Autor Tópico: Como "o capitalismo" poderia substituir totalmente o estado?  (Lida 2378 vezes)

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Offline anarcapitalista

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Re: Como "o capitalismo" poderia substituir totalmente o estado?
« Resposta #25 Online: 20 de Novembro de 2009, 18:35:37 »
E por que elas "devem" coibir isso? Na lei não está, ela não existe. Eles podem ser tanto contra, quanto neutros, quanto a favor. Esse "deve" na verdade é um "idealmente fariam", a menos que se tenha algo como uma "declaração dos deveres dos capitalistas" ou algo assim.
Elas devem coibir porque é do interesse delas, uma vez que uma empresa indo contra a livre-concorrencia é como um mandão se decretando o único com direito a algo, o que contraria o interesse dessas mesmas pessoas.
Se elas falharem em coibir isso, e, eu enfatizo o SE, o problema é delas. O maximo que pode acontecer é o fulano montar um governo, o que significa que as pessoas nessa localidade falharam em se organizar. E mesmo nesse caso ainda existe a vantagem das pessoas não cairem na ilusão de que tal governo tem "direito" a isso.

A idéia é que as pessoas se baseiem nesses principios democraticos para manter a democracia e garantir a própria liberdade, isso não é muito diferente do que fazem hoje ao apoiar o governo.
A diferença está na inexistencia de governantes, de monopolio governamental e decretos. Esses seriam substituidos por empresas em livre concorrencia e em lideranças anarquistas em concorrencia que são seguidas de forma expontanea.
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A diferença se dá pela liberdade que qualquer um tem de dizer ao dono do condomínio um sonoro NÃO.
Se faz isso virando as costas e indo embora, indo morar em um local sem essas regras absurdas.
Quem quiser viver nesse condomínio que viva, quem não quer que se vá, isso é democracia.

Mas então seria exatamente como é com o estado. Se não gosta das regras absurdas de sua cidade, estado ou país, diz um sonoro NÃO e mude-se para um país concorrente que lhe parecer mais interessante.
Seu exemplo não confere.
Estados nações são regiões muito grandes e mudar para outra nação significa abandonar a própria cultura.
Outro ponto é que ninguém pode simplesmente mudar para outra nação sem a permissão do governo dono de determinada nação.
Você não observa as diferenças pertinentes em cada situação.
Mas vamos supor que eu seja dono de um bairro ou cidade, e tenha minha força policial particular. Eu prefiro ter ela do que outras empresas por lá, para fins de fiscalização simplifica minha vida; eu teria que implementar corregedorias dessas outras polícias, policiar a polícia, e não compensa. Ao mesmo tempo, alguns dos residentes do meu território estão protestando, querem ter suas próprias forças policiais, ou contratar de outras empresas, se negando a pagar, já tendo contraído uma dívida comigo até. Não necessariamente só quanto a proteção, talvez outros serviços também. Talvez simplesmente não gostem do preço que estipulei para o aluguel, considerem injusto (como os comunistas).

Eu não posso simplesmente despejá-los da cidade até que quitem a sua dívida e aceitem as condições que ofereço? Ou sou um criminoso, na verdade "deveria" aceitar os valores que os clientes quiserem pagar, se quiserem pagar (talvez achem que eu não tenha o "direito" de cobrar), e tantos agentes armados de tantas empresas (ou mercenários/autônomos) quantas quisessem se instalar? Eles então podem tentar me "depor", roubar tudo que eu tenho (me executar, se considerarem legal  :'( ), por considerarem esse subsídio ilegal, minhas políticas de organização empresarial tiranas, e o que me resta a fazer é ou me entregar ou reforçar meu exército particular e resistir com a força que for necessária?

A melhor solução seria um acordo que eventualmente seria meio análogo ao estado. As cidades privadas acertam entre si que acham melhor cada uma ter sua própria segurança particular "municipal", talvez também algumas "estaduais", e até "federais". Mas se não quiserem ter mais de uma, não podem ser obrigados pelos demais, fazem as regulamentações internas como acreditarem ser melhor para os negócios. E assim se evita algum derramamento de sangue.

E no fim das contas vai ter lá o anarcomunista no fórum do clube pirrônico dizendo que considera as cobranças das empresas particulares injustos e imorais, sem necessariamente poder criar uma concorrência (o que nem necessariamente teria condições financeiras ou vocação de fazer, mesmo que fosse permitido).
Para uma pessoa ser dona de toda uma cidade, ou ela teria que construir uma ou comprar toda uma cidade já existente. Mesmo que algumas pessoas pudessem dar cabo de tal empreendimento, nem todos o poderiam o que significa que não faltariam locais que não são condominos fechado, bem como cidades com todo tipo de condominio e area comum lado a lado.
Isso significa que ninguém é obrigado a morar no condominio de alguém. Se não gosta das regras pode ir para outro condominio ou pode morar fora de condominios.

Sua pergunta então está respondida, pois a existencia de concorrencia entre condominios e a alternativa como morar fora de condominios, torna tudo mais democratico e da a pessoa maior liberdade.
Um dono de condominio nem poderia abusar muito nas regras, pois pela concorrencia ficaria sem cliente.

