordo no que diz respeito a torcidas ou que isso sempre existiu por que é verdade.
A questão está em quando se trata de religião ao invés de já irem direto aos fatos as pessoas recorrem a um poder sobrenatural malígno que os influenciou e se isentam da culpa.

Já tivemos o absurdo caso em que uma psicografia absolveu um culpado! Ou talvez um "inocente" mesmo.(de doloso para culposo)

O que na realidade tento dizer... É que escutar vozes, ver coisas quando chega a um tribunal tem que ser totalmente separado de religião e transformado em doença sem se questionar.

Caciques não podem ser perdoados simplesmente por que em sua tribo é normal pegar a mulher alheia! Isso se aplica a qualquer outra religião.

Tenho certeza que a maioria dessas pessoas sabem que quando não estão em seus domínios suas leis não se aplicam. E mesmo assim recorrem a elas.

Sei que o assunto é complicado. Mas espero que tenha entendido o que quis passar.

São todos crimes da mesma maneira não!? Então devem ser julgados por iguais. Ou as psicografias devem ser esperadas?

As pessoas tem que começarem a escutar na cara! Você matou! Você é doente! As vozes não existem você possui um distúrbio! O que você tem é apenas PROBLEMA MENTAL nada mais!





Offline Dbohr

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Re: Religião faz bem?
« Resposta #5 Online: 07 de Outubro de 2009, 18:23:57 »
São dez mil anos ou mais de religião contra uns três séculos de racionalismo; fora o mecanismo evolutivo em nossos cérebros que parece nos predispor a crenças sobrenaturais. Ninguém disse que seria uma luta fácil...

De qualquer forma, me parece que casos em que a crença religiosa foi determinante para cometer delitos são muito raros - isso quando a religião é apenas uma desculpa esfarrapada, ou apenas mais um meio pelo qual um desequilibrado se deixa influenciar.

Talvez um dia a gente possa viver sem religião. Mas não acho que seja para já.

Offline Dr. Manhattan

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Re: Religião faz bem?
« Resposta #6 Online: 07 de Outubro de 2009, 18:27:05 »
Talvez um dia a gente possa viver sem religião. Mas não acho que seja para já.

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Offline Fabi

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Re: Religião faz bem?
« Resposta #7 Online: 07 de Outubro de 2009, 21:49:03 »
De qualquer forma, me parece que casos em que a crença religiosa foi determinante para cometer delitos são muito raros - isso quando a religião é apenas uma desculpa esfarrapada, ou apenas mais um meio pelo qual um desequilibrado se deixa influenciar.
E a Idade Média? E algumas sociedades islamicas? E algumas tribos que praticavam infanticidio?

Eu acho que, talvez em alguns casos, a crença religiosa foi determinante para cometer "delitos". Não to falando de hoje em dia, to falando do passado.

Uma pessoa cresce numa sociedade que inferioriza outro ser humano, por não ser da mesma religião e para todos dessa sociedade não é errado matar esse ser humano inferior. Aí nesse caso a religião e a sociedade é capaz de transformar alguém que nunca mataria, em um assassino. Mas só nesse caso específico, não esses das notícias.
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“Deus me dê a serenidadecapacidade para aceitar as coisas que não posso mudar, a coragem para mudar o que posso, e a sabedoria para saber a diferença” (Desconhecido)

Offline Massacre no Congo

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Re: Religião faz bem?
« Resposta #8 Online: 08 de Outubro de 2009, 03:26:04 »
A religião é importante porque prioriza o argumento moral sobre a libertinagem natural dos seres humanos, melhorando a sociabilização. Por essa razão não há relatos de civilizações atéias ou agnósticas no decorrer da História. Mesmo as leis dos chamados estados laicos têm forte fundamento religioso e nem mesmo os atuais ateus e agnósticos escapam de obedecer a um argumento moral que ultrapassa as suas forças.

O recurso à autoridade divina torna-se necessário porque o poder do intelecto nosso, dos animais racionais, é devastador e mortífero. Somente uma força superior à mente consegue detê-lo e dominá-lo contra nossa própria maldade, egocentrismo, orgulho-próprio, ira e vaidade.

