Autor Tópico: Ceticismo climático não "pega" no Brasil, enquanto atinge recorde nos EUA  (Lida 2933 vezes)

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Offline Eleitor de Mário Oliveira

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http://www1.folha.uol.com.br/folha/ciencia/ult306u723917.shtml

21/04/2010 - 11h11
Ceticismo climático não "pega" no Brasil


REINALDO JOSÉ LOPES
da Reportagem Local

O ceticismo climático, como é conhecida a corrente de pensamento que nega a existência do aquecimento global ou, pelo menos, o papel do homem nesse fenômeno, não "pegou" no Brasil, indica nova pesquisa Datafolha. Mais de 90% dos brasileiros aceitam que o aquecimento é real e, para 75% dos entrevistados, as atividades humanas contribuem "muito" para as mudanças climáticas.

Ceticismo climático atinge recorde nos EUA, diz pesquisa

Os dados, obtidos após entrevistas com 2.600 pessoas em 144 municípios de todas as regiões do país, contrastam com os ataques sofridos pela ciência da mudança climática desde o fim do ano passado -ataques que, em países como os EUA e o Reino Unido, fortaleceram o ceticismo sobre o aquecimento global entre a população.

Os céticos ou negacionistas climáticos, como também são conhecidos, nunca tiveram tanto espaço nos meios de comunicação mundo afora quanto nos últimos meses. A ofensiva desses grupos começou com o chamado "Climagate", como ficou conhecido o vazamento de e-mails dos servidores da Universidade de East Anglia (Reino Unido). As mensagens documentavam anos de correspondência entre alguns dos principais climatologistas do mundo, e os negacionistas viram nelas indícios de que esses pesquisadores teriam tentado manipular dados, ocultá-los de seus opositores ou impedir que eles publicassem visões "alternativas" do tema em revistas científicas respeitadas.

Gelo

Nenhuma dessas acusações mostrou ter substância, mas a credibilidade da "ciência" do clima sofreu novos golpes quando, por exemplo, veio a público que os dados apresentados pelo IPCC (o painel climático das Nações Unidas) sobre o fim das geleiras do Himalaia em 2035 não eram resultado de análises científicas, mas tinham vindo originalmente de uma reportagem. As escorregadas levaram à criação de um painel independente para revisar os "padrões de qualidade" do IPCC.

Nada disso parece ter abalado a confiança do público brasileiro. Só 5% dos ouvidos pelo Datafolha acham que a humanidade não tem nada a ver com o aquecimento global, enquanto cerca de metade dos americanos têm essa opinião. Quanto maior a escolaridade, maior a aceitação do aquecimento global causado pelo homem: 96% entre os que têm ensino superior, contra 87% dos que só cursaram o ensino fundamental.

"Os números são impressionantes mesmo quando comparados com os dos EUA e do Reino Unido, ainda mais depois das controvérsias recentes envolvendo o IPCC", diz Myanna Lahsen, especialista em estudos ambientais e políticas públicas do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).

Para Lahsen, a análise do que os meios de comunicação publicam sobre o tema no Brasil indica "grande uniformidade" em favor das causas humanas do aquecimento, o que explica, em parte, a posição da sociedade. "Eu até diria que é saudável ter debates, mas nos EUA [grande centro do ceticismo climático] isso é muito problemático, na medida em que a discussão é criada por elites e interesses financeiros, os quais usam métodos muito manipuladores", afirma ela.

Outro fator importante no país, diz Lahsen, é a importância econômica relativamente pequena das indústrias baseadas em combustíveis fósseis no Brasil. São elas as que mais têm a perder com os cortes de gases do aquecimento global, como ocorre no caso americano.

« Última modificação: 24 de Abril de 2010, 15:05:57 por Eleitor de Mário Oliveira »

Offline Eleitor de Mário Oliveira

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Re: Ceticismo climático não "pega" no Brasil, enquanto atinge recorde nos EUA
« Resposta #1 Online: 24 de Abril de 2010, 15:06:47 »
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http://www1.folha.uol.com.br/folha/ambiente/ult10007u705934.shtml

12/03/2010 - 12h36
Ceticismo climático atinge recorde nos EUA, diz pesquisa

da Folha de S. Paulo

Quase metade dos americanos acredita que as preocupações com o aquecimento global são exageradas, assim como cada vez mais pessoas duvidam de que graves crises ambientais vão ocorrer por causa dele. Os dados são de uma nova pesquisa, feita pelo Instituto Gallup.

