Autor Tópico: Possível evidência de pre-cognição  (Lida 9034 vezes)

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Offline Gigaview

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Re: Possível evidência de pre-cognição
« Resposta #25 Online: 17 de Novembro de 2010, 23:35:53 »

Alguém se aventura?


Are you conducting a replication of Daryl Bem's 'Feeling the Future' experiments?

Psychologist Daryl Bem of Cornell University has just published a parapsychology paper entitled 'Feeling the Future: Experimental Evidence for Anomalous Retroactive Influences on Cognition and Affect' in the Journal of Personality and Social Psychology (there is a draft of the article here).

Bem’s experimental design is straightforward and appears to reliably produce evidence for psychic functioning. Because of this, several researchers have expressed an interest in replicating his work. Although this is good (attempted replications are an important part of establishing whether an effect is genuine), such large numbers of unsystematic replications can be problematic. Some researchers might, for example, start an experiment, obtain initial results that are not in line with their desired outcome, and terminate the study early. Alternatively, they may complete the study but not publish it. These types of issues make it difficult to assess whether an effect has been replicated.

To avoid these potential problems, we believe that it is important to create a registry of attempted replications BEFORE the studies are conducted. As far as we know, this is the first time that this has been attempted with research into extrasensory perception.

If you are intending to replicate one or more of Bem's studies, please take a few moments to register the details of your studies by emailing caroline.watt AT ed.ac.uk with the following information:

Which of Bem's studies do you intend to replicate?

How many participants will be involved in each replication?

Please only send through the details of studies that you intend to be replications. If you are altering the original method in a way that you consider to be significant, there is no need to send us the study details.

Also, if you are running several conditions, with only one of them being a strict replication, please only submit the details of the condition intended to act as a replication.

We will then copy your email back to you, confirming the details. If you have not received a reply within a few days of sending your email, please contact us.

We will carry out a meta-analysis of all registered studies. This analysis will only include those studies that have been registered by 1 June 2011, and that have been completed by 1 December 2011. In twelve months' time we will contact everyone who has registered and ask for the data required to calculate the outcome measures used in Bem's paper.

UPDATE: As of 16 November we have received details of 3 replications.

Many thanks for being part of this initiative.

Professor Richard Wiseman
University of Hertfordshire, UK

Dr Caroline Watt
University of Edinburgh, UK


http://www.richardwiseman.com/BemReplications.html
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Offline Tabacof

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Re: Possível evidência de pre-cognição
« Resposta #26 Online: 18 de Novembro de 2010, 04:00:30 »
Eu fiz uns cálculos aqui rapidamente sobre esse experimento, faz algum tempo que fiz matéria de probabilidade e estatística então é possível falha de raciocínio, não só de conta:

Supondo que o homem não tem capacidade paranormal, a esperança de um experimento como o da figura erótica no PC seria de 50%. Entretanto, isso não garante nada num resultado prático, pois em 1000 testes as chances do resultado ser maior de 50% são aproximadamente 50% também. Ou seja, em aproximadamente metade dos experimentos o resultado obtido seria acima do esperado.

Agora, a questão é descobrir qual seria a chance de sair 53,1%. Bem, a chance é praticamente zero, mas não devemos analisar isso, e sim a chance de ser maior ou igual a 53,1%. Para simplificar, vamos calcular a chance do resultado ser maior ou igual a 53%.

Como é um experimento binomial (certo ou errado, cara ou coroa) com chance igual para cada possibilidade (como suposto inicialmente), temos p=0.5, e temos que a esperança com 1000 experimentos (n=1000) é E = np = 500. O desvio padrão é DP = RAIZ(np(p-1)) = RAIZ(250) = 15,8. Aproximando a distribuição binomial para uma distribuição normal (como o n é grande, isso é perfeitamente válido), podemos analisar a curva normal. http://www.wolframalpha.com/input/?i=normal+distribution+(500,+15.8)

Como queríamos calcular a chance de ser maior que 53%, ou 530 acertos, podemos analisar a quantos desvios padrões isso está da esperança E=500, que no caso é (530-500)/DP = 30/15,8 = 1,89. Na distribuição normal 1,89 desvios padrões acima da esperança possui a chance 1-.9706 = 0.0294 = 0.03 = 3% de ocorrer por pura sorte. (Valor calculado utilizando a tabela normal).

Conclusão: supondo que não existe para-normalidade, a chance do resultado ser 530 ou mais de 1000 é aproximadamente 3%, o que na prática da ciência é considerado estatisticamente insignificante (o mínino para isso é 5%). Alguém deveria calcular também supondo n=1000, mas sem supor a probabilidade, qual seria o intervalo de confiança dentro de significância estatística, o que é um cálculo bem mais importante do que o que eu fiz. (Esqueci como se faz isso).

