Sem querer desapontar, mas provavelmente já desapontando.
Não fiquei TÃO desapontado!!!

O que eu disse era mais ou menos apenas que é sim possível (ou talvez seja fato, não lembro) que haja maior diversidade genética dentre grupos tidos como raciais do que entre eles, ao mesmo tempo em que é possível se fazer a distinção genética, mais ou menos da mesma forma que se pode em boa parte do tempo acertar na distinção só pelo fenótipo. E que, mesmo que isso não seja o caso, que os grupos/raças sejam realmente mais geneticamente homogêneos e/ou diferenciados, por si só, não "é" algo racista.
Não disse que os grupos ou indivíduos são/devem ser todos "geneticamente iguais", que uns não podem ser melhores que outros em alguns aspectos, e sem necessariamente algo pior para "compensar".
Sim, não que tenham que ser "TODOS GENETICAMENTE IGUAIS", é que essas manchetes anti-racistas sobre pesquisas genéticas fazem pensar exatamente o contrário, que TODOS são "GENETICAMENTE DIFERENTES" quando não são, as pessoas de etnias diferentes serão SIM mais geneticamente diferentes do que as pessoas das mesmas etnias! Então quando os racistas disserem "isso tudo é MENTIRA", eles vão estar CERTOS, vamos ser OBRIGADOS a dizer "OS RACISTAS ESTÃO CERTOS, É MENTIRA SIM" e isso vai fazer os anti-racistas que gostam dessas notícias parecerem imbecis!
Na prática nenhuma das duas coisas está totalmente "certa" ou "errada". As pessoas vão ser mais parecidas com pessoas da própria raça (ou etnia, ainda que não seja a mesma coisa) em certas características ou genes, mas podem ser, ao todo, ou em outras características específicas, mais parecidas com indivíduos de outra raça ou etnia.
É bastante como o lado da aparência física. Existem as características que a maioria das pessoas conseguem usar para distinguir a raça com um bom grau de confiabilidade (ainda que dependendo do grau de miscigenação isso possa ser bem enganoso) -- como cor da pele, tipo de cabelo e alguns traços faciais -- com as quais qualquer um, sem implicar que é racista, pode tranqüilamente dizer que as pessoas de uma raça são mais parecidas com pessoas da mesma raça do que com outras; e há do outro lado praticamente todas as outras características, como altura, características faciais que variam individualmente, peso, altura, tipos sangüineos, massa muscular e etc. (Mas na verdade não existe essa delimitação clara, como se certas características fossem só variação racial e outras só individual, é tudo a mesma coisa)
No que concerne ao racismo, não acho que ninguém é mais racista por dizer que os negros tem um gene X, Y ou Z mais comum, do que é ao dizer que eles costumam ter cabelo crespo e os asiáticos mais comumente cabelo bem liso, ou que asiáticos costumam ter olhos puxados e europeus não, bem como todas as características típicas que se reconhece quase sem se dar conta. Se os racistas estão "certos" nisso, não acho que deve ser visto como uma "derrota" maior do que eles admitirem que água molha e fogo queima.
Mas esse tipo de coisa não deve ser substancialmente, "verdadeiramente", "racial". Porque existem pessoas de todas raças em todos níveis sociais e etc, ainda que em diferentes proporções. Essas médias das quais tanto se fala criam, ainda que acidentalmente, ainda que só uma impressão falsa para os leigos, "ideais", quase meio como o que "deve" ser um cachorro qualquer dentro dos padrões de uma dada raça de cachorro.
Ainda assim, no final pode bem ser que, de fato, no que houver "contribuição genética", hajam disparidades entre as delineações raciais que se fizer. O que acaba sendo legal do ponto de vista dos racistas, ainda que, para qualquer outra pessoa não deva ter muita importância a cor ou origem continental da população ancestral de uma pessoa, e sim o problema em questão, como pobreza ou criminalidade, que como disse, não seriam, mesmo no pior dos cenários possíveis, "características raciais". O mesmo para eventuais vantagens; só os racistas bobos alegres ficam contentes com o próprio fracasso pessoal só em saber que tem alguns certos genes em comum, ou mesmo eventualmente a maioria, com indivíduos de grupo que historicamente teve maiores realizações e sucesso, diferentemente dele. Possivelmente isso talvez seja até uma das causas do racismo, uma forma de conseguir auto-estima ou associação, ou por ao menos não ser de um grupo pior.
