Autor Tópico: Jon Stewart, sobre a controvérsia da mesquita no "ponto zero"  (Lida 2871 vezes)

0 Membros e 1 Visitante estão vendo este tópico.


Offline _tiago

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 6.343
Re: Jon Stewart, sobre a controvérsia da mesquita no "ponto zero"
« Resposta #26 Online: 24 de Agosto de 2010, 17:19:57 »
Eu me restringi à polêmica causada pela idéia... O fato disso soar como provocação pra um bocado de gente é um constrangimento desnecessário, é inventar uma briga boba onde até ontem não tinha nenhuma (em relação a essa idéia!).
Se fosse do desagrado de uma meia dúzia, perfeito, mas pelo contrário.

Aliás, não construir não prova nada disso que você falou.

Offline Buckaroo Banzai

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 38.735
  • Sexo: Masculino
Re: Jon Stewart, sobre a controvérsia da mesquita no "ponto zero"
« Resposta #27 Online: 24 de Agosto de 2010, 21:42:53 »
Claro que é. Propaganda neonazistóide, é feita, as pessoas são enganadas por ela, se revoltam, protestam contra algo, e esse algo não é feito. Isso constitui sim, sucesso da propaganda neonazistóide. Não espere que os políticos e comentaristas que têm em seu público aqueles que se sentem ameaçados pelos muçulmanos vão parar depois dessa.

Offline _tiago

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 6.343
Re: Jon Stewart, sobre a controvérsia da mesquita no "ponto zero"
« Resposta #28 Online: 24 de Agosto de 2010, 22:30:50 »
E por que só essa sua perspectiva vale?
Por que ela necessariamente envolve nazistas?
Por que qualquer decisão nesse sentido de se construir ou não envolve nazistas?
Só vale uma opinião contrária se for de um nazista?
O mundo é feito de nazistas e não nazistas?

(Afinal, quem é você que tomou o corpo do Buckaroo? Seria um judeu saudosista?)


Offline Buckaroo Banzai

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 38.735
  • Sexo: Masculino
Re: Jon Stewart, sobre a controvérsia da mesquita no "ponto zero"
« Resposta #29 Online: 25 de Agosto de 2010, 01:02:42 »
Bem, de forma alguma eu tenho a pretensão de dizer que "a minha perspectiva é a única que vale". Somente reafirmei qual ela é, segundo aquilo que percebo.

Não quis sugerir qualquer envolvimento de nazistas ou neonazistas propriamente ditos.

Por "propaganda nazistóide", similar a nazista, quero descrever uma propaganda que deturpa a verdade e vilifica um grupo de pessoas generalizadamente.

E essa reação contrária me parece grandemente mais um produto de tal propaganda do que algo mais espontâneo e "natural", pelas proporções que tomou. Há uma série de comentaristas e políticos que vivem dessa propaganda ou de seus benefícios.
 
A peça central dessa propaganda no caso é justamente o fraseamento da coisa como "mesquita" do "marco zero", quando nem é uma mesquita, e nem está tão próxima assim do marco zero.

Mas é um "slogan" muito mais eficaz como insulto do que uma retratação fiel do projeto, do que se referir a um tipo de YMCA muçulmano, num dos prédios abandonados há alguns quarteirões de onde existiam as torres gêmeas. Não muito mais próximo do que casas de strip tease, igrejas de outras religiões, e até mesmo, uma mesquita propriamente dita, se não me engano. Cujo idealizador disse objetivar "repelir os extremistas". Cuja esposa do idealizador é conselheira no memorial das vítimas de 11 de setembro.

A campanha não pára por aí, nesse "branding" perverso. Temores foram lançados quanto as "verdadeiras intenções" dos idealizadores. Falam de "base de treinamento para terroristas". De "cuspir na cara do parentes das vítimas". De "monumento ao terrorismo".

Não que seja tudo exatamente propaganda, friamente planejada e lançada. A coisa tem um efeito meio "bola de neve", ainda mais considerando que aqueles posam como se vivessem de "combater o terrorismo" através de comentários em rádio, tv e blogs já têm legiões de fãs e a campanha em geral é mais antiga, já vinha sendo cativada e aguardava um "produto" bombástico como esse.