Isso não ocorre com o governo, o que ele decreta é lei e não tem pra onde correr.
Essa coisa de "o estado não funciona" não é tão simples assim. Se for, pode-se igualmente dizer "a iniciativa privada não funciona" (as pessoas não estão 100% satisfeitas com os resultados de todas empresas - que também têm corrupção, nepotismo, preços que podemos considerar abusivos, etc), logo nada funciona, então temos que só viver de subsistência individual.
Seu exemplo mais uma vez não confere.
A iniciativa privada não é uma única instituição.
Se uma delas não funciona, você pode recorrer a concorrencia, se nenhuma das empresas no setor funcionam, você ainda é livre para montar sua própria empresa e resolver o problema sozinho.

O governo é um monopolio corporativo, ele usa dum modelo que por si só não funciona.

Offline anarcapitalista

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Re: Como "o capitalismo" poderia substituir totalmente o estado?
« Resposta #26 Online: 20 de Novembro de 2009, 18:53:09 »
Vamos ver se eu entendi as coisas:
1) Todas as  pessoas são boas naturalmente e adoram fazer filantropia e trabalho voluntário;
Ninguém disse isso e esse é mais um bom motivo para não criar governos.
Os governantes também são pessoas e vão ter mais poder para agir como agem as pessoas.
2) Escambo é uma forma excelente de promover a riqueza;
Mais uma vez ninguém disse isso.
Primeiro as pessoas criam riqueza, depois elas trocam.
Não existe exatamente venda e compra, nem é necessario objetivar lucro vindo da compra e venda.
No geral o que existem são trocas, mas algumas pessoas podem focar tirar proveito de trocas mais vantajosas. O capitalismo é um sistema de liberdade o foco de como trabalhar é livre.
Você pode inclusive montar uma empresa em moldes de cooperativa de trabalho. Você é livre pra isso.
3) As empresas adorariam investir em um nicho de mercado ou uma cidade deficitária apenas porque são boazinhas, talvez recebesse galinhas como forma de pagamento;
Algumas pessoas adoram investir onde podem obter bom lucro, outras adoram agir com filantropia na luta de causas sociais. Cada um age impulsinado pelo que lhe convém.
Quando as montadoras vieram para o miseravel Brasil, ajudoram a nos industrializar, investiram em São Bernardo visando o lucro e beneficiaram a região ao agir assim. Pena que asnos lutaram contra quem gerava riqueza e assim perpetuaram a miséria com respaldo do governo.

Tem um que chegou a presidente da republica fazendo isso.
4) Se uma empresa não quiser investir em uma cidade, então é na verdade uma oportunidade, já que seus moradores poderiam investir e criar coisas como centrais elétricas, telefônicas etc.
Exatamente, embora o investimento externo seja sempre benefico e facilite o processo.
5) Se achar que um serviço está muito caro, então pode-se mudar para outro local ou criar seu próprio serviço, como uma força policial (ou um exército particular?);
Exatamente.
6) Pobres são pobres porque querem ser pobres;
São pobres por imposição da natureza.
A humanidade nasceu miserável. Só que também nascemos com duas pernas, mãos e cerebro para trabalhar criando riqueza.

7) Imposto é na verdade um roubo e não uma forma de financiamento da máquina do estado e de serviços público.
Exatamente.

Offline anarcapitalista

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Re: Como "o capitalismo" poderia substituir totalmente o estado?
« Resposta #27 Online: 20 de Novembro de 2009, 19:02:17 »
Onde entra a idéia de "contrato social" de Rousseau em tudo isso?

Vocês não estariam esquecendo de um ponto fundamental: que o estado é fruto da concordância da coletividade e que, dessa forma, nunca poderia ser substituído por uma empresa (nos moldes capitalistas) que é dirigida por poucos e sem representatividade social suficiente (longe disso)?
O estado é fruto da burrice do homem e as pessoas só acreditam que ele tem qualquer direito por estarem delirando juntas.

Eu pergunto: Se a maioria das pessoas acharem por algum motivo que é melhor exterminar os gays, então o estado tem o direito de fazê-lo?
Se a resposta é não, então o estado também não tem direito a um monte de coisa que faz.
Veja o monopolio da lei, por exemplo, o estado decreta que é obrigatório agir de forma racista.
Se eu sou dono de uma universidade e o governo diz que eu devo dar cotas a negros, não sou livre para dizer não.

Nenhuma instituição tem o direito a obrigar que os outros se comportem como racistas, assim como não tem direito de obrigar ninguém a pagar por um serviço que não deseja, nem a se decretar com o direito a ter monopolios, em especial o monopolio da lei.
Não importa se em delirio a maioria das pessoas acredite que o governo tem tal direito.

Offline DDV

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Re: Como "o capitalismo" poderia substituir totalmente o estado?
« Resposta #28 Online: 21 de Novembro de 2009, 08:14:32 »
Não entendo como ainda  se dão ao trabalho de responder as postagens do anarcapitalista.

As postagens deles não são argumentos no sentido da palavra ao qual estamos acostumados aqui, são na verdade "pregações", "oráculos" ou dogmas do tipo "aceite ou deixe". Ou seja, ele repete insistentemente os mesmos postulados e pressupostos mesmo sabendop que os demais não concordam, e sem se preocupar em defender (com argumentos objetivos) esses pressupostos.

Vou tentar fazer um resumo das afirmações peremptórias do anarcapitalista que não concordamos. Isso poderá ser usado por ele como um guia para focar melhor suas respostas, abstendo-se de falar demais e dizer nada.