Em tempo, espero que os próximos experimentos mostrem que houve azar, má-fé ou algum erro nesse experimento. Mas se for o caso teremos a maior revolução nas ciências desde... sempre. Não consigo imaginar como nosso cérebro possa acessar eventos futuros, mesmo considerando que eles já estejam traçados de alguma forma. Bem, pelo menos caso o futuro próximo possa ser observado pelo presente, faz sentido evolutivo que a gente tenha alguma capacidade preditiva.
« Última modificação: 18 de Novembro de 2010, 04:16:39 por Tabacof »

Offline Cumpadi

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Re: Possível evidência de pre-cognição
« Resposta #27 Online: 18 de Novembro de 2010, 12:36:47 »
Também faz sentido evolutivo que seres humanos sejam os animais mais fortes Terra, que pessoas invisíveis tenham alguma vantagem etc etc etc etc etc. E não, não teremos revolução alguma pois isso não será aceito por ninguém. Esses caras tentam há décadas defender essas mentiras. Não é agora que irão conseguir, ainda mais com um resultado assim.
http://tomwoods.com . Venezuela, pode ir que estamos logo atrás.

Offline uiliníli

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Re: Possível evidência de pre-cognição
« Resposta #28 Online: 18 de Novembro de 2010, 16:44:36 »
Eu fiz uns cálculos aqui rapidamente sobre esse experimento, faz algum tempo que fiz matéria de probabilidade e estatística então é possível falha de raciocínio, não só de conta:

Cara, eu odiava essa matéria :P  Mas acho que você fez tudo certo.

Offline Gigaview

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Re: Possível evidência de pre-cognição
« Resposta #29 Online: 18 de Novembro de 2010, 21:47:15 »
Mais informação....problemas com a metodologia????

Stuart Ritchie (Edinburgh University) and I are planning to replicate the study. Yesterday we went over the procedure in detail and I think that the studies contain a potential methodological problem.

The studies were run by student experimenters, with other students acting as participants.  The study software presented participants with a list of 48 words (e.g., CAT, SOFA, MUG, DESK), and then asked them to type all of the words that they could remember into the computer.  The software then randomly selected half of the words in the original list (e.g., CAT, MUG) and presented them to the participants again.  The participant did not see the non-selected words (e.g., SOFA, DESK).  Let’s refer to the selected words as the ‘target words’ and the non-selected words as the ‘control’ words.  Accoding to Bem’s results, participants were significantly more likely to remember the words in the ‘target’ than ‘control’ list (i.e., they appeared to be better able to remember those words that they would later see a second time.).

The potential problem is in the scoring.   The experimenters used a second piece of software to score participants’ responses.  Of course, participants may have misspelled remembered words (e.g., typing ‘CTT’ instead of ‘CAT’) or come up with words that were not on the original list (e.g., typing ‘CAR’ instead of ‘CAT’). To deal with this, the scoring software was designed to automatically go through the participant’s responses and to flag up any words that were not absolutely identical to the words that were not in the original list.  The experimenter then had to go through these ‘unknown’ words manually, and either correct the spelling or tell the software to ignore  them because they did not appear on the original list.  To prevent any possibility of unconscious bias, the experimenter should have been doing this blind to the words in the  ‘target’ and ‘control’ lists.  Unfortunately, this was not the case.

The scoring programme listed the words submitted by the participant in one column. To the right of this were two more columns showing the ‘target’ and ‘control’ lists. Furthermore, when the experimenter made each decision about an ‘unknown’ word they had to change data in the columns containing the ‘target’ and ‘control’ lists.  This procedure presented an opportunity for subjective bias to enter the scoring system.  For example, if one of the words presented in the original list was ‘CAT”, and the participant typed ‘CAR’, does the experimenter re-code this as CAT?  Or what if the participant typed ‘CTT’ – again, how should this be scored?  In making these decisions the experimenter could have been unconsciously biased by whether the word CAT appears in the ‘target’ or ‘control’ lists.

The good news is that Bem’s programme stores all of the original data, so it should be possible to go through and recode the participants’ responses blind to whether the responses are present in the target or control lists.  Until that happens it is problematic to interpret the results from these two studies.  In addition, it is important that any replications of these studies don’t duplicate this error.


http://richardwiseman.wordpress.com/
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Offline Geotecton

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Re: Possível evidência de pre-cognição
« Resposta #30 Online: 20 de Novembro de 2010, 21:45:12 »
Mais informação....problemas com a metodologia????
[...]
http://richardwiseman.wordpress.com/

Acho que é ausência de metodologia e ou do fenômeno.
Foto USGS

Offline Dr. Manhattan

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Re: Possível evidência de pre-cognição
« Resposta #31 Online: 24 de Novembro de 2010, 09:49:39 »
Update: (do mesmo blog)

UPDATE 22/11/10.  Daryl Bem replied as follows:

This is a response to Richard (Wiseman’s) concern about the ability of the experimenter to correct misspelled words while being able to observe which corrections will help the psi hypothesis (because the misspelled word is a practice word) or work against the psi hypothesis.  This is a legitimate concern and I will modify the database so that that the category information is not available to the experimenter when he or she makes spelling corrections.

