Autor Tópico: Ato contra o golpe midiático.  (Lida 2460 vezes)

0 Membros e 1 Visitante estão vendo este tópico.

Offline Geotecton

  • Moderadores Globais
  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 28.345
  • Sexo: Masculino
Re: Ato contra o golpe midiático.
« Resposta #25 Online: 23 de Setembro de 2010, 16:12:40 »
Em empresas públicas de mídia há os concursados, que fazem o trabalho administrativo, de Produção e alguma coisa de editoria; os Gerentes e Diretores de setor, que geralmente são cargos de confiança; e o pessoal contratado por firma. Os critérios para a contratação são (no papel) notório saber, reconhecimento do trabalho em mídia, produção artística/ intelectual etc.

Ok!

Mas em minha postagem anterior eu não me referia às empresas de mídia.

O texto não ficou claro. Desculpe.
 
De resto, assino embaixo o comentário do Buckaroo: a "mídia golpista" é sempre a vítima do chefe de plantão...

Idem.
Foto USGS

Offline Dbohr

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 9.179
  • Sexo: Masculino
  • 無門關 - Mumonkan
    • Meu blog: O Telhado de Vidro - Opinião não-solicitada distribuída livremente!
Re: Ato contra o golpe midiático.
« Resposta #26 Online: 23 de Setembro de 2010, 16:17:20 »
Agora, uma coisa que eu gostaria que fosse imitado dos EUA aqui é o fato de jornais e revistas poderem apoiar abertamente o candidato A ou B se assim quiserem. Detesto essa postura passivo/ agressiva da imprensa local quando não gosta de um candidato; e detesto mais ainda a prática do "beija-mão" e da subserviência política que torna essa prática comum.

Offline _Juca_

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 12.923
  • Sexo: Masculino
  • Quem vê cara, não vê coração, fígado, estômago...

Offline _Juca_

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 12.923
  • Sexo: Masculino
  • Quem vê cara, não vê coração, fígado, estômago...
Re: Ato contra o golpe midiático.
« Resposta #28 Online: 23 de Setembro de 2010, 18:20:13 »
Confesso que estou me divertindo muito desde que o Lula resolve dar o nome aos bois, lá vai o Veríssimo:

http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20100923/not_imp613846,0.php

Offline Buckaroo Banzai

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 38.735
  • Sexo: Masculino
Re: Ato contra o golpe midiático.
« Resposta #29 Online: 23 de Setembro de 2010, 21:32:01 »
Agora, uma coisa que eu gostaria que fosse imitado dos EUA aqui é o fato de jornais e revistas poderem apoiar abertamente o candidato A ou B se assim quiserem. Detesto essa postura passivo/ agressiva da imprensa local quando não gosta de um candidato; e detesto mais ainda a prática do "beija-mão" e da subserviência política que torna essa prática comum.

Uma coisa que eu acho estranha. A Carta Maior, por exemplo. Ela faz o mesmo jogo de defesa e ataque velados que a Veja faz ou é acusada de fazer? Ou ela abertamente defende Dilma?

Offline Geotecton

  • Moderadores Globais
  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 28.345
  • Sexo: Masculino
Re: Ato contra o golpe midiático.
« Resposta #30 Online: 23 de Setembro de 2010, 21:32:52 »
Agora, uma coisa que eu gostaria que fosse imitado dos EUA aqui é o fato de jornais e revistas poderem apoiar abertamente o candidato A ou B se assim quiserem. Detesto essa postura passivo/ agressiva da imprensa local quando não gosta de um candidato; e detesto mais ainda a prática do "beija-mão" e da subserviência política que torna essa prática comum.

Uma coisa que eu acho estranha. A Carta Maior, por exemplo. Ela faz o mesmo jogo de defesa e ataque velados que a Veja faz ou é acusada de fazer? Ou ela abertamente defende Dilma?

Carta Capital?
Foto USGS


Offline Buckaroo Banzai

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 38.735
  • Sexo: Masculino
Re: Ato contra o golpe midiático.
« Resposta #32 Online: 23 de Setembro de 2010, 21:36:01 »
Agora, uma coisa que eu gostaria que fosse imitado dos EUA aqui é o fato de jornais e revistas poderem apoiar abertamente o candidato A ou B se assim quiserem. Detesto essa postura passivo/ agressiva da imprensa local quando não gosta de um candidato; e detesto mais ainda a prática do "beija-mão" e da subserviência política que torna essa prática comum.

Uma coisa que eu acho estranha. A Carta Maior, por exemplo. Ela faz o mesmo jogo de defesa e ataque velados que a Veja faz ou é acusada de fazer? Ou ela abertamente defende Dilma?

Carta Capital?

Isso.

Carta Maior é um site, esse acho que talvez possa ser mais abertamente pró-Dilma pelos "só sites" talvez não se enquadrarem ainda nas mesmas restrições aplicadas a tv e publicações em papel, ou sites dos mesmos.

Offline Geotecton

  • Moderadores Globais
  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 28.345
  • Sexo: Masculino
Re: Ato contra o golpe midiático.
« Resposta #33 Online: 23 de Setembro de 2010, 21:45:34 »
Agora, uma coisa que eu gostaria que fosse imitado dos EUA aqui é o fato de jornais e revistas poderem apoiar abertamente o candidato A ou B se assim quiserem. Detesto essa postura passivo/ agressiva da imprensa local quando não gosta de um candidato; e detesto mais ainda a prática do "beija-mão" e da subserviência política que torna essa prática comum.