Como assim? Se for provado que negros e descendentes de índios tem MAIS tendência ao crime do que brancos, etc, isso não torna automaticamente os brancos mais maravilhosos e MELHORES, e então os racistas não estão CERTOS??? E então "diferenteres proporções" não adiantaria muita coisa, não é porque eu tenho uma certa quantidade de negros cientistas e negros ricos que os brancos não serão sempre MAIS cientistas e MAIS ricos, e os racistas continuariam CERTOS, as raças teriam uma relação de inferioridade e superioridade umas com as outras.
Os indivíduos de um grupo racial ou étnico só vão ser todos "mais maravilhosas e melhores", ou piores, se você aceita a lógica de generalização do racismo. Se achar que a vida real é um joguinho onde se separaram as pessoas de diversas cores de pele e se compara diversos "resultados" de cada grupo, onde qualquer perdedor pode "ganhar" só por estar por sorte no time com mais pessoas de melhor desempenho, e qualquer um "perde" mesmo se tiver resultados bem superiores à maioria do grupo vencedor.
No mundo real, o fato do Isaac Newton ser branco, não faz nenhum outro branco ser, só por ser branco, nem um milhonésimo mais genial do que qualquer índio, negro ou asiático; igualmente o fato de Josef Fritzl, Teddy Bundy, e outros, serem brancos, não diz nada de significativo contra "os brancos" de modo geral.
Mas, voltando ao que disse uns parágrafos atrás, essas disparidades existem, e não vejo um grande alívio no fato de que, as pessoas mais miseráveis ou os criminosos não são rigorosamente geneticamente determinados, e que não seja algo que se possa reduzir à raça, ainda que possa haver grande disparidade. O fato dos racistas ou pessoas com um foco ilusório verem em diferenças que existem nas delineações raciais, respectivamente, algo bom ou significativo (significativo para outra coisa além do racismo e suas implicações e curiosidades genéticas do tipo "você sabia que existe uma formiga que só tem um cromossomo?"), é um aborrecimento de importância pequena e aparentemente cada vez menor, já que acho que o racismo está diminuindo de forma geral.
Não é só porque as coisas não são prinicipalmente genéticas ou raciais que a situação está necessariamente muito melhor, podendo até ser consideravelmente pior. Se não são os genes os principais responsáveis pelo sucesso e comportamento ideais das pessoas, a sua relativa estabilidade natural também não é garantia de que as coisas vão no mínimo continuar assim, nem de que podem melhorar para todos. Só nos diz que não são os genes garantindo ou impedindo. Talvez até sendo algo mais provável a estabilidade e progresso se fosse realmente tudo determinado geneticamente, de forma bastante significativa..
Não estou interessado nesse lado da questão, estou falando unicamente sobre genética e potenciais das pessoas, não estou interessado agora sobre se o mundo vai piorar ou não por causa disso. Mas os racistas poderiam dizer que separar as raças é MELHOR pro mundo porque é melhor que cada um fique com seus iguais pra que as pessoas não SOFRAM com as diferenças, tipo, eu sou muito inteligente e sou forçado a me relacionar com pessoas de raças mais burras, etc, e nada de bom viria da convivência plural porque as raças mais burras não teriam capacidade de entender as idéias das raças mais inteligentes, etc.
Pode até ser bom que para determinadas coisas as pessaos se separem ou sejam separadas de acordo com inteligência, mas propor isso com base em generalizações raciais (ou sexuais) é burrice.
Se bem que tinha até uma compensação, que eram as doenças... algumas etnias tem doenças mais comuns nelas do que em outras, o que compensaria o fato delas serem MAIS MARAVILHOSAS. A etnia mais inteligente, segundo ele, a dos judeus Ahkenazim, algo assim, sei lá, é cheia de doenças.
Asquenazes, judeus da Alemanha (que, segundo já li, segundo os nazistas, tinham QI 70 naquela época), país mais rico da Europa, que hoje tem um dos "QIs nacionais" mais elevados, 103, enquanto a média do lado oriental é de 95. Sério indício de que o socialismo emburrece as pessoas de forma duradoura.