The program that runs the experiment automatically calculates the results of the session, ignoring all words it doesn’t recognize as literal copies of the test words. This analysis is also transferred to the database, which is set up so that the experimenter cannot change it or any of the original words as typed by the participant. Any changes made by the experimenter in the database are explicitly shown as changes, and a security check flags records in which the experimenter has corrected any of the original words. In other words, there is a complete record of the original data that cannot be altered. As an additional check, the critical data appear in the output file in both unencrypted and  encrypted form, and only I know the encryption formula.  If anything is changed in the output, the security flag in the database will read “False.”

Any experimenter who wishes can simply ignore the option to correct misspellings.  It will make little difference to the results, as the following shows.

My two experiments included 150 participants, who recalled a total of 2,920 words, of which 45 (1.5%) were misspelled. 23 of those were practice words and 22 of those words were non-practice control words, for a net “gain” of one word for the psi hypothesis.   Here are the results reported in my article (in which I corrected misspelled words) compared with the original program-calculated results (which ignores all unrecognized words). The score is a Differential Recall% score, which can range from -100% to +100%, with scores > 0 being in the “psi-predicted” direction.

Experiment 8:
Corrected DR% score = 2.27%, t(99) = 1.91, p = .029,  d = .19
Uncorrected DR% score = 2.29%,  t(99) = 1.95, p = .027, d = .20

Stimulus Seekers: Corrected DR% = 6.46%, t(42) = 3.76, p = .0003, d = .57
Uncorrected DR% = 6.50%, t(42) = 3.91, p = .0002, d = .60

Experiment 9:
Corrected DR% = 4.21%, t(49) = 2.96, p = .002, d = .42
Uncorrected DR% = 4.05%, t(49) = 2.86, p = .003, d = .40

As can be seen, Experiment 8 is trivially helped by the corrections; Experiment 9 is trivially hurt.

Additional observations: Half of the words used in this experiment are common words, as determined by “Frequency Analysis of English Usage” by Francis and Kucera (e.g., apple, doctor) and half are uncommon (e.g., gorilla, rabbi)   Although Richard uses CTT and CAT as examples to illustrate the ambiguity of correcting misspellings, in fact only a few different  words were misspelled by anyone, and they are among the uncommon words or commonly misspelled words in the list  (e.g., potatoe for potato). So, Richard’s hypothetical example, notwithstanding, in practice the correction of misspelled words is actually very straightforward and unambiguous.  “Intrusions,” words that aren’t in the original list, are also very easy to spot. (I can furnish the list to whoever wants to try a blind correction exercise, but I don’t want to publish it here lest it ruin future participants.)



------------------------------------------------------------------

O resultado pode muito provavelmente ser um falso positivo, mas pelo menos não se pode acusar o pesquisador de ser descuidado. Isso é bom,
porque, caso os resultados não sejam replicados, isso pode calar a boca de esotéricos que acusam "os cientistas" de se recusarem a testar essas
hipóteses.
You and I are all as much continuous with the physical universe as a wave is continuous with the ocean.

Alan Watts

Offline 4 Ton Mantis

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Estudo sobre premonição causa polêmica nos EUA
« Resposta #32 Online: 14 de Janeiro de 2011, 09:26:41 »
http://www1.folha.uol.com.br/ciencia/859857-estudo-sobre-premonicao-causa-polemica-nos-eua.shtml


A figura é insuspeita: Daryl J. Bem é professor emérito de psicologia social da prestigiosa Universidade Cornell, em Nova York. Também já lecionou em Harvard e Stanford, entre outras instituições de elite dos EUA.

Ele, entretanto, escreveu um artigo no qual afirma ter demonstrado a existência da percepção extrassensorial (PES), isto é, da capacidade de pressentir o futuro.

Bem relata nove experimentos nos quais colocou um total de 1.100 universitários para adivinhar o futuro.

Eles tinham de realizar tarefas como predizer se uma fotografia vai aparecer do lado esquerdo ou direito da tela do computador ou descobrir onde está a imagem erótica.

Em oito dessas nove situações, sustenta o psicólogo, os alunos se saíram um pouco melhor que o autorizado pelo acaso.

Para completar, o "paper" foi aceito para publicação pelo "Journal of Personality and Social Psychology", um dos mais influentes periódicos dos EUA nessa área.

Como não poderia deixar de ser, a notícia está causando polêmica. O "The New York Times" dedicou uma página especial com nove artigos de opinião sobre a suposta descoberta. As blogosferas cética e parapsicológica também estão agitadas.

Entre os cientistas mais ortodoxos, as opiniões também se dividem entre dois extremos: os que acham graça e os que estão furibundos.

Para os representantes da primeira categoria, é importante preservar a liberdade de acadêmicos seniores de investigar o que quiserem.