Uma coisa que eu acho estranha. A Carta Maior, por exemplo. Ela faz o mesmo jogo de defesa e ataque velados que a Veja faz ou é acusada de fazer? Ou ela abertamente defende Dilma?

Carta Capital?

Isso.

Carta Maior é um site, esse acho que talvez possa ser mais abertamente pró-Dilma pelos "só sites" talvez não se enquadrarem ainda nas mesmas restrições aplicadas a tv e publicações em papel, ou sites dos mesmos.

O 'Pravda', digo a Carta Capital, é pró-PT desde a sua fundação. Logo...
Foto USGS

Offline Moro

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 20.984
Re: Ato contra o golpe midiático.
« Resposta #34 Online: 23 de Setembro de 2010, 21:47:27 »
veríssimo como analista político é tão imparcial quanto o mainardi
“If an ideology is peaceful, we will see its extremists and literalists as the most peaceful people on earth, that's called common sense.”

Faisal Saeed Al Mutar


"To claim that someone is not motivated by what they say is motivating them, means you know what motivates them better than they do."

Peter Boghossian

Sacred cows make the best hamburgers

I'm not convinced that faith can move mountains, but I've seen what it can do to skyscrapers."  --William Gascoyne


Offline Moro

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 20.984
Re: Ato contra o golpe midiático.
« Resposta #36 Online: 23 de Setembro de 2010, 21:56:24 »
O Lula não foi o cara mais atacado... certamente foi muito atacado pela veja que atacou mais o collor por exemplo. A fsp metia o pau no FHC todo o dia, desde o clovis rossi até o Janio. O OESP realmente sempre foi BEM mais delicado com o FHC do que é com o Lula.

O LFV é conhecido pelo passado.. é tipo um Saramago tupiniquim em sua visão política.
“If an ideology is peaceful, we will see its extremists and literalists as the most peaceful people on earth, that's called common sense.”

Faisal Saeed Al Mutar


"To claim that someone is not motivated by what they say is motivating them, means you know what motivates them better than they do."

Peter Boghossian

Sacred cows make the best hamburgers

I'm not convinced that faith can move mountains, but I've seen what it can do to skyscrapers."  --William Gascoyne

Offline Moro

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 20.984
Re: Ato contra o golpe midiático.
« Resposta #37 Online: 23 de Setembro de 2010, 21:57:35 »
e claro... ainda não ví ninguém falando sobre a mídia que apóia o PT no Nordeste. Se alguém já leu um jornal da família Sarney por exemplo...
“If an ideology is peaceful, we will see its extremists and literalists as the most peaceful people on earth, that's called common sense.”

Faisal Saeed Al Mutar


"To claim that someone is not motivated by what they say is motivating them, means you know what motivates them better than they do."

Peter Boghossian

Sacred cows make the best hamburgers

I'm not convinced that faith can move mountains, but I've seen what it can do to skyscrapers."  --William Gascoyne


Offline Moro

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 20.984
Re: Ato contra o golpe midiático.
« Resposta #39 Online: 23 de Setembro de 2010, 22:03:57 »
olha.. esse negócio de golpe da mídia, PIG etc.. é coisa para petista burro fundamentalista. Espero que nenhum dos petistas aqui se enquadrem nessa definição, mas pensar assim é simplesmente um atestado de desconhecimento (ou de viés de confirmação) em relação ao que ocorreu e ocorre no Brasil.

Tem mídia para tudo...  desde o peleguismo oficial panfletario até mídias mais sérias.. e dentro de um veículo de informação, pode haver diversas linhas de acordo com o articulista.

A globo tv não é contra o Lula.. e nunca foi com nenhum puto de um presidente que eu me lembre, e só abandonou o collor no momento final, quando não dava mais para segurar.

Mimimimimi.. PQP quem tem saco para mimimimi
“If an ideology is peaceful, we will see its extremists and literalists as the most peaceful people on earth, that's called common sense.”

Faisal Saeed Al Mutar


"To claim that someone is not motivated by what they say is motivating them, means you know what motivates them better than they do."

Peter Boghossian

Sacred cows make the best hamburgers

I'm not convinced that faith can move mountains, but I've seen what it can do to skyscrapers."  --William Gascoyne

Offline Iconoclasta SP

  • Nível 15
  • *
  • Mensagens: 376
  • Sexo: Masculino
Re: Ato contra o golpe midiático.
« Resposta #40 Online: 24 de Setembro de 2010, 00:12:34 »
Não acusei a fonte, Flamenguista.

Acusei a fonte da fonte. :)
O autor do texto, Altamiro Borges, é um maoísta convicto e adora Josef Stalin. Isto mostra como ele adora liberdade.

E o protesto, de fato, não é chapa-branca. Só é patrocinado pelo Banco do Brasil e tem como expoentes o Azenha e o Nassif (funcionários da TV Brasil) e o Santayana, funcionário do PT.

Como diria o Zé Dirceu, tem que controlar logo o "abuso do direito de noticiar".




Mais um que acusa a fonte... e... e...

Offline Iconoclasta SP

  • Nível 15
  • *
  • Mensagens: 376
  • Sexo: Masculino
Re: Ato contra o golpe midiático.
« Resposta #41 Online: 24 de Setembro de 2010, 00:14:56 »
Medinho do PT detected.

Tem cada comentário retardado anti-Dilma que eu me pergunto se não é bogus querendo produzir o efeito contrário.