O erro na religião ocorre quando os instintos se interpõem ao êxtase espiritual.

Offline Dodo

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Re: Religião faz bem?
« Resposta #9 Online: 08 de Outubro de 2009, 05:35:57 »
A religião é importante porque prioriza o argumento moral sobre a libertinagem natural dos seres humanos, melhorando a sociabilização.

Isso é besteira, as pessoas colocarão de lado suas inibições morais sempre que lhes for conveniente, não é a religião que irá impedí-las.

Por essa razão não há relatos de civilizações atéias ou agnósticas no decorrer da História.

O conceito de divindade existe em praticamente todas as culturas, mas em cada uma delas ele se aperesenta de maneira diferente. Transcender a realidade e imaginar um mundo (ou mundos) diferente do que estamos agora foi um passo importante na evolução da mente humana, por isso é tão difundida a existência de seres e lugares imaginários. Convém lembrar que assim como os deuses "pregam" o amor e coisa e tal, também eles estão por trás das guerras e sacrifícios.

Mesmo as leis dos chamados estados laicos têm forte fundamento religioso e nem mesmo os atuais ateus e agnósticos escapam de obedecer a um argumento moral que ultrapassa as suas forças.

O fato de termos que viver em sociedade e respeitar o direito do próximo não tem nada a ver?

O recurso à autoridade divina torna-se necessário porque o poder do intelecto nosso, dos animais racionais, é devastador e mortífero. Somente uma força superior à mente consegue detê-lo e dominá-lo contra nossa própria maldade, egocentrismo, orgulho-próprio, ira e vaidade.

Pelo jeito essa força não esta fazendo um bom trabalho, sempre que o homem quer destruir os seus semelhantes ele não mede esforços para tal.

O erro na religião ocorre quando os instintos se interpõem ao êxtase espiritual.

Então porque fomos "criados" com instintos?
Você é único, assim como todos os outros.
Alfred E. Newman

Offline ToNyDeAtH

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Re: Religião faz bem?
« Resposta #10 Online: 08 de Outubro de 2009, 11:27:55 »
Na realidade eu acho que a crença em deuses foi é um processo evolutivo. Em determinada hora em dado momento, houve sim a necessidade de se inventar algo.

Até por quê as pessoas não conseguiam explicar os fenômenos naturais. Assim tornaram o deus inventado a resposta padrão para tudo o que era desconhecido.

Agora em relação moral / amoral é complicado afirmar o que você afirmou. Não se esqueça que existiram deuses que adoravam uma orgia. E o moral daqui não é o moral dali. Sendo assim a moralidade de um país foi definida por quem controlava o poder religioso de dado local.

Realmente me dá medo em tirar a religião de determinados acéfalos. Nem todos estão aptos a se libertar.
Antigamente concordo que foi um mal necessário. Hoje não mais.

A sociedade caminha para o enterro de seus últimos deuses. Onde todos reinaram em muitas imaginações e lendas, porém marcharam juntos para o mesmo destino: "Os livros de MITOLOGIA".

Offline Massacre no Congo

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Re: Religião faz bem?
« Resposta #11 Online: 08 de Outubro de 2009, 12:01:48 »
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Isso é besteira, as pessoas colocarão de lado suas inibições morais sempre que lhes for conveniente, não é a religião que irá impedí-las.

E não poderia ser diferente pois o livre-arbítrio lhes pertence.  A religião via de regra apenas confere um parâmetro de moralidade (discutível, todavia a intenção é essa).

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O conceito de divindade existe em praticamente todas as culturas, mas em cada uma delas ele se aperesenta de maneira diferente. Transcender a realidade e imaginar um mundo (ou mundos) diferente do que estamos agora foi um passo importante na evolução da mente humana, por isso é tão difundida a existência de seres e lugares imaginários. Convém lembrar que assim como os deuses "pregam" o amor e coisa e tal, também eles estão por trás das guerras e sacrifícios.

Correto. As barbaridades ocorrem quando os instintos superam os valores elevados e sublimes, e aí a religião torna-se perigosa.