As dúvidas aparecem enquanto o presidente Barack Obama pressiona o Congresso para aprovar uma legislação que reduza as emissões de gases de efeito estufa no país.

Com eleições parlamentares a menos de oito meses, muitos congressistas estão hesitantes em aceitar uma lei referente às mudanças climáticas, especialmente se o interesse dos eleitores nela estiver diminuindo.

Sem apoio do Senado, dificilmente Obama conseguirá atingir a meta de reduzir em 17% as emissões dos EUA até 2020, em comparação com os níveis de 2005. O país é historicamente o maior poluidor do mundo.

A nova sondagem, feita entre 4 e 7 de março, indica que 48% dos americanos agora acreditam que a seriedade do aquecimento global é exagerada, contra 41% ano passado e 31% em 1997, quando foi feita a primeira pesquisa.

"Climagate"

O resultado aparece logo após a descoberta de que certos detalhes das descobertas científicas que entraram nos relatórios do IPCC (o Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática da ONU) estavam ou errados ou exagerados.

Também contribuiu para minar a confiança na ciência climática o vazamento de e-mails de cientistas britânicos ligados ao IPCC, no ano passado. Os e-mails revelavam comportamentos profissionais duvidosos e tentativas de negar informação a céticos do clima.

Especialistas dizem que, apesar dos erros, as evidências disponíveis sustentam a ideia de que um planeta mais quente vai fazer com desastres naturais se tornem mais frequentes.

A maioria dos americanos ainda acredita que o aquecimento global é real, mas a porcentagem está diminuindo e é a menor desde 1997.

Mais de um terço dos entrevistados disse que os efeitos do aquecimento global nunca vão acontecer (19%) ou que não acontecerão enquanto eles estiverem vivos (16%).

Um número crescente duvida de que o aquecimento global esteja relacionado a atividades humanas: 50% apontam essa causa, contra 46% que dizem que a responsabilidade é de mudanças naturais. Para comparar, esses valores eram de 61% e 31% em 2003.

A pesquisa entrevistou mais de mil adultos e tem uma margem de erro de quatro pontos.

Com Reuters


Offline Buckaroo Banzai

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Re: Ceticismo climático não "pega" no Brasil, enquanto atinge recorde nos EUA
« Resposta #2 Online: 24 de Abril de 2010, 15:31:10 »
O lado ruim é que isso provavelmente nem se dá tanto pelos motivos certos, que seria um entendimento geral do mecanismo e do status científico da comprovação do fenômeno, rejeitando teoria da conspiração da comunidade científica mundial coordenada por Al Gore, mas talvez significativamente por noções bem precárias e exageradas, e demonização dos países desenvolvidos como culpados, mais uma vez tiranos exploradores que lucram às custas dos fracos, como nós. Quase que uma outra teoria da conspiração.

Offline Geotecton

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Re: Ceticismo climático não "pega" no Brasil, enquanto atinge recorde nos EUA
« Resposta #3 Online: 24 de Abril de 2010, 18:28:25 »

Basta observar a diminuição brutal da faixa de "gelo eterno" no monte Kilimanjaro; o recuo de muitos glaciares na Europa, América do Norte e Ásia; a diminuição da área de banquisa na Antártica; a mudança no padrão de correntes nos oceanos Atlântico e  Pacífico, e chegar-se-á na "brilhante conclusão" que está havendo uma mudança no padrão climático mundial se comparado ao que se conhece do período histórico nos últimos 500 anos.

Não resta dúvida que há grandes questões em aberto:

a) Esta mudança do equilíbrio do sistema climático mundial é de inteira (ou de maior) responsabilidade antrópica ou é essencialmente da Natureza?

b) Seja antrópico ou não, esta mudança de equilíbrio está inserida em um ciclo que pode retornar ao antigo padrão, ou se está partindo para um novo patamar de equilíbrio onde ocorrerão mudanças significativas nos padrões de ventos, índices de pluviosidade, distribuição de calor, etc?

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Offline Zeichner

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Re: Ceticismo climático não "pega" no Brasil, enquanto atinge recorde nos EUA
« Resposta #4 Online: 24 de Abril de 2010, 18:37:24 »

Basta observar a diminuição brutal da faixa de "gelo eterno" no monte Kilimanjaro; o recuo de muitos glaciares na Europa, América do Norte e Ásia; a diminuição da área de banquisa na Antártica; a mudança no padrão de correntes nos oceanos Atlântico e  Pacífico, e chegar-se-á na "brilhante conclusão" que está havendo uma mudança no padrão climático mundial se comparado ao que se conhece do período histórico nos últimos 500 anos.