Offline Buckaroo Banzai

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 38.735
  • Sexo: Masculino
Re: Ato contra o golpe midiático.
« Resposta #42 Online: 24 de Setembro de 2010, 01:58:02 »
Não era bem medo, mas mais um ranço quase racista.

No caso, não tanto contra o PT, mas contra lésbicas e ateus, do que "acusava" Dilma de ser, como se fosse um trunfo para derrubá-la. Talvez até seja, para os católicos ou religiosos conservadores mais fervorosos.

Aliás, se tem algo que a aceitação de Dilma mostra de interessante é a quantidade de não-praticantes dentre os católicos nesse país de maioria católica. :|

Offline _tiago

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 6.343
Re: Ato contra o golpe midiático.
« Resposta #43 Online: 25 de Setembro de 2010, 09:35:38 »
Fonte: Observatório Nacional

Citar
Entidades repudiam “golpismo midiático”

Por Walter Falceta Jr. em 25/9/2010


Convocado pelo Centro de Estudos de Mídia Alternativa Barão de Itararé, o ato público contra o chamado "golpismo midiático" reuniu na noite quente de quinta-feira, 23 de setembro, cerca de 450 pessoas na sede do Sindicato dos Jornalistas no Estado de São Paulo, no Centro da capital. Contou com a presença de representantes de partidos como PT, PDT, PCdoB e PSB, e de entidades como CUT, CGTB, UNE, MST, Fenaj, e Movimento dos Sem Mídia.

Os discursos foram marcados por vigorosas críticas à cobertura das eleições de 2010. Bastante aplaudida, a ex-prefeita de São Paulo, Luiza Erundina, afirmou que parte da grande imprensa adotou um modelo "macarthista" para intimidar os movimentos sociais e prejudicar a candidatura de Dilma Rousseff à presidência da República. Segundo Erundina, os grupos midiáticos monopolistas passaram a distorcer a cobertura porque "deu certo o governo do primeiro presidente operário e porque vamos eleger a primeira mulher presidente do Brasil".

Assim como a ex-prefeita, outros oradores apontaram "desvios graves" na construção do noticiário político. Para Gilmar Mauro, do MST, é vergonhosa a adulteração de fatos e a parcialidade nas matérias que tratam dos candidatos, especialmente para os cargos majoritários. Segundo ele, o noticiário claramente tendencioso dos últimos meses revela a necessidade urgente de um projeto de "democratização da mídia" no Brasil.

Ampliar, não cercear

O fundador do Movimento dos Sem Mídia, Eduardo Guimarães, afirmou que o método da distorção proposital se fez evidente nas reportagens sobre o próprio evento, publicadas em jornais como o Estado de S.Paulo. "Sinto vergonha alheia por causa desses profissionais que mentem, deturpam e inventam", disse. "Como é que nós, um bando de barnabezinhos, vamos calar poderosas instituições milionárias como Globo e Folha?", indagou.

Na visão de Guimarães, algumas corporações midiáticas tentaram estigmatizar os organizadores do ato, construindo a ficção de que estariam ameaçando a democracia ao exigir o fim de liberdade de expressão. "Isso é ridículo e mostra que esses jornais frequentemente tentam confundir a população, em vez de esclarecê-la."

Para o presidente do Centro de Estudos Barão de Itararé, Altamiro Borges, parte da grande mídia tratou de deturpar gravemente os fatos, atribuindo a ideia do ato ao PT e alinhando os organizadores aos censores fascistas. Segundo ele, essa tentativa de desqualificação segue a linha de desvios na cobertura eleitoral. "Jamais dissemos que a mídia não deveria apurar irregularidades nas instâncias de governo", disse. "Mas ela precisa realizar essas investigações também nos redutos de seus aliados políticos, de forma justa e imparcial."

De acordo com Borges, além de manter foco único em casos que prejudiquem a candidata Dilma Rousseff, parte da grande imprensa tem "requentado" denúncias para prolongar artificialmente a onda de escândalos, o que eliminou a possibilidade de discussão de propostas e programas de governo. "Também é lamentável que jornais conceituados se utilizem levianamente de criminosos apenados, como Rubnei Quícoli, para embasar suas denúncias contra a candidata da situação", criticou.

Para o jornalista, o ato foi imaginado justamente para ampliar a liberdade de expressão, e não para cerceá-la. "Concebemos esse evento também pensando em apoiar o Plano Nacional de Banda Larga (PNBL), tão atacado por operadoras e por empresas de radiodifusão, que temem a migração de audiência e publicidade para outro canal", explica. "Exigimos ainda da vice-procuradora geral eleitoral, Sandra Cureau, tão empenhada em investigar as contas da revista CartaCapital, que faça o mesmo, imediatamente, com os veículos dos grupos Globo, Abril, Folha e Estado."

"Justamente o contrário"

O Centro Barão de Itararé informou que o ato tinha também o propósito de mostrar apoio à proposta do jurista Fábio Konder Comparato (já encampada por entidades e centrais sindicais) de ingressar com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) por omissão do parlamento na regulamentação dos artigos da Constituição que tratam da comunicação. Segundo Borges, é necessário que sejam respeitados os preceitos constitucionais que proíbem a organização de monopólios no setor e aqueles que estimulam a produção regional e independente. "Este é o verdadeiro caminho para a democratização da informação", disse Borges.

Esmagado entre as 200 pessoas presentes no auditório Vladimir Herzog (os demais se distribuíam pelos corredores do sindicato, pelo hall do prédio e pelas calçadas da Rua Rego Freitas), o jornalista Luiz Carlos Azenha, do site Vi o Mundo, comentava indignado as acusações de parte da mídia aos organizadores do evento.

