Tópico: Com expansão da frota flex, Brasil pode precisar importar etanol

[calvino]

Com expansão da frota flex, Brasil pode precisar importar etanol


SÃO PAULO - O Brasil poderá precisar importar etanol no médio prazo para abastecer o mercado interno brasileiro em função da forte expansão da frota flex brasileiro e do aumento da utilização do etanol hidratado como combustível automotor. A afirmação é do presidente da Datagro Consultoria, Plínio Nastari. Segundo ele, em função da crise de crédito de 2008, os investimentos em novas usinas no Brasil estão praticamente parados mas a frota de carros flex continua crescendo.

"É provável que no médio prazo, a demanda pelo etanol pelos carros flex ultrapasse o volume produzido no país", disse. Com a redução da oferta de etanol, os preços irão subir e o consumidor migrar para a gasolina. Para Nastari, isto pode ser evitado se o Brasil importar etanol, principalmente o Nordeste, mais próximo dos Estados Unidos, origem provável do produto a ser importado, e que deve se beneficiar de fretes mais competitivos.

Nastari explica que existe uma problema de especificação do etanol americano que dificulta a importação. "Enquanto os americanos permitem que exista até 1% do volume de água, o Brasil permite apenas 0,5%", disse. Segundo o consultor, se a especificação fosse a mesma, as importações já estariam sendo feitas de forma mais regular.

Preços

O consultor acredita que os preços internos do etanol já registraram os valores mínimos desta safra 2010/11 e a partir de agora devem subir, de forma lenta e gradual. "Não veremos uma disparada nos preços como aconteceu na entressafra do ano passado. Este ano teremos mais etanol na entressafra e mais folga nos estoques de passagem para a próxima safra", disse ele. Nastari estima que os preços não atingirão os níveis elevados da safra anterior mas ele acredita que a competitividade do etanol em relação a gasolina não vai aumentar mais a partir de agora. O etanol atualmente está competitivo em 14 estados e no Distrito Federal.

Em relação ao açúcar, Nastari afirma que as cotações deverão atingir um corredor entre 18,5 cents e 19,5 cents por libra nos próximos 30 dias diante da forte demanda pelo produto no mercado internacional. "Estamos registrando um descompasso entre demanda e oferta do açúcar. Existe mais de 100 navios nos portos brasileiros esperando o embarque e pouco açúcar para ser entregue. Acredito que muitas tradings venderam mais açúcar do que havia disponível", explica.

O consultor prevê que esta oferta mais apertada de açúcar deve continuar até outubro quando a safra do Hemisfério Norte começa a entrar no mercado, principalmente a safra nova da Índia. "Aí teremos um arrefecimento nos preços mas eles deverão continuar acima do custo de produção do Brasil, atualmente em 15,7 cents por libra", disse.

Investimentos e dívida

Os investimentos no setor devem voltar a partir do próximo ano mas de forma mais cautelosa e sem grandes projetos. "Nós deveremos ver novos investimentos em usinas mas de forma mais conservadora", acredita. Para Nastari, o setor deverá investir em usinas menores, que processem entre 2 a 2,5 milhões de toneladas de cana por ano, atualmente orçadas em R$ 540 milhões. "Haverá maior disciplina nos investimentos", disse. Nastari disse que o setor continua se esforçando para reduzir seu endividamento, agravado pela crise financeira", disse. O consultor estima que a dívida do setor hoje deve girar em torno de R$ 38 bilhões ante R$ 44 bilhões registrados há um ano.

Ele ressalta, contudo, que a distribuição desta dívida é heterogênea, com alguns grupos estando com pouca dívida e outros bastante endividados. Nastari disse que muitos grupos estão realizando investimentos para aumentar sua eficiência e reduzir custos, maximizando sua produção. "Mas não está havendo muitos investimentos em expansão. A indústria de base está praticamente parada", disse.

Fonte: http://migre.me/ZRjm

 

[calvino]

Não foi anunciado aos quatro ventos que o país ia EXPORTAR ethanol?

[Geotecton]

Não foi anunciado aos quatro ventos que o país ia EXPORTAR ethanol?

Outro caso de propaganda estatal enganosa?

[calvino]

Outro caso de propaganda estatal enganosa?

NNNNNNNNNAAAAAAAAAAOOOOOOOOOOOOOOOOOO!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

 

[Derfel]

e alguém ainda usa etanol? gasolina é mais barata...

[calvino]

Não em 14 estados brasileiros.
E esse é ainda mais um motivo para que não falte.

[SnowRaptor]

Em SP, dificilmente existe vantagem na gasolina.

[Dbohr]

Poderíamos ter carros elétricos, tipo, agora?

[SnowRaptor]

Não, porque a legislação automobilística no Brasil é meio engessada. É o que eles chamam de "regulamentação positiva", porque enumera tudo o que pode. COmo os legisladores brasileiros já têm dificuldades pra olhar o presente, imagine o futuro.

Deve demorar uns 10 anos pra gente ter carros como o Prius, Imagina os plug-in!

[Dbohr]

Você pode dar mais detalhes sobre isso?

[SnowRaptor]

Se eu não me engano, para um veículo ser licenciado no Brasil, ele precisa ser aprovado pelo DENATRAN ou coisa que o valha. Só montadoras podem fazer isso.