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O fato de termos que viver em sociedade e respeitar o direito do próximo não tem nada a ver?

Não, porque o ser humano é perverso, mentiroso e hipócrita. Claro que há também o lado bom, sincero, sublime e companheiro, mas seu lado ruim já é suficiente para causar extremado sofrimento.

Citar
Pelo jeito essa força não esta fazendo um bom trabalho, sempre que o homem quer destruir os seus semelhantes ele não mede esforços para tal.

Correto. O homem cada vez mais envolto no secularismo está abandonando o temor a alguma autoridade maior e se auto-intitulou o supremo poder. Resulta que a parcela de homens que é corrupta está abusando-o para fazer maldades, através da força bruta ou da relativização moral. Ambas são na realidade formas de violência, e nada mais poderá refreá-las. Aí poderemos ver o que é ruim para valer.

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Então porque fomos "criados" com instintos?

Os instintos são importantes e não há nada de mal em compartilharmos aspectos com os animais irracionais. Eles apenas não devem ser priorizados sobre as coisas que são corretas.

Offline Massacre no Congo

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Re: Religião faz bem?
« Resposta #12 Online: 08 de Outubro de 2009, 12:04:55 »
Discordo. Subtrair a religião é literalmente apagar o homem. Retirar do homem o conceito de que deve agir humildemente e prestar contas a uma autoridade suprema transcendental, na prática é desligá-lo de toda responsabilidade superior a ele e absoluta, consigo mesmo e com as outras pessoas. Religião vem de religare ('religação' ou 'comunhão com todos') seja esta representada pela conexão a um argumento moral ou a princípios inteligentes de primeira ordem. Sem a religião, justificarão ainda mais guerras, massacres, exploração, ganância, abusos, destruição etc. como se no século passado já não houve um verdadeiro banho de sangue, e ainda está havendo, basta ver o meu nick.
   
Estamos atualmente no caminho errado. Na realidade, o que precisamos é que o homem desenvolva AINDA MAIS a religião em si, superando seus instintos para aperfeiçoar-se enquanto indivíduo moral e responsável.

Na realidade eu acho que a crença em deuses foi é um processo evolutivo. Em determinada hora em dado momento, houve sim a necessidade de se inventar algo.

Até por quê as pessoas não conseguiam explicar os fenômenos naturais. Assim tornaram o deus inventado a resposta padrão para tudo o que era desconhecido.

Agora em relação moral / amoral é complicado afirmar o que você afirmou. Não se esqueça que existiram deuses que adoravam uma orgia. E o moral daqui não é o moral dali. Sendo assim a moralidade de um país foi definida por quem controlava o poder religioso de dado local.

Realmente me dá medo em tirar a religião de determinados acéfalos. Nem todos estão aptos a se libertar.
Antigamente concordo que foi um mal necessário. Hoje não mais.

A sociedade caminha para o enterro de seus últimos deuses. Onde todos reinaram em muitas imaginações e lendas, porém marcharam juntos para o mesmo destino: "Os livros de MITOLOGIA".

Offline Dodo

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Re: Religião faz bem?
« Resposta #13 Online: 08 de Outubro de 2009, 12:41:53 »
E não poderia ser diferente pois o livre-arbítrio lhes pertence.  A religião via de regra apenas confere um parâmetro de moralidade (discutível, todavia a intenção é essa).

Um parâmetro que, via de regra, quase nunca é respeitado nem por aqueles que o defendem.

Correto. As barbaridades ocorrem quando os instintos superam os valores elevados e sublimes, e aí a religião torna-se perigosa.

Não há prova de que valores elevados e sublimes advenham de alguma divindade, e o caráter antropomórfico delas parece demonstrar justamente o contrário.

Não, porque o ser humano é perverso, mentiroso e hipócrita. Claro que há também o lado bom, sincero, sublime e companheiro, mas seu lado ruim já é suficiente para causar extremado sofrimento.

ALGUNS seres humanos são perversos, mentirosos e hipócritas.