"É lamentável que tenham qualificado o ato como uma tentativa de limitar a liberdade de expressão, pois o que se viu aqui foi justamente o contrário", afirmou. "Quiseram transformar uma agenda positiva em uma agenda negativa." Para Azenha, os grupos presentes reivindicam "mais mídia e não menos mídia". Por vezes, o jornalista teve dificuldade para ver os oradores da noite. A cada onda de aplausos, um grupo de militantes de movimentos sociais erguia a sua frente uma faixa com a frase "Folha mente".

***

Pela mais ampla liberdade de expressão

Manifesto lido no ato realizado em 23/9/2010 no Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo

O ato "contra o golpismo midiático e em defesa da democracia", proposto e organizado pelo Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé, adquiriu uma dimensão inesperada. Alguns veículos da chamada grande imprensa atacaram esta iniciativa de maneira caluniosa e agressiva. Afirmaram que o protesto é "chapa branca", promovido pelos "partidos governistas" e por centrais sindicais e movimentos sociais "financiados pelo governo Lula". De maneira torpe e desonesta, estamparam em suas manchetes que o ato é "contra a imprensa".

Diante destas distorções, que mais uma vez mancham a história da imprensa brasileira, é preciso muita calma e serenidade. Não vamos fazer o jogo daqueles que querem tumultuar as eleições e deslegitimar o voto popular, que querem usar imagens da mídia na campanha de um determinado candidato. Esta eleição define o futuro do país e deveria ser pautada pelo debate dos grandes temas nacionais, pela busca de soluções para os graves problemas sociais. Este não é momento de baixarias e extremismos. Para evitar manipulações, alguns esclarecimentos são necessários:

1. A proposta de fazer o ato no Sindicato dos Jornalistas de São Paulo teve uma razão simbólica. Neste auditório que homenageia o jornalista Vladimir Herzog, que lutou contra a censura e foi assassinado pela ditadura militar, estão muitos que sempre lutaram pela verdadeira liberdade de expressão, enquanto alguns veículos da "grande imprensa" clamaram pelo golpe, apoiaram a ditadura – que torturou, matou, perseguiu e censurou jornalistas e patriotas – e criaram impérios durante o regime militar. Os inimigos da democracia não estão no auditório Vladimir Herzog. Aqui cabe um elogio e um agradecimento à diretoria do sindicato, que procura manter este local como um espaço democrático, dos que lutam pela verdadeira liberdade de expressão no Brasil.

2. O ato, como já foi dito e repetido – mas, infelizmente, não foi registrado por certos veículos e colunistas –, foi proposto e organizado pelo Centro de Estudos Barão de Itararé, entidade criada em maio passado, que reúne na sua direção, ampla e plural, jornalistas, blogueiros, acadêmicos, veículos progressistas e movimentos sociais que lutam pela democratização da comunicação. Antes mesmo do presidente Lula, no seu legítimo direito, criticar a imprensa "partidarizada" nos comícios de Juiz de Fora e Campinas, o protesto contra o golpismo midiático já estava marcado. Afirmar o contrário, insinuando que o ato foi "orquestrado", é puro engodo. Tentar atacar um protesto dos que discordam da cobertura da imprensa é tentar, isto sim, censurar e negar o direito à livre manifestação, o que fere a própria Constituição. É um gesto autoritário dos que gostam de criticar, mas não aceitam críticas – que se acham acima do Estado de Direito.

3. Esta visão autoritária, contrária aos próprios princípios liberais, fica explícita quando se tenta desqualificar a participação no ato das centrais sindicais e dos movimentos sociais, acusando-os de serem "ligados ao governo". Ou será que alguns estão com saudades dos tempos da ditadura, quando os lutadores sociais eram perseguidos e proibidos de se manifestar? O movimento social brasileiro tem elevado sua consciência sobre o papel estratégico da mídia. Ele é vítima constante de ataques, que visam criminalizar e satanizar suas lutas. Greves, passeatas, ocupações de terra e outras formas democráticas de pressão são tratadas como "caso de polícia", relembrando a Velha República. Nada mais justo que critique os setores golpistas e antipopulares da velha mídia. Ou será que alguns veículos e até candidatos, que repetem o surrado bordão da "república sindical", querem o retorno da chamada "ditabranda", com censura, mortos e desaparecidos? O movimento social sabe que a democracia é vital para o avanço de suas lutas e para conquista de seus direitos. Por isso, está aqui! Ele não se intimida mais diante do terrorismo midiático.

4. Por último, é um absurdo total afirmar que este ato é "contra a imprensa" e visa "silenciar" as denúncias de irregularidades nos governos. Só os ingênuos acreditam nestas mentiras. Muitos de nós somos jornalistas e sempre lutamos contra qualquer tipo de censura (do Estado ou dos donos da mídia), sempre defendemos uma imprensa livre (inclusive da truculência de certos chefes de redação). Quem defende golpes e ditaduras, até em tempos recentes, são alguns empresários retrógrados do setor. Quem demite, persegue e censura jornalistas são os mesmos que agora se dizem defensores da "liberdade de imprensa". Somos contra qualquer tipo de corrupção, que onera os cidadãos, e exigimos apuração rigorosa e punição exemplar dos corruptos e dos corruptores. Mas não somos ingênuos para aceitar um falso moralismo, típico udenismo, que é unilateral no denuncismo, que trata os "amigos da mídia" como santos, que descontextualiza denúncias, que destrói reputações, que desrespeita a própria Constituição, ao insistir na "presunção da culpa". Não é só o filho da ex-ministra Erenice Guerra que está sob suspeição; outros filhos e filhas, como provou a revista CartaCapital, também mereceriam uma apuração rigorosa e uma cobertura isenta da mídia.