Mas por que isso seria bom? Não existem pessoas mais capazes que outras, independentemente de serem mais comuns em qualquer outro grupo? Qual o problema se eles não tiverem falhas para "compensar"? Acho que deveriam, no máximo, ser motivo de inspiração, não de inveja e prazer com o sofrimento daqueles que, se a teoria estiver correta, nem seriam os privilegiados com tendência a uns pontos a mais escala de QI, mas seus parentes. Qual é a diferença de ver essa possibilidade como boa e de achar bom que os negros sejam proporcionalmente mais pobres e com menor QI como "compensação" do Pelé, de outros atletas, e de músicos?
Você não está entendendo, essa coisa de "serem mais comuns" é que tornaria as raças MELHORES que outras.
Aqui vale o mesmo que disse no trecho anterior.
As manchetes anti-racistas e a educação que ensina sobre os princípios de igualdade e etc fazem a gente achar que, se você der a mesma educação para grupos de brancos, para grupos de negros, para grupos de indonésios, para grupos de chineses e para grupos misturados, os rendimentos das classes tenderão a ser de uma mesma média, que uma quantidade média mais ou menos igual de pessoas mais inteligentes vai se sobressair em todos os grupos, que uma quantidade média mais ou menos igual de pessoas mais burras vai ser notada em todos os grupos e que uma quantidade média mais ou menos igual de gente "mediana" vai aparecer em todos os grupos!!!! A gente fica achando que, num mundo justo, a capacidade e a educação vão ter mais ou menos o mesmo peso para grupos de todas as etnias!!
Bem, eu acho que a realidade não deve ser tremendamente diferente disso, de qualquer forma.
Mas vamos comparar as duas possibilidades, assumindo uma boa parte de baixo desempenho pré-determinado mas não patológico em ambos os casos, só mudando as distribuições raciais. Uma mais agradável a quem tem prazer com a existência de desigualdades raciais, e outra agradável aos igualitários.
Em ambas as situações, vão ter aquelas pessoas que, por serem quem são, por serem filhas de quem são, não vão conseguir bons resultados, e só vão conseguir algo razáovel com muito mais esforço. Por que uma pessoa nessa situação está melhor se houver o mesmo número de pessoas de cada cor na mesma situação? E estaria ele melhor ainda se fosse um dos únicos que obtém resultados ruins dentro do grupo? E definitivamente na pior se fosse comum dentro do grupo dele? Eu não vejo porque.
Mesmo que todas as pessoas de todas raças tiverem mais ou menos as mesmas curvas de desempenho em qualquer coisa, os ruins ainda vão ter o grupo dos ruins, ele só será mais "colorido" em vez de "malhado".
Em si, essas diferenças nem teriam nada de inerentemente terríveis, o que pode haver de ruim é o julgamento generalizado podendo prejudicar mesmo aqueles com capacidade boa ou superior. E eventual supervalorização de pessoas menos qualificadas dentro do grupo geralmente melhor qualificado.
Já se eu sei que determinado grupo de uma etnia vai ter SEMPRE MAIS gente inteligente e um grupo de outra etnia vai ter SEMPRE MAIS gente burra, isso parece "injusto", então se os grupos mais inteligentes tiverem uma incidência maior de doenças genéticas, isso parece mais "justo". Uma coisa é eu ser uma pessoa preguiçosa e desmotivada e por isso ter resultados mais medíocres na vida ou eu ser uma pessoa determinada e persistente e ter resultados mais promissores na vida, outra coisa é eu JÁ SABER de antemão que uma pessoa menos determinada e menos persistente que eu JÁ TEM UMA PROBABILIDADE MUITO MAIOR de ser mais bem-sucedida do que eu SÓ porque nasceu dos pais que nasceu!!! Isso soa muito injusto porque as pessoas já teriam mais valor que as outras desde que nascem e não importa o que fizerem depois, sempre saberão que tem menos chances ou mais chances que outras!! Isso é horrível e é dificíl de se conformar, então É BOM SABER quando os mesmos genes que fazem essas pessoas TÃO maravilhosas, TÃO inteligentes, TÃO super-demais, também FERRAM COM ELAS. ISSO sim é mais compatível com um mundo mais justo.
