Autor Tópico: Preconceito socialmente aceitável e politicamente correto  (Lida 2135 vezes)

0 Membros e 1 Visitante estão vendo este tópico.

Offline Buckaroo Banzai

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 38.735
  • Sexo: Masculino
Preconceito socialmente aceitável e politicamente correto
« Online: 10 de Novembro de 2010, 09:18:01 »
Enquanto é mesmo digno de todo repúdio coisas como o caso dos tweets da jornalista/estudante de direito e etc, também é muito comum ver como "resposta", gente falando coisas como que todos eleitores não-petistas são praticamente uns nazistinhas que querem mesmo é que o povo continue pobre, que ficam horrorizados com o "Brasil do Lula", que "permitiu que domésticas fizessem faculdade", e etc. Que lêem sobre isso e pensam, "será que essas pessoas não enxergam o seu devido lugar?"

Eu não estou dizendo que os dois preconceitos são iguais no dano que causam. Às vítimas individuais, o preconceito contra os pobres é em geral mais danoso. Mas levando-se em consideração o aspecto social o clima político, acho meio tenebrosas essas colocações dos mais ricos e nem-tão-pobres como seres mesquinhos que controlam tudo para manter o status quo, manter os miseráveis na miséria para ter mão-de-obra barata e desfrutar disso. Não que seja um nazismo iminente, mas é um clima fértil para o populismo.

E não é só nisso, nem na ofensa que isso representa aos heréticos não-petistas, o problema. Tem que se ter extremo cuidado para se discutir coisas como o fator "educação" na decisão ou intenção do voto, para não ser violentamente jogado no saco daqueles que acham que os nordestinos e os pobres são todos uma raça de vagabundos ignorantes que só votam no Lula ou na Dilma para ganhar bolsa-família e viver como marajás. Enquanto que, claro, não votar na Dilma ou Lula é tranqülamente motivado por esse pensamento preconceituoso, e não é nada demais dizer isso. Você não corre risco de ser processado por racismo nem nada. Agora, alguém, hipoteticamente sugerir que possa haver algo como uma qualidade de voto, uma consciência, diferente, correlacionada/devida a educação... meio arriscado. A assunção segura é de que a diferença entre votos com essa correlação é porque o pobre sabe de fato quem fez ou fará mais por ele, e o não-pobre ou menos pobre também, e quer impedir isso a todo custo, para manter seu domínio, manter o país atrasado.   




Uma nota um pouco pessoal. E talvez meio preconceituosa também. Eu tive durante muito tempo maior identificação com o PT. Foi o partido no qual votei quando comecei a votar, na época que o Lula foi eleito pela primeira vez. Era bastante apolítico, e acho que a imagem do Lula light, razoavelmente moderada, talvez tenha me causado uma má impressão das coisas. Esperava ver mais moderados por aí, mas parece que quanto mais olho, ao longo de toda essa década, mais encontro o maniqueísmo bitolado de "operário bom, burguês mau".

Segunda nota, menos pessoal, e acho que menos preconceituosa, ou no mínimo, mais socialmente aceitável. Não estou sugerindo que o voto de classe média para cima seja de um esplendor de consciência política e econômica nem nada. Eu até acredito que deve haver uma boa parte de votos motivados por esse ranço contra pobres e etc, só não sei se é significativo, embora realmente maior que o voto do "pobre-que-não-quer-trabalhar-e-ficar-só-na-mordomia-ganhando-bolsa-família".

Offline Buckaroo Banzai

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 38.735
  • Sexo: Masculino
Re: Preconceito socialmente aceitável e politicamente correto
« Resposta #1 Online: 10 de Novembro de 2010, 09:32:13 »
Citar
Nível de escolaridade afeta percepção de mundo do brasileiro, diz sociólogo


Já que a discussão hoje (4) está se direcionando para o ensino, colocarei mais este post que saiu hoje no site do Senado Federal. Perdoem de encher vocês, caros leitores deste blog, com este tema, mas acredito serem imprescindíveis estas discussões.

Claro que a pesquisa em questão tem suas limitações, mas é positiva para pensarmos um pouco sobre nossas posturas no dia a dia, que muitas vezes beira a corrupção, mas, entretanto, enganamo-nos quando pensamos que a corrupção só ocorre quando é com políticos. Muitas vezes somos corruptos sem perceber, em nossos pequenos gestos e modos de inventar nossos cotidianos.

Segue a matéria:

da Agência Senado

Para o sociólogo Alberto Almeida, coordenador da Pesquisa Social Brasileira e autor do livro “A cabeça do brasileiro”, o nível de escolaridade da população afeta sua percepção sobre ética, família, cor e raça, economia, política e igualdade.

A pesquisa, que ouviu 2.363 pessoas em 102 municípios, foi inspirada nas idéias do antropólogo Roberto Da Matta, que participou de debate promovido pela Universidade do Legislativo Brasileiro (Unilegis) com o autor do livro na noite desta segunda-feira (3), no auditório do Interlegis. O evento, que contou com a participação do cientista político Lúcio Rennó e da jornalista Dad Squarisi, integrou o Ciclo de Conferências do Unilegis, série de debates que já discutiu, entre outros temas, a reforma política.