Além disso, não há mal na publicação de uma pesquisa assim, pois seus resultados não serão replicados por nenhum laboratório, e ela cairá no esquecimento, a exemplo de várias outras tentativas de dar credibilidade à parapsicologia. Por enquanto, três tentativas de reproduzir os experimentos fracassaram. Há outras em curso.

Cada vez mais presentes no mundo da ciência, os estatísticos têm sua própria linha de crítica. Um grupo liderado por Eric-Jan Wagenmakers, da Universidade de Amsterdã, foi convidado para escrever uma revisão na mesma edição da revista em que sairá o polêmico artigo.

Para os holandeses, o professor emérito errou ao tratar dados colhidos de forma exploratória com um instrumental estatístico concebido para confirmar hipóteses.

Ao fazê-lo, ele inadvertidamente superestimou as evidências contrárias à hipótese de que o fenômeno não existe.

Outros, porém, fazem críticas mais severas a Bem e, em especial, ao periódico que decidiu publicar seu artigo.

Para eles, a existência de PES é uma teoria extraordinária e, como tal, só poderia ser publicada num "journal" se fosse sustentada por evidências extraordinárias --o que não seria o caso mesmo se as conclusões de Bem fossem aceitas pacificamente.

Douglas Hofstadter, professor de ciência cognitiva da Universidade de Indiana, coloca o problema de forma veemente na página de debates do "New York Times".
"Se algo disso [a PES] fosse verdade, então todas as bases da ciência contemporânea ruiriam, e nós teríamos de repensar a natureza do universo. Por essa razão, publicar um artigo como esse é um ato muito grave."

Pelo menos no que diz respeito à natureza do universo, Hofstadter tem razão. Se a PES é uma realidade, então o futuro afeta o presente (retrocausalidade), o que torna urgente modificar todos os livros de física, segundo os quais o tempo é linear.

O professor Bem, é claro, discorda e, a exemplo de homeopatas e novos gurus, recorre à mecânica quântica para explicar seus achados.
\"Deus está morto\"-Nietzsche

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Offline Luiz F.

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Re: Estudo sobre premonição causa polêmica nos EUA
« Resposta #33 Online: 14 de Janeiro de 2011, 17:06:38 »
Quer que uma teoria esdrúxula se torne bacana?

Explique-a com os conceitos da mecânica quântica. Certeza de sucesso entre os desavisados de plantão!!!
"Você realmente não entende algo se não consegue explicá-lo para sua avó."
Albert Einstein

Offline Moro

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Re: Estudo sobre premonição causa polêmica nos EUA
« Resposta #34 Online: 14 de Janeiro de 2011, 17:44:53 »
Mania de querer provar a PES através de filigranas estatísticas. Alias só da para "provar" assim mesmo.
“If an ideology is peaceful, we will see its extremists and literalists as the most peaceful people on earth, that's called common sense.”

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"To claim that someone is not motivated by what they say is motivating them, means you know what motivates them better than they do."

Peter Boghossian

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I'm not convinced that faith can move mountains, but I've seen what it can do to skyscrapers."  --William Gascoyne

Offline uiliníli

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Re: Possível evidência de pre-cognição
« Resposta #35 Online: 14 de Janeiro de 2011, 22:38:21 »
13/01/2011 - 07h07 
Parapsicologia comprovada?
   