Por um lado, o que você parece achar ruim não é tanto a eventual diferença em médias entre raças para capacidades geneticamente determinadas, mas o determinismo em si; por outro lado, parece que só acha o determinismo ruim quando acompanhado e diferentes médias raciais. Mesmo sendo todas as raças igualmente capazes em seu potencial genético, isso não torna falso que alguém seria menos capaz só por nascer de quem nasceu, isso apenas não terá qualquer diferença de estimativa de probabilidade implícita em raça, apenas em família ou talvez classe sócio-econômica.
Mas eu acho que talvez seja bem provável que isso ocorra mesmo. Não só as pessoas são naturalmente preconceituosas, como de fato há disparidades entre grupos alimentando esses generalizações. Ao mesmo tempo, apesar de haverem "comunidades multi-étnicas", isso por si só não garante que elas tenham uma convivência mais realmente conjunta, a experiência de ser conduzido a ver mais pessoas dos outros grupos como indivíduos em vez de pessoas de fora do próprio grupo, ou do grupo X. Talvez o mais provável seja formarem panelinhas que não só não fazem nada que contribua para diminuir o preconceito, como pode ampliá-lo.
Ou seja, talvez ambas as coisas sejam verdade, as comunidades multi-étnicas gerem mais desconfiança, mas ao mesmo tempo, a desconfiança e outros problemas possam ser minimizados com a redução da segregação na educação, ou ainda em outras situações. Mas talvez isso seja complicado pela própria desconfiança pré-existente, que talvez atrapalhe a educação para começar.
Mas por que você estava tentando pensar em alguma justificativa para que etnias diferentes não fossem educadas separadamente, para começar? Isso é meio que "inverter o ônus da prova". Desde quando segregação étnica é algo que sequer mereça consideração séria?
Não sei se sei o que uma "convivência mais conjunta", o que eu estava pensando é que seria bom que, em comunidades multi-étnicas, a etnia não tivesse praticamente nenhum peso pra que as pessoas apreciassem ou detestassem umas às outras. Tipo assim, uma pessoa odiaria a outra porque sacaneou com ela, outra gostaria de outra porque ela tem um papo legal e existem afinidades entre eles, outra conversaria mais com outra porque são vizinhos e convivem por mais tempo, etc, e o fato de uma ser branca, outra ser negra, outro ser asiático, outro ser esquimó, não influenciassem as relações entre eles. Aí numa sala de aula eu poderia ter um grupinho de meninas amigas com algumas negras, outras brancas e outras asiáticas, uma turma do fundão de meninos com negros, brancos e asiáticos, etc, uma turma de nerds com asiáticos, brancos e negros, etc, fossem em quaisquer proporções, mas deu pra entender o que quis dizer.
O que eu disse é basicamente que isso talvez tenda a não ocorrer, porque existem panelinhas. Se as pessoas por uma razão ou outra se vissem tendo que sair das panelinhas, eventualmente poderia ser mais ou menos assim.
Então... sobre as educações segregadas, se eu tenho etnias que TENDEM a ser mais inteligentes e etnias que TENDEM a ser menos inteligentes, POR QUÊ eu teria que educá-las juntas???????? Por quê NÃO eu ter professores melhores e mais qualificados pra primeira e outros não tão bons e menos qualificados pra segunda??????? Por quê DESPERDIÇAR professores ótimos com etnias que não vão poder usufruir do que eles têm a oferecer??? POR QUÊ obrigar as pessoas de etnias mais inteligentes a frequentarem aulas medíocres só porque pros outros é melhor??? Representantes de etnias melhores não teriam o DIREITO de exigir que fossem tratadas de forma melhor porque têm mais frutos à oferecer à sociedade e à humanidade??
Porque uma tendência do grupo não vale para "diagnosticar" qualquer indivíduo, assim você vai estar perdendo alunos bons da etnia com tendências mais fracas e possivelmente atrapalhando o desenvolvimento dos alunos bons da etnia com melhores tendências ao misturá-los com os ruins da própria etnia. Se você quer separar os alunos por capacidade, ou só educar os que já sejam melhores, é muito mais eficiente algo como testes de admissão e/ou mudanças de classe/expulsões ao longo do curso.