Almeida procurou identificar valores básicos que se encontram enraizados na mentalidade do brasileiro e que tendem a sofrer alguma alteração apenas quando uma geração substitui a outra. Ao aliar antropologia e métodos quantitativos de análise, concluiu que, enquanto pessoas de baixa escolaridade cultivam uma visão “mágica” do mundo, grupos mais escolarizados privilegiam a visão “histórica”.

O professor da Universidade Federal Fluminense (UFF) verificou, por exemplo, que quanto mais baixa a escolaridade, maior a tolerância do brasileiro com a corrupção, maior o conservadorismo em relação à sexualidade e maior a tolerância com a utilização da violência como método de promoção da justiça.

- Quem tem baixa escolaridade tende a ser tolerável com o chamado “jeitinho”. O que é corrupção muitas vezes é entendido como favor – disse Alberto Almeida.

A pesquisa também aponta uma certa tendência, principalmente entre a população de baixa escolaridade, a valorizar o papel regulatório do Estado, entendido como único responsável pelo cuidado com a coisa pública.

Em relação às questões de raça e cor, a análise do sociólogo traz uma novidade: ao contrário do que se pensa, para o brasileiro, a cor importa mais que a origem ou a posição social. A pesquisa também aponta que as pessoas têm uma visão mais negativa dos pardos que dos negros, e que este primeiro grupo tende a se “misturar” mais que o segundo, ainda que sempre com brancos.

Ao comentar os dados apresentados, o antropólogo Roberto Da Matta, autor, entre outras obras, de “A casa e a rua”, ressaltou que a sociedade não é constituída de indivíduos, mas de relações que determinam como os indivíduos agem, em detrimento de como agiriam de acordo com seus próprios valores.

Para Da Matta, o chamado “dilema brasileiro” se expressa de forma clara na relação entre Estado e sociedade:

- As pessoas têm esperança de que o Estado mude a sociedade. Mas quem ocupa o Estado? Nossos representantes atuam exatamente como nós. Não se transformam em outro ser social; carregam as mesmas dívidas, o mesmo capital social – disse ele.

Por uma certa disposição a “escolher não escolher” e de sempre desobedecer regras criadas que eles mesmos criam, os brasileiros repetiriam a prática de “adiar o problema” de tal forma que reformas importantes, como a econômica e a política, só encontrariam espaço para se efetivar diante da corrosão total dos sistemas, na visão do antropólogo.

- É melhor rezar para que o Senado melhore ou escolher melhor em que senador votar? – questionou Da Matta.

O cientista político Lúcio Rennó observou que seria interessante que o método utilizado por Alberto Almeida procurasse englobar outras variáveis, já que as pessoas de escolaridade mais alta, em sua visão, podem ter orientado suas respostas a partir do que consideram ser politicamente correto.

- Seria interessante mensurar a prática diária das pessoas, e não necessariamente o que elas dizem pensar ou fazer – disse.

Já a jornalista Dad Squarisi, do Correio Braziliense, observou que a tendência, verificada na pesquisa, à valorização da hierarquia, principalmente entre os menos escolarizados, se expressa no apego dos brasileiros aos pronomes de tratamento, que, em sua opinião, deveriam ser extintos.

A Pesquisa Social Brasileira foi realizada pela Universidade Federal Fluminense (UFF), com recursos da Fundação Ford. Abriram o debate do Unilegis o diretor-geral do Senado, Agaciel Maia, a diretora acadêmica do Unilegis, Vânia Maione, a diretora executiva do Instituto Legislativo Brasileiro (ILB), Denise Zogbi, e a diretora da Secretaria de Pesquisa e Opinião Pública do Senado, Elga Mara Teixeira Lopes.


http://acertodecontas.blog.br/atualidades/nivel-de-escolaridade-afeta-percepcao-de-mundo-do-brasileiro-diz-sociologo/

Offline uiliníli

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 18.107
  • Sexo: Masculino
Re: Preconceito socialmente aceitável e politicamente correto
« Resposta #2 Online: 10 de Novembro de 2010, 10:45:42 »
Acho que as pessoas mais escolarizada tendem a se informar mais, ou seja, têm mais hábito de ler revistas e jornais, buscar notícias na internet, ouvir rádio e assistir mais jornais na TV. Essas pessoas, (talvez por influência do PIG :P) provavelmente dão mais importância para a questão da corrupção, do controle dos meios de comunicação e outros temas que frequentam os noticiários. Os menos escolarizados, que não se informam tanto avaliam a questão de forma mais pragmática: se elas sentem que sua vida melhorou e estão satisfeitas de maneira geral, elas votam na continuidade, caso contrário elas votam na oposição.


Offline uiliníli

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 18.107
  • Sexo: Masculino
Re: Preconceito socialmente aceitável e politicamente correto
« Resposta #4 Online: 10 de Novembro de 2010, 18:54:23 »
Eu acho que o fator "a oposição é o demônio" também conta muito.

Mas nisso até as pessoas instruídas parecem acreditar: "Meu candidato é a encarnação do bem e meu adversário é o mal." Temos um fraco pelo maniqueísmo, explicações simples e erradas para coisas complexas.

Offline Geotecton

  • Moderadores Globais
  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 28.345
  • Sexo: Masculino
Re: Preconceito socialmente aceitável e politicamente correto
« Resposta #5 Online: 10 de Novembro de 2010, 23:57:57 »
Eu acho que o fator "a oposição é o demônio" também conta muito.

