É claro que estou me referindo à espíritas que tem um mínimo de raciocínio crítico, esses vão (deveriam) perceber a incoerência. Os demais certamente vão ignorar o problema, como é de praxe.
Não duvide nem por um minuto: mesmo o espírita mais crítico do mundo vai ter uma resposta na ponta da língua para absolutamente todo e qualquer questionamento que você fizer. Fé é uma carta de saída livre da
lógica prisão. A partir do momento em que a pessoa se sente desobrigada de apresentar provas, ela se torna invencível em qualquer argumentação. Eles podem usar argumentos
ad hoc e apelos à ignorância sem o menor constrangimento, não é uma discussão justa.
Aliás, ainda reforço: qualquer espírita que um dia só chegar perto de perder uma discussão sobre religião para um ateu materialista só pode ser um imbecil asinino com menos de um quarto de neurônio na cabeça. É como bater num tetraplégico: o ateu é obrigado a se manter atrelado às evidências enquanto o espírita pode invocar hectoplasmas, e perispíritos, e karmas, e fluidos quânticos, e energias inteligentes e todo tipo de coisa que eles imaginarem. Eles podem, faz parte do que significa ser uma pessoa religiosa.
Não sei, será que na época o Chico Xavier já era tão idolatrado? Desconheço. Mas tenho certeza que num caso desses, a reputação do médium conta menos que as crenças do juiz ou do júri.
Chico xavier ja era idolatrado.
Mesmo assim. Se o juiz fosse eu, eu mandaria ele ir catar coquinho. O que foi determinante no caso foi termos um juiz e um júri crédulos e supersticiosos. Chico Xavier morreu, mas ainda nasce um otário a cada segundo.