Talvez o aspecto mais importante seja uma tentação que assola críticos do criacionismo: partindo dos dados, que indicam que pessoas de maior escolaridade tendem a escolher menos a alternativa criacionista, assume-se que esta esteja ligada à ignorância e à superstição, enquanto a teoria da evolução "ateia" estaria ligada à racionalidade científica. Mesmo depois de bater nesta tecla durante décadas, a comunidade acadêmica americana viu crescer o número de adeptos de uma criação recente. A história de tal paradoxo é muito grande para ser contada aqui, portanto, oferecemos três rápidas considerações:
1º) os líderes criacionistas são em geral pessoas com alta escolaridade;
2º) Muito do ensino de ciências no ensino médio é ainda algo doutrinário;
3º) Temos o testemunho de Marcelo Gleiser, que sugere que a associação da cultura científica com o ateísmo só traz prejuízo à ciência e aliena pessoas religiosas que poderiam ser aliadas numa defesa sustentada da evolução darwiniana.
"1º) os líderes criacionistas são em geral pessoas com alta escolaridade;"
Duvido.
"2º) Muito do ensino de ciências no ensino médio é ainda algo doutrinário;"
Ensino de ciência é uma coisa, ciência é outra. Cada um tem seus problemas específicos. Criacionismo não é uma alternativa científica, seja o ensino doutrinário ou não.
"3º) Temos o testemunho de Marcelo Gleiser, que sugere que a associação da cultura científica com o ateísmo só traz prejuízo à ciência e aliena pessoas religiosas que poderiam ser aliadas numa defesa sustentada da evolução darwiniana."
Esrte ponto é interessante: ao buscar uma conciliação com pessoas religiosas apenas para se conseguir aliados para sustentar a evolução, se está sendo maquiavélico em seu sentido mais literal. Não digo que sou contra, apenas que é interessante... será que o Gleiser é maquiavélico? Pois teísta é que ele não é.