O mundo da ciência está em polvorosa. Daryl J. Bem, professor emérito de psicologia social da prestigiosa Universidade Cornell, escreveu um artigo no qual alega apresentar evidencias fortes em favor da Percepção Extrassensorial (PES), ou seja, a capacidade de pressentir o futuro. Pior, o "paper" foi aceito para publicação pelo "Journal of Personality and Social Psychology", que tem revisão por pares e se conta entre os principais periódicos dos EUA nessa área.
 Como não poderia deixar de ser, a notícia está fazendo barulho. Uma cópia do artigo circula pela internet e, antes mesmo de ele ser oficialmente publicado, já provoca acalorada polêmica, que pode ser acompanhada nas páginas de opinião do jornal "The New York Times" e na blogsfera científica e parapsicológica.
 A comunidade acadêmica mais, digamos, ortodoxa se divide em dois grandes blocos: o dos que estão se divertindo com a história e o dos que estão indignados com ela. Em termos práticos, debate-se se o "journal" deveria ou não ter aceitado o artigo. O interessante, porém, são as possibilidades de discussão teórica que o imbroglio proporciona.
 Muitos aproveitam a ocasião para falar mal do sistema de publicações científicas, outros criticam o uso da estatística que fazem certos departamentos das universidades americanas --notadamente que guardam parentesco com as ciências humanas, como a psicologia social. Há ainda quem prefira lançar-se em debates sobre a natureza da física ou sobre a epistemologia. Alguns chegaram mesmo a especular se tudo não passa de uma elaborada brincadeira do professor Bem, que já passou por Stanford, Harvard e goza de sólida reputação acadêmica.
 Diga-se em favor do autor que seu "paper" é bastante honesto. Ele está ciente do vespeiro em que se meteu e convida outros pesquisadores a replicar seus experimentos. Não pretende oferecer interpretações acabadas. Todas as ideias que ele apresenta para explicar seus achados são apresentadas como hipóteses ainda no terreno da especulação.
 A essa altura, o leitor deve estar se perguntando que diabos Bem achou. Na verdade, o artigo descreve nove experimentos distintos que ele realizou ao longo da última década. Seria exaustivo e ocioso repassá-los todos aqui, mas eles consistem basicamente em pôr 1.100 estudantes universitários para adivinhar o futuro, consubstanciado em tarefas como predizer se uma fotografia vai aparecer do lado esquerdo ou direito da tela do computador ou pressentir onde encontrar a próxima imagem erótica.
 Em todas menos uma dessas adivinhações, sustenta o psicólogo, os alunos se saíram um pouco melhor do que o autorizado pelo mero acaso. No experimento mais picante, os jovens acertaram onde estavam as fotos sensuais 53% das vezes, contra 49,8% dos controles (imagens não eróticas). Haveria aqui, portanto, significância estatística, o que nos colocaria diante da famosa PES, adorada por roteiristas de cinema e, na mesma medida, abominada por cientistas, em especial os psicólogos. Mais ainda, se a PES é uma realidade, então o futuro afeta o presente (retrocausalidade), o que torna urgente modificar todos os livros de física, segundo os quais o tempo é linear.
 Apesar dos cuidados tomados, nem Bem nem o "journal" escaparam às críticas. Os mais simpáticos ao autor, embora elogiem a iniciativa em nome da liberdade de pesquisa que deve caracterizar a ciência, são bastante céticos quanto a seus resultados. Não veem mal na publicação porque os resultados não serão reproduzidos em outros centros, de modo modo que a excentricidade de Bem não chegará a entrar para os anais da ciência. Por enquanto, três tentativas de replicar os experimentos fracassaram. Há outras em curso.
 Vale aqui mencionar que o próprio periódico vai editar, na mesma edição do artigo favorável à PES, uma crítica severa a ele, escrita por estudiosos da Universidade de Amsterdã, na qual eles fazem restrições à metodologia estatística empregada por Bem. Para os holandeses, o professor emérito errou ao tratar os dados colhidos de forma exploratória com um instrumental concebido apenas para confirmar hipóteses. Ao fazê-lo, ele inadvertidamente superestimou as evidências estatísticas contrárias à hipótese de que o fenômeno não existe. Eles recalcularam os dados de Bem valendo-se de outras ferramentas (inferência bayesiana) para concluir que não têm significância.
 O mundo, porém, não é composto apenas de pessoas tolerantes e gentis. Alguns dos que se meteram nessa polêmica reservam termos fortes para qualificar a pesquisa. "Loucura" e "assalto à razão" são alguns dos publicáveis. Há aqui, é claro, várias linhas de argumentação. De um modo geral, porém, elas sustentam que, como a existência de PES é uma tese extraordinária, só poderia ser publicada num "journal" se fosse sustentada por evidências extraordinárias, o que não é o caso mesmo se as conclusões de Bem fossem aceitas pacificamente.
 Quem coloca o problema de forma veemente na página de debates do "Times" é Douglas Hofstadter, professor de ciência cognitiva da universidade de Indiana: "Se algo disso [a PES] fosse verdade, então todas as bases da ciência contemporânea ruiriam, e nós teríamos de repensar a natureza do universo. Por essa razão, publicar um artigo como esse é um ato muito grave e o fato de ter ocorrido revela que os editores provavelmente não compreenderam as implicações do texto".
 É claro que Bem discorda. Ele termina seu artigo arriscando hipóteses para explicar suas conclusões sem recorrer a espíritos ou inteligências cósmicas. Infelizmente, apela a algo parecido, que é a mecânica quântica. Meu palpite é que, sempre que alguém vai buscar nos quanta justificativas para efeitos mirabolantes no mundo macroscópico, temos razões para desconfiar. Não porque tais efeitos sejam impossibilidades físicas, mas, pelo que sabemos, estão limitados ao universo dos átomos e suas partículas. Antes de recorrer a esse tipo de explicação, é prudente coletar novos dados e refazer as contas. E isso, aparentemente, Bem não fez.
 É o mesmo raciocínio que se aplica à navalha de Occam. Não existe uma lei da física que impeça um dado fenômeno de ser provocado por uma miríade de causas complexas. Mas, conhecedores que somos da fértil imaginação humana --e de sua obsessão por encontrar padrões onde eles não existem--, devemos ficar com as barbas de molho e, antes de criar hipóteses muito complicadas, descartar as mais simples.
 O bonito nessa confusão toda é que ela mostra a ciência em ação. Ainda que de forma um pouco atabalhoada, uma hipótese extravagante foi levantada e debatida. Está sendo testada e quase certamente será rejeitada. A liberdade de pesquisa foi preservada. Se despirmos a novela de seus exageros retóricos, o que se discute é se o primeiro filtro deveria ter sido o "journal" ou a comunidade acadêmica, através dos testes da replicação e do exame crítico. É claro que não é um sistema perfeito. Muito lixo é publicado (o ramo científico, afinal, virou uma indústria) sem objeções ou reparos porque são trabalhos anódinos que, por não trazerem conclusões polêmicas, passam quase despercebidos.
 Vale concluir com a observação de que ainda precisamos avançar muito na promoção da cultura científica, a fim de oferecer ao cidadão ferramentas mais adequadas para ler e compreender uma notícia sobre ciência. Como observa Steven Pinker, hoje, nos meios universitários, é considerado aceitável (quase engraçado) que um intelectual se vanglorie de ter passado raspando em física e de ignorar o beabá da estatística. Mas ai de quem admitir nunca ter lido Joyce ou dizer que não gosta de Mozart. Sobre ele cairão olhares tão recriminadores quanto sobre o sujeito que assoa o nariz na manga.
 Joyce e Mozart podem ser ótimos, mas eles, como quase toda a cultura humanística, têm pouca relevância para nossa vida prática. Já a cultura científica, que tratamos quase com desprezo, vai se tornando cada vez mais fundamental para que possamos nos posicionar em relação a políticas públicas e tomar decisões que afetam nossa saúde e bem-estar.
« Última modificação: 14 de Janeiro de 2011, 22:40:37 por uiliníli »

