Se for o fim de Deus, será o deus das religiões. Mas ainda que não mais existam religiões, ainda não descartaria a possibilidade de existir uma causa primária, um mecanismo. Mas este não seria o deus das religiões, não seria um deus verdadeiro. Ainda que o criacionismo ou bíblia ou qualquer livro religioso não seja uma verdade, acho que deva existir ainda uma espécie de hiperespaço, algo realmente fora do nosso universo. Mas isso poderia não estar diretamente relacionado com as religiões. Poderia ser algo diferente de um céu cheio de anjos tocando harpas ou de um inferno cheio de fogo.
Eu não acredito no criacionismo (mas acredito no evolucionismo) e nem em gênesis e não dou muito crédito à biblia em minha visão de realidade. Portanto, se as religiões perderem, isso será indiferente a mim, pois já não mais sigo o pensamento religioso. Se há revelações, então seria por um outro processo ao invés de uma consciência cósmica te revelar algo. Pois este mecanismo primário de que falo não é uma entidade ou pesamento, é totalmente diferente do que pregam as religiões.
Se o universo existe, então este não foi criado por uma vontade mesquinha que, depois de toda uma eternidade, teria, de repente, decidido criar. Penso que a criação de universos seja um processo contínuo e totalmente inconsciente, não regido por uma vontade superior. Ou seja, universos seriam constantemente criados, e não por uma decisão. E a vida em tais universos levariam muito tempo para surgir, e não em meros 7 dias!
Na verdade eu gostaria de que não mais existissem religiões como instituições. Pois há muito fanatismo e sentimentalismo. Principalmente as pentecostais e semelhantes. O islamismo também tem muito fanático que se mata por uma entidade divina idealizada. Para dizer a verdade eu já não tenho mais nada a ver com as religiões em geral. Ou seja, se deixarem de existir, será indiferente para mim. Não vou me tornar ateu por isso, pois manterei minhas convicções. Apenas não vai ter nenhum missionário tentando me forçar a ser de uma religião qualquer. E eu não pretendo forçar ninguém a seguir as minhas convicções, só vai seguir quem tiver aptidão a tal.
Posso, para o cético, parecer ter um pensamento mágico, mas a verdade é que prefiro manter uma base mecanicista, ainda que isto não se prenda totalmente no campo científico. Quer dizer, coisas como qualquer coisa surgir do nada absoluto e de ver tal causa primária como uma entidade pensante não me faz sentido. Pois o meu foco é o mecanismo das coisas, e não aceitar a "mágica" sem questioná-la. Ainda que se trate de um mecanismo ainda não teorizado pela física, por exemplo.