Tópico: Constituição poderá ser mudada para voltar a obrigação do diploma de jornalista

[Fabrício]

Mais uma lei  (ou projeto de lei) rídícula. Brasil, país das corporações. Defendo o meu, o resto que se dane.

[Eremita]

...por que será que isso lembra um texto do Marx sobre liberdade de imprensa?
Vou ver em qual livro dele é. Mas, em suma, o Marx reclamava mais ou menos da mesma coisa que a gente tá reclamando. Só que não era Brasil e sim Prússia. Ou Renânia?

[Südenbauer]

Muito boa a entrevista com o Gentili.

Eu chego a suspeitar até que os melhores jornalistas não são do ramo. Aqui no RS, por exemplo, as referências em nos comentários futebolísticos são o Falcão (ex-jogador) e o Ruy Carlos Ostermann (formado em filosofia). Aliás, não me impressionaria que a maioria dos formados em filosofia possui uma base melhor para ser jornalista do que alguém que cursou comunicação social.

Se não me engano, o repórter Giovani Grizotti, não possui formação nenhuma. E ainda assim é referência nacional em reportagem investigativa.

[Blues Brother]

Mino Carta, Paulo Francis, Nelson Rodrigues, Mauro Santayana, entre outros grandes nomes da área, jamais cursaram jornalismo, e o primeiro sequer tem qualquer curso universitário, apesar de sua erudição.

Pela vontade do FENAJ, até comentaristas e articulistas teriam de ter alguma habilitação, mas alguma voz sensata pediu que retirassem tais absurdos da PEC que deve trazer a obrigatoriedade do diploma de volta.

Eu estou terminando sociologia e penso que meu curso me revelou muito mais sobre o Brasil e os mecanismos de poder que temos aqui do que qualquer curso de jornalismo.

O Congresso deve trazer de volta a exigência do diploma, mas terminando meu curso vou engatar uma pós em jornalismo literário e, seguindo conselho do Gentilli, não vou mofar quatro anos numa faculdade do tipo caça-níqueis para aprender o que eu já sei (porque trabalho na área).   

[Sergiomgbr]

Difícil compreender porque uma profissão "artística" precisaria de faculdade. Que o diga publicidade, filosofia, artes plasticas, cinema, até mesmo arquitetura e design e talvez mais. Talvez a umas se justifique mais que a outras. Talvez não, e tudo seja feudalizável.