Correto. O homem cada vez mais envolto no secularismo está abandonando o temor a alguma autoridade maior e se auto-intitulou o supremo poder. Resulta que a parcela de homens que é corrupta está abusando-o para fazer maldades, através da força bruta ou da relativização moral. Ambas são na realidade formas de violência, e nada mais poderá refreá-las. Aí poderemos ver o que é ruim para valer.

Então o medo é a resposta? É nisso que deve se basear a religião?

Os instintos são importantes e não há nada de mal em compartilharmos aspectos com os animais irracionais. Eles apenas não devem ser priorizados sobre as coisas que são corretas.

Quais coisas corretas? OS dez mandamentos?
Você é único, assim como todos os outros.
Alfred E. Newman

Offline Darkside

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Re: Religião faz bem?
« Resposta #14 Online: 08 de Outubro de 2009, 13:01:37 »
Subtrair a religião é literalmente apagar o homem. Retirar do homem o conceito de que deve agir humildemente e prestar contas a uma autoridade suprema transcendental, na prática é desligá-lo de toda responsabilidade superior a ele e absoluta, consigo mesmo e com as outras pessoas.

Está afirmando que pessoas sem religião agem irresponsavelmente consigo mesmos e com o restante da sociedade?

Ou você considera que, sem a fé em algo transcedental, as pessoas poderiam abandonar o que você está chamando de responsabilidade?

Religião vem de religare ('religação' ou 'comunhão com todos') seja esta representada pela conexão a um argumento moral ou a princípios inteligentes de primeira ordem. Sem a religião, justificarão ainda mais guerras, massacres, exploração, ganância, abusos, destruição etc. como se no século passado já não houve um verdadeiro banho de sangue, e ainda está havendo, basta ver o meu nick.

As ideologias que causaram guerras sangrentas no último século se aparentavam muito com religiões, inclusive com seus próprios valores morais absolutos, fundamentados nas idéias de alguns "iluminados" que agiam como se fossem verdadeiros profetas, tentando guiar o mundo para o que consideravam o caminho certo.
   
Estamos atualmente no caminho errado. Na realidade, o que precisamos é que o homem desenvolva AINDA MAIS a religião em si, superando seus instintos para aperfeiçoar-se enquanto indivíduo moral e responsável.

O que é "religião em si"? Se formos estabelecer alguns princípios básicos que dão forma para as religiões, como dogmas, autoridades, escritos sagrados, fé e coisas do tipo, no que a mera existência dessas bases torna alguém mais responsável ou moral?

Offline West

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Re: Religião faz bem?
« Resposta #15 Online: 08 de Outubro de 2009, 14:51:19 »
A religião é importante porque prioriza o argumento moral sobre a libertinagem natural dos seres humanos, melhorando a sociabilização. Por essa razão não há relatos de civilizações atéias ou agnósticas no decorrer da História. Mesmo as leis dos chamados estados laicos têm forte fundamento religioso e nem mesmo os atuais ateus e agnósticos escapam de obedecer a um argumento moral que ultrapassa as suas forças.


Você já parou pra pensar que talvez a religião é que tenha origem na moral e não a moral na religião? Se pensarmos um pouco, veremos que ao longo da história o pensamento religioso segue uma linha evolutiva conforme a civilização evolue.

Nos primórdios tinhamos religiões que pregavam o estupro, sacrifícios humanos, genocídios e por aí vai.

Na idade média as coisas melhoram um pouco, mas ainda temos coisas terríveis sendo apoiadas pela religião,como a escravidão, o feudalismo e o absolutismo, por exemplo.

Já hoje, todas essas coisas são moralmente condenáveis e não tenho conhecimento de nenhuma religião que as apoie. 

Talvez a religião seja tão somente mais uma manifestação cultural e, como tal, simplesmente reflita os valores e princípios de um dado povo em uma dada época.

O recurso à autoridade divina torna-se necessário porque o poder do intelecto nosso, dos animais racionais, é devastador e mortífero. Somente uma força superior à mente consegue detê-lo e dominá-lo contra nossa própria maldade, egocentrismo, orgulho-próprio, ira e vaidade.

Não é evidente a existência de tal força superior. Se pensarmos bem, quando alguém aceita os preceitos morais de determinada religião é por que previamente realizou um juízo de valor acerca de tais valores e, conforme esse julgamente, considerou tais preceitos moralmente aceitáveis.