Se isso ainda não te convence, se pergunte então se, pessoas influentes, esses comentaristas dieversos, se não fossem realmente "nazistóides", se não estivessem interessados em explorar o sofrimento de todas as vítimas, diretas e indiretas, se não poderiam ter dado uma direção diferente à coisa.

Eu não consigo me convencer do contrário. Eu não tenho qualquer simpatia pelo islã. De todas as maiores religiões, é atualmente a que dentre os seguidores tem os piores elementos, e as interpretações deles não são (assim como com outras religiões) facilmente dissociáveis da religião, como tentam defender os moderados. Mas ainda assim, o fato é que, tal como com outras religões, moderados existem, são a vasta maioria, e, se eu não pretendo promover uma campanha de ódio contra essas pessoas, o que eu faço é dar ao projeto e aos envolvidos o benefício da dúvida, e falar dele sob a melhor luz possível.

Ele não é inerentemente a ofensa que os propagandistas fizeram dele. Na página da wikipedia sobre o projeto, há diversas opiniões positivas vindas justamente de familiares das vítimas dos atentados de 11 de setembro. Eu particularmente não consigo pensar em algo realista que pudesse ser um melhor símbolo da derrota do terrorismo de Bin Laden, pois algo como esse centro e sua aceitação pelos americanos estão dentre as coisas que ele mais odiaria ver, sendo especialmente humilhante se é algo assim tão próximo ao mais violento golpe que já deu contra os Estados Unidos.

Eu poderia até mesmo ter lá minhas dúvidas sobre quem está por trás do projeto, qual será o financiamento (ainda que ache meio esquisito que o melhor investimento que os terroristas poderiam fazer seria um centro com restaurante, teatro e academia aberto a toda população). Mas, sem saber, sem indícios concretos de alguma conexão criminosa/terrorista, lançar essas dúvidas seria apenas irresponsabilidade, na melhor das hipóteses. E não consigo acreditar na melhor das hipóteses nesse caso.

Offline _tiago

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 6.343
Re: Jon Stewart, sobre a controvérsia da mesquita no "ponto zero"
« Resposta #30 Online: 25 de Agosto de 2010, 09:37:38 »
Como eu disse anteriormente, só pela polêmica, num assunto delicado, recente, penso ser uma bobeira construir qualquer coisa que possa ser do desagrada de uma ampla maioria. A mera construção do que quer seja, onde quer que seja nas proximidades dali, não vai mudar a opinião de ninguém, não vai tornar o mundo melhor e muito menos mudar a mentalidade de quem odeia muçulmano. A construção de símbolos, vide os exemplos dos crucifixos, das mesquitas na Suiça, tanto mais incomodaram que geraram benefícios.
Pior, a construção de símbolos pra muita gente beira a ofensa e pode incitar o ódio. Deixar como está, como sempre foi, não necessariamente é propaganda nazistóide. Entretanto, se for esse o caso e existem nazistas controlando a situação, minha afirmação tanto continua válida quanto a confirma, é um risco.

Dois pontos do seu comentário. Pra fazer propaganda contra, eu não preciso explorar o sofrimento das vítimas, eu simplesmente posso ser orgulhoso. Segundo, não entendi aquilo do benefício da dúvida.

Offline Mahul

  • Nível 17
  • *
  • Mensagens: 486
  • Sexo: Masculino
Re: Jon Stewart, sobre a controvérsia da mesquita no "ponto zero"
« Resposta #31 Online: 25 de Agosto de 2010, 19:19:38 »
 :?: :?: :?: :umm: :umm: :umm: :no: :no: :no:
Não gosto da direita porque ela é de direita e não gosto da esquerda porque ela também é de direita - Mestre Millôr

Deus seria reprovado em qualquer escola de engenharia - Paulo Francis

Só vou acreditar em socialismo no dia em que todo mundo puder morar em Ipanema - Grande Tom Jobim

Offline Buckaroo Banzai

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 38.735
  • Sexo: Masculino
Re: Jon Stewart, sobre a controvérsia da mesquita no "ponto zero"
« Resposta #32 Online: 25 de Agosto de 2010, 20:27:26 »
Deixar como está, como sempre foi, não necessariamente é propaganda nazistóide.

