Mas um tacape ajuda muito, mesmo que pequenino. 
Mas realmente o Brasil tem sido muito ingênuo na política externa... E tomando muitas decisões erradas. Sobre a pesquisa, acho que o tamanho da amostra é meio pequeno, não?
Não acho que temos sido tão ingênuos assim. Historicamente o Brasil sempre foi um país nêutro, e ser um país nêutro não significa ser passivo. Pessoalmente, acho que o Brasil lidou com a situação do Irã melhor e mais diplomaticamente que os EUA com seu “cala a boca e faz o que eu estou mandando”.
A política externa brasileira melhorou sim...quantitativamente.
Na parte puramente comercial e cultural dos intercâmbios, o Brasil só fez ganhar.
Quando partimos para a diplomacia relacionada a interesses políticos e geoestratégicos, o Brasil acumulou muito mais fiascos e gafes do que boas aquisições.
O Brasil é um ator menor, quando muito a maior potência de um continente pouco expressivo em termos poítico e militar, embora com enorme ambições históricas em estado latente. E este é um raro caso de convergência entre o atual grupo que governa o país, tido como de "esquerda", e o segmento militar, que por motivos óbvios, não aceita o fato de que o Brasil nada representa sob o ponto de vista militar global.
Em situação oposta está os EUA. Desde sua formação tiveram caráter expansionista, mas com a diferença que eles reconheceram e implementaram políticas para isto, inclusive as de cunho imperialistas.
Hoje não há nenhum país que possa se comparar aos EUA, considerando o conjunto de fatores políticos, científicos, tecnológicos, militares e econômicos, mesmo com o seu declínio relativo desde o final da Guerra do Vietnã. Nem mesmo a China e nem a Rússia. Quanto mais o resto.
E concordo com o DDV, a política externa brasileira, sempre terceiro-mundista, hoje parece uma coisa anacrônica. O estado iraniano ter o direito à autodeterminação nuclear é um fato. Mas ignorar que isto está ocorrendo em uma teocracia militarista, sob um governo autoritário e racista, seria uma demonstração atroz de ingenuidade e estupidez por parte do Itamaraty.
Esquecem qual é o principal ponto que tange e norteia o governo Lula e sua política externa, o pragmatismo. eu não entendi bem quando O presidente do Irã veio ao Brasil, veio fazer o que? bem, veio comprar apoio político. É só ver quantos empresários viajaram com o chanceler brasileiro até Teerã. E o Irã não é uma economia pequena, tem um PIB considerável e uma população educada,que gosta de consumir tanto quanto os brasileiros. Teerã é o bode na sala que o Brasil colocou na sua relação com os EUA, e vai usar o fato de o Irã terem aberto as portas ao Brasil, para tentar colocar a sua pauta em jogo. Uma velha política diplomática, muito usada, principalmente pelos EUA, e é a primeira vez que vejo o Brasil usar.
Vale lembrar que a Russia, somente depois que os EUA desativaram o projeto antimísseis na Europa, passou de amigo de primeiro momento do Irã, para defensor das retaliações proposta pelos EUA.