Mas nisso até as pessoas instruídas parecem acreditar: "Meu candidato é a encarnação do bem e meu adversário é o mal." Temos um fraco pelo maniqueísmo, explicações simples e erradas para coisas complexas.

A "fraqueza" tem nome e sobrenome: Apedeutismo intelectual.
Foto USGS

Offline Buckaroo Banzai

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 38.735
  • Sexo: Masculino
Re: Preconceito socialmente aceitável e politicamente correto
« Resposta #6 Online: 11 de Novembro de 2010, 15:59:01 »
Eu acho que o fator "a oposição é o demônio" também conta muito.

Mas nisso até as pessoas instruídas parecem acreditar: "Meu candidato é a encarnação do bem e meu adversário é o mal." Temos um fraco pelo maniqueísmo, explicações simples e erradas para coisas complexas.

Será? Talvez eu esteja sendo novamente preconceituoso, mas acho que as pessoas mais instruídas tendem a achar que é próximo de serem todos a mesma coisa, "escolher entre o menso pior", com pequenos pormenores.

O diferencial talvez seja quando a pessoa tem o "seu candidato", ou o "seu partido". Aí um fator psicológico de "auto-defesa" deve falar mais alto. Mas mesmo assim, a instrução parece ser algo que pesa para a não-aceitação disso. Usando os partidos, PT e PSDB como "proxies" grosseiros de instrução, e minhas observações aleatórias e nem um pouco científicas, a impressão que tenho é que aqueles que são/foram eleitores tradicionais do PSDB por falta de opção se decepcionam e se revoltam mais com coisas como o que aconteceu durante essa campanha (ou qualquer outra porcaria que façam) mais do que petistas/simpatizantes, cuja tendência é ter algum tipo de desculpa. Talvez prova disso seja a relativa inexpressividade do PSOL, que seria provavelmente para onde deveriam migrar os votos dos petistas desapontados com o PT. Em vez disso, o que se vê é algo próximo de uma total aceitação de coisas como as alianças com os Sarney, Collor, PL, PMDB, quem quer que tenham sido possuídos pelo demônio a não muito tempo atrás.

Se bem que isso pode bem se dever mais a um fenômeno que me parece mais único do PT, que é essa paixão que desperta. A impressão que tenho é que simplesmente não existe em eleitores de qualquer outro partido uma fidelidade tão grande, tanta idealização. Enquanto quase que todo mundo que costume eleger outro partido seria meio como, "o PXXXX é um partido que se pauta pela honestidade e pela determinação em XXXX, meh", os petistas ao falarem sobre o partido parecem bem mais comumente ser meio como análogos daqueles patrióticos americanos que parecem ficar nas núvens imaginando slides de bandeiras americanas tremulantes, águia careca, George Washington enquanto ouvem o hino em suas mentes, ao falar sobre o partido. Apenas trocando os elementos por Lula e/ou Marx e bandeiras americanas por vermelhas. Isso e/ou análogos de mccarthyistas imaginando os comunistas demoníacos, só trocando os comunistas pelo PSDB, ou quem mais não fizer parte da coligação no momento.

Se bem que nessa última descrição também se encaixam uma boa fração dos eleitores "anti-petistas", só mantendo os comunistas como ameaça temida. Mas sei lá, mesmo aqui, a impressão que tenho é que seja bem menos significativo os que pensam que o petismo light é uma fachada para ocultar o novo eixo do mal comunista, do que aqueles que, não são propriamente petistas, mas pensam, "ah, pelo menos agora são mais moderados, bem razoável, meh". Diferentemente do anti-PSDBismo/não-coligadismo dos petistas.



Um exemplo. Não me parece ser muito raro encontrar aqueles que seriam eleitores do PSDB, mas até viraram casaca nessas eleições, devido à campanha do PSDB. Teve até o caso de um jornalista que publicou um texto sobre isso no blog, e alguém repostou aqui. Em comparação, o quanto é comum vermos sendo criticado, por petistas (ou mesmo simpatizantes) qualquer populismo ou simplismo das campanhas do PT? Me parece ser bem mais raro, em especial no que se refere aos mais satisfeitos com o petismo light, que não "foram junto" com o PSOL.

Offline Buckaroo Banzai

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 38.735
  • Sexo: Masculino
Re: Preconceito socialmente aceitável e politicamente correto
« Resposta #7 Online: 11 de Novembro de 2010, 16:03:21 »
Acho que as pessoas mais escolarizada tendem a se informar mais, ou seja, têm mais hábito de ler revistas e jornais, buscar notícias na internet, ouvir rádio e assistir mais jornais na TV. Essas pessoas, (talvez por influência do PIG :P) provavelmente dão mais importância para a questão da corrupção, do controle dos meios de comunicação e outros temas que frequentam os noticiários. Os menos escolarizados, que não se informam tanto avaliam a questão de forma mais pragmática: se elas sentem que sua vida melhorou e estão satisfeitas de maneira geral, elas votam na continuidade, caso contrário elas votam na oposição.