Não disse que isso é propaganda nazistóide. Propaganda nazistóide é capitalizar a ofensa. "Vejam, os muçulmanos, orgulhosos pelo 11 de setembro, querem construir um monumento ao terrorismo sobre o solo onde mataram três mil americanos", ou "mas será que quem está por trás disso é mesmo moderado? Será que não é na verdade um plano terrorista? Será que não vão usar como centro de treinamento de terroristas?" E, com essa linha de argumentos, defender a não construção.

Mesmo simplesmente algo mais brando, como vagamente dizer que "é uma ofensa", também já traz implícita a assunção de que, de alguma forma, todos os muçulmanos tem que responder pelos atentados de 11 de setembro, como se fossem responsáveis ou os apreciassem, e novamente, capitalizar esse aspecto de ofensa, mesmo dessa forma mais branda, é nazistóide ao vilificar os muçulmanos todos, e sim, explorar o sofrimento daqueles que sofrem com a perspectiva de uma construção "ofensiva" insultando a memória das vítimas.

"Dar o benefício da dúvida" é simplesmente não assumir, sem provas, que se trata de uma conspiração de muçulmanos pseudo-moderados que de fato querem, na melhor das hipóteses, apenas provocar ou comemorar os atos terroristas, e promover essa idéia, mas em vez disso, se limitar a falar da proposta tal como seus idealizadores a colocam, sem tentar adivinhar suas supostas terríveis verdadeiras intenções. 

 

Citar
Entretanto, se for esse o caso e existem nazistas controlando a situação, minha afirmação tanto continua válida quanto a confirma, é um risco.

Eu não entendo o que está querendo dizer.

Se isso é propaganda nazistóide, e se ela de fato então faz efeito, é aceita pela população, consegue fazer com que o grupo alvejado se intimide, abdique dos seus direitos, então, na verdade, de alguma forma, isso é bom?



Citar
Dois pontos do seu comentário. Pra fazer propaganda contra, eu não preciso explorar o sofrimento das vítimas, eu simplesmente posso ser orgulhoso.

A propaganda contra que vem sendo feita, vem explorando o sofrimento das vítimas, colocando o centro como um insulto, como monumento ao terrorismo.


Offline Buckaroo Banzai

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 38.735
  • Sexo: Masculino
Re: Jon Stewart, sobre a controvérsia da mesquita no "ponto zero"
« Resposta #33 Online: 25 de Agosto de 2010, 20:29:29 »
<a href="http://www.youtube.com/v/QZpT2Muxoo0" target="_blank" class="new_win">http://www.youtube.com/v/QZpT2Muxoo0</a>


SPECIAL COMMENT (Transcript)

Finally as promised, a Special Comment tonight on the inaccurately described "Ground Zero mosque."

"They came first for the Communists, and I didn't speak up because I wasn't a Communist.Then they came for the trade unionists, and I didn't speak up because I wasn't a trade unionist.Then they came for the Jews, and I didn't speak up because I wasn't a Jew. Then they came for me and by that time no one was left to speak up."

Pastor Martin Niemoller's words are well known but their context is not well understood. Niemoller was not speaking abstractly. He witnessed persecution, he acquiesced to it, he ultimately fell victim to it. He had been a German World War 1 hero, then a conservative who welcomed the fall of German democracy and the rise of Hitler and had few qualms the beginning of the holocaust until he himself was arrested for supporting it insufficiently.

Niemoller's confessional warning came in a speech in Frankfurt in January, 1946, eight months after he was liberated by American troops. He had been detained at Tyrol, Sachsen-hausen and Dachau. For seven years.

Niemoller survived the death camps. In quoting him, I make no direct comparison between the attempts to suppress the building of a Muslim religious center in downtown Manhattan, and the unimaginable nightmare of the Holocaust. Such a comparison is ludicrous. At least it is, now.

