Porque meu ponto é que não se faz nada contra algo que não nos atinja diretamente.. como o exemplo dos 8.000 vereadores, etc.. Não existe um sentimento, ou existe pouco, de que o que faz mal para a sociedade também vai fazer mal para nós mesmos. Ou então existe o sentimento mas este não se converte em ação..
(...)
Não tem nada que dá mais certo do que gritar... funciona em todo lugar, se organizado coerentemente
Entendo o que você quer dizer, mas discordo da sua definição; se nem tanto do seu diagnóstico. Sim, realmente seria bom se houvesse maior mobilização popular, mas sustento que não há maior comprometimento é porque em geral adianta pouco. Ou melhor, tem adiantado pouco. Há muita impunidade no país e os vários processos eleitorais, jurídicos, econômicos, etc. perpetuam essa impunidade. Pra ficar em exemplos bem rasteiros, por que é que o metrô do Rio continua com atendimento péssimo apesar de toda a gritaria na imprensa, na AGETRANSP e nas ruas? Por que continuamos com mini-apagões no RJ e em outros lugares? Por que as empresas de telefonia, tv por assinatura e quetais prestam serviços tão ruins e ninguém faz nada?
Agora, as coisas têm mudado. Muito mais lentamente do que eu gostaria, mas têm mudado. Mas há que mudar muito mais. Precisamos de reformas políticas e tributárias. Como fazer para obtê-las eu sinceramente não sei; já que os ocupantes de cargos eletivos não se interessam muito em mudar o atual sistema.
Diferente do que os ideólogos de um extremo e outro do espectro político costumam dizer, o povo não é idiota e sabe muito bem porque faz o que faz 
Reeleger Maluf, Collor e Sarney é saber o que faz?
Collor concorreu com Ronaldo Lessa, que mais tarde
apareceu envolvido em desvios de mais de R$ 50 milhões do ensino público do AL quando era governador; e com Thomaz "Nonô", ex-PMDB, ex-PSDB e, na época, PFL (agora está no DEM). Era vice do Severino Cavalcanti. Hoje é relator do processo do Arruda e
recentemente declarou que "o judiciário está cheio de Arrudas" e que "o mensalão do DEM foi uma expressão cunhada pela Globo para desgastar o DEM".
Paulo Maluf ganhou sua última eleição concorrendo a Deputado, depois de sucessivas derrotas para cargos no Executivo. Como se sabe, eleições para Deputado e Vereador são regidas pela
caixa preta regra do Coeficiente Eleitoral, o que pode fazer com que mesmo alguém com rejeição de 65% ganha uma vaguinha.
Como se vê, o processo eleitoral aqui é tão viciado que eu prefiro não usar o resultado das eleições para tirar conclusões sobre a inteligência (ou falta de) do povo. Agora, o Sarney eu concedo o ponto a você
