ResumoNo vídeo postado pelo Darkside, o senhor Nathan Myhrvold afirma que:
Há um aquecimento global em marcha e que os custos para conter ou até mesmo minorar os seus efeitos são elevadíssimos. Ele então apresenta proposta de resolução do problema de maneira sui generis. Ao invés de se preocupar tanto com o aquecimento via CO
2 ele propõe reduzir a temperatura média do planeta pelo aumento induzido do albedo terrestre.
Ele quer reproduzir, em certa medida, os efeitos climáticos das erupções dos vulcões Laki (Islândia) em 1.783 e Pinatubo (Filipinas) em 1.991, nos quais resultaram em invernos mais prolongados, por causa do bloqueio da radiação solar ocorrida na parte médio-superior da estratosfera decorrente das cinzas vulcânicas.
Para se chegar a este resultado ele aspergiria, na parte médio-superior da estratosfera (cerca de 25 Km de altura), partículas de dióxido de enxofre (SO
2) na fração de aerossóis, que possui as propriedades necessárias para refletir a luz solar.
ComentáriosSem conhecer mais detalhes do projeto (ideia) não é possível fazer uma avaliação técnica mais acurada, mas com as informações disponíveis eu arrisco dizer que esta proposta:
A) Se parece mais com uma via de escape para que os estadunidenses permaneçam no mesmo padrão de consumo insano, como por exemplo, o uso de imensas camionetes sem uso prático aparente, a não ser puro esnobismo; do que uma proposta destinada a deter os efeitos colaterais danosos do aquecimento para a humanidade, em particular para a nossa infra-estrutura.
B) Não considerou a complexidade da composição e da circulação atmosférica, dando a entender que basta induzir uma segunda alteração climática (resfriamento) para contrabalançar os efeitos da primeira (aquecimento).
C) Não considerou a possibilidade das partículas de SO
2 sofrerem mudanças nas suas propriedades e com isto se rearranjarem em um nível inferior da atmosfera, onde poderiam reagir com o vapor d'água e se transformarem em H
2SO
4. Ou seja, teríamos chuvas globais de ácido sulfúrico.
Mas ao menos há uma parte do vídeo que eu concordo. As obras de Jackson Pollack realmente se parecem com fezes de pinguim espirradas sobre uma superfície base. Hehehehe.