But Niemoller was not warning of the Holocaust. He was warning of the willingness of a seemingly rational society to condone the gradual stoking of enmity towards an ethnic or religious group warning of the building-up of a collective pool of national fear and hate, warning of the moment in which the need to purge, outstrips even the perameters of the original scape-goating, when new victims are needed because a country has begun to run on a horrible fuel of hatred — magnified, amplified, multiplied, by politicians and zealots, within government and without.

Niemoller was not warning of the holocaust. He was warning of the thousand steps before a holocaust became inevitable. If we are at just the first of those steps again — today, here — it is one step too close.

Yet, in a country dedicated to freedom, forces have gathered to blow out of all proportion the construction of a minor community center; to transform it into a training ground for terrorists and an insult to the victims of 9/11 and a tribute to medieval Muslim subjugation of the West.

There is no training ground for terrorists. There is no insult to the victims of 9/11. There is no tribute to medieval Muslim subjugation of The West. There is, in fact, no "Ground Zero mosque." It isn't a mosque.

A mosque is a Muslim holy place in which only worship can be conducted. What is planned for 45 Park Place, New York City, is a Community Center. It's supposed to include a basketball court. And a cullinary school. It's to be thirteen stories tall and the top two stories will be a Muslim prayer space.

What a cauldron of terrorism that will be. Terrorist chefs and terrorist point guards. And truly those will use the center have more to fear from us, than us from them. For, there has been terrorism connected to a mosque. In this country. This year.

May 10th. Jacksonville, Florida. A pipe bomb at the Islamic Center of Northeast Florida. The FBI thinks the man in this surveillance video could be the bomber. It went off during evening prayers, and it was powerful enough to send shrapnel flying 100 yards.

Fortunately the bomber didn't know where to place it, so the 60 Muslim worshipers were uninjured. If he'd put it inside and not outside they'd have been dead. And you probably would've heard about it on the news. Or maybe not.

Maybe those exploiting 45 Park Place would still shake their fists and decry terrorism by extremists who happen to be Muslim, and never face the shameful truth about our country: As the Jacksonville mosque bombing shows, since Sept. 11, Muslims have been at far greater risk of being victims of terrorism in the United States, than have non-Muslims.

But back to this Islamic Center. Its name - Cordoba House - is not a tribute to medieval Muslim subjugation of Spain. Newt Gingrich has been pushing that nonsense, that "Cordoba" is a Muslim dog-whistle for "triumphalism." "It refers to Córdoba, Spain - the capital of Muslim conquerors who symbolized their victory over the Christian Spaniards by transforming a church there into the world's third-largest mosque complex. Today, some of the mosque's backers insist this term is being used to 'symbolize interfaith co-operation' when, in fact, every Islamist in the world recognizes Córdoba as a symbol of Islamic conquest."

Those "Muslim conquerors" are a figment of Mr. Gingrich's lurid imagination. In Spain, in Cordoba, though the Muslims established multi-cultural, non-denominational institutions of learning, they were under constant attack from Christians, and from a series of internal all-Muslim Civil Wars. The Muslims lost Cordoba, and the Christian church they transformed into the "world's third-largest mosque complex?" It was turned back into a Christian Cathedral. In the 13th Century. And it has been that, ever since.

And is there not a logical extension to Mr. Gingrich's conclusions about Cordoba and "triumphalism?" Virtually every church, every synagogue, indeed every mosque built on this continent stands where a Native American lived, or died, or was buried, or saw his world — his religions included — wiped out. By us.

What are we then, Mr. Gingrich? And by the way, a point Mr. Gingrich has not even whispered as he has shouted fire in a crowded theater—when the historical implications of Cordoba were made clear to the backers of this project, the property developer, Sharif Gamal, changed the name. They already compromised.

"We are calling it Park 51 because of the backlash to the name Cordoba House," he told the Financial Times. "It will be a place open to all New Yorkers and that is a very New York name." A very New York name. Like "Ground Zero." Except this place — Park 51 — is not even at Ground Zero, not even 'right across the street.' Even the description of it being "two blocks away" is generous.

It is two blocks away from the northeast corner of the World Trade Center site. From the planned location of the Setp. 11 memorial it is more like four or even five blocks. You know what is right across the street? I went there yesterday, to refresh my sense of the World Trade Center, in which I worked nearly 30 years ago.

