Quase a totalidade dos remédios antigos eram baseados em principios ativos presentes em plantas e afins.
Quem tinha pé inchado e falta de ar (edema e dispneia) mascava folha de digitalis e urinava mais, era uma planta conhecida como diurética (Aumentava o volume urináro).
Através da Ciência descobriu-se que o princípio ativo, o Digital, aumenta a contratilidade do músculo cardíaco (inotropismo). Com essa melhora da "força" do coração a pessoa melhorava da dispneia e do edema,com isso urinava mais. Não se tratava de diurético, o aumento do volume da urina era o resultante final da melhora cardiológica. Porém o Digital tem uma janela terapêutica muito estreita (a diferença da concentração sanguínea do nível terapêutico e tóxico é muito pequena).
FOi retirado então o extrato que realmente funciona, descartado os produtos inútesi e potencialmente deletérios da planta e utilizada a medicação, que por longa data foi uma das pedras angulares do tratametno da Insuficiência Cardíaca.
Você pode então continuar mascando a planta - sem controle de dose, sem ajuste para peso, função renal, sem monitorização com exames complementares; ou pode recorrer a Ciência e comprar sob prescrição médica em qualquer farmácia.
Infelizmente a fiscalização é muito falha, propiciando que se continue utilizando métodos, que a despeito de um potêncial benefício, se encontram longe das boas normas médicas.
Isso sem contar quem nem vai ao médico antes de tomar remédio...
Há uma grande linha de estudos promissores envolvendo princípios ativos de diversas plantas, porém a grande maioria encontra-se longe dos requisitos necessários para incorporação a prática clínica diária.
Tão ou pior são as condutas médicas não reconhecidas que proliferam por aí, como uso de Substância P, Ortomoleculares, Florais e outros prescritas por médicos (?) diariamente mesmo nos grandes centros urbanos (principalmente na camada mais abastada da sociedade).