Preste atenção anarcapitalista:

1- Não concordamos que o Estado é uma completa inutilidade, que é uma ficção, que não faz nada, que não faz nenhuma diferença positiva para a sociedade;

2- Não concordamos que o Estado é sempre nocivo, que não trás nenhum tipo de benefício para a sociedade, que apenas lhe espolia sem dar absolutamente nada em troca;

3- Não concordamos que a iniciativa privada sozinha consiga dar conta de TODAS as demandas existentes na sociedade, mesmo as demandas em locais ou setores com pouca ou nenhuma perspectiva de lucro.

4- Não concordamos que as pessoas são naturalmente organizadas, civilizadas, racionais e/ou boas. Discordamos que elas não precisem de nenhuma forma de coerção para respeitarem os direitos das demais.

5- Discordamos que as leis são coisas "naturais", que podem existir mesmo sem haver nehuma força a garantí-las.

Então anarcapitalista, foque suas postagens em responder com argumentos objetivos essas 5 proposições. Não fique repetindo-as como pressupostos implícitos que todos já concordam.
 

Não acredite em quem lhe disser que a verdade não existe.

"O maior vício do capitalismo é a distribuição desigual das benesses. A maior virtude do socialismo é a distribuição igual da miséria." (W. Churchill)

Offline DDV

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Re: Como "o capitalismo" poderia substituir totalmente o estado?
« Resposta #29 Online: 21 de Novembro de 2009, 08:19:11 »
Acho o título do tópico tão contraditório como o termo "anarcocapitalismo".

Não há como "o capitalismo" substituir o estado já que é o estado que garante a existência do capitalismo. Já expliquei em outro tópico o porquê.

Dizer que o "capitalismo substituiria o estado" seria mais ou menos como dizer "a ausência de roubos substituiria a polícia". É por aí.
Não acredite em quem lhe disser que a verdade não existe.

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Offline _Juca_

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Re: Como "o capitalismo" poderia substituir totalmente o estado?
« Resposta #30 Online: 21 de Novembro de 2009, 08:36:41 »
Acho o título do tópico tão contraditório como o termo "anarcocapitalismo".

Não há como "o capitalismo" substituir o estado já que é o estado que garante a existência do capitalismo. Já expliquei em outro tópico o porquê.

Dizer que o "capitalismo substituiria o estado" seria mais ou menos como dizer "a ausência de roubos substituiria a polícia". É por aí.
 

Talvez seja essa a proposição do post, revelar o absurdo.

Offline FxF

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Re: Como "o capitalismo" poderia substituir totalmente o estado?
« Resposta #31 Online: 21 de Novembro de 2009, 10:17:14 »
Eu pergunto: Se a maioria das pessoas acharem por algum motivo que é melhor exterminar os gays, então o estado tem o direito de fazê-lo?
Sim, tudo que a maioria das pessoas acredita que deve ser feito se torna "justo" e acaba acontecendo.

Questões como prostituição, aborto ou casamento gay atualmente, ou a algumas décadas o próprio homossexualismo era crime. Aliás, historicamente falando, houve algum Estado que não se intrometeu na vida sexual das pessoal? É algo muito besta, burrice épica, mas por algum motivo as pessoas acreditam que a vida sexual alheia é assunto seu, que estão "invadindo seu espaço", e o poder da maioria vence.

Teocracias ou ditaduras também, tudo isso é meramente manipulação da maioria, se não houvesse uma maioria manipulável não existiriam. Que tal a propaganda nazista que convenceu o povo alemão de como os judeus eram nocivos e de preservar a herança pura da raça europeia? Que tal Che Guevara que teve o dever de decidir quem merecia viver e quem deveria morrer na nova nação socialista?

Offline Buckaroo Banzai

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Re: Como "o capitalismo" poderia substituir totalmente o estado?
« Resposta #32 Online: 21 de Novembro de 2009, 12:16:08 »
Não é porque não existe o estado com o papel escrito "está OK lincharem os negros", que isso não vai acontecer, que as pessoas não vão achar que têm esse direito, ou que o protesto da vítima contra isso será visto com maior legitimidade por seus algozes.

Offline anarcapitalista

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Re: Como "o capitalismo" poderia substituir totalmente o estado?
« Resposta #33 Online: 21 de Novembro de 2009, 18:17:18 »
1- Não concordamos que o Estado é uma completa inutilidade, que é uma ficção, que não faz nada, que não faz nenhuma diferença positiva para a sociedade;
Pois o ônus da prova é de vocês. Provem que ele faz diferença.
Já repeti mil vezes, não se discute anarquia, se discute o estado.

O estado é um remédio que está sendo administrado na prática.
Se ele funciona então mostre onde estão os resultados.
2- Não concordamos que o Estado é sempre nocivo, que não trás nenhum tipo de benefício para a sociedade, que apenas lhe espolia sem dar absolutamente nada em troca;
Prove!
3- Não concordamos que a iniciativa privada sozinha consiga dar conta de TODAS as demandas existentes na sociedade, mesmo as demandas em locais ou setores com pouca ou nenhuma perspectiva de lucro.
Um problema no entendimento do mercado que se resolve debatendo.
Não existe lucro na venda, o lucro está na criação do produto e do serviço.
4- Não concordamos que as pessoas são naturalmente organizadas, civilizadas, racionais e/ou boas. Discordamos que elas não precisem de nenhuma forma de coerção para respeitarem os direitos das demais.
Ótimo argumento contra o governo.