(voltando ao tema central original)


E quem puder usar do cum hoc ergo propter hoc faz a festa. :/

Offline -Huxley-

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 13.616
Re: Preconceito socialmente aceitável e politicamente correto
« Resposta #8 Online: 11 de Novembro de 2010, 18:35:04 »
A lógica do esquerdista petista não é "operário bom, burguês mau" e sim "esquerdista petista bom, não-esquerdista petista mau". É mais ou menos assim que eles argumentam: "Enquanto a esquerda (leia-se qualquer coisa que não esteja muito longe do espectro político do PT) tem adeptos políticos em todas as classes sociais, os 'neoliberais' (leia-se eleitores do PSDB e afins) são identificados com as classes mais altas". Claro, eles apontam o Bolsa-Família como programa dos pobres, mas se esquecem de outros programas sociais caríssimos que beneficiam mais a classe média e a classe alta (como o Bolsa BNDES e a Previdência Pública com benefício integral para funcionários públicos). Eles adoram tratar Lula como se fosse uma figura como Madre Teresa de Calcutá, mas a realidade é que ele está mais próximo de um Getúlio Vargas.
« Última modificação: 11 de Novembro de 2010, 18:52:13 por -Huxley- »

Offline Pandora

  • Nível 14
  • *
  • Mensagens: 320
  • Sexo: Feminino
  • Não são pedras, são aerolitos!!!
Re: Preconceito socialmente aceitável e politicamente correto
« Resposta #9 Online: 11 de Novembro de 2010, 20:32:06 »
Estou errada ou vocês estão partindo do pressuposto que pessoas escolarizadas/cultas não votaram na Dilma?

Offline Buckaroo Banzai

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 38.735
  • Sexo: Masculino
Re: Preconceito socialmente aceitável e politicamente correto
« Resposta #10 Online: 11 de Novembro de 2010, 20:43:51 »
Estou errada ou vocês estão partindo do pressuposto que pessoas escolarizadas/cultas não votaram na Dilma?

Não. Apenas há uma larga vantagem da Dilma com os eleitores de menor escolaridade (só ensino básico), uma pequena vantagem com aqueles só com ensino médio, e uma pequena desvantagem com aqueles que têm ensino superior.

O politicamente correto é dizer que essa diferença se dá porque todos têm igual consciência política e os mais pobres/com menor escolaridade votam assim porque analisaram bem a questão (algo até meio desnecessário, uma vez que FHC/Serra são praticamente demônios, quase arruinaram o país, e vejam só, PRIVATIZARAM empresas), e compreendem bem, além de sentirem na pele (que é o mais importante) que as coisas melhoraram com-e-logo-por-causa de Lula. Enquanto os pobres que fizeram a outra opção são burros, ou aspirantes a nazistas, e os menos pobres ou não-pobres já são praticamente nazistas de carteirinha.

Offline Adriano

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 8.672
  • Sexo: Masculino
  • Ativismo quântico
    • Filosofia ateísta
Re: Preconceito socialmente aceitável e politicamente correto
« Resposta #11 Online: 11 de Novembro de 2010, 20:49:01 »
Enquanto é mesmo digno de todo repúdio coisas como o caso dos tweets da jornalista/estudante de direito e etc, também é muito comum ver como "resposta", gente falando coisas como que todos eleitores não-petistas são praticamente uns nazistinhas que querem mesmo é que o povo continue pobre, que ficam horrorizados com o "Brasil do Lula", que "permitiu que domésticas fizessem faculdade", e etc. Que lêem sobre isso e pensam, "será que essas pessoas não enxergam o seu devido lugar?"
Eu tenho essa percepção. Mas claro que a comparação com o nazismo é inválida. Desejar que as pessoas que estão na UTI da existência econômica individual pereçam por si só na selva econômica é ainda muito distante do genocídio alemão. A única coisa que une esse terror político é a crença num avanço econômico que será próspero para todos. No final todos acreditam estar fazendo o bem para a sociedade. Espero que entendam com uma ironia ácida, pelo ensejo da abordagem do tópico.

Estou errada ou vocês estão partindo do pressuposto que pessoas escolarizadas/cultas não votaram na Dilma?
Apenas não detem o conhecimento econômico necessário para que consideram o progresso na nação. Com isso estão fazendo o país todo pagar caro e vão sofrer com isso no futuro. :lol:
Princípio da descrença.        Nem o idealismo de Goswami e nem o relativismo de Vieira. Realismo monista.

Offline Buckaroo Banzai

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 38.735
  • Sexo: Masculino
Re: Preconceito socialmente aceitável e politicamente correto
« Resposta #12 Online: 11 de Novembro de 2010, 20:50:59 »
<a href="http://www.youtube.com/v/BzZSzKiW8Io" target="_blank" class="new_win">http://www.youtube.com/v/BzZSzKiW8Io</a>


PS.: não votei no serra.