Não resta dúvida que há grandes questões em aberto:

a) Esta mudança do equilíbrio do sistema climático mundial é de inteira (ou de maior) responsabilidade antrópica ou é essencialmente da Natureza?

b) Seja antrópico ou não, esta mudança de equilíbrio está inserida em um ciclo que pode retornar ao antigo padrão, ou se está partindo para um novo patamar de equilíbrio onde ocorrerão mudanças significativas nos padrões de ventos, índices de pluviosidade, distribuição de calor, etc?



Justo. O grande problema é que a questão climática é o lugar onde os antigos comunistas, socialistas e catastrofistas se refugiaram para pregar contra os males do capitalismo, da sociedade de consumo e pregar que o fim está próximo, arrependei´nos e voltemos a viver na idade média senão o mundo já era.

E justamente a virulência contra o ceticismo que é o pior nesta história toda, tendo em vista as provas de dados manipulados ou pelo menos não conferidos usados pelos "climatologistas" escatológicos.

Obviamente os piores cenários citados não ocorrerão, os mares não vão subir e tragar a terra em uma ou duas gerações, o que poderá levar a opinião pública a repudiar os cientistas ou a classe científica em geral, como enganadores, impostores ou aproveitadores. Deste ponto a acusarem a ciência de promover a desordem é um passo.

A ciência é feito de questionamentos. Se não for possível questionar o aquecimento, isso não é ciência.

Realmente, o clima do mundo não é o mesmo de 20 ou 30 anos atrás, mas também não creio que existiu um padrão climático único nos últimos milhões de anos. Existiam florestas no saara e a amazônia era savana a 15.000 anos. Isso não parece ter feito pelo homem.

Se aconteceu por causa da poluição, é necessário estudos sérios para realmente saber o que fazer e se preparar para as mudanças. Climas mais quentes devem inviabilizar certas regiões para habitação para abrem em outras. Temos que nos adaptar, jamais impedir as mudanças.

Offline Buckaroo Banzai

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Re: Ceticismo climático não "pega" no Brasil, enquanto atinge recorde nos EUA
« Resposta #5 Online: 24 de Abril de 2010, 20:22:44 »
Os histéricos "pró" aquecimento global, são bem mais inofensivos que os "anti".

Não chega a ser um problema a "virulência" contra o "ceticismo", se ele não é verdadeiramente um ceticismo, mas negacionismo mesmo, não vindo de cientistas, mas de pessoas mais envolvidas com política e economia, como Limbaugh e Inhofe (e ironicamente um dos argumentos-memes mais comuns é justamente os interesses políticos do outro lado, maldito seja Al Gore). E é isso que se constata ser, há muito tempo.

Por exemplo, quanto aos "dados não confirmados", o ocorrido foi uma citação, no IPCC (que é apenas um relatório, um mega-press release, um "resumão" de divulgação do status da pesquisa, e não a pesquisa em si, que não é afetada por eventuais falhas nos relatórios do IPCC), de uma revista de divulgação onde um cientista entrevistado especulava sobre o ritmo do degelo dos picos de montanhas em algum lugar. Diferentemente do que os "céticos" tentam fazer parecer, nada que comprometa, nem mesmo minimamente, as conclusões gerais do corpo de trabalhos científicos que existem sobre o aquecimento global e o papel das emissões de gases pela atividade humana.

E assim tem sido o padrão para todo caso de "ceticismo" popular; a tentativa de criar escândalos a partir de detalhes, que, por pior que sejam, não compretem em nada o cenário geral das conclusões científicas -- usando até de meios criminosos para isso, no caso dos e-mails roubados, que nada revelaram de corrupção ou mentiras sobre o status das coisas, em 13 anos de e-mails. Onde não só não se encontrou evidência de corrupção, mas ao menos um caso de um dos cientistas reclamando de exageros em petições populares para políticas restritivas nas taxas de emissão de carbono.

Offline Fabi

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Re: Ceticismo climático não "pega" no Brasil, enquanto atinge recorde nos EUA
« Resposta #6 Online: 24 de Abril de 2010, 20:49:11 »
O homem pode ter um pouco de influência na mudança do clima, mas até que ponto? Nosso planeta já mudou drásticamente de clima várias vezes e nós não estávamos lá.
Difficulter reciduntur vitia quae nobiscum creverunt.