Como dar a essas mesmas pessoas irracionais e ruins, o direito a decretar leis e monopolios, resolve o problema?
Como eu já disse mil vezes: O governo agrava o problema.
5- Discordamos que as leis são coisas "naturais", que podem existir mesmo sem haver nehuma força a garantí-las.
A lei da gravidade é um bom exemplo, pule de um penhasco sem paraquedas e vai ser punido por ignorar a lei. Tente decretar preços no mercado e vai mexer na oferta e na demanda, faça decretos absurdos e vai semear caos.
O homem deve através da reflexão ética e do conhecimento da natureza, buscar pautar seu comportamento na busca de um equilibrio entre suas vontades e os desígnios do ambiente ao redor.
O certo e o errado não são apenas inventos humanos, eles existem independente de nós e podem ser vistos e entendidos.
Quando você dá a pessoas ignorantes o monopolio da lei, elas decretam coisas que vão contra a lei natural e assim semeiam caos, podem até mesmo criar fome e morte.

Quem dita o que é certo ou errado é a natureza, o que inclui levar em conta a natureza humana, pois está na natureza a origem de nossos desejos. É ela quem dita nosso comportamento e até mesmo o quanto valorizamos as coisas.

Um bom exemplo é como no deserto água vale mais que diamante se você quiser viver.

Você pode ir contra a lei natural, mas vai pagar o preço por isso, muito embora a punição não seja sempre aplicada ao individuo. O que se vê na natureza é o direcionamento a um equilibrio e esse é o problema no mundo humano.

É com base nisso que devem surgir no mundo humano as regras de conduta, elas são o reflexo do entendimento do mundo ao nosso redor e de suas leis, ignorar isso e sair decretando absurdos gera caos e desequilibrio.
Então anarcapitalista, foque suas postagens em responder com argumentos objetivos essas 5 proposições. Não fique repetindo-as como pressupostos implícitos que todos já concordam.
Eu quero é que refutem os meus pressupostos e provem os seus pressupostos de funcionalidade da proposta estatal.

No caso do estado o ônus é de vocês, no caso da lei ser natural o ônus é meu, se não concorda com alguma afirmação é só falar que eu apresento os argumentos para que você contrargumente.
Estou também no aguardo dos argumentos a favor do estado.
« Última modificação: 21 de Novembro de 2009, 18:20:14 por anarcapitalista »

Offline Buckaroo Banzai

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Re: Como "o capitalismo" poderia substituir totalmente o estado?
« Resposta #34 Online: 21 de Novembro de 2009, 18:35:19 »
Basicamente é o seguinte. A polícia, ao redor do mundo, exerce um considerável controle sobre a criminalidade; muitas pessoas são alfabetizadas ou até têm formação superior graças ao estado; se alguém comete algo que normalmente se considera um crime contra você, você pode conseguir justiça. E etc. Com diversos graus de sucesso ao redor do mundo. É assim o mundo como conhecemos. 

Logo, o estado funciona, ainda que imperfeitamente, tal como a iniciativa privada, com companhias melhores e piores. Pronto.

Não defendemos que tudo deva ser estatal, que o estado é perfeito e infalível, e, ao menos no meu caso, que não possa ser gradualmente dissolvido até não sobrar nada, até que só sobre a iniciativa privada, acordos populares e ONGs, com isso resultando, ao menos para algumas sociedades, em algo melhor do que o que elas tem com o estado.



De quaquer forma, esse tópico, ao menos, não é sobre qualquer "ônus da prova" geral de quem acha que deve haver estado e de quem acha que não.

É um exercício mental, imaginar como seria a sociedade sem o estado, com suas funções sendo substituídas (ou efetivamente cumpridas, para os que acreditam na absoluta ineficácia do estado) por outras instituições que se possa dizer "não-estatais". Portanto, não é o caso de simplesmente se dizer que o estado não funciona e dar por encerrado, esperando que alguém prove o contrário.


Para isso, que crie-se o tópico "provem que o estado cumpre os meus critérios de funcionalidade", ou se aproveite alguns que já enveredaram por esse rumo.

Offline anarcapitalista

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Re: Como "o capitalismo" poderia substituir totalmente o estado?
« Resposta #35 Online: 21 de Novembro de 2009, 18:40:55 »
Eu pergunto: Se a maioria das pessoas acharem por algum motivo que é melhor exterminar os gays, então o estado tem o direito de fazê-lo?
Sim, tudo que a maioria das pessoas acredita que deve ser feito se torna "justo" e acaba acontecendo.

Questões como prostituição, aborto ou casamento gay atualmente, ou a algumas décadas o próprio homossexualismo era crime. Aliás, historicamente falando, houve algum Estado que não se intrometeu na vida sexual das pessoal? É algo muito besta, burrice épica, mas por algum motivo as pessoas acreditam que a vida sexual alheia é assunto seu, que estão "invadindo seu espaço", e o poder da maioria vence.