At Church and Veezy, so close that the barbed wire of Ground Zero obscures its spire? St Paul's Chapel. Been there since 1766, where Washington went the day he was inaugurated, where the first responders came for relief nine years ago. You know what's also closer to Ground Zero than this Muslim Community Center? Church of St. Peter — at Church and Barclay Streets. As the sign says, New York's Oldest Catholic Parish.

People hear "Ground Zero Mosque" and they think Mecca in the backyard and a loud call to prayer and they take umbrage.

"We got no more than a few inches of skin and a couple of pieces of bone. Ground Zero is the burial place of my son," said Joyce Boland at the public hearing about the Center. "I don't want to go there and see an overwhelming mosque looking down at me."

I honor her pain, and her fear, but Mrs. Boland has nothing to worry about. Unless she walks directly to it, she'll never see it. This is what you see from where the Center will be. Another non-descript building across the street. This building and others like it will block views of the Trade Center, and views from the Trade Center.

It certainly will stand out on the north side of Park Place, but amid the canyons of lower Manhattan, it'll just be a distinctive building that if you happen to wander down a side street near the Trade Center, you might see. You know what you'll see there now? This. The Burlington Coat Factory, abandoned since 2001 when the landing gear from one of the planes fell 90 stories and went through the roof. For nine years nobody's been willing to buy that building, just to knock it down and build a new one.

It sold for four million 850 thousand dollars. In New York City real estate, that is spare change. And you know why it's spare change? Because — walk around Ground Zero any day of the week and it's packed, with tourists and our version of pilgrims. But walk two and three blocks away and… not so packed. Not packed at all. Advertisement | ad info

Empty stores. Boarded-up windows. Nine years later, and two and three blocks from the action and it's a ghost town. What was that about government not getting in the way of private business? What was that about letting the private sector spur new jobs in blighted areas? Oh, and what was that about Iraq?

Why did we go into Iraq, again? I don't mean the real reasons or the naked vengeful blindness that enabled the forging of a non-existant connection between Iraq and 9/11. I mean, the official explanation. To free the world — and especially Iraq's citizens — of the tyranny of Saddam Hussein. That's its supporters' defense of the invasion, to this day. Well, who lives in Iraq? Muslims.

I hate to reveal this to anybody on the Right who didn't know this, but when they say Iraq is 65% Shia and 32% Suni you do know that Shia and Suni are both forms of the Muslim religion, right?

We sacrificed 4,415 of our military personnel in Iraq to save Muslims, and there are thousands still there tonight to protect Muslims, but we don't want Muslims to open a combination culinary school and prayer space in Manhattan?

From the beginning of this nation we have fought prejudice and religious intolerance and our greatest enemy: stupidity, exploited by rapacious politicians. It's just 50 years now since Americans publicly and urgently warned their country-men not to support a Presidential candidate because he was a Roman Catholic. He would boww to the will not of the American people, but the Pope. He would be a "Papist." He would be the agent of a foreign state.

His name was John Fitzgerald Kennedy. Despite the nobility of our founding and the indefatigable efforts of all our generations, there have always been those who would happily sacrifice our freedoms, our principles, to ward off the latest unprecedented threat, the latest unbeatable outsiders. Once again, at 45 Park Place, we are being told to sell our birth-right, to feed the maw of xenophobia and vengeance and mob rule.

The terrorists who destroyed the buildings from which you could only see 45 Park Place as a dot on the ground, wanted to force us to change our country to become more like the ones they knew. What better way could we honor the dead of the World Trade Center, than to do the terrorists' heavy lifting for them? And do you think 45 Park Place is where it ends?

The moment this monstrous betrayal of our America gained the slightest traction, the next goal was unveiled. 'No more building permits for any mosques in this country,' brayed a man from the euphemistically-named "American Families Association." Of course, he said, maybe the permits could be granted if the congregation quote "was willing to publicly renounce the Koran."

"They came first for the building permits." But back to Downtown. Does the name "Masjid-Manhattan" mean anything to you? Let me take you, in conclusion, to 20 Warren Street. Not much to look at. Not from across the street Not from up close. That open door is the only thing that distinguishes it from the rest of the grill-fronts of the neighborhood.