Se você olhar o documento do carro, vai ver que existe o campo "combustível". Não sei como incluir os elétricos e híbridos nessa. Teria que criar uma (ou mais) categoria nova de "combustível" pra contemplá-los, e aí teria que ter legislação de emissões etc.

Não tenho detalhes de como a coisa funciona internamente, mas tenho certeza de que é muita burocracia e duvido que as companhias queiram comprar essa briga tão cedo.

[Dbohr]

Hmmm.

Toda vez que decido que emigrar não vale a pena aparece um argumento chato como esse que me faz repensar o assunto

[calvino]

Acho que a política é muito pró-petróleo. Não parece que nenhum governo no mundo faz um esforço REALMENTE sério para diversificar o combustível.

[Dbohr]

O que eu não entendo é isso -- reduzir a dependência de combustíveis fósseis me parece uma excelente ideia. Fica-se menos vulnerável aos humores dos países produtores, bota-se um freio na megalomania de certos cidadãos, reduz-se as emissões de carbono e de enxofre...

[calvino]

E desde quando o planeta vem como prioridade para as autoridades, à frente de seus bolsos?
Nossa, essas mega-petroleiras devem ter um poder bizarro nos parlamentos e congressos afins.

[Barata Tenno]

Acho que a política é muito pró-petróleo. Não parece que nenhum governo no mundo faz um esforço REALMENTE sério para diversificar o combustível.

Aqui, quanto menor o consumo de combustivel, menor o imposto(que seria equivalente ao IPI), carros hibridos tem imposto zero. Isso da uma economia de quase 20% na hora da compra.
E tambem foi proibida o registro de carros de passeio a diesel em grandes cidades, devido a poluição.

[Geotecton]

O que eu não entendo é isso -- reduzir a dependência de combustíveis fósseis me parece uma excelente ideia. Fica-se menos vulnerável aos humores dos países produtores, bota-se um freio na megalomania de certos cidadãos, reduz-se as emissões de carbono e de enxofre...

A influência das grandes companhias de petróleo é enorme. Além disto, a principal empresa do Brasil é uma sociedade de economia mista no ramo petrolífero.

Voces acham que é prioridade para ela(s) a mudança de matriz energética?

[Pregador]

Eu estou desconfiado, embora em questão de preço a gasolina não compense, eu to achando que o carro gasta demais com álcool.

[SnowRaptor]

Por isso nunca se compara o valor do litro da gasolina com o litro do álcool, mas sim o valor do litro do álcool com 70% do valor do litro da gasolina. Mas isso pode se ajustar, dependendo do consumo do carro com os dois combustíveis.

[Pregador]

Por isso nunca se compara o valor do litro da gasolina com o litro do álcool, mas sim o valor do litro do álcool com 70% do valor do litro da gasolina. Mas isso pode se ajustar, dependendo do consumo do carro com os dois combustíveis.

Eu sei dos 70%, o que quero dizer é que me parece que esses 70% estão errados, muito errados.

[SnowRaptor]

Você pode calcular a nova razão. Por exemplo, meu carro faz 12km/l de gasolina e 8 km/l de álcool, ou seja, tenho que comparar usando 66%.

[calvino]

Brasil vai incentivar produção de carro elétrico
Subvenções chegam a 500 milhões de reais

O ministro de Ciência e Tecnologia, Sergio Rezende, anunciou nesta segunda-feira que o governo incentivará empresas a produzir componentes para veículos elétricos. Segundo ele, o Brasil precisa entrar no mercado. "Hoje, o etanol nos dá vantagem competitiva. Mas o motor a explosão é muito ineficiente."

Com a pressão mundial por veículos mais limpos, muitos países têm investido em carros elétricos e híbridos - que funcionam tanto com gasolina quanto com eletricidade. Porém, no Brasil, o foco se voltou para os carros flex - que utilizam etanol ou gasolina -, tecnologia incomum no exterior.

O incentivo, que será feito por meio da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), integra um conjunto de subvenções que totalizam 500 milhões de reais. O ministro não quis dar detalhes do programa porque o presidente Luiz Inácio Lula da Silva falará sobre o assunto hoje. Não ficou claro, por exemplo, se as montadoras vão receber os recursos.

Fonte: http://migre.me/10hVU


Viu só? Foi só a gente reclamar que o governo já se mobilizou 

[Barata Tenno]

Talvez o Lula seja forista do CC..... Deve ser o Gordon Nerd.

[calvino]

Talvez o Lula seja forista do CC..... Deve ser o Gordon Nerd.

 


Vai ver ele estava pesquisando na net e pensou que "CC" fosse clube da cachaça!

 

[Derfel]

Se eu não me engano, para um veículo ser licenciado no Brasil, ele precisa ser aprovado pelo DENATRAN ou coisa que o valha. Só montadoras podem fazer isso.

Se você olhar o documento do carro, vai ver que existe o campo "combustível". Não sei como incluir os elétricos e híbridos nessa. Teria que criar uma (ou mais) categoria nova de "combustível" pra contemplá-los, e aí teria que ter legislação de emissões etc.

Não tenho detalhes de como a coisa funciona internamente, mas tenho certeza de que é muita burocracia e duvido que as companhias queiram comprar essa briga tão cedo.

Acho que existe uma categoria "experimental" ou "fora-de-série". Além disso, para criação de uma categoria de combustível, acho que basta uma resolução do DENATRAN (se já não existe).