5. Neste ato, não queremos apenas desmascarar o golpismo midiático, o jogo sujo e pesado de um setor da imprensa brasileira. Queremos também contribuir na luta em defesa da democracia. Esta passa, mais do que nunca, pela democratização dos meios de comunicação. Não dá mais para aceitar uma mídia altamente concentrada e perigosamente manipuladora. Ela coloca em risco a própria a democracia. Vários países, inclusive os EUA, adotam medidas para o setor. Não propomos um "controle da mídia", termo que já foi estigmatizado pelos impérios midiáticos, mas sim que a sociedade possa participar democraticamente na construção de uma comunicação mais democrática e pluralista. Neste sentido, este ato propõe algumas ações concretas:

6. Desencadear de imediato uma campanha de solidariedade à revista CartaCapital, que está sendo alvo de investida recente de intimidação. É preciso fortalecer os veículos alternativos no país, que sofrem de inúmeras dificuldades para expressar suas idéias, enquanto os monopólios midiáticos abocanham quase todo o recurso publicitário. Como forma de solidariedade, sugerimos que todos assinemos publicações comprometidas com a democracia e os movimentos sociais, como a Carta Capital, Revista Fórum, Caros Amigos, Retrato do Brasil, Revista do Brasil, jornal Brasil de Fato, jornal Hora do Povo, entre outros; sugerimos também que os movimentos sociais divulguem em seus veículos campanhas massivas de assinaturas destas publicações impressas;

7. Solicitar, através de pedidos individuais e coletivos, que a vice-procuradora regional eleitoral, Dra. Sandra Cureau, peça a abertura dos contratos e contas de publicidade de outras empresas de comunicação – Editora Abril, Grupo Folha, Estadão e Organizações Globo –, a exemplo do que fez recentemente com a revista CartaCapital. É urgente uma operação "ficha limpa" na mídia brasileira. Sempre tão preocupadas com o erário público, estas empresas monopolistas não farão qualquer objeção a um pedido da Dra. Sandra Cureau.

8. Deflagrar uma campanha nacional em apoio à banda larga, que vise universalizar este direito e melhorar o PNBL recentemente apresentado pelo governo federal. A internet de alta velocidade é um instrumento poderoso de democratização da comunicação, de estimulo à maior diversidade e pluralidade informativas. Ela expressa a verdadeira luta pela "liberdade de expressão" nos dias atuais. Há forte resistência à banda larga para todos, por motivos políticos e econômicos óbvios. Só a pressão social, planejada e intensa, poderá garantir a universalização deste direito humano.

9. Apoiar a proposta do jurista Fábio Konder Comparato, encampada pelas entidades do setor e as centrais sindicais, do ingresso de uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) por omissão do parlamento na regulamentação dos artigos da Constituição que versam sobre comunicação. Esta é uma justa forma de pressão para exigir que preceitos constitucionais, como o que proíbe o monopólio no setor ou o que estimula a produção independente e regional, deixem de ser letra morta e sejam colocados em prática. Este é um dos caminhos para democratizar a comunicação.

10. Redigir um documento, assinado por jornalistas, blogueiros e entidades da sociedade civil, que ajude a esclarecer o que está em jogo nas eleições brasileiras e que o papel da chamada grande imprensa tem jogado neste processo decisivo para o país. Ele deverá ser amplamente divulgado em nossos veículos e será encaminhado à imprensa internacional.


Offline Geotecton

  • Moderadores Globais
  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 28.345
  • Sexo: Masculino
Re: Ato contra o golpe midiático.
« Resposta #44 Online: 25 de Setembro de 2010, 11:01:37 »
Fonte: Observatório Nacional

Citar
Entidades repudiam “golpismo midiático”

Por Walter Falceta Jr. em 25/9/2010


Convocado pelo Centro de Estudos de Mídia Alternativa Barão de Itararé, o ato público contra o chamado "golpismo midiático" reuniu na noite quente de quinta-feira, 23 de setembro, cerca de 450 pessoas na sede do Sindicato dos Jornalistas no Estado de São Paulo, no Centro da capital. Contou com a presença de representantes de partidos como PT, PDT, PCdoB e PSB, e de entidades como CUT, CGTB, UNE, MST, Fenaj, e Movimento dos Sem Mídia.

As entidades acima nunca se notabilizaram pelo exercício pleno da democracia representativa e pelo menos uma é claramente uma entidade ilegal (MST).


Citar
Os discursos foram marcados por vigorosas críticas à cobertura das eleições de 2010. Bastante aplaudida, a ex-prefeita de São Paulo, Luiza Erundina, afirmou que parte da grande imprensa adotou um modelo "macarthista" para intimidar os movimentos sociais e prejudicar a candidatura de Dilma Rousseff à presidência da República. Segundo Erundina, os grupos midiáticos monopolistas passaram a distorcer a cobertura porque "deu certo o governo do primeiro presidente operário e porque vamos eleger a primeira mulher presidente do Brasil".

A ex-prefeita adora um espantalho.

Porque é que os atos de corrupção e de violação dos direitos individuais praticados pelo Estado sob o comando o PT não foram condenados pelos mesmos grupos que hoje se manifestam em "defesa da democracia"?