Teocracias ou ditaduras também, tudo isso é meramente manipulação da maioria, se não houvesse uma maioria manipulável não existiriam. Que tal a propaganda nazista que convenceu o povo alemão de como os judeus eram nocivos e de preservar a herança pura da raça europeia? Que tal Che Guevara que teve o dever de decidir quem merecia viver e quem deveria morrer na nova nação socialista?
Isso demonstra como o monopolio da lei não muda o fato disso tudo ser errado.
O estado continua sendo errado mesmo que exista um contrato feito por uma maioria delirante e o preço desss erro é o caos.

Offline anarcapitalista

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Re: Como "o capitalismo" poderia substituir totalmente o estado?
« Resposta #36 Online: 21 de Novembro de 2009, 19:23:26 »
Basicamente é o seguinte. A polícia, ao redor do mundo, exerce um considerável controle sobre a criminalidade; muitas pessoas são alfabetizadas ou até têm formação superior graças ao estado
Você se limitou a afirmar que isso é assim. Você tem que provar que isso ocorre graças ao estado e que não seria possivel sem ele.

Eu te garanto que é o oposto.
A educação, por exemplo, é prejudicada pelo estado. Uma vez que ele oferta de graça um sistema de má qualidade fruto de redistribuição de renda, elimina mercado de sistemas melhores fruto da criação de riqueza.
Quando ele toma a renda para fazer redistribuição também está estrangulando a criação de riqueza, o que inclui a riqueza educação.

Um fato que comprova esse prejuizo é como os ricos normalmente recebem melhor educação que os pobres, demonstrando que acesso a educação é fruto da riqueza, o que significa que ir contra a riqueza é ir contra a educação.
; se alguém comete algo que normalmente se considera um crime contra você, você pode conseguir justiça. E etc. Com diversos graus de sucesso ao redor do mundo. É assim o mundo como conhecemos. 
E isso é mesmo fruto do governo ou eu poderia conseguir justiça sem ele?

As leis do governo geram criminalidade e injustiça.
Elas criam coisas como o narcotráfico e o crime organizado, permitem que criminosos usem da maquina estatal e eliminem concorrencia de forma injusta ou mesmo que proibam ramos inteiros da economia.
O estado faz por si só e ainda dá a entidades como os sindicatos, o direito de interferir no trabalho do homem de modo a criar regras que nos tornam semi-escravos.
Logo, o estado funciona, ainda que imperfeitamente, tal como a iniciativa privada, com companhias melhores e piores. Pronto.
A comparação entre estado e iniciativa privada não é coerente, uma é uma única instituição a outra são muitas e se baseiam em principios diferentes.
E você não demonstrou a funcionalidade do estado, apenas apontou coisas que acha serem fruto dele, mas que não só não dependem dele para existir, como é possivel ver como o próprio estado vai na contra-mão delas.
Não defendemos que tudo deva ser estatal, que o estado é perfeito e infalível, e, ao menos no meu caso, que não possa ser gradualmente dissolvido até não sobrar nada, até que só sobre a iniciativa privada, acordos populares e ONGs, com isso resultando, ao menos para algumas sociedades, em algo melhor do que o que elas tem com o estado.
Mas vocês defendem funcionalidade do estado, o que não é realista.
O estado não apresenta resultados e a própria proposta se baseia em erros de raciocinio ao determinar como solução para problemas coisas que na verdade resultam em agravantes.


De quaquer forma, esse tópico, ao menos, não é sobre qualquer "ônus da prova" geral de quem acha que deve haver estado e de quem acha que não.

É um exercício mental, imaginar como seria a sociedade sem o estado, com suas funções sendo substituídas (ou efetivamente cumpridas, para os que acreditam na absoluta ineficácia do estado) por outras instituições que se possa dizer "não-estatais". Portanto, não é o caso de simplesmente se dizer que o estado não funciona e dar por encerrado, esperando que alguém prove o contrário.


Para isso, que crie-se o tópico "provem que o estado cumpre os meus critérios de funcionalidade", ou se aproveite alguns que já enveredaram por esse rumo.
Uma coisa depende da outra.
Enquanto não for entendido que a falha de qualquer proposta não serve de argumento para a existência do estado o debate se perde.


Offline Buckaroo Banzai

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Re: Como "o capitalismo" poderia substituir totalmente o estado?
« Resposta #37 Online: 21 de Novembro de 2009, 20:25:23 »
Basicamente é o seguinte. A polícia, ao redor do mundo, exerce um considerável controle sobre a criminalidade; muitas pessoas são alfabetizadas ou até têm formação superior graças ao estado
Você se limitou a afirmar que isso é assim. Você tem que provar que isso ocorre graças ao estado e que não seria possivel sem ele.

A polícia é estatal, então acontece graças a ele. Não pretendo provar que não seria possível sem ele, pois não creio que isso seja necessariamente verdade. Quem crê que seja, que poste por aí num tópico adequado (poderia até ser contestação nesse mesmo) ou crie um para isso. Quem crê que não, que é possível sem ele, pode expor aqui o porque pensa ser o caso. Eu nunca pensei muito no assunto, então não tenho muito para expor; só não vejo a princípio nenhum grande problema com a privatização da polícia especificamente, embora não me arrisque a afirmar que é 100% seguro e tão bom quanto como as coisas costumam ser. Preferia ver casos de polícia privatizada e analisar caso a caso.



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A educação, por exemplo, é prejudicada pelo estado. Uma vez que ele oferta de graça um sistema de má qualidade fruto de redistribuição de renda, elimina mercado de sistemas melhores fruto da criação de riqueza.
Quando ele toma a renda para fazer redistribuição também está estrangulando a criação de riqueza, o que inclui a riqueza educação.