Mas veja bem, pra realizar este julgamente o indivíduo necessariamente usou como parâmetro os seus próprios valores morais que já se encontravam consolidados no intimo de sua mente e não advindos de alguma fonte externa.

Assim, nesse caso, não há como dizer que a moral da religião é superior à do indivíduo, no máximo compatível com ela. A moral religiosa apenas veio de encontro a uma moral individual pré-existente, assim não há nada de superior ou de sobrenatural em sua natureza.

O que ocorre com a religião é que talvez ela faça determindas pessoas pensarem mais nos seus próprios valores morais, no que acham certo e errado, e levarem tais valores mais à sério.


Penso sim que a religião em muitos casos impede as pessoas de praticarem certas condutas reprováveis. Já em outros ela não faz qualquer diferença.
"Houve um tempo em que os anjos perambulavam na terra.
Agora não se acham nem no céu."
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"Acerca dos deuses não tenho como saber nem se eles existem nem se eles não
existem, nem qual sua aparência. Muitas coisas impedem meu conhecimento.
Entres elas, o fato de que eles nunca aparecem."
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Offline Massacre no Congo

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Re: Religião faz bem?
« Resposta #16 Online: 08 de Outubro de 2009, 15:23:54 »
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Um parâmetro que, via de regra, quase nunca é respeitado nem por aqueles que o defendem.

Pode ser, mas numa analogia funciona bem como um freio e cinto de segurança contra choques violentos na direção da desgraça completa.

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Não há prova de que valores elevados e sublimes advenham de alguma divindade, e o caráter antropomórfico delas parece demonstrar justamente o contrário.

A idéia é não ter prova alguma, para o exercício da fé (pistis). As crenças religiosas pertencem ao e devem ficar no terreno da superstição.

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ALGUNS seres humanos são perversos, mentirosos e hipócritas.

Discordo. Acredito que todos não prestam em maior ou menor grau. Há uma batalha entre o lado perverso e o lado bom em cada ser humano. O truque dos hipócritas (de hypocrisis) consiste em esconder o próprio rabo e fazer as outras pessoas acreditarem que se é bom.

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Então o medo é a resposta? É nisso que deve se basear a religião?

Sondando a hipótese (hypothesis) e deixando de lado a hipocrisia (hypocrisis), o medo exerce um efeito maravilhoso sobre os seres humanos. Ativar o medo é válido quanto este serve para nos proteger de perigos. Ou seria errado ter medo ao se adentrar uma caverna sombria e remota?

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Quais coisas corretas? OS dez mandamentos?

Vale o melhor julgamento. Seria muita presunção da minha parte elucidar aqui o argumento moral ótimo.

Offline Massacre no Congo

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Re: Religião faz bem?
« Resposta #17 Online: 08 de Outubro de 2009, 15:39:32 »
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Está afirmando que pessoas sem religião agem irresponsavelmente consigo mesmos e com o restante da sociedade?

Ou você considera que, sem a fé em algo transcedental, as pessoas poderiam abandonar o que você está chamando de responsabilidade?

Acho que sem a fé em algo transcendental, por mais que fantasioso, o ser humano voltará sua atenção e respeito apenas para si mesmo (egocentrismo) e a egolatria o destruiria. Em última instância, o ser humano é como um roedor que precisa roer coisas para o dente não crescer demais. Claro, pode-se também não acreditar num Deus ao estilo antropomorfo e cultivar o mesmo ideal de perfeição, ordem e moralidade e o princípio de que fazer coisas erradas conduz a resultados errados.

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As ideologias que causaram guerras sangrentas no último século se aparentavam muito com religiões, inclusive com seus próprios valores morais absolutos, fundamentados nas idéias de alguns "iluminados" que agiam como se fossem verdadeiros profetas, tentando guiar o mundo para o que consideravam o caminho certo.

Quanto a esses movimentos, são religiões de fato, de ordem gnoseológica, com um argumento moral deturpado a extremos.