Offline Buckaroo Banzai

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 38.735
  • Sexo: Masculino
Re: Preconceito socialmente aceitável e politicamente correto
« Resposta #13 Online: 11 de Novembro de 2010, 21:04:51 »
Enquanto é mesmo digno de todo repúdio coisas como o caso dos tweets da jornalista/estudante de direito e etc, também é muito comum ver como "resposta", gente falando coisas como que todos eleitores não-petistas são praticamente uns nazistinhas que querem mesmo é que o povo continue pobre, que ficam horrorizados com o "Brasil do Lula", que "permitiu que domésticas fizessem faculdade", e etc. Que lêem sobre isso e pensam, "será que essas pessoas não enxergam o seu devido lugar?"
Eu tenho essa percepção. Mas claro que a comparação com o nazismo é inválida. Desejar que as pessoas que estão na UTI da existência econômica individual pereçam por si só na selva econômica é ainda muito distante do genocídio alemão. A única coisa que une esse terror político é a crença num avanço econômico que será próspero para todos. No final todos acreditam estar fazendo o bem para a sociedade. Espero que entendam com uma ironia ácida, pelo ensejo da abordagem do tópico.

A maior parte das pessoas com quem você convive/se depara manifesta esse tipo de nazi-elitismo, achando que os pobres deviam mesmo é continuar pobres? A coisa é bem literal, falam isso quase decladamente, ou é uma inferência que você faz a partir de dizerem que são contra bolsa-família ou cotas sociais/raciais?

Eu acho bem estranho. Eu imaginaria que por mais que uma pessoa fosse "elitista", não deveria ser tão comumente nesse sentido mais pejorativo, mas almejar uma melhoria para todos. Até porque, país com alta desigualdade e pobreza é coisa de terceiro mundo. Eles podem estar no topo aqui, mas ainda vivem num paisinho de merda em nível internacional, provavelmente teriam mais status dentre as socialites e etc se vivessem num país onde padrões de vida mais elevados e o luxo são mais comuns. É muito mais chique/primeiro mundo países onde todos conseguem prosperar.

Offline Adriano

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 8.672
  • Sexo: Masculino
  • Ativismo quântico
    • Filosofia ateísta
Re: Preconceito socialmente aceitável e politicamente correto
« Resposta #14 Online: 11 de Novembro de 2010, 22:03:00 »
Eu tenho essa percepção. Mas claro que a comparação com o nazismo é inválida. Desejar que as pessoas que estão na UTI da existência econômica individual pereçam por si só na selva econômica é ainda muito distante do genocídio alemão. A única coisa que une esse terror político é a crença num avanço econômico que será próspero para todos. No final todos acreditam estar fazendo o bem para a sociedade. Espero que entendam com uma ironia ácida, pelo ensejo da abordagem do tópico.

A maior parte das pessoas com quem você convive/se depara manifesta esse tipo de nazi-elitismo, achando que os pobres deviam mesmo é continuar pobres? A coisa é bem literal, falam isso quase decladamente, ou é uma inferência que você faz a partir de dizerem que são contra bolsa-família ou cotas sociais/raciais?
No meu entendimento, ser contra políticas sociais é um ato contra a ecologia humana. Sendo assim é um ato de injustiça defender tal postura, assim como um criacionista defende a mentira contra a verdade científica já bem estabelecida. Então é algo bem ideológico e sei da insignificancia do meu pensamento frente a uma realidade política e econômica maior e que eu possa não me dar conta.

Eu acho bem estranho. Eu imaginaria que por mais que uma pessoa fosse "elitista", não deveria ser tão comumente nesse sentido mais pejorativo, mas almejar uma melhoria para todos. Até porque, país com alta desigualdade e pobreza é coisa de terceiro mundo. Eles podem estar no topo aqui, mas ainda vivem num paisinho de merda em nível internacional, provavelmente teriam mais status dentre as socialites e etc se vivessem num país onde padrões de vida mais elevados e o luxo são mais comuns. É muito mais chique/primeiro mundo países onde todos conseguem prosperar.

Não acho estranho. A situação apontada, de elitismo, é um efeito colateral e não os ideiais políticos aclamados.
Princípio da descrença.        Nem o idealismo de Goswami e nem o relativismo de Vieira. Realismo monista.

Offline Buckaroo Banzai

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 38.735
  • Sexo: Masculino
Re: Preconceito socialmente aceitável e politicamente correto
« Resposta #15 Online: 11 de Novembro de 2010, 22:16:30 »
Eu tenho essa percepção. Mas claro que a comparação com o nazismo é inválida. Desejar que as pessoas que estão na UTI da existência econômica individual pereçam por si só na selva econômica é ainda muito distante do genocídio alemão. A única coisa que une esse terror político é a crença num avanço econômico que será próspero para todos. No final todos acreditam estar fazendo o bem para a sociedade. Espero que entendam com uma ironia ácida, pelo ensejo da abordagem do tópico.

A maior parte das pessoas com quem você convive/se depara manifesta esse tipo de nazi-elitismo, achando que os pobres deviam mesmo é continuar pobres? A coisa é bem literal, falam isso quase decladamente, ou é uma inferência que você faz a partir de dizerem que são contra bolsa-família ou cotas sociais/raciais?
No meu entendimento, ser contra políticas sociais é um ato contra a ecologia humana. Sendo assim é um ato de injustiça defender tal postura, assim como um criacionista defende a mentira contra a verdade científica já bem estabelecida. Então é algo bem ideológico e sei da insignificancia do meu pensamento frente a uma realidade política e econômica maior e que eu possa não me dar conta.