“Deus me dê a serenidadecapacidade para aceitar as coisas que não posso mudar, a coragem para mudar o que posso, e a sabedoria para saber a diferença” (Desconhecido)

Offline Derfel

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Re: Ceticismo climático não "pega" no Brasil, enquanto atinge recorde nos EUA
« Resposta #7 Online: 24 de Abril de 2010, 20:51:37 »
O problema é a velocidade em que acontecem as mudanças. A terra já foi uma bola de gelo (literalmente) e um deserto quente (literalmente). As grandes mudanças climáticas tiveram origem na deriva dos continentes, mudanças de correntes por diferença de salinidade (ou por bloqueio causado pela deriva continental) ou grandes catástofres como a queda de um meteoro. Parece haver também um regime cíclico de glaciações e períodos quentes. Estamos vivendo um período interglacial (na verdade no final do período) e o problema é que, excetuando-se os casos catastróficos como grandes erupções vulcânicas e quedas de asteróides, acho que a mudança nunca foi emritmo tão acelerado.

Offline Geotecton

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Re: Ceticismo climático não "pega" no Brasil, enquanto atinge recorde nos EUA
« Resposta #8 Online: 25 de Abril de 2010, 02:10:16 »
O problema é a velocidade em que acontecem as mudanças. A terra já foi uma bola de gelo (literalmente) e um deserto quente (literalmente). As grandes mudanças climáticas tiveram origem na deriva dos continentes, mudanças de correntes por diferença de salinidade (ou por bloqueio causado pela deriva continental) ou grandes catástofres como a queda de um meteoro. Parece haver também um regime cíclico de glaciações e períodos quentes. Estamos vivendo um período interglacial (na verdade no final do período) e o problema é que, excetuando-se os casos catastróficos como grandes erupções vulcânicas e quedas de asteróides, acho que a mudança nunca foi emritmo tão acelerado.


Não tenho certeza sobre este "ritmo tão acelerado".

Nenhuma variável climática possui registros de séries históricas anterior ao ano de 1.700. Então não podemos estabelecer comparações quantitativas precisas em horizonte temporal superior a 310 anos. O que sobra então são comparações descritivas, muito menos confiáveis.

As análises das bolhas de ar presas em gelos glaciais têm contribuído no entendimento da variação da composição química da atmosfera ao longo dos últimos 400.000 anos, e algumas deduções e inferências sobre o clima podem ser obtidos destas informações. Mas elas não são suficientes para remontar e esclarecer detalhadamente as variações complexas pelo qual o clima terrestre passou no Holoceno.

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Offline Derfel

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Re: Ceticismo climático não "pega" no Brasil, enquanto atinge recorde nos EUA
« Resposta #9 Online: 25 de Abril de 2010, 07:56:32 »
E quanto aos registros chineses? Sei que não eram medidas temperaturas, mas eram registrados períodos de frio intenso, calor intenso, secas, enchentes e outros em uma escala bem maior que 300 anos.

Offline Geotecton

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Re: Ceticismo climático não "pega" no Brasil, enquanto atinge recorde nos EUA
« Resposta #10 Online: 25 de Abril de 2010, 09:21:32 »
E quanto aos registros chineses? Sei que não eram medidas temperaturas, mas eram registrados períodos de frio intenso, calor intenso, secas, enchentes e outros em uma escala bem maior que 300 anos.

Sim Derfel, voce está correto quanto à antiguidade de alguns registros chineses, de até várias centenas de anos a mais. No entanto, eles continuam sendo registros qualitativos, como você mesmo descreveu acima.

Vamos refinar um pouco a análise. Eu afirmei anteriormente que nenhuma variável climática possui registros de séries históricas superior a 310 anos. É este o limite do nosso conhecimento agora não mais climático e sim meteorológico e que cujas interpretações são de elevado grau de confiança. Recuar mais no tempo implica em uma menor precisão na reconstituição das variações climáticas.

No caso chinês, é preciso conhecer as condições dos registros deles. Eles refletiam as condições em um dado momento (o que a gente chama de "tempo") ou refletiam condições médias locais (clima)? Qual foi o grau de influência de variáveis locais, como por exemplo a topografia, a distância do mar e o albedo pontual?
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Offline Bolsonaro neles

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Re: Ceticismo climático não "pega" no Brasil, enquanto atinge recorde nos EUA
« Resposta #11 Online: 25 de Abril de 2010, 15:21:52 »

Basta observar a diminuição brutal da faixa de "gelo eterno" no monte Kilimanjaro; o recuo de muitos glaciares na Europa, América do Norte e Ásia; a diminuição da área de banquisa na Antártica; a mudança no padrão de correntes nos oceanos Atlântico e  Pacífico, e chegar-se-á na "brilhante conclusão" que está havendo uma mudança no padrão climático mundial se comparado ao que se conhece do período histórico nos últimos 500 anos.

