Autor Tópico: Mahmoud Ahmadinejad por quê?  (Lida 1740 vezes)

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Offline _Juca_

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Re: Mahmoud Ahmadinejad por quê?
« Resposta #25 Online: 27 de Novembro de 2009, 23:17:14 »
o ahmadinejad é tão estúpido como esse hipotético premie israelense que citei, apenas é de outro espectro ideológico.
Portanto imagino que você é contra o Lula recebê-lo, correto?
sim sou contra, mas é que não vejo a política exterior como algo simples, sempre existem peças se movendo das quais a gente não fica sabendo. É isso que eu gostaria de entender nesse caso.
Veja bem, Lula recebe o premie de Israel depois dos palestinos e depois o idiota do Irã. Qual o jogo?
Fora a tradicional reprimenda de jornais  extrangeiros conservadores, do Serra e alguns políticos fazendo cena para os judeus no Brasil, não houve uma condenação mais forte à recepção, nem dos EUA, nem de Israel, nem mesmo dos jornalões no Brasil, o que de verdade tem por trás?

Offline Moro

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Re: Mahmoud Ahmadinejad por quê?
« Resposta #26 Online: 27 de Novembro de 2009, 23:26:21 »
não deve haver nada não Juca... meio que só a irrelevância do encontro e a estupidez do sujeito que irrita algumas pessoas
“If an ideology is peaceful, we will see its extremists and literalists as the most peaceful people on earth, that's called common sense.”

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Offline _Juca_

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Re: Mahmoud Ahmadinejad por quê?
« Resposta #27 Online: 27 de Novembro de 2009, 23:31:40 »
não deve haver nada não Juca... meio que só a irrelevância do encontro e a estupidez do sujeito que irrita algumas pessoas
Pode ser...pode ser alguns bilhões de dólares em comercio, quem sabe?

Offline Moro

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Re: Mahmoud Ahmadinejad por quê?
« Resposta #28 Online: 27 de Novembro de 2009, 23:37:37 »
pode ser... em alguns meses voltamos.

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Offline Blues Brother

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Re: Mahmoud Ahmadinejad por quê?
« Resposta #29 Online: 28 de Novembro de 2009, 15:47:23 »
Citar
A grande verdade é que a criação do estado de Israel foi um grande erro...

Foi um erro a forma que utilizaram para sua fundação.

Na verdade, os primeiros sionistas eram partidários do Estado Bi-nacional. Com o tempo, viram que não seria possível e muitos deles passaram a defender a criação de dois Estados independentes.

O Chomsky, por exemplo, foi um celébre sionista que defendeu a criação de dois Estados independentes.

Mas o Estado de Israel, uma vez estabelecido, distanciou-se de qualquer agenda humanitária, abandonou a tradição sionista que buscava a paz com os palestinos. Suspeito de forte influência ocidental nisso.

Offline Unknown

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Re: Mahmoud Ahmadinejad por quê?
« Resposta #30 Online: 28 de Novembro de 2009, 20:26:50 »
Notícias que saíram essa semana sobre o assunto (e que envolvem interesses de ambos os lados)
Citação de: [url=http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2009/11/091123_ira_tariq_pu.shtml]BBC Brasil[/url]
Irã aposta na América Latina para escapar de sanções, dizem analistas

O presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, chega ao Brasil nesta segunda-feira com os objetivos de ampliar suas parcerias para aliviar os efeitos das sanções econômicas impostas contra o Irã e de buscar apoio ao seu programa nuclear, segundo analistas de países do mundo árabe e persa, ouvidos pela BBC Brasil.

"A administração do presidente Ahmadinejad foi a que mais buscou novos parceiros comerciais em regiões antes ignoradas, como a África, América Latina e outros países asiáticos", disse Mahjoob Zweiri, economista e cientista político da Universidade da Jordânia.

"Ahmadinejad viu no Brasil um parceiro de negócios e também estratégico, um possível mediador com o Ocidente", disse Mohammad Marandi, cientista político da Universidade de Teerã.

"O grande interesse do Irã na América Latina é comercial, mas também joga sua estratégia para buscar apoio internacional ao seu programa nuclear", enfatizou Marandi.

Para Zweiri, as sanções econômicas dos Estados Unidos e outros países europeus fizeram o governo do Irã se lançar em busca de novos mercados, principalmente no Hemisfério Sul.

Nos últimos anos, o Irã aumentou sua presença econômica e diplomática na América Latina, com o anúncio de abertura de escritórios comerciais e embaixadas no Chile, Colômbia, Equador, Nicarágua, Bolívia e Uruguai.

Acordos comerciais

Ahmadinejad desembarca no Brasil nesta segunda-feira com cerca de 200 empresários que buscam negócios nas áreas de petróleo e investimentos no mercado financeiro.

Há a expectativa de que Ahmadinejad assine 23 acordos comerciais com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Segundo o Ministério de Relações Exteriores do Irã, o país quer investir em petróleo, petroquímicos, agricultura, construção, mineração e setor automotivo.

O comércio entre Brasil e Irã gira em torno de US$ 2 bilhões por ano. O Brasil exporta comida, carros, remédios e minérios, além de ter a Petrobras operando no país. Já o Irã exporta tapetes, sal, químicos, combustível e frutas secas.

"O Irã vem ampliando acordos econômicos com países africanos, onde já possui investimentos, e busca um maior comércio com os países latino-americanos, especialmente pesos-pesados como o Brasil e Venezuela", disse Mahjoob Zweiri.

Segundo ele, a relação do Irã com a Venezuela vem desde os anos 60, quando ambos participaram da fundação da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP).

"Os dois países, por exemplo, investiram juntos mais de US$ 200 milhões em uma empresa de cimento na Bolívia."