Offline Enio

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Re: Possível evidência de pre-cognição
« Resposta #36 Online: 14 de Janeiro de 2011, 23:00:29 »
De fato eu não acho que o tempo é linear. É assim... o futuro afeta o presente (existe certo determinismo), mas o que fazemos no presente ao mesmo tempo pode causar alterações no futuro (não de forma absoluta, mas relativa). Certos fatos ocorreriam fatalmente (o gênero da situação), mas a forma como acontece poderia ser moldada conforme o que ocorre no presente. Ou seja, haveria uma relação muito estreita entre o que vai acontecer e o que está acontecendo agora. O presente influenciaria o futuro (na forma dos fatos), mas o futuro influenciaria no gênero dos fatos (na situação geral).

Por exemplo, um indivíduo estaria destinado a ter uma parte de seu corpo decepada algum dia, mas a forma vai depender de como este vive, além da atitude que este vai tomar num determinado momento. Poderia desde perder um braço inteiro até só um dedo. Esta é uma teoria presente no livro da Gênese, de Allan Kardec, em que fala sobre a teoria da presciência. Há um exemplo de um caso que envolve isso, em que uma médium disse ao cara (que perdeu um dedo) que, se não fosse pelas atitudes de caráter positivo que exerceu por certo tempo, teria perdido o braço inteiro.

Ou seja, o cara conseguiu alterar a forma do fato que estava tendendo a terminar numa forma mais grave.

Eu mesmo, como já disse em outros tópicos, vivenciei premonição (ainda que a maioria daqui não acredite nisso). E foi esta experiência que me permitiu ver que o tempo não é sempre linear, como pensam os físicos. Aliás, eu não concordo com tudo o que está no meio científico, assim como no meio espiritualista. Ou seja, tanto cientistas como espiritualistas me estranhariam, pelas minhas discordâncias.

Eu mesmo estou bolando teorias que poderiam estourar a comunidade científica e espiritualista. Ou seja, isso causaria um grande alvoroso e uma profunda mudança em ambas as partes. E isso é só um exemplo do que penso em fazer por meio das minhas insatisfações. Aliás, isso até afetaria as tradições e política, assim como as religiões em geral! Toda uma nova visão de realidade, sintetizada numa só obra  :oba:  Os ortodoxos que se cuidem, pois vão entrar em extinção!  :twisted:

Mas é claro, tudo o que digo teria que ser provado ou passado pelo crivo da razão, para daí causar o alvoroso.

Antes via o tempo como linear, agora vejo como um conjunto de dimensões diferentes. O futuro é uma dimensão que chegará à dimensão do presente e então se tornará a do passado. Poderíamos voltar no passado, talvez de forma virtual, mas o que se alterar no passado não vai alterar o nosso tempo presente, só se viajássemos para o futuro, sem ser por acelerar a velocidade de uma nave, pois neste caso estaríamos acompanhando o tempo.

Pois o futuro ainda chegará ao presente, e o que for mudado nele, mudará o presente, mas mudar o passado no máximo te colocaria num universo paralelo, onde os eventos de nosso presente seriam diferentes neste passado fosse alterado, ao invés de alterar o tempo em que nos situamos agora.