Não resta dúvida que há grandes questões em aberto:

a) Esta mudança do equilíbrio do sistema climático mundial é de inteira (ou de maior) responsabilidade antrópica ou é essencialmente da Natureza?

b) Seja antrópico ou não, esta mudança de equilíbrio está inserida em um ciclo que pode retornar ao antigo padrão, ou se está partindo para um novo patamar de equilíbrio onde ocorrerão mudanças significativas nos padrões de ventos, índices de pluviosidade, distribuição de calor, etc?



Muito bom, muito bem colocado.

Offline Bolsonaro neles

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Re: Ceticismo climático não "pega" no Brasil, enquanto atinge recorde nos EUA
« Resposta #12 Online: 25 de Abril de 2010, 15:23:47 »
O homem pode ter um pouco de influência na mudança do clima, mas até que ponto? Nosso planeta já mudou drásticamente de clima várias vezes e nós não estávamos lá.

De fato.

Offline Buckaroo Banzai

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Re: Ceticismo climático não "pega" no Brasil, enquanto atinge recorde nos EUA
« Resposta #13 Online: 25 de Abril de 2010, 16:28:49 »
O homem pode ter um pouco de influência na mudança do clima, mas até que ponto? Nosso planeta já mudou drásticamente de clima várias vezes e nós não estávamos lá.

Os climatologistas sabem disso e levam isso em consideração. Modelam separadamente as influências naturais e as humanas no clima, somando as duas, a variação resultante bate com a observada. Então, embora eu não saiba exatamente te dizer o quanto o homem influencia, eles tem uma boa estimativa sobre isso, e parece não ser desprezível.



http://www.skepticalscience.com/climate-models.htm

Offline Zeichner

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Re: Ceticismo climático não "pega" no Brasil, enquanto atinge recorde nos EUA
« Resposta #14 Online: 28 de Abril de 2010, 11:36:56 »
Para mim, a histeria pró-aquecimento pode ter um resultado nefasto na questão das liberdades individuais. No momento em que se torna "pecado" certas ações, atitude violentas podem vir de radicais pró-clima para impedir de que você ligue uma luz, compre uma geladeira, saia de carro, coma um bife, etc.
Várias coisas estão sendo demonizadas na sociedade em nome do aquecimento. E se for um ciclo natural? Será que a emissão de carbono humana é mesmo maior que todas as emissões naturais do mundo? Quanto joga de carbono e enxofre na atmosfera um vulcão como o da Islândia.

Não nego o aquecimento. Só fico de saco cheio dos radicais.

Offline Dbohr

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Re: Ceticismo climático não "pega" no Brasil, enquanto atinge recorde nos EUA
« Resposta #15 Online: 28 de Abril de 2010, 11:43:20 »
Um erupção bizarra como a da Islândia, o seiláoquêJakull, acontece uma vez a cada quanto tempo?

Acho que a questão maior nem é do aquecimento antropogênico x radicais climáticos. É que mudar hábitos custa caro; que os EUA não estão nem um pouco a fim de admitir que o American Way of Life precisa mudar (e não apenas por causa do clima); que China e Índia e, vá lá, Brasil não vão querer pagar a conta do crescimento mais lento "justo na nossa vez"...

E o planeta que se foda.

Offline Fabi

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Re: Ceticismo climático não "pega" no Brasil, enquanto atinge recorde nos EUA
« Resposta #16 Online: 28 de Abril de 2010, 12:29:57 »
Um erupção bizarra como a da Islândia, o seiláoquêJakull, acontece uma vez a cada quanto tempo?
Erupção vulcânica é normal, e é normal também que um vulcão entre em erupção hoje e demore uns 2 mil anos pra isso acontecer de novo*.

E grandes terremotos, grandes catástrofes, grandes mudanças climáticas não teve muitas em comparação com outros períodos da terra onde várias espécies foram extintas. A verdade é que nosso planeta está num período de calmaria que parece que está acabando.