Eu acho que, assumindo que as políticas sociais do governo fossem as mais acertadas, eficientes, só dá para ver quem é contra como fazendo algo realmente injusto se a pessoa tiver a mesma opinião. Achar que as políticas do governo são as que melhor corrigem os problemas sociais, e ainda assim, ser contra. O que me parece ser extremamente raro, mesmo levando em conta que apenas raramente as pessoas amitiriam isso mais abertamente, "eu quero mais é que os pobres se ferrem/continuem como estão, por isso sou contra o governo". Então na maior parte do tempo teria que ser uma suspeita sobre o que as pessoas pensam realmente e não admitem. Na maior parte do tempo eu tenho a impressão de que aqueles que criticam as políticas sociais não tem esses motivos escusos, mas simplesmente pensam que elas não são solução, e etc. Até a Heloísa Helena é uma dessas críticas, e por mais que se discorde dela, acho difícil colocá-la junto dos estereotípicos gordos ricos com cartolas fumando em piteiras cigarros acendidos com notas de R$ 100.



Citar
Eu acho bem estranho. Eu imaginaria que por mais que uma pessoa fosse "elitista", não deveria ser tão comumente nesse sentido mais pejorativo, mas almejar uma melhoria para todos. Até porque, país com alta desigualdade e pobreza é coisa de terceiro mundo. Eles podem estar no topo aqui, mas ainda vivem num paisinho de merda em nível internacional, provavelmente teriam mais status dentre as socialites e etc se vivessem num país onde padrões de vida mais elevados e o luxo são mais comuns. É muito mais chique/primeiro mundo países onde todos conseguem prosperar.

Não acho estranho. A situação apontada, de elitismo, é um efeito colateral e não os ideiais políticos aclamados.

Não entendi.

Offline Adriano

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 8.672
  • Sexo: Masculino
  • Ativismo quântico
    • Filosofia ateísta
Re: Preconceito socialmente aceitável e politicamente correto
« Resposta #16 Online: 11 de Novembro de 2010, 22:31:13 »
No meu entendimento, ser contra políticas sociais é um ato contra a ecologia humana. Sendo assim é um ato de injustiça defender tal postura, assim como um criacionista defende a mentira contra a verdade científica já bem estabelecida. Então é algo bem ideológico e sei da insignificancia do meu pensamento frente a uma realidade política e econômica maior e que eu possa não me dar conta.

Eu acho que, assumindo que as políticas sociais do governo fossem as mais acertadas, eficientes, só dá para ver quem é contra como fazendo algo realmente injusto se a pessoa tiver a mesma opinião. Achar que as políticas do governo são as que melhor corrigem os problemas sociais, e ainda assim, ser contra. O que me parece ser extremamente raro, mesmo levando em conta que apenas raramente as pessoas amitiriam isso mais abertamente, "eu quero mais é que os pobres se ferrem/continuem como estão, por isso sou contra o governo". Então na maior parte do tempo teria que ser uma suspeita sobre o que as pessoas pensam realmente e não admitem. Na maior parte do tempo eu tenho a impressão de que aqueles que criticam as políticas sociais não tem esses motivos escusos, mas simplesmente pensam que elas não são solução, e etc. Até a Heloísa Helena é uma dessas críticas, e por mais que se discorde dela, acho difícil colocá-la junto dos estereotípicos gordos ricos com cartolas fumando em piteiras cigarros acendidos com notas de R$ 100.



Citar
Eu acho bem estranho. Eu imaginaria que por mais que uma pessoa fosse "elitista", não deveria ser tão comumente nesse sentido mais pejorativo, mas almejar uma melhoria para todos. Até porque, país com alta desigualdade e pobreza é coisa de terceiro mundo. Eles podem estar no topo aqui, mas ainda vivem num paisinho de merda em nível internacional, provavelmente teriam mais status dentre as socialites e etc se vivessem num país onde padrões de vida mais elevados e o luxo são mais comuns. É muito mais chique/primeiro mundo países onde todos conseguem prosperar.

Não acho estranho. A situação apontada, de elitismo, é um efeito colateral e não os ideiais políticos aclamados.

Não entendi.
Eu concordo com o que você escreveu acima. Quis dizer que não são maldades intencionais e sim inconscientes e portanto colaterais. Algo semelhante com a opinião que tenho do indivíduo que se droga de forma "consciente", sem querer fazer mal para si mesmo, para seu organismo. Penso que nenhum usuário se vê no papel de "banqueiro" de governos paralelos genocídas. Pensam ser insignificantes diante do "sistema". E tem inclusive ideais de melhoria desta situação.
Princípio da descrença.        Nem o idealismo de Goswami e nem o relativismo de Vieira. Realismo monista.

Offline Buckaroo Banzai

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 38.735
  • Sexo: Masculino
Re: Preconceito socialmente aceitável e politicamente correto
« Resposta #17 Online: 12 de Novembro de 2010, 00:37:37 »
O que me faz me perguntar. Será que muita gente que pensa assim, mas insiste numa entonação similiar à entonação idiota em torno do aborto, de uns chamarem aos outros ou de abortistas/assassinos ou de "anti-direitos da mulher", "pró-morte da mulher"?