Não parece ser o caso com a educação pública no Brasil, onde, para o ensino básico, não só o mercado não é eliminado, como é superior. Apenas, aqueles que não podem estudar nessas escolas (onde muitas vezes tem que se comprar todo o material da marca da escola em vez de algo mais barato, de acordo com o bolso de cada um, ou pedir um livro emprestado em vez de ter o próprio, etc), ficam com um ensino que aparentemente é mais freqüentemente ruim (não foi o meu caso, talvez tenha tido sorte, como acho que foi também alguns outros daqui do fórum), em vez de não ter nenhum. O que possivelmente é melhor para a sociedade como um todo e para a geração de riquezas, uma vez que dá as pessoas melhores perspectivas de emprego, quando de outra forma muitas poderiam ver o crime como única saída.

Não digo que o ensino público é a melhor solução. Como postei num outro tópico, em alguns países pobres, mesmo as pessaos bem pobres, estão optando por colocar os filhos em escolas particulares, mesmo que isso signifique um conforto menor, porque o ensino público é provavelmente ainda pior que o nosso. Ainda assim, não são todos os que podem fazer isso, e talvez para esses, seja melhor o ensino público do que nada.



Citar
Um fato que comprova esse prejuizo é como os ricos normalmente recebem melhor educação que os pobres, demonstrando que acesso a educação é fruto da riqueza, o que significa que ir contra a riqueza é ir contra a educação.

No que concerne a geração de riquezas, o estado "mais que mínimo" é visto/defendido como uma "rede de segurança", fornece às pessoas serviços pelos quais elas não têm presentemente condições de pagar, e isso é visto como algo que as ajuda a ir "na direção da riqueza", e à sociedade como um todo, e não contra ela.

A imensa maior parte das pessoas também não considera o imposto como um roubo, mas concorda com eles, ou ao menos com seus princípios, de estar contribuindo para uma sociedade melhor, aumentando as chances de prosperidade para todos, para ele inclusive. É um investimento de apenas uma fração relativamente pequena da sua riqueza individual, uma fração que para ele, valeria proporcionalmente muito menos do que pode acabar valendo às pessoas mais diretamente beneficiadas com ela, e que com essa aplicação por parte todos, acaba valendo mais para ele também.

Isso ao menos em teoria, é o que deveria ser. Na prática, até mesmo os comunistas concordam que os impostos podem ser (mas não necessariamente são) injustos e tornar as pessoas mais pobres.



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; se alguém comete algo que normalmente se considera um crime contra você, você pode conseguir justiça. E etc. Com diversos graus de sucesso ao redor do mundo. É assim o mundo como conhecemos.  
E isso é mesmo fruto do governo ou eu poderia conseguir justiça sem ele?

Novamente, eu não estou afirmando que as coisas que o governo faz só seriam possíveis de ser feitas por ele. Muitas poderiam ser, outras, não sei como, e por isso criei esse tópico, para que se especule os prós e contras de possíveis soluções.


Citar
As leis do governo geram criminalidade e injustiça.
Elas criam coisas como o narcotráfico e o crime organizado, permitem que criminosos usem da maquina estatal e eliminem concorrencia de forma injusta ou mesmo que proibam ramos inteiros da economia.
O estado faz por si só e ainda dá a entidades como os sindicatos, o direito de interferir no trabalho do homem de modo a criar regras que nos tornam semi-escravos.

Não estou dizendo, nem ninguém, que o governo é infalível. Eu por exemplo, apenas vejo a possibilidade de problemas como esses todos ocorrendo também num hipotético mundo/região sem estado. São coisas que se teria que tentar evitar, e que provavelmente exigiriam organizações sociais "estatóides", acordos entre as pessoas, estabelecimento e cumprimento de regras, etc. Isso não é exatamente "justificativa para o estado", é mais "justificativa" para não se acabar com tudo (o que nem iria ocorrer, realisticamente) sem antes pensar em como se poderia fazer as coisas de forma melhor.

Em parte, esse tópico é para isso, debater possíveis soluções melhores do que as oferecidas pelo estado, e não só falar que o estado não funciona e pronto. Se o estado é invariavelmente a pior alternativa possível, Ok, basta então vomitar quaisquer três alternativas sem nem pensar direito que serão melhores que o estado, e ficaria claro a todos.


 
Citar
Logo, o estado funciona, ainda que imperfeitamente, tal como a iniciativa privada, com companhias melhores e piores. Pronto.
A comparação entre estado e iniciativa privada não é coerente, uma é uma única instituição a outra são muitas e se baseiam em principios diferentes.

Existe mais de um estado, e, independentemente disso, isso não invalida as comparações. E como empresas são vistas como alternativa ao estado, o mais lógico é que se compare ambos. Nenhuma das categorias, por mais díspares que possam ser, tem entes fundamentalmente diferentes, um fadado ao fracasso absoluto, e outro que só tem seu sucesso impedido por esse outro ente cuja única coisa que consegue fazer é impedir o sucesso do ente de outra forma infalível.


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E você não demonstrou a funcionalidade do estado, apenas apontou coisas que acha serem fruto dele, mas que não só não dependem dele para existir, como é possivel ver como o próprio estado vai na contra-mão delas.