O perigo reside no relativismo moral levado até as últimas consequências e na crença em princípios inteligentes equivocados.
   
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O que é "religião em si"? Se formos estabelecer alguns princípios básicos que dão forma para as religiões, como dogmas, autoridades, escritos sagrados, fé e coisas do tipo, no que a mera existência dessas bases torna alguém mais responsável ou moral?

De acordo com diferentes sistemas de crença, poder-se-ia criar as religiões mais inóspitas. Num primeiro nível, para exemplificar, é possível construir uma religião completa do Absurdo a partir das idéias de Søren Kierkegaard. No próximo nível, negar Deus consiste em outra religião de caráter anti-teísta. No último nível está o Humanismo Secular que é uma religião (na verdade uma anti-religião ou religião invertida)  com seu sistema próprio de crenças.
   
Eu acredito que a melhor religião (na etimologia estrita da palavra) é aquela que contribua para tornar uma civilização sustentável por mais tempo, com melhores índices de felicidade e prosperidade.

Offline Massacre no Congo

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Re: Religião faz bem?
« Resposta #18 Online: 08 de Outubro de 2009, 15:45:38 »
Boa explicação. A prática religioso é um reflexo da própria humanidade. A variação étnica, histórica e cultural entre nós constituem as diferenças religiosas.

A religião é importante porque prioriza o argumento moral sobre a libertinagem natural dos seres humanos, melhorando a sociabilização. Por essa razão não há relatos de civilizações atéias ou agnósticas no decorrer da História. Mesmo as leis dos chamados estados laicos têm forte fundamento religioso e nem mesmo os atuais ateus e agnósticos escapam de obedecer a um argumento moral que ultrapassa as suas forças.


Você já parou pra pensar que talvez a religião é que tenha origem na moral e não a moral na religião? Se pensarmos um pouco, veremos que ao longo da história o pensamento religioso segue uma linha evolutiva conforme a civilização evolue.

Nos primórdios tinhamos religiões que pregavam o estupro, sacrifícios humanos, genocídios e por aí vai.

Na idade média as coisas melhoram um pouco, mas ainda temos coisas terríveis sendo apoiadas pela religião,como a escravidão, o feudalismo e o absolutismo, por exemplo.

Já hoje, todas essas coisas são moralmente condenáveis e não tenho conhecimento de nenhuma religião que as apoie. 

Talvez a religião seja tão somente mais uma manifestação cultural e, como tal, simplesmente reflita os valores e princípios de um dado povo em uma dada época.

O recurso à autoridade divina torna-se necessário porque o poder do intelecto nosso, dos animais racionais, é devastador e mortífero. Somente uma força superior à mente consegue detê-lo e dominá-lo contra nossa própria maldade, egocentrismo, orgulho-próprio, ira e vaidade.

Não é evidente a existência de tal força superior. Se pensarmos bem, quando alguém aceita os preceitos morais de determinada religião é por que previamente realizou um juízo de valor acerca de tais valores e, conforme esse julgamente, considerou tais preceitos moralmente aceitáveis.

Mas veja bem, pra realizar este julgamente o indivíduo necessariamente usou como parâmetro os seus próprios valores morais que já se encontravam consolidados no intimo de sua mente e não advindos de alguma fonte externa.

Assim, nesse caso, não há como dizer que a moral da religião é superior à do indivíduo, no máximo compatível com ela. A moral religiosa apenas veio de encontro a uma moral individual pré-existente, assim não há nada de superior ou de sobrenatural em sua natureza.

O que ocorre com a religião é que talvez ela faça determindas pessoas pensarem mais nos seus próprios valores morais, no que acham certo e errado, e levarem tais valores mais à sério.


Penso sim que a religião em muitos casos impede as pessoas de praticarem certas condutas reprováveis. Já em outros ela não faz qualquer diferença.

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Re: Religião faz bem?
« Resposta #19 Online: 08 de Outubro de 2009, 15:50:34 »
De acordo com diferentes sistemas de crença, poder-se-ia criar as religiões mais inóspitas. Num primeiro nível, para exemplificar, é possível construir uma religião completa do Absurdo a partir das idéias de Søren Kierkegaard. No próximo nível, negar Deus consiste em outra religião de caráter anti-teísta. No último nível está o Humanismo Secular que é uma religião (na verdade uma anti-religião ou religião invertida)  com seu sistema próprio de crenças.
  