Por exemplo, se um viajante do tempo voltasse ao passado e matasse meu avô... eu continuaria vivendo normalmente, mas para ele, que foi para o passado e o alterou, não mais existirei para ele. E quando ele voltar no tempo atual, este não será exatamente o mesmo em que eu me situo, mas sim um tempo paralelo ao meu. Isso poderia talvez reforçar a teoria das cordas e do multiverso. Caso contrário, o próprio universo deveria aniquilar qualquer um que tentasse voltar no tempo já que, na ótica do tempo linear, o passado não poderia ser mudado de forma alguma.

Offline Enio

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Re: Possível evidência de pre-cognição
« Resposta #37 Online: 14 de Janeiro de 2011, 23:03:19 »
Para quem tem premonição, o tempo nunca poderia ser linear, uma vez que se sabe que o futuro vai influenciar o presente.

Offline Luiz F.

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Re: Possível evidência de pre-cognição
« Resposta #38 Online: 14 de Janeiro de 2011, 23:23:00 »


Eu mesmo, como já disse em outros tópicos, vivenciei premonição (ainda que a maioria daqui não acredite nisso). E foi esta experiência que me permitiu ver que o tempo não é sempre linear, como pensam os físicos. Aliás, eu não concordo com tudo o que está no meio científico, assim como no meio espiritualista. Ou seja, tanto cientistas como espiritualistas me estranhariam, pelas minhas discordâncias.

Eu mesmo estou bolando teorias que poderiam estourar a comunidade científica e espiritualista. Ou seja, isso causaria um grande alvoroso e uma profunda mudança em ambas as partes. E isso é só um exemplo do que penso em fazer por meio das minhas insatisfações. Aliás, isso até afetaria as tradições e política, assim como as religiões em geral! Toda uma nova visão de realidade, sintetizada numa só obra  :oba:  Os ortodoxos que se cuidem, pois vão entrar em extinção!  :twisted:

Mas é claro, tudo o que digo teria que ser provado ou passado pelo crivo da razão, para daí causar o alvoroso.

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Offline uiliníli

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Re: Possível evidência de pre-cognição
« Resposta #39 Online: 14 de Janeiro de 2011, 23:26:47 »
Navalha de Occam: o Enio teve uma experiência que demonstra que toda a Física que pensamos que conhecemos está errada × o Enio curtiu um barato muito doido. Difícil escolher.

Offline Adriano

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Re: Possível evidência de pre-cognição
« Resposta #40 Online: 14 de Janeiro de 2011, 23:27:14 »


Eu mesmo, como já disse em outros tópicos, vivenciei premonição (ainda que a maioria daqui não acredite nisso). E foi esta experiência que me permitiu ver que o tempo não é sempre linear, como pensam os físicos. Aliás, eu não concordo com tudo o que está no meio científico, assim como no meio espiritualista. Ou seja, tanto cientistas como espiritualistas me estranhariam, pelas minhas discordâncias.

Eu mesmo estou bolando teorias que poderiam estourar a comunidade científica e espiritualista. Ou seja, isso causaria um grande alvoroso e uma profunda mudança em ambas as partes. E isso é só um exemplo do que penso em fazer por meio das minhas insatisfações. Aliás, isso até afetaria as tradições e política, assim como as religiões em geral! Toda uma nova visão de realidade, sintetizada numa só obra  :oba:  Os ortodoxos que se cuidem, pois vão entrar em extinção!  :twisted:

Mas é claro, tudo o que digo teria que ser provado ou passado pelo crivo da razão, para daí causar o alvoroso.

Modéstia pouca é bobage  ::)
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Offline Moro

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Re: Possível evidência de pre-cognição
« Resposta #41 Online: 15 de Janeiro de 2011, 00:24:29 »
Navalha de Occam: o Enio teve uma experiência que demonstra que toda a Física que pensamos que conhecemos está errada × o Enio curtiu um barato muito doido. Difícil escolher.

Deixa eu pensar... Comunidade científica vai tomar um susto ou o Enio esta falando mais uma groselha..  Dificil
“If an ideology is peaceful, we will see its extremists and literalists as the most peaceful people on earth, that's called common sense.”

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Offline Fabrício

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Re: Possível evidência de pre-cognição
« Resposta #42 Online: 15 de Janeiro de 2011, 09:29:30 »
Céticos malditos, não duvidem da premonição que causará "alvoroso".
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Offline Gigaview

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Re: Possível evidência de pre-cognição
« Resposta #43 Online: 16 de Janeiro de 2011, 00:01:14 »
Concordo com o Agnóstico. Tivemos no ano passado uma discussão sobre uma meta-análise da telepatia com Vitor Moura recheada de malabarimos estatísticos. Para quem se interessar está aqui: http://forum.ceticismoaberto.com/topic=53.0.html
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Offline Moro

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Re: Possível evidência de pre-cognição
« Resposta #44 Online: 16 de Janeiro de 2011, 01:11:22 »
Nossa esse link é do tempo do onça, Quando tinha saco de debater com crentes, fazer cálculos, etc..  Eu mudei
« Última modificação: 16 de Janeiro de 2011, 01:13:57 por Agnóstico »
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Offline Gigaview