Se o vulcão yellowstone entrar em erupção, aí sim nós estaremos tecnicamente ferrados.
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Offline Buckaroo Banzai

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Re: Ceticismo climático não "pega" no Brasil, enquanto atinge recorde nos EUA
« Resposta #17 Online: 28 de Abril de 2010, 12:58:09 »
Para mim, a histeria pró-aquecimento pode ter um resultado nefasto na questão das liberdades individuais. No momento em que se torna "pecado" certas ações, atitude violentas podem vir de radicais pró-clima para impedir de que você ligue uma luz, compre uma geladeira, saia de carro, coma um bife, etc.

É possível mesmo. Como em um dos e-mails roubados mostrou, há gente que pressiona por regulações que os próprios cientistas julgam desnecessárias, distorcendo a ciência por trás desse assunto. Essa possibilidade, de qualquer forma, não é muito diferente da possibilidade de radicais anti-contaminação-por-chumbo nos alimentos verem a produção e venda de alimentos com qualquer quantidade de chumbo como um pecado e adotarem medidas radicais contra isso. Não diz nada quanto a não ser mesmo indesejável a contaminação por um dado nível de chumbo nos alimentos, ou a contaminação alimentar em geral.


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Várias coisas estão sendo demonizadas na sociedade em nome do aquecimento. E se for um ciclo natural? Será que a emissão de carbono humana é mesmo maior que todas as emissões naturais do mundo? Quanto joga de carbono e enxofre na atmosfera um vulcão como o da Islândia.

Não nego o aquecimento. Só fico de saco cheio dos radicais.
[/quote]

Os cientistas já pensaram nisso tudo, pode ter certeza. E pode checar, se duvidar do que eu estou falando. As emissões naturais não são menores que as humanas, mas as emissões "constantes" tendem a ser contrabalançadas pela própria absorção natural (ciclo de carbono). Há inclusive uma coincidência oportuna, por acaso, boa parte do carbono que sobra, que não é absorvido naturalmente é identificavelmente produto da atividade humana (pela sua constituião isotópica), quando poderia bem ser que fosse na maior parte absorvido e então talvez fosse mais fácil tentar desdenhar tudo simplesmente dizendo que é o gás carbônico natural que está atrapalhando, então é só sentar e relaxar.

Emissões naturais excepcionais e episódicas, também fogem do balanço natural, mas isso não é de forma alguma algo que "resolve" o problema, só o agrava*. O único tipo de ponto válido que se poderia fazer com isso é refutar os crentes no conceito de mãe-Terra sábia e benevolente, que teria um equilíbrio natural absolutamente perfeito, se não fosse a irresponsável e daninha ação do homem. Mas apontar isso como algo que anulasse a necessidade de uma preocupação sobre o problema é meio como se dizer que, como os vírus e epidemias são naturais, não provocados pelas malignas atividades humanas em laboratórios ou criadouros, então não precisamos pensar nessa coisa toda de "vacinação" e protocolos de segurança para conter epidemias, temendo o radicalismo dos vacinistas, que podem querer tomar atitudes violentas para impedir que você vá a outra cidade, ver sua família, por exemplo.



* Por pura sorte, os vulcões "atrapalham" quanto a emissão de CO2, mas "compensam" com um resfriamento devido à emissão de micropartículas. Não sei se a contribuição total pode ser reduzida a zero, de qualquer forma, acho que o resfriamento provavelmente é mais curto do que a permanência do gás carbônico emitido, que acaba agravando o problema de qualquer jeito.


Offline Derfel

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Re: Ceticismo climático não "pega" no Brasil, enquanto atinge recorde nos EUA
« Resposta #18 Online: 28 de Abril de 2010, 23:58:38 »
Acho que os vulcões não expelem tanto CO2 assim, não. Expelem outros gases como ácido clorídrico e o dióxido de enxofre. As cinzas expelidas pelo vulcão não são de carbono (como as cinzas de uma fogueira), mas partículas muito finas, resultantes da pulverização da lava pela explosão dos gases. Se não me engano, grandes erupções estão associadas a um resfriamento global. O Geotecton deve exclarecer melhor as coisas.

Offline Geotecton

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Re: Ceticismo climático não "pega" no Brasil, enquanto atinge recorde nos EUA
« Resposta #19 Online: 29 de Abril de 2010, 01:30:55 »
Por ordem os três gases mais comuns são: vapor d´água, dióxido de carbono e dióxido de enxofre. Em menores quantidades aparecem, por exemplo, monoxido de carbono, ácido clorídrico e ácido fluorídrico (http://vulcan.wr.usgs.gov/Glossary/Emissions/Publications/OFR95-85/OFR95-85.html).