Offline Dr. Manhattan

  • Moderadores Globais
  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 8.342
  • Sexo: Masculino
  • Malign Hypercognitive since 1973
Re: Preconceito socialmente aceitável e politicamente correto
« Resposta #18 Online: 12 de Novembro de 2010, 12:10:36 »
Não acredito que nível de escolaridade tenha tanta influência assim sobre a orientação política do indivíduo. Conheço muitas pessoas
com nível superior ou mais que dizem bobagens como "burguês não vota no PT", ou que jogam a culpa dos desníveis sociais do Brasil na
"exploração dos países ricos". Na minha opinião, orientação política parece ter muito mais relação com a influência familiar e alguma tendência
natural da pessoa. Não que a influência do meio social onde se vive não seja relevante, mas trata-se apenas de mais um fator.

Só que mais importante que isso tudo é o grande pragmatismo do eleitor brasileiro. Acho uma tolice afirmações (como uma citada em
outro tópico) de que o eleitor não votou no Serra "por seu projeto desnacionalizante". O povão está geralmente se lixando para isso.
Porém as pessoas se lembram que ganhavam menos no governo anterior, que havia menos investimento e (talvez mais importante) menor
identificação com a pessoa que ocupava o poder.

O problema é que existe um ranço de marxismo vulgar que entorpece a mente de muita gente e empobrece o discurso. Uma crença de
que os problemas são sempre causados por alguem "de fora" (burguesia, zelites, os EUA) e que trata os menos afortunado como meras
vítimas [1] e que isso justifica um preconceito classista dirigido para cima. Muitas vezes penso que essas pessoas estão com suas
mentes travadas no século XIX, quando o chauvinismo social era de praxe, os impérios coloniais dominavam continentes e as condições
de vida da grande maioria da população eram terríveis. [2]





[1] Não estou dizendo que não houve exploração alguma, ou que os pobres são sempre os culpados do seu infortúnio. Apenas que a explicação
é mais complexa do que as que as ideologias postulam.
[2] Quando vejo algum esquerdista se vangloriando do crescimento econômico do Brasil, costumo perguntar: e agora, que países estamos
explorando implacavelmente para permitir esse crescimento?
Também digo que Bill Gates fez mais para melhorar as condições de vida dos mais pobres do terceiro mundo do que Che Guevara! :)
You and I are all as much continuous with the physical universe as a wave is continuous with the ocean.

Alan Watts

Offline Cumpadi

  • Nível 32
  • *
  • Mensagens: 2.247
  • Sexo: Masculino
Re: Preconceito socialmente aceitável e politicamente correto
« Resposta #19 Online: 15 de Novembro de 2010, 22:30:31 »
Sinceramente... a forma como funciona as eleições brasileiras é uma merda. Não há verdadeira escolha de políticos...há um jogo de acusações, não passa disso, verdadeiras sangue-sugas dos cofres públicos são as eleições. Não há debates, só jogo de ameaça. Uma verdadeira demonstração da irracionalidade em que o país se encontra. Quem tenta debater direito se ferra, pois os brasileiros não querem saber de pensar, querem saber de ouvir discursos bonitos. É impressionante como todos os políticos vão resolver todos os problemas da educação, segurança, saúde, etc. Essas foram as primeiras eleições em que eu votei, e tudo o que eu queria era um político que soubesse debater, que conseguisse entender as perguntas dos outros e responder adequadamente. Tudo o que vi foram criancinhas gritando o nome de um político, o outro falando que ia resolver tudo com amor e carinho, a outra em cuja propaganda só aparecia o presidente da república, o outro que dizia ser do bem etc etc etc. Enfim...não interessa de que classe você é...o máximo que você consegue é excluir das suas possibilidades de votos os que são realmente escrotos. Eu só consegui escolher um político direito nessas eleições. E quem diz que seu voto para todos os cargos foi consciente é ou porque votou nulo em quase tudo ou porque é um bocózão.
Um complemento da minha opnião ../forum/topic=23848.0.html .

PS: vídeos assim só na unb mesmo...
« Última modificação: 15 de Novembro de 2010, 22:34:40 por parcus »
http://tomwoods.com . Venezuela, pode ir que estamos logo atrás.

Offline Geotecton

  • Moderadores Globais
  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 28.345
  • Sexo: Masculino
Re: Preconceito socialmente aceitável e politicamente correto
« Resposta #20 Online: 16 de Novembro de 2010, 18:50:40 »
No meu entendimento, ser contra políticas sociais é um ato contra a ecologia humana. Sendo assim é um ato de injustiça defender tal postura, assim como um criacionista defende a mentira contra a verdade científica já bem estabelecida. Então é algo bem ideológico e sei da insignificancia do meu pensamento frente a uma realidade política e econômica maior e que eu possa não me dar conta.

Depende do que voce denomina de "políticas sociais". Quando a inflação foi debelada, quem mais ganhou foi a camada mais pobre. Isto poderia ser chamado de "política social".

E cuidado com a expressão "verdade científica bem estabelecida". Se é "bem estabelecida" não pode ser uma "verdade". Aliás, eu acho que não há "verdades" na ciência.
Foto USGS

Offline Adriano

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 8.672
  • Sexo: Masculino
  • Ativismo quântico
    • Filosofia ateísta
Re: Preconceito socialmente aceitável e politicamente correto
« Resposta #21 Online: 16 de Novembro de 2010, 21:54:52 »
No meu entendimento, ser contra políticas sociais é um ato contra a ecologia humana. Sendo assim é um ato de injustiça defender tal postura, assim como um criacionista defende a mentira contra a verdade científica já bem estabelecida. Então é algo bem ideológico e sei da insignificancia do meu pensamento frente a uma realidade política e econômica maior e que eu possa não me dar conta.