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Re: Possível evidência de pre-cognição
« Resposta #45 Online: 19 de Janeiro de 2011, 02:40:19 »
Para quem está acompanhando o assunto no mainstream:

http://www.thewop.org/?p=1325
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Offline Moro

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Re: Possível evidência de pre-cognição
« Resposta #46 Online: 19 de Janeiro de 2011, 20:22:55 »
Citar
Prof. Emeritus of Psychology, Daryl Bem of Cornell University is just about to publish a parapsychology paper in a mainstream psychology journal

quando a referência do cara é quase publicar um paper em um jornal de psicologia, o cara já começou f..
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Offline Gigaview

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Re: Possível evidência de pre-cognição
« Resposta #47 Online: 22 de Janeiro de 2011, 19:31:51 »
Evento paranormal (Mary King's Ghost Fest) cancelado "due to unforeseen circumstances". E os médiuns que não viram????.  :histeria:

http://www.marykingsghostfest.com/

« Última modificação: 22 de Janeiro de 2011, 21:03:45 por Gigaview »
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Offline Sci Teneg

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Re: Possível evidência de pre-cognição
« Resposta #48 Online: 28 de Janeiro de 2011, 18:59:28 »
Mas precognição não é um problema só da psicologia, se isso for confirmado a Física inteira estará em apuros.

Não vejo por quê isso não poderia ocorrer de acordo com o que já conhecemos. Um exemplo bobo: veja que o pesquisador de fato tem conhecimento sobre os bancos de dados usados nos experimentos, tanto no caso das imagens quanto no das palavras. No momento em que as pessoas estão sendo testadas e estão próximas ao pesquisador (como se isso fosse necessário), o pesquisador sabe, e pensa, que há imagens eróticas, que há tais palavras - não importam quais - então é como se houvesse uma transmissão de informação entre elas e através de um mecanismo desconhecido mas que não produziria nenhum tipo de teoria "não convencional". Pode parecer surreal mas não vejo ele tendo provado que isso não aconteceu. Talvez se o experimento fosse conduzido de outra maneira, sim.

Eu não estou dizendo que acredito em tal fenômeno, pouco sei sobre isso. Mas, veja, por exemplo, que na rede do Orkut há uma comunidade entitulada "Transmissão de pensamento" com mais de 57 mil pessoas que "vivenciaram" esse fenômeno. Na descrição ainda há: "Se já aconteceu de vc pensar em alguém e essa pessoa te ligar, se vc ta com uma música na cabeça, liga o rádio e é ela q esta tocando..." Eu vejo um certo grau de semelhança entre esses 2 fenômenos a priori distintos. Mas, percebe? Podemos estar falando de um mesmo fenômeno ao passo que podemos estar falando de mera coincidência. Como é que ele definiu que uma amostra de 1000 pessoas garante um resultado estatisticamente confiável? E se a amostra fosse 5, 10 vezes maior? Aliás, tem muito mais coisa do que isso. É uma conversa bem simplista.

Offline Sci Teneg

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Re: Possível evidência de pre-cognição
« Resposta #49 Online: 28 de Janeiro de 2011, 19:13:56 »
Vejam esses relatos retirados do orkut (comunidade "Transmissão de Pensamento")

Aline
Já aconteceu com alguém?
Gente, fico espantada com isso, porque comigo SEMPRE ACONTECE: já aconteceu de vcs estarem conversando com uma pessoa, e você responder o que ela ia te perguntar, antes dela perguntar?? Comigo acontece direto ... até mesmo com eu fazendo "sim", ou "não", com a cabeça, sem querer! Ou até mesmo de estar aquele silêncio ... e a pessoa falar algo que vc tinha certeza que ela ia falar, igualzinho?! Bizarro ...

Carol
uuuuuuuuu, isso eh diretoooooo
eu olhu pra pessoua i jah sei qq ela vai fla pra mim... i ela fla justament tdo oq eu pensei, 100 mudah uma virgulazinha!! auahauahauahauah

 Manuela
Váááááááárias vezesss!!!
Nossa.. é incrível! Várias vezes q estou pensando na pessoa, acontece algo.. como ela aparecer, ela ligar... dá um sinal de vida, sabe?!?
Isso acontece mto entre eu e uma amiga minha da facu.. direto qdo penso em falar com ela.. em ligá-la... olha o tel tocando!!! rsrsrsrs... REALMENTE existe esta sintonia entre nossos pensamentos!!!


Alguém pode discordar, mas, se isso de fato não é mera coincidência, e se os resultados do experimento também não, prefiro acreditar que houve uma espécie de transmissão no momento em que a pessoa pensou em realizar a pergunta do que acreditar em pré-cognição, o que seria equivalente a acreditar que essas pessoas pré-conceberam um pensamento antes mesmo dele ter acontecido.

 

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