Eu acredito que a melhor religião (na etimologia estrita da palavra) é aquela que contribua para tornar uma civilização sustentável por mais tempo, com melhores índices de felicidade e prosperidade.

Na sua opinião, o que é religião?
"Houve um tempo em que os anjos perambulavam na terra.
Agora não se acham nem no céu."
__________
Provérbio Iídiche.

"Acerca dos deuses não tenho como saber nem se eles existem nem se eles não
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Offline Massacre no Congo

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Re: Religião faz bem?
« Resposta #20 Online: 08 de Outubro de 2009, 16:04:57 »
Religião é um meio de externalizarmos nossos insights sobre o sobrenatural, natural ou material, aceitando-os como parte indispensável do ser humano ao invés de reprimí-los. Por fim, fusionando-os com a inteligência, a razão, a moral e o mundano de forma a conceber uma concepção de mundo integradora de pessoas.

Para mim, a religião pode ser usada tanto para o bem quanto para o mal.

Offline Dodo

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Re: Religião faz bem?
« Resposta #21 Online: 08 de Outubro de 2009, 16:24:12 »
Tudo me leva a crer que você é um troll. Uma hora religião é a única coisa capaz de frear os instintos humanos, depois ela pode ser usada tanto para o bem ou para o mal.

Até mais ver.
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Offline Leafar

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Re: Religião faz bem?
« Resposta #22 Online: 08 de Outubro de 2009, 17:28:25 »
Religião é qualquer sistema que trate de Deus (ou divindades), da sobrevivência da alma e de recompensas e penas futuras de acordo com a observância ou inobservância de determinado código moral, que é devidamente enunciado pelo próprio sistema religioso.
"Ide com a onda que nos arrasta; necessitamos do movimento, que é vida, ao passo que vós nos apresentais a imobilidade, que é a morte.... Queremos lançar-nos à vida, porquanto os séculos vindouros, que divisamos, têm horror à morte." (Obras Póstumas - Allan Kardec).

visite: http://conviccao-espirita.blogspot.com/2013/08/apresentacao-deste-blog.html

Offline Barata Tenno

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Re: Religião faz bem?
« Resposta #23 Online: 08 de Outubro de 2009, 23:59:12 »
Sua definição exclui o budismo Leafar....
He who fights with monsters should look to it that he himself does not become a monster. And when you gaze long into an abyss the abyss also gazes into you. Friedrich Nietzsche

Offline Leafar

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Re: Religião faz bem?
« Resposta #24 Online: 09 de Outubro de 2009, 07:39:55 »
Talvez uma parcela do budismo.

Eu não conheço bem todas as variações do budismo, mas há religiões que não cultuam uma divindade individualizada, mas cultuam o "deus natureza", ou o "deus corpo", ou o "deus fogo", ou o "deus universo", etc... O budismo também deve enunciar ou adotar um código moral, e deve enunciar também consequências para quem o cumpre ou descumpre, mesmo que sejam consequências só para essa vida, mas que não deixam de ser consequências futuras. Quanto à sobrevivência da alma, o budismo me parece que prega uma espécie de sobrevivência panteísta, não individualizada.

Tudo bem que isso tudo é só materialismo disfarçado de religião, mas nem por isso deixaria de ter as características de uma religião.

Mas se não estiver correto o meu entendimento exposto acima e não se puder identificar a divindade, a sobrevivência da alma e as consequências para os bons ou maus, aí realmente essa versão de budismo a que você se refere não é uma religião. Mas seria estranho vê-los meditando e cultuando para nada, só para passar o tempo.

Um abraço.
"Ide com a onda que nos arrasta; necessitamos do movimento, que é vida, ao passo que vós nos apresentais a imobilidade, que é a morte.... Queremos lançar-nos à vida, porquanto os séculos vindouros, que divisamos, têm horror à morte." (Obras Póstumas - Allan Kardec).

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