Eu não estou sugerindo que essas coisas sejam necessariamente fornecidas pelo estado, apenas, calham de ser, e funcionam em algum grau. Em alguns casos melhor, em outros pior, que alternativas privadas, que também podem se colocar na contra-mão do sucesso.

Também não pretendo "demonstrar que o estado funciona" para você, até porque aparentemente seus critérios de funcionalidade para o estado e a iniciativa privada são diferentes, sendo aparentemente inatingíveis por definição no primeiro caso. Mas principalmente por que nem é o tema do tópico, mas mais algo na linha do que você está supostamente tentando defender, que a iniciativa privada dá conta e pode ser até melhor. Só que numa versão "positiva", com hipóteses melhor delineadas, e não "negativa", apenas "concluindo" que o estado é um fracasso absoluto e qualquer outra coisa só pode ser melhor, sem nem precisar imaginar o que seria.


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Não defendemos que tudo deva ser estatal, que o estado é perfeito e infalível, e, ao menos no meu caso, que não possa ser gradualmente dissolvido até não sobrar nada, até que só sobre a iniciativa privada, acordos populares e ONGs, com isso resultando, ao menos para algumas sociedades, em algo melhor do que o que elas tem com o estado.
Mas vocês defendem funcionalidade do estado, o que não é realista.
O estado não apresenta resultados e a própria proposta se baseia em erros de raciocinio ao determinar como solução para problemas coisas que na verdade resultam em agravantes.



De quaquer forma, esse tópico, ao menos, não é sobre qualquer "ônus da prova" geral de quem acha que deve haver estado e de quem acha que não.

É um exercício mental, imaginar como seria a sociedade sem o estado, com suas funções sendo substituídas (ou efetivamente cumpridas, para os que acreditam na absoluta ineficácia do estado) por outras instituições que se possa dizer "não-estatais". Portanto, não é o caso de simplesmente se dizer que o estado não funciona e dar por encerrado, esperando que alguém prove o contrário.


Para isso, que crie-se o tópico "provem que o estado cumpre os meus critérios de funcionalidade", ou se aproveite alguns que já enveredaram por esse rumo.
Uma coisa depende da outra.
Enquanto não for entendido que a falha de qualquer proposta não serve de argumento para a existência do estado o debate se perde.

Não, aqui, nesse tópico, como o tema do debate é "soluções melhores que as oferecidas pelo estado", o debate se perde se se focar apenas em "como o estado é ruim".

Offline _tiago

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Re: Como "o capitalismo" poderia substituir totalmente o estado?
« Resposta #38 Online: 22 de Novembro de 2009, 13:50:02 »
E como seria um estado privado? Ao invés de um presidente um CEO, todas as fábricas com a mesma marca, os funcionários com o mesmo uniforme e salário. A mesma missão e visão, economia planificada (respeitando um plano de negócios). A diversidade implícita aos estados não seria suprimida?
Tudo isso soa estranho.

Offline _tiago

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Re: Como "o capitalismo" poderia substituir totalmente o estado?
« Resposta #39 Online: 22 de Novembro de 2009, 13:52:31 »
Acho o título do tópico tão contraditório como o termo "anarcocapitalismo".

Não há como "o capitalismo" substituir o estado já que é o estado que garante a existência do capitalismo. Já expliquei em outro tópico o porquê.

Dizer que o "capitalismo substituiria o estado" seria mais ou menos como dizer "a ausência de roubos substituiria a polícia". É por aí.

E o estado privatizado passaria a ser o estado regular? Ou seja, não haveria substituição prática?

Offline anarcapitalista

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Re: Como "o capitalismo" poderia substituir totalmente o estado?
« Resposta #40 Online: 23 de Novembro de 2009, 01:40:32 »
A polícia é estatal, então acontece graças a ele. Não pretendo provar que não seria possível sem ele, pois não creio que isso seja necessariamente verdade. Quem crê que seja, que poste por aí num tópico adequado (poderia até ser contestação nesse mesmo) ou crie um para isso. Quem crê que não, que é possível sem ele, pode expor aqui o porque pensa ser o caso. Eu nunca pensei muito no assunto, então não tenho muito para expor; só não vejo a princípio nenhum grande problema com a privatização da polícia especificamente, embora não me arrisque a afirmar que é 100% seguro e tão bom quanto como as coisas costumam ser. Preferia ver casos de polícia privatizada e analisar caso a caso.
Se você afirma que o estado funciona porque a policia prende bandidos reduzindo a criminalidade, tem que provar que ele realmente reduz a criminalidade.
Os indicios apontam que ele faz o oposto, aumenta a criminalidade ao criminalizar certas atividades e ao oferecer os serviços do estado a bandidos. Tudo ao mesmo tempo em que aquilo que ele faz, não precisaria ser feito por meio do monopolio dele.
Não parece ser o caso com a educação pública no Brasil, onde, para o ensino básico, não só o mercado não é eliminado, como é superior.
É óbvio que as escolas privadas são superiores. Só que o mercado é encolhido pela oferta publica.
O que POSSIVELMENTE é melhor para a sociedade como um todo e para a geração de riquezas, uma vez que dá as pessoas melhores perspectivas de emprego, quando de outra forma muitas poderiam ver o crime como única saída.
A escola publica reduz a criação de riqueza, isso é fato e não um desejo de que possivelmente seria assim.
Não digo que o ensino público é a melhor solução. Como postei num outro tópico, em alguns países pobres, mesmo as pessaos bem pobres, estão optando por colocar os filhos em escolas particulares, mesmo que isso signifique um conforto menor, porque o ensino público é provavelmente ainda pior que o nosso. Ainda assim, não são todos os que podem fazer isso, e talvez para esses, seja melhor o ensino público do que nada.
O ensino publico é sempre pior. Ele atrapalha a criação de riqueza e também o acesso das pessoas a escola particular.
A idéia de que sem ensino publico as pessoas não podem ter acesso a educação e por isso temos que ofertar um ensino publico gratis é complemante falsa.