Quando o material sólido expelido pelo vulcão apresenta uma granulometria entre a fração areia e a fração silte, este material é chamado de 'cinza vulcânica'. Se for menor que a fração silte o material será chamado de aerosol (http://volcanoes.usgs.gov/ash/properties.html). Quanto menor for a fração sólida maior será a sua capacidade de dispersão na atmosfera. Vejam o caso do vulcão islandês (../forum/topic=22702.0.html).

A composição das cinzas varia de rochas vulcânicas pulverizadas (basaltos, riolitos, riodacitos, andesitos) a minerais e vidros vulcânicos (obsidianas) fragmentados (http://geomaps.wr.usgs.gov/sfgeo/geologic/stories/napa_volcanic.html).

Dois dos impactos mais significativos das atividades vulcânicas é o de reduzir a camada de ozônio, o que vulnerabiliza a capacidade da atmosfera em reter os raios UV (http://volcanoes.usgs.gov/hazards/gas/s02aerosols.php) e o de aumentar o albedo (medida da quantidade de radiação solar refletida), sendo que este último leva a um resfriamento da atmosfera terrestre (http://neo.jpl.nasa.gov/glossary/albedo.html).

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Offline Zeichner

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Re: Ceticismo climático não "pega" no Brasil, enquanto atinge recorde nos EUA
« Resposta #20 Online: 02 de Maio de 2010, 10:47:39 »
Nada como um especialista. Valeu Geotecton.

Offline Sísifo

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Re: Ceticismo climático não "pega" no Brasil, enquanto atinge recorde nos EUA
« Resposta #21 Online: 04 de Junho de 2010, 23:06:06 »


Assim como em kioto que acabou não dando em nada,  houve o mesmo em copenhage. Sempre existem interesses setoriais na contramão do bom senso mundial que é a redução de poluentes.

Li na BBC Brasil que o Brasil se comprometeu voluntariamente em reduzir entre 36 a 38,9% da emissão dos poluentes que causam o efeito estufa, mais especificamente o gás carbônico. Muito possivelmente haverá como já está havendo pressão de alguns setores da sociedade como os pecuaristas para que esta meta não seja alcançada. Faz sentido. Eis o porquê:

O desmatamento corresponde a mais de 75% das emissões de gás carbônico na atmosfera. Destas emissões a mais proeminente é o desmatamento de pastagens e junto disso vem a grilagem clandestina. O Brasil diz que conseguiu reduzir 80% das áreas desmatadas mas isso não é suficiente porque ainda não foram feitos os devidos reflorestamento. Mas voltando às pressões dos pecuaristas.

Os setores responsáveis pela fiscalização impõem que este setor produtivo faça o chamado pacto de aceitação cooperativo. Isto quer dizer que os frigoríficos que comprarem carne dos pecuaristas cujo produto for produzido em virtude de degradação de áreas verdes, serão multados.

Haverá a contrapartida do alto preço de venda da carne para sanar os prejuízos. Como saberemos que a carne que consumimos é clandestina é outro problema. Poderemos por em risco a saúde etc.

Os maiores poluidores do mundo como a gente sabe são os EUA, China. As pressões econômicas em cima destes países é outro fator que pode fazer com que o protocole de copenhage desande. Os EUA dizem que até 2020 reduzirá em 17% das emissões. É um número ridículo. Se condirar como base o ano de 1990 até 2020 os EUA irá reduzir praticamente o mesmo número que o Brasil sendo que este comparativamente é menos poluidor que aquele.

Eu desconfio destes números porque estão colocando o gás carbônico como um grande vilão. O gás carbônico é necessário à vida e para a chamada biomassa do planeta. Sem o gás carbônico para realizar o efeito estufa dentre outros gases nosso planeta resfriaria até chegar em -15º [quinze graus negativos]. O efeito estufa [ou os gases que ficam na troposfera]evita que os raios infravermelhos de maior comprimento de onda irradie para o espaço então a energia absorvida gera calor fazendo com que a temperatura média do planeta fique em torno de +15º. Agora que vem outra questão: O CFC-12 é um gás que absorve 8100 vezes mais do que o gás amônio. A amônia é um gás que também gera efeito estufa principalmente nas pastagens onde o gado expele este gás. Talvez não se fale tanto do gás amônio pela baixa emissão na atmosfera mas ainda assim a pecuária no Brasil tem a sua parte de responsabilidade no processo.