O professor explica que, com isso, o Irã incrementa sua presença econômica e busca maior apoio político para fugir de seu isolamento no cenário internacional com o Ocidente.

Estratégia geopolítica

De acordo com o diretor do Centro Libanês de Estudos Políticos, Oussama Safa, o Irã busca também maior presença na América Latina para contra-atacar a forte presença americana em dois de seus vizinhos, Iraque e Afeganistão.

"O esforço de expandir a relação estratégica com países do continente dobrou no governo Ahmadinejad. A forte aliança entre o presidente iraniano e Hugo Chavez é baseada também na ideologia antiamericana", disse Safa.

Para ele, o Irã quer atingir os Estados Unidos usando a América Latina como moeda de barganha.

"As sanções e a pressão dos EUA fizeram com que o governo iraniano buscasse terreno na região que supostamente era de influência americana e que foi ignorada pelo governo do ex-presidente George W. Bush", explicou ele.

Para Safa, o Brasil oferece ao Irã uma peso considerável, dada a importância do país sul-americano no cenário internacional.

"O Brasil já é uma potência econômica e política mundial, e é o líder em sua região. Ganhar o apoio brasileiro seria uma grande vitória política de Ahmadinejad."

Para Mahjoob Marandi, a ambição brasileira de conseguir um assento permanente no Conselho de Segurança da ONU fez os dois países se aproximarem com interesses mútuos.

"O Brasil quer um assento permamente e maior participação na mediação de assuntos internacionais, principalmente no Oriente Médio. E o Irã quer ter mais interlocutores importantes a seu favor", completou.

Sanções

As sanções do governo dos EUA incluem um embargo a negócios entre empresas americanas e iranianas, à venda de aviões e peças para o Irã, de investimentos de companhias de petróleo americanas no país e a proibição de bancos iranianos de transferir dinheiro para os EUA e vice-versa. Outros produtos em uma lista podem ser comercializados desde que não sejam enviados diretamente ao Irã.

A União Europeia também congelou fundos pertencentes a bancos iranianos, incluindo o maior banco do país, e adicionou mais nomes à lista de cidadãos iranianos proibidos de entrar em países europeus.

O isolamento iraniano aumentou nos últimos anos devido a seu polêmico programa nuclear.

Os Estados Unidos e outros países ocidentais acusam o governo iraniano de tentar desenvolver armas nucleares. Mas o Irã insiste que seu programa tem fins pacíficos para a produção de energia e pesquisas médicas.

Em 2007, o presidente Lula manifestou apoio ao direito do Irã de desenvolver um programa nuclear desde que fosse para fins pacíficos.

O Brasil também criticou a imposição de mais sanções ao Irã, alegando que a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) deveria resolver a questão nuclear do Irã, e não o Conselho de Segurança da ONU.

Em 2008, novas sanções econômicas foram aprovadas pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas como forma de pressionar o governo iraniano em relação a seu programa nuclear.

No mesmo ano, o Brasil declarou que não reconhecia sanções unilaterais impostas ao Irã e pediu ao governo iraniano que colaborasse com a AIEA para evitar mais sanções.
Citação de: [url=http://]BBC Brasil[/url]
Visita ao Brasil é parte da estratégia do Irã de se 'aconchegar' na América Latina, diz 'Economist'

A revista britânica The Economist destaca, na edição desta quinta-feira, a visita do presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, ao Brasil e afirma que giro do líder iraniano é parte da estratégia do país de se “aconchegar” na América Latina.

Intitulado “Aiatolás no quintal”, em uma referência à posição geográfica dos Estados Unidos com relação aos países latino-americanos, o artigo cita a aproximação de Ahmadinejad com diversos governos da região, como a Venezuela, a Bolívia e o Equador.

“As visitas de Ahmadinejad à América Latina o promovem num período em que ele não é bem-vindo em muitos países e enfrenta pressão em casa por conta de sua disputada reeleição”, diz a revista.

A Economist afirma, no entanto, que o presidente iraniano não havia tido sucesso em conquistar nações maiores como Colômbia, México e Argentina e cita um analista para afirmar que uma visita de Estado ao Brasil “vale dez idas à Venezuela”.

Riscos

A revista comenta a receptividade de Lula ao líder iraniano e o apoio do governo brasileiro ao programa nuclear “supostamente”, diz a publicação, pacífico. Mas também alerta para os riscos que o Brasil corre ao apoiar o governo polêmico do Irã.

Entre os riscos citados pela Economist estariam a ambiguidade em defender a importância da democracia e receber um líder que prende ativistas políticos da oposição. O artigo afirma ainda que o Brasil corre o risco de “ultrapassar a linha no seu desejo de ser visto como um país importante”.

Nesse sentido, a revista destaca os esforços do país em tentar ajudar a resolver o conflito entre israelenses e palestinos, mas afirma que o Brasil fracassou em mediar crises muito mais simples, como a de Honduras ou a disputa entre Colômbia e Venezuela.

Apesar disso, a Economist afirma que é mais proveitoso um governo brasileiro engajado com os problemas mundiais e que os Estados Unidos, apesar de terem ficado silenciosos com a visita de Ahmadinejad ao Brasil, podem enxergar a possibilidade de o Brasil ser um mediador no diálogo com o Irã.

“A irritação (dos Estados Unidos) em ver o líder iraniano recebido tão calorosamente no seu quintal pode ser suavizada com o pensamento de que pelo menos agora há um canal de comunicação aberto, via Brasília, com Teerã”, diz o artigo.

"That's what you like to do
To treat a man like a pig
And when I'm dead and gone
It's an award I've won"
(Russian Roulette - Accept)

 

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