Educação é fruto da riqueza e as pessoas podem trocar a riqueza que criam por esse serviço. Quando você atrapalha a criação de riqueza atrapalha esse processo.
E as pessoas podem pagar por escolas como pagam por roupas e sapatos.

No que concerne a geração de riquezas, o estado "mais que mínimo" é visto/defendido como uma "rede de segurança", fornece às pessoas serviços pelos quais elas não têm presentemente condições de pagar, e isso é visto como algo que as ajuda a ir "na direção da riqueza", e à sociedade como um todo, e não contra ela.
É "visto" assim por quem não entende do assunto ou raciocina por meio de wishful think.
Os fatos demonstram o contrario.
A imensa maior parte das pessoas também não considera o imposto como um roubo, mas concorda com eles, ou ao menos com seus princípios, de estar contribuindo para uma sociedade melhor, aumentando as chances de prosperidade para todos, para ele inclusive.
A mesma imensa maioria que de tão ignorante você acha que deve ser governanda?
A imensa maioria não passa de uma falacia conhecida como apelo a multidão.
É um investimento de apenas uma fração relativamente pequena da sua riqueza individual, uma fração que para ele, valeria proporcionalmente muito menos do que pode acabar valendo às pessoas mais diretamente beneficiadas com ela, e que com essa aplicação por parte todos, acaba valendo mais para ele também.
Quando você oferta grátis um serviço ou produto fruto de redistribuição de renda e o coloca para competir um fruto da criação de riqueza, você está na prática eliminando estrangulando a criação riqueza.
Quando você faz isso os maiores prejudicados são justamente os que tem pouca ou nenhuma riqueza.

Então isso é um investimento contra as pessoas.
Não estou dizendo, nem ninguém, que o governo é infalível. Eu por exemplo, apenas vejo a possibilidade de problemas como esses todos ocorrendo também num hipotético mundo/região sem estado. São coisas que se teria que tentar evitar, e que provavelmente exigiriam organizações sociais "estatóides", acordos entre as pessoas, estabelecimento e cumprimento de regras, etc. Isso não é exatamente "justificativa para o estado", é mais "justificativa" para não se acabar com tudo (o que nem iria ocorrer, realisticamente) sem antes pensar em como se poderia fazer as coisas de forma melhor.
A discussão não deve ser sore como fazer melhor, como se tivessemos algo funcional em oposição.
A discussão deve ser sobre como fazer funcionar e ponto.
Em parte, esse tópico é para isso, debater possíveis soluções melhores do que as oferecidas pelo estado, e não só falar que o estado não funciona e pronto. Se o estado é invariavelmente a pior alternativa possível, Ok, basta então vomitar quaisquer três alternativas sem nem pensar direito que serão melhores que o estado, e ficaria claro a todos.
Você continua falando no estado como se ele fosse algum tipo de solução.
Como eu já disse, eu não preciso apresentar a cura da AIDS para saber que oração não funciona.

A falta de funcionalidade do estado deve ser entendida para que se possa traçar uma solução, do contrario ficam sugerindo aquilo que já se vê não funcionar.
Se algo não funciona você analisa o motivo.
Onde esta o erro com o estado?

O principal erro é o monopolio da lei e as intervenções malucas que ele faz na economia.
Partindo do entendimento desse ponto é possivel pensar em soluções.
Existe mais de um estado, e, independentemente disso, isso não invalida as comparações. E como empresas são vistas como alternativa ao estado, o mais lógico é que se compare ambos. Nenhuma das categorias, por mais díspares que possam ser, tem entes fundamentalmente diferentes, um fadado ao fracasso absoluto, e outro que só tem seu sucesso impedido por esse outro ente cuja única coisa que consegue fazer é impedir o sucesso do ente de outra forma infalível.
A comparação é infundada no momento em que não existe uma única iniciativa privada.
Apontar que determinada empresa não funciona, nada diz acerca da outra empresa.
O estado é fadado ao fracasso pelo sua própria caracterista monopolista.

Offline anarcapitalista

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Re: Como "o capitalismo" poderia substituir totalmente o estado?
« Resposta #41 Online: 23 de Novembro de 2009, 01:42:51 »
E como seria um estado privado? Ao invés de um presidente um CEO, todas as fábricas com a mesma marca, os funcionários com o mesmo uniforme e salário. A mesma missão e visão, economia planificada (respeitando um plano de negócios). A diversidade implícita aos estados não seria suprimida?
Tudo isso soa estranho.

Imagino que ele se refira não a privatização do estado, mas a abolição dele e a substituição dos serviços hoje fornecidos por ele, por serviços prestados pela iniciativa privada.

 

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