Citar
Assim como a ex-prefeita, outros oradores apontaram "desvios graves" na construção do noticiário político. Para Gilmar Mauro, do MST, é vergonhosa a adulteração de fatos e a parcialidade nas matérias que tratam dos candidatos, especialmente para os cargos majoritários. Segundo ele, o noticiário claramente tendencioso dos últimos meses revela a necessidade urgente de um projeto de "democratização da mídia" no Brasil.

O senhor Gilmar Mauro não tem autoridade institucional e nem moral para falar em legalidade.


Citar
Ampliar, não cercear

O fundador do Movimento dos Sem Mídia, Eduardo Guimarães, afirmou que o método da distorção proposital se fez evidente nas reportagens sobre o próprio evento, publicadas em jornais como o Estado de S.Paulo. "Sinto vergonha alheia por causa desses profissionais que mentem, deturpam e inventam", disse. "Como é que nós, um bando de barnabezinhos, vamos calar poderosas instituições milionárias como Globo e Folha?", indagou.

Opinião chapa-branca detectada.


Citar
Na visão de Guimarães, algumas corporações midiáticas tentaram estigmatizar os organizadores do ato, construindo a ficção de que estariam ameaçando a democracia ao exigir o fim de liberdade de expressão. "Isso é ridículo e mostra que esses jornais frequentemente tentam confundir a população, em vez de esclarecê-la."

Em muitas oportunidades a mídia sob controle empresarial manipula informações e serve ao "senhor de plantão". E agora ele é o PT. Basta verificar como o principal veículo de comunicação deste país, a Rede de Televisão Globo, foi generoso com o governo petista. Basta fazer uma retrospectiva dos últimos 8 anos.


Citar
Para o presidente do Centro de Estudos Barão de Itararé, Altamiro Borges, parte da grande mídia tratou de deturpar gravemente os fatos, atribuindo a ideia do ato ao PT e alinhando os organizadores aos censores fascistas. Segundo ele, essa tentativa de desqualificação segue a linha de desvios na cobertura eleitoral. "Jamais dissemos que a mídia não deveria apurar irregularidades nas instâncias de governo", disse. "Mas ela precisa realizar essas investigações também nos redutos de seus aliados políticos, de forma justa e imparcial."

Concordo.

Onde houver cheiro da água sulfídrica, lá deve ser investigado. Incluindo centrais sindicais, sindicatos, organizações não-governamentais e "movimentos sociais".


Citar
De acordo com Borges, além de manter foco único em casos que prejudiquem a candidata Dilma Rousseff, parte da grande imprensa tem "requentado" denúncias para prolongar artificialmente a onda de escândalos, o que eliminou a possibilidade de discussão de propostas e programas de governo. "Também é lamentável que jornais conceituados se utilizem levianamente de criminosos apenados, como Rubnei Quícoli, para embasar suas denúncias contra a candidata da situação", criticou.

Falácia.

Porque alguém foi condenado ele não pode estar falando a verdade sobre outro assunto?


Citar
Para o jornalista, o ato foi imaginado justamente para ampliar a liberdade de expressão, e não para cerceá-la. "Concebemos esse evento também pensando em apoiar o Plano Nacional de Banda Larga (PNBL), tão atacado por operadoras e por empresas de radiodifusão, que temem a migração de audiência e publicidade para outro canal", explica. "Exigimos ainda da vice-procuradora geral eleitoral, Sandra Cureau, tão empenhada em investigar as contas da revista CartaCapital, que faça o mesmo, imediatamente, com os veículos dos grupos Globo, Abril, Folha e Estado."

E também de centrais sindicais, sindicatos, organizações não-governamentais e "movimentos sociais".


Citar
"Justamente o contrário"

O Centro Barão de Itararé informou que o ato tinha também o propósito de mostrar apoio à proposta do jurista Fábio Konder Comparato (já encampada por entidades e centrais sindicais) de ingressar com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) por omissão do parlamento na regulamentação dos artigos da Constituição que tratam da comunicação. Segundo Borges, é necessário que sejam respeitados os preceitos constitucionais que proíbem a organização de monopólios no setor e aqueles que estimulam a produção regional e independente. "Este é o verdadeiro caminho para a democratização da informação", disse Borges.

A regulamentação da lei que impede o monopólio e o cartel de empresas privadas é vital. Assim como o projeto de lei que impeça que organizações político-partidárias, sindicatos e igrejas sejam proprietários de meios de comunicação.


Citar
Esmagado entre as 200 pessoas presentes no auditório Vladimir Herzog (os demais se distribuíam pelos corredores do sindicato, pelo hall do prédio e pelas calçadas da Rua Rego Freitas), o jornalista Luiz Carlos Azenha, do site Vi o Mundo, comentava indignado as acusações de parte da mídia aos organizadores do evento.

"É lamentável que tenham qualificado o ato como uma tentativa de limitar a liberdade de expressão, pois o que se viu aqui foi justamente o contrário", afirmou. "Quiseram transformar uma agenda positiva em uma agenda negativa." Para Azenha, os grupos presentes reivindicam "mais mídia e não menos mídia". Por vezes, o jornalista teve dificuldade para ver os oradores da noite. A cada onda de aplausos, um grupo de militantes de movimentos sociais erguia a sua frente uma faixa com a frase "Folha mente".

Quanto ingenuidade ou mal-caratismo. Os presentes não reinvindicam "mais mídia" e sim a supressão do atual padrão em favor daquele padrão que eles possam controlar.


