Se você prestar atenção no trecho em negrito está faltando o item propriedade privada. Porque o direito irrevogável à propriedade privada realmente nunca foi defendido pela esquerda. Rousseau não combateu a propriedade privada como um fato, ele não queria aniquilá-la, mas a considerava um direito relativo, que não podia ser colocado como direito fundamental.
Como não? Rousseau deixou um tratado inteiro ilegitimando a propriedade privada, abriu inúmeros precedentes para a sua aniquilação. Uma de suas mais famosas frases é a seguinte: "A propriedade privada é um roubo"
Rousseau é o livro de cabeceira de cidadãos como João Pedro Stédile.
Realmente nessa aí você apelou feio brother. Pombas, se a Nação Sob Deus é o país mais democrático do planeta então a gente tá lascado mesmo.
O fato do cristianismo ser forte na América, não corrobora a tese de que lá não seja uma terra democrática. Podem não ser o exemplo perfeito de democracia, mas é o país que mais se aproxima dela. Nos Estados Unidos os direitos civis estão amplamente consolidados pela constituição.
Novamente: a questão é de meios versus fins. Que os meios foram intervencionistas não há dúvidas, mas os meios não são de esquerda nem de direita,
Incorreto, as políticas keynesianistas são de caráter esquerdista sim, a direita acredita que o mercado não precisa ser regulado, visto que suas leis inexoráveis o auto-regulam.
Os fins eram criar uma economia de mercado forte, de mercado, sem intevenção estatal na relação entre empregados e empregadores (nada de "CLT", nada de "Tribunal de Justiça do Trabalho"), sem tocar na propriedade privada dos alemães, com liberdade plena de mercado para as empresas alemãs. Ou seja, um capitalismo xenófobo, mas capitalista como qualquer outro.
Isto não ocorreu.
O cidadão do Reich não poderia dispor de sua propriedade como lhe aprouvesse, ele deveria seguir os ditames da cúpula do partido, caso não o fizesse, teria sua propriedade expropriada.
A iniciativa privada na Alemanha nazista era totalmente sufocada pelo Reich, somente as mega corporações como a Ig Farben eram favorecidas pelo Estado (protecionismo), já que tinham acionistas que eram do partido e obedeciam cegamente as ordens do partido.
A política econômica nazista era essencialmente intervencionista.
Não há nenhum teórico econômico de direita que defende o modelo de economia nazista.
A economia nazista:

[...]
Far from being victims of Nazism, Aly argues, the majority of Germans were indirect war profiteers. Requisitioned Jewish property, resources stolen from the conquered, and punitive taxes levied on local businesses insulated citizens from shortages and allowed the regime to create a “racist-totalitarian welfare state.” The German home front, Aly claims, suffered less privation than its English and American counterparts. To understand Hitler’s popularity, Aly proposes, “it is necessary to focus on the socialist aspect of National Socialism.”
While underemphasized by modern historians, this socialism was stressed in many contemporaneous accounts of fascism, especially by libertarian thinkers. F.A. Hayek famously dedicated The Road to Serfdom to “the socialists of all parties”—that is, Labourites, Bolsheviks, and National Socialists. “It was the union of the anti-capitalist forces of the right and the left, the fusion of radical and conservative socialism,” Hayek wrote, “which drove out from Germany everything that was liberal.” Ludwig von Mises agreed, arguing in 1944 that “both Russia and Germany are right in calling their systems socialist.”
The Nazis themselves regarded the left-right convergence as integral to understanding fascism. Adolf Eichmann viewed National Socialism and communism as “quasi-siblings,” explaining in his memoirs that he “inclined towards the left and emphasized socialist aspects every bit as much as nationalist ones.” As late as 1944, Propaganda Minister Josef Goebbels publicly celebrated “our socialism,” reminding his war-weary subjects that Germany “alone [has] the best social welfare measures.” Contrast this, he advised, with the Jews, who were the very “incarnation of capitalism.”
Using a farrago of previously unpublished statistics, Aly describes in detail a social system larded with benefits —open only to Aryan comrades, naturally. To “achieve a truly socialist division of personal assets,” he writes, Hitler implemented a variety of interventionist economic policies, including price and rent controls, exorbitant corporate taxes, frequent “polemics against landlords,” subsidies to German farmers as protection “against the vagaries of weather and the world market,” and harsh taxes on capital gains, which Hitler himself had denounced as “effortless income.”
Aly demonstrates convincingly that Nazi “domestic policies were remarkably friendly toward the German lower classes, soaking the wealthy and redistributing the burdens of wartime.” And with fresh memories of Weimer inflation, “transferring the tax burden to corporations earned the leadership in Berlin considerable political capital, as the government keenly registered.”
For instance, at the outset of war Nazi economists established a “wartime tax of 50 percent on all wages” that applied only to the wealthiest Germans. In the end, Aly writes, “only 4 percent of the population paid the full 50 percent surcharge.” In occupied Holland, administrators dramatically raised taxes to fund an “anti-Bolshevik campaign,” while some Dutch companies paid upward of 112 percent of profits in tax.
[...]
Reason magazine, "Hitler's Handouts - Inside the Nazis' welfare state"Posso citar também inúmeras políticas sociais adotadas na Alemanha Nazista, como a
Kraft Durch Freude.
Bom Night, ler isto logo depois de ter lido que o EUA é a maior democracia do planeta me faz questionar se meu dicionário não tá defasado... por favor, poste o seu conceito de democracia porque eu acho que alguma coisa não está encaixando.
João Goulart, Allende, Arturo Illia... qual destes não havia sido eleito democraticamente? Qual demonstrava alguma ameaça ao estado democrático? Qual insinuava algum desejo de se perpetuar no poder (ao menos sem passar por novos processos eleitorais)? Porque alguma coisa deve me ter escapado...
A Revolução Cubana incitou muito a esquerda revolucionária nos países da América Latina, havia movimentos revolucionários muito fortes nesses países.
Artigo sobre o Brasil antes do GolpeOs Golpes Militares foram efetuados com o intuito de impedir a tomada de poder pela esquerda revolucionária, de reestabelecer a ordem social para o retorno ao Estado de Direito. Nota-se claramente no governo de Castello Branco por exemplo, uma vontade política de retorno rápido para a democracia. Infelizmente a ala mais "linha dura" do Exército não queria essa democratização instantânea, mas sim uma democratização lenta e gradual.
Além do mais não foi só nas Américas que se produziu ditaduras sangrentas de direita; Salazar também estava a tentar restaurar a democracia em terras portuguesas? E Franco?
Vejo no caso de Portugal e Espanha que a justificativa era semelhante à justificativa das ditaduras da AL, mas não havia vontade política alguma de retorno à democracia.
Ou será que estas também eram ditaduras de esquerda (dou uma dica: em todas elas havia algum nível de intervenção na economia, inclusive com aplicações de teorias da Escola Keynesiana )
As ditaduras da AL foram essencialmente liberais economicamente falando (houve algumas medidas intervencionistas, mas de forma geral a maior parte das políticas foram liberais), o governo de Franco e Salazar podem ser considerados de direita pelo seu caráter anti-revolucionário, mas não por critérios econômicos.