That, and the yellow sign there. "Entrance To Islamic Center." It's in the basement. It is a Muslim house of worship. Masjid-Manhattan. It lost its lease in a larger building down the street, two years ago. The new facility is so small that only about 20 percent of worshipers can use it, at a time. But "Masjid-Manhattan" opened in early 1970. Four blocks away, the World Trade Center opened, in December 1970. Advertisement | ad info

The actual place that is the real-life equivalent of the paranoid dream contained in the phrase "Ground Zero Mosque," has been up and running, since before there was a World Trade Center, and for nine years since there has been a World Trade Center.

Running, without controversy, without incident, without terrorism, without protest. Because this is America, dammit.

And in America, when somebody comes for your neighbor, or his bible, or his torah, or his Atheists' Manifesto, or his Koran, you and I do what our fathers did, and our grandmothers did, and our founders did you and speak up.
 

All republished content that appears on Truthout has been obtained by permission or license.

Support Truthout's work with a $10/month tax-deductible donation today!

http://www.truth-out.org/keith-olbermann-there-no-ground-zero-mosque62376#

Offline _tiago

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 6.343
Re: Jon Stewart, sobre a controvérsia da mesquita no "ponto zero"
« Resposta #34 Online: 25 de Agosto de 2010, 22:35:21 »
Mas, Buckaroo, toda negativa quanto a essa construção você resume em: propaganda nazistóide ou ofensa aos muçulmanos ou ambas. Não pode ser simplesmente um assunto delicado inclusive para o americano médio que não é nazista e não tem nada contra os muçulmanos em geral? Eu simplesmente disse que trata-se de um assunto polêmico (afirmação genérica, um tanto receosa dos efeitos dessa obra!) e que é um risco assumir (pois existe e é real esse ódio aos muçulmanos), por isso, fui contra (e eu não disse que serei pra sempre). Se construir perto já vem causando dissabores, que tal aguardar um pouco, quem sabe amenizar essa imagem atual que é negativa... Se só o fato de dizer que vai construir deixou um monte de nazistas inquietos – espera, qual o problema? Tem que construir agora, em meio a uma guerra contra o terror? Duvido que esse seja o único lugar de NY pra se construir mesquitas e duvido muito que esses outros lugares sejam tão suscetíveis a comoção assim.
Então, meu caro, você não acha um risco essa mesquita? Por quê?
__________________________
Do texto que você colou, realmente, a propaganda nazistóide diz que será um centro de treinamento terrorista. Entretanto, tais idiotices só têm relação com a minha alegação (aquela que diz que é um risco essa construção) para confirmá-la. Ou seja, olha o tipo de porcaria que sai só pelo fato de se chegar perto desse marco zero... (Buck, você é um dos poucos com quem me disponho a ler os textos gigantes postados, mas eu to com uma preguiça... Qual a idéia geral? :P)

Offline Buckaroo Banzai

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 38.735
  • Sexo: Masculino
Re: Jon Stewart, sobre a controvérsia da mesquita no "ponto zero"
« Resposta #35 Online: 27 de Agosto de 2010, 22:35:37 »
Olha, a coisa é bem complicada, tem horas que nem sei o que pensar. Só uma coisa, não estou dizendo que "todo mundo contra é nazista".

A única versão que seria não-ofensiva do argumento contra a construção do centro seria numa versão "se tivessem me perguntado antes, eu teria previsto essa reação contrária de preconceito e pessoas fomentando preconceito, e teria sido contra", mas isso é uma parte ínfima do "debate" em torno do centro.

Aparentemente é por esse lado que está argumentando, mas é apenas uma parte ínfima daqueles contrários que fazem esse ponto, sendo na maior parte do tempo propaganda neonazistóide mesmo.

Dessa forma, considero arriscado simplesmente ceder a essa pressão, dar uma vitória a essa propaganda, e um estímulo para que continuem. Afinal, deu certo.

Quanto a outros locais, ao redor do país, estão sim havendo protestos acalorados contra a construção de mesquitas (mesquitas mesmo, não apenas um centro/clube geral, como esse do park51).