Depende do que voce denomina de "políticas sociais". Quando a inflação foi debelada, quem mais ganhou foi a camada mais pobre. Isto poderia ser chamado de "política social".

E cuidado com a expressão "verdade científica bem estabelecida". Se é "bem estabelecida" não pode ser uma "verdade". Aliás, eu acho que não há "verdades" na ciência.
O que eu denomino como políticas sociais é algo pessoal e até mesmo subjetivo. Não tenho a pretenção de mostrar a minha verdade política mais do que eu já faço.

E sobre o que você pensa sobre ciência, pelo que eu acompanho de seus posts, não é do meu agrado, é muito cientificista.

Não preciso ter cuidado com minhas expressões, por que elas são simplesmentes minhas explessões e nada a mais que isso. Você que tenha cuidado para não dar valor demais ao que eu digo. Não me leve a sério, nem mesmo eu me levo  :)
Princípio da descrença.        Nem o idealismo de Goswami e nem o relativismo de Vieira. Realismo monista.

Offline Geotecton

  • Moderadores Globais
  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 28.345
  • Sexo: Masculino
Re: Preconceito socialmente aceitável e politicamente correto
« Resposta #22 Online: 16 de Novembro de 2010, 22:01:52 »
No meu entendimento, ser contra políticas sociais é um ato contra a ecologia humana. Sendo assim é um ato de injustiça defender tal postura, assim como um criacionista defende a mentira contra a verdade científica já bem estabelecida. Então é algo bem ideológico e sei da insignificancia do meu pensamento frente a uma realidade política e econômica maior e que eu possa não me dar conta.

Depende do que voce denomina de "políticas sociais". Quando a inflação foi debelada, quem mais ganhou foi a camada mais pobre. Isto poderia ser chamado de "política social".

E cuidado com a expressão "verdade científica bem estabelecida". Se é "bem estabelecida" não pode ser uma "verdade". Aliás, eu acho que não há "verdades" na ciência.
O que eu denomino como políticas sociais é algo pessoal e até mesmo subjetivo. Não tenho a pretenção de mostrar a minha verdade política mais do que eu já faço.

Ok.


E sobre o que você pensa sobre ciência, pelo que eu acompanho de seus posts, não é do meu agrado, é muito cientificista.

O que voce quer dizer com "é muito cientificista"?


Não preciso ter cuidado com minhas expressões, por que elas são simplesmentes minhas explessões e nada a mais que isso. Você que tenha cuidado para não dar valor demais ao que eu digo. Não me leve a sério, nem mesmo eu me levo  :)

Ao contrário meu caro. Eu considero a análise e ou a opinião de todos neste fórum, embora eu não concorde com algumas delas, em certas oportunidades.
Foto USGS

Offline Adriano

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 8.672
  • Sexo: Masculino
  • Ativismo quântico
    • Filosofia ateísta
Re: Preconceito socialmente aceitável e politicamente correto
« Resposta #23 Online: 16 de Novembro de 2010, 22:08:09 »
E sobre o que você pensa sobre ciência, pelo que eu acompanho de seus posts, não é do meu agrado, é muito cientificista.

O que voce quer dizer com "é muito cientificista"?
Que tenho uma entendimento epistemológico muito diferente do seu.

Não preciso ter cuidado com minhas expressões, por que elas são simplesmentes minhas explessões e nada a mais que isso. Você que tenha cuidado para não dar valor demais ao que eu digo. Não me leve a sério, nem mesmo eu me levo  :)

Ao contrário meu caro. Eu considero a análise e ou a opinião de todos neste fórum, embora eu não concorde com algumas delas, em certas oportunidades.
E sei que não concorda com a minha. E como eu não concordo com a opinião política geral do fórum, então não me é conveniente me desgastar com algo tão superficial. Sei que nesse quesito eu é que sou considerado o crente político.
Princípio da descrença.        Nem o idealismo de Goswami e nem o relativismo de Vieira. Realismo monista.

Offline Madame Bovary

  • Nível 14
  • *
  • Mensagens: 315
  • Sexo: Feminino
  • "Há meros devaneios tolos a me torturar..."
Re: Preconceito socialmente aceitável e politicamente correto
« Resposta #24 Online: 28 de Novembro de 2010, 23:21:16 »
O mais interessante é como as pessoas cobram umas das outras. Tipo: "não vota no Aécio porque ele é tucano e tucano não gosta de pobre." ou "O quê? Você votou no Lula, aquele analfabeto e pinguço que nem sabe falar direito?"

Acho que é isso que determina essa divisão de "direita-ricos" e "esquerda-pobres".

Citar
Apenas não detem o conhecimento econômico necessário para que consideram o progresso na nação. Com isso estão fazendo o país todo pagar caro e vão sofrer com isso no futuro.  :lol: 

Reinaldo Azevedo está participando deste tópico????  :P
.
Olho, e as coisas existem.
Penso e existo só eu.

.

Skoob

Filmow

 

Do NOT follow this link or you will be banned from the site!