Citar
Pela mais ampla liberdade de expressão

Manifesto lido no ato realizado em 23/9/2010 no Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo

O ato "contra o golpismo midiático e em defesa da democracia", proposto e organizado pelo Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé, adquiriu uma dimensão inesperada. Alguns veículos da chamada grande imprensa atacaram esta iniciativa de maneira caluniosa e agressiva. Afirmaram que o protesto é "chapa branca", promovido pelos "partidos governistas" e por centrais sindicais e movimentos sociais "financiados pelo governo Lula". De maneira torpe e desonesta, estamparam em suas manchetes que o ato é "contra a imprensa".

Os promotores do ato "contra o golpismo midiático e em defesa da democracia" tem alguma conexão com o atual governo federal? Sim!

É lícito supor que este "ato" tenha alguma conotação política pró-candidata do governo? Sim!


Citar
Diante destas distorções, que mais uma vez mancham a história da imprensa brasileira, é preciso muita calma e serenidade. Não vamos fazer o jogo daqueles que querem tumultuar as eleições e deslegitimar o voto popular, que querem usar imagens da mídia na campanha de um determinado candidato. Esta eleição define o futuro do país e deveria ser pautada pelo debate dos grandes temas nacionais, pela busca de soluções para os graves problemas sociais. Este não é momento de baixarias e extremismos. Para evitar manipulações, alguns esclarecimentos são necessários:

Não é o momento de "baixarias e extremismos" porque a candidata deles lidera a pesquisa?

Seria esta a mesma conduta se o principal candidato oposicionista estivesse na liderança?


Citar
1. A proposta de fazer o ato no Sindicato dos Jornalistas de São Paulo teve uma razão simbólica. Neste auditório que homenageia o jornalista Vladimir Herzog, que lutou contra a censura e foi assassinado pela ditadura militar, estão muitos que sempre lutaram pela verdadeira liberdade de expressão, enquanto alguns veículos da "grande imprensa" clamaram pelo golpe, apoiaram a ditadura – que torturou, matou, perseguiu e censurou jornalistas e patriotas – e criaram impérios durante o regime militar. Os inimigos da democracia não estão no auditório Vladimir Herzog. Aqui cabe um elogio e um agradecimento à diretoria do sindicato, que procura manter este local como um espaço democrático, dos que lutam pela verdadeira liberdade de expressão no Brasil.

Nada como pegar fatos e travesti-los de espantalhos.

Uma parte significativa dos que apoiam este "ato" sequer haviam nascido na época do golpe militar de 1964.

E outra parte significativa nunca flertou com a democracia representativa. Pelo contrário. Sempre acharam-na uma excrescência burguesa.


Citar
2. O ato, como já foi dito e repetido – mas, infelizmente, não foi registrado por certos veículos e colunistas –, foi proposto e organizado pelo Centro de Estudos Barão de Itararé, entidade criada em maio passado, que reúne na sua direção, ampla e plural, jornalistas, blogueiros, acadêmicos, veículos progressistas e movimentos sociais que lutam pela democratização da comunicação. Antes mesmo do presidente Lula, no seu legítimo direito, criticar a imprensa "partidarizada" nos comícios de Juiz de Fora e Campinas, o protesto contra o golpismo midiático já estava marcado. Afirmar o contrário, insinuando que o ato foi "orquestrado", é puro engodo. Tentar atacar um protesto dos que discordam da cobertura da imprensa é tentar, isto sim, censurar e negar o direito à livre manifestação, o que fere a própria Constituição. É um gesto autoritário dos que gostam de criticar, mas não aceitam críticas – que se acham acima do Estado de Direito.

Não se trata de maneira alguma de impedir a manifestação destes grupos, mas sim de lhes arrancar a condição de vestais de "paladinos da democracia, da moralidade e da legalidade".


Citar
3. Esta visão autoritária, contrária aos próprios princípios liberais, fica explícita quando se tenta desqualificar a participação no ato das centrais sindicais e dos movimentos sociais, acusando-os de serem "ligados ao governo". Ou será que alguns estão com saudades dos tempos da ditadura, quando os lutadores sociais eram perseguidos e proibidos de se manifestar? O movimento social brasileiro tem elevado sua consciência sobre o papel estratégico da mídia. Ele é vítima constante de ataques, que visam criminalizar e satanizar suas lutas. Greves, passeatas, ocupações de terra e outras formas democráticas de pressão são tratadas como "caso de polícia", relembrando a Velha República. Nada mais justo que critique os setores golpistas e antipopulares da velha mídia. Ou será que alguns veículos e até candidatos, que repetem o surrado bordão da "república sindical", querem o retorno da chamada "ditabranda", com censura, mortos e desaparecidos? O movimento social sabe que a democracia é vital para o avanço de suas lutas e para conquista de seus direitos. Por isso, está aqui! Ele não se intimida mais diante do terrorismo midiático.

Falácia atrás de falácia.

O ato de denunciar que muitos "movimentos sociais" são tentáculos petistas na sociedade civil não implica ser a favor de ditaduras militares.


