Aos 36 anos, o engenheiro Alcimir Inácio Luiz viu sua vida entrar num mar revolto e assustador. Descobriu que tinha um agressivo tumor
no intestino, foi submetido à quimioterapia e recebeu dos médicos o prognóstico de esterilidade. “Eles disseram que eu não poderia mais ter filhos”, lembra o morador de São Vicente (SP). As chances de ficar estéril eram tamanhas que recomendaram o congelamento de esperma antes do bombardeio químico. Luiz encarou o tratamento, que durou dois anos e o curou, mas, em tese, o deixou infértil. Os médicos atestam que é raríssimo alguém ter filhos após ser submetido à quimioterapia. “Mas medicina não é matemática e há exceções ”, ressalva José Carlos Carvalho, hematologista que acompanhou Luiz. O caso do engenheiro foi uma dessas. Mas ele troca a palavra exceção por milagre. Em 2007, sua mulher engravidou de Pedro. “Recebi dois milagres: Deus curou meu câncer e me deu mais um filho”, diz, sob as águas calmas da fé.
Esse tipo de declaração me deixa extremamente puto. O cara usa os últimos recursos da medicina, fruto de centenas de horas de pesquisa e trabalho duro de vários cientistas e no final atribui a cura a Deus?? Queria ver o "milagre" acontecer sem a quimioterapia...
No mais, são apenas relatos de alguns acontecimentos raros (e outros nem tanto) em medicina. Mas nenhum deles
impossível, condição necessária para ser chamado de milagre.