Se puderam reduzir ou mesmo abollir a fabricação de CFC porque não reduzem drasticamente o CO2 como fizeram com aquele ? Isso eu acho que é porque há muitos interesses enolvidos em sua redução. A gente sabe que grande parte das emissões no mundo é de combustível fóssil como o petróleo. Os mais ricos são os que mais consomem petróleo no mundo. Os países mais ricos querem pressionar os BRIC´s. Eles estão incomodados. Ninguém consegue para a China, A Índia vem durante um bom tempo apresentando aceleração do seu crescimento então os EUA cede para
para só dar o exemplo.
« Última modificação: 04 de Junho de 2010, 23:19:29 por Sísifo »
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Offline Geotecton

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Re: Ceticismo climático não "pega" no Brasil, enquanto atinge recorde nos EUA
« Resposta #22 Online: 04 de Junho de 2010, 23:38:20 »
[...]
Eu desconfio destes números porque estão colocando o gás carbônico como um grande vilão. O gás carbônico é necessário à vida e para a chamada biomassa do planeta. Sem o gás carbônico para realizar o efeito estufa dentre outros gases nosso planeta resfriaria até chegar em -15º [quinze graus negativos]. O efeito estufa [ou os gases que ficam na troposfera]evita que os raios infravermelhos de maior comprimento de onda irradie para o espaço então a energia absorvida gera calor fazendo com que a temperatura média do planeta fique em torno de +15º. Agora que vem outra questão: O CFC-12 é um gás que absorve 8100 vezes mais do que o gás amônio. A amônia é um gás que também gera efeito estufa principalmente nas pastagens onde o gado expele este gás. Talvez não se fale tanto do gás amônio pela baixa emissão na atmosfera mas ainda assim a pecuária no Brasil tem a sua parte de responsabilidade no processo.
[...]

A amônia (NH3) é um gás com volume traço na atmosfera e é produzida naturalmente pela decomposição de matéria nitrogenada animal e vegetal. Ela não provem comumente de pastagens.

Neste caso voce deve estar se referindo ao gás metano (CH4), que é um subproduto comum do metabolismo do gado bovino.
« Última modificação: 05 de Junho de 2010, 00:59:07 por Geotecton »
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Offline Sísifo

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Re: Ceticismo climático não "pega" no Brasil, enquanto atinge recorde nos EUA
« Resposta #23 Online: 05 de Junho de 2010, 19:38:33 »
Citação de: Geotecton link=topic=22724.0.html#msg528246

A amônia (NH3) é um gás com volume traço na atmosfera e é produzida naturalmente pela decomposição de matéria nitrogenada animal e vegetal. Ela não provem comumente de pastagens.

Neste caso voce deve estar se referindo ao gás metano (CH4), que é um subproduto comum do metabolismo do gado bovino.

Ok. Obrigado pela informação. Vou checar melhor isso pra observar estas diferenças
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Offline Buckaroo Banzai

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Re: Ceticismo climático não "pega" no Brasil, enquanto atinge recorde nos EUA
« Resposta #24 Online: 04 de Julho de 2010, 22:41:54 »

[...]
Eu desconfio destes números porque estão colocando o gás carbônico como um grande vilão. O gás carbônico é necessário à vida e para a chamada biomassa do planeta. Sem o gás carbônico para realizar o efeito estufa dentre outros gases nosso planeta resfriaria até chegar em -15º [quinze graus negativos]. O efeito estufa [ou os gases que ficam na troposfera]evita que os raios infravermelhos de maior comprimento de onda irradie para o espaço então a energia absorvida gera calor fazendo com que a temperatura média do planeta fique em torno de +15º. Agora que vem outra questão: O CFC-12 é um gás que absorve 8100 vezes mais do que o gás amônio. A amônia é um gás que também gera efeito estufa principalmente nas pastagens onde o gado expele este gás. Talvez não se fale tanto do gás amônio pela baixa emissão na atmosfera mas ainda assim a pecuária no Brasil tem a sua parte de responsabilidade no processo.
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Os cientistas não colocam o gás carbônico como "vilão" implicando que deveria ser eliminado da atmosfera, estão plenamente cientes do seu papel. O enfoque principal nesse gás, se não me engano, é uma maior permanência na atmosfera -- assim, ainda que outros gases causem proporcionalmente mais efeito-estufa por uma concentração menor, suas concentrações não aumentam tanto, logo o seu poder a longo prazo é menor, são mais reversíveis. Além disso, e talvez em parte por isso, o gás carbônico é o principal gás ao qual se pôde atribuir o aquecimento observado até agora.

 

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