Citar
Se construir perto já vem causando dissabores, que tal aguardar um pouco, quem sabe amenizar essa imagem atual que é negativa... Se só o fato de dizer que vai construir deixou um monte de nazistas inquietos – espera, qual o problema? Tem que construir agora, em meio a uma guerra contra o terror?

Bem, "guerra contra o terror" é uma piada. Terrorismo não foi, durante toda essa década, um perigo iminente, embora tenha sim havido muito medo dessa ameaça. Eu imaginaria que quase oito anos depois do ataque de 11 de setembro de 2001, os ânimos não estivessem tão quentes e já tivesse sido razoavelmente sanado o preconceito contra os muçulmanos, então não imaginaria, se me consultassem, ser cedo demais para um projeto desses. Imaginava que sim, haveriam aqueles a fazer propaganda nazistóide, mas imaginava que a resposta seria largamente postiva ou mais ou menos neutra. Mas subestimei o poder da propaganda, eu acho.




O texto que postei contra-argumenta aos argumentos diversos mais nazistóides já feitos, expõe a ignorância e a intolerância por trás deles, e também diz ser uma traição aos princípios americanos de liberdade e de lutar contra os preconceitos simplesmente compactuar com isso.

Eu achei particularmente interessante ele mencionar algo que acho que a maior parte das pessoas talvez não saibam sobre uma citação razoavelmente famosa:

"Primeiro eles vieram atrás dos comunistas, e eu não protestei pois não era comunista. então vieram atrás dos sindicalistas. e eu não protestei porque não era um sindicalista. então eles vieram atrás dos judeus, e eu não protestei porque não era um judeu. Então eles vieram atrás de mim, e então não havia ninguém mais para protestar."

Acho que talvez muita gente pense que isso é meio essa citação é apenas uma ilustração fictícia do por que de se protestar quanto a injustiça sofrida por outros, mas como ele diz:

"As palavras do pastor Martin Niemoller são bem conhecidas mas seu contexto não é bem compreendido. Niemoller não está falando de maneira abstrata. Ele testemunhou a perseguição, aquiesceu a ela, e finalmente foi vítima dela. Ele foi um herói alemão da Primeira Guerra Mundial, então um conservador que deu boas vindas à queda da democracia alemã e a ascensão de Hitler, que teve poucas dificuldades com o princípio do holocausto até que ele mesmo foi preso por apoiá-lo insuficientemente. "

Offline _tiago

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 6.343
Re: Jon Stewart, sobre a controvérsia da mesquita no "ponto zero"
« Resposta #36 Online: 28 de Agosto de 2010, 11:28:12 »
Não sabemos se o rumo dos fatos será o da citação, épocas distintas podem produzir eventos semelhantes, mas nunca os mesmos, se servem de aviso, não servem de imperativo. Século passado, à exemplo, algumas nações somente mudaram de opinião após uma guerra avassaladora e algumas décadas de remorso. Todo cuidado, em situações tais que envolvam um preconceito a beira o ódio, é um mínimo necessário à qualquer decisão. Os debates citados por você, são bons exemplos de tentativas de se mudar o pensamento geral sobre um grupo – muito diferente dessa idéia de reduzir o assunto a quem ganhou, nazistóides ou muçulmanos. É uma situação delicada, complexa, difícil.

Daí meu pensamento, queda de braço nessa situação e na atual conjuntura, pode dar merda.

Mas, logicamente, não se pode deixá-los com a voz influente da opinião que atualmente regula o gosto dos americanos em geral, que daí a merda seria muuuuiiito maior!

(Uma hipótese pessoal de ação... Não vejo problema em deixar os nazistóides num primeiro momento ganhar algumas disputas – alguém vai sempre ter a voz de mando, e os mesmos encontram-se ávidos, erguem suas bravatas juntamente com boa parte da sociedade e, como eu disse anteriormente, aproveitam-se duma conjuntura propícia ao ódio em geral aos muçulmanos. Por isso, é importante a oposição, e com o tempo, argumentos e, se necessário, a força legal, quem sabe reduzi-los a uns poucos, como atualmente a KKK.)


 

Do NOT follow this link or you will be banned from the site!