Citar
4. Por último, é um absurdo total afirmar que este ato é "contra a imprensa" e visa "silenciar" as denúncias de irregularidades nos governos. Só os ingênuos acreditam nestas mentiras. Muitos de nós somos jornalistas e sempre lutamos contra qualquer tipo de censura (do Estado ou dos donos da mídia), sempre defendemos uma imprensa livre (inclusive da truculência de certos chefes de redação). Quem defende golpes e ditaduras, até em tempos recentes, são alguns empresários retrógrados do setor. Quem demite, persegue e censura jornalistas são os mesmos que agora se dizem defensores da "liberdade de imprensa". Somos contra qualquer tipo de corrupção, que onera os cidadãos, e exigimos apuração rigorosa e punição exemplar dos corruptos e dos corruptores. Mas não somos ingênuos para aceitar um falso moralismo, típico udenismo, que é unilateral no denuncismo, que trata os "amigos da mídia" como santos, que descontextualiza denúncias, que destrói reputações, que desrespeita a própria Constituição, ao insistir na "presunção da culpa". Não é só o filho da ex-ministra Erenice Guerra que está sob suspeição; outros filhos e filhas, como provou a revista CartaCapital, também mereceriam uma apuração rigorosa e uma cobertura isenta da mídia.

Interessante esta "subida ao pedestal da moralidade, da ética e da neutralidade" destes cavalheiros.

Nunca vi nenhum deles fazendo alarde quando fazendas são invadidas; empresas tem seus bens móveis e imóveis depredados e destruídos ou cidadãos tem seus direitos individuais violados.


Citar
5. Neste ato, não queremos apenas desmascarar o golpismo midiático, o jogo sujo e pesado de um setor da imprensa brasileira. Queremos também contribuir na luta em defesa da democracia. Esta passa, mais do que nunca, pela democratização dos meios de comunicação. Não dá mais para aceitar uma mídia altamente concentrada e perigosamente manipuladora. Ela coloca em risco a própria a democracia. Vários países, inclusive os EUA, adotam medidas para o setor. Não propomos um "controle da mídia", termo que já foi estigmatizado pelos impérios midiáticos, mas sim que a sociedade possa participar democraticamente na construção de uma comunicação mais democrática e pluralista. Neste sentido, este ato propõe algumas ações concretas:

Perfeito.

E este controle da sociedade deve ser estendido aos sindicatos e "movimentos sociais".


Citar
6. Desencadear de imediato uma campanha de solidariedade à revista CartaCapital, que está sendo alvo de investida recente de intimidação. É preciso fortalecer os veículos alternativos no país, que sofrem de inúmeras dificuldades para expressar suas idéias, enquanto os monopólios midiáticos abocanham quase todo o recurso publicitário. Como forma de solidariedade, sugerimos que todos assinemos publicações comprometidas com a democracia e os movimentos sociais, como a Carta Capital, Revista Fórum, Caros Amigos, Retrato do Brasil, Revista do Brasil, jornal Brasil de Fato, jornal Hora do Povo, entre outros; sugerimos também que os movimentos sociais divulguem em seus veículos campanhas massivas de assinaturas destas publicações impressas;

Claor, claro.

O Pravda local, digo, a Carta Capital e os demais "órgãos democráticos" de imprensa citados devem ser contemplados com verbas e proteção estatais.


Citar
7. Solicitar, através de pedidos individuais e coletivos, que a vice-procuradora regional eleitoral, Dra. Sandra Cureau, peça a abertura dos contratos e contas de publicidade de outras empresas de comunicação – Editora Abril, Grupo Folha, Estadão e Organizações Globo –, a exemplo do que fez recentemente com a revista CartaCapital. É urgente uma operação "ficha limpa" na mídia brasileira. Sempre tão preocupadas com o erário público, estas empresas monopolistas não farão qualquer objeção a um pedido da Dra. Sandra Cureau.

Concordo em gênero, número e grau.

Mas também devemos incluir uma auditoria contábil dos sindicatos, partidos políticos, "movimentos sociais" e organizações não-governamentais.


Citar
8. Deflagrar uma campanha nacional em apoio à banda larga, que vise universalizar este direito e melhorar o PNBL recentemente apresentado pelo governo federal. A internet de alta velocidade é um instrumento poderoso de democratização da comunicação, de estimulo à maior diversidade e pluralidade informativas. Ela expressa a verdadeira luta pela "liberdade de expressão" nos dias atuais. Há forte resistência à banda larga para todos, por motivos políticos e econômicos óbvios. Só a pressão social, planejada e intensa, poderá garantir a universalização deste direito humano.

Claro, claro.

Mais um caso de "cumprimento com o chapéu alheio".

E quem vai financiar este processo? Resposta: O contribuinte.

E quem vai gerir? Resposta: Os "movimentos sociais" por meio de um "iluminado".


Citar
9. Apoiar a proposta do jurista Fábio Konder Comparato, encampada pelas entidades do setor e as centrais sindicais, do ingresso de uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) por omissão do parlamento na regulamentação dos artigos da Constituição que versam sobre comunicação. Esta é uma justa forma de pressão para exigir que preceitos constitucionais, como o que proíbe o monopólio no setor ou o que estimula a produção independente e regional, deixem de ser letra morta e sejam colocados em prática. Este é um dos caminhos para democratizar a comunicação.

Concordo em linhas gerais, com as restrições já mencionadas acima.


Citar
10. Redigir um documento, assinado por jornalistas, blogueiros e entidades da sociedade civil, que ajude a esclarecer o que está em jogo nas eleições brasileiras e que o papel da chamada grande imprensa tem jogado neste processo decisivo para o país. Ele deverá ser amplamente divulgado em nossos veículos e será encaminhado à imprensa internacional.

Todos nós sabemos o que está em "jogo".
Foto USGS

 

Do NOT follow this link or you will be banned from the site!