Bem já que sua fixação pelos números:
http://www.mme.gov.br/spe/menu/publicacoes.html
clique em séries históricas e depois em buscar, faça o download de "tabela históricas" e comprove.
De 2002 a 2009 em 7 anos a oferta de energia elétrica subiu 37%, quando no período anterior de 94 a 2002, em 8 anos subiu 11%.
Já quantas usinas foram inauguradas não achei os dados, mas se isso não exemplificar para você, eu desisto.
E hoje, mesmo que houvesse uma estiagem como aquela, dada as proporções de investimento em relação ao crescimento e o PIB, não haveria blecaute e racionamento.
Eu achei esta
tabela, que não sei dizer se é a mesma que voce viu.
Se for a mesma eu acho que voce considerou os números de MWs instalados do primeiro e do último ano de cada governo (no caso do atual governo o ano base é 2009), conforme abaixo:
1995 - 20.864
2002 - 24.495 Variação de 17,40%
2002 - 24.495
2009 - 33.625 Variação de 37,27%
Se for isto a sua análise está equivocada pois voce está deconsiderando a influência do fator climático (estiagem), facilmente observado nos números de MWs entre 2000 e 2002, conforme descrito a seguir:
2000 - 26.168
2001 - 23.028 Variação de -13,25%
2002 - 24.495 Variação de -6,83%
Renormatizando os valores, usando os anos-máximos para efeito de comparação, temos que:
1995 - 20.864
2000 - 26.168 Variação de 25,42%
2000 - 26.168
2009 - 33.625 Variação de 28,50%
Quando considerados os anos de produção máxima se observa que há uma variação de menos de 12,20% entre um governo e outro. Somente este dado já é suficiente para questionar a propaganda petista de que os "investimentos na área de energia hidroelétrica foram muito maiores que no do governo FHC".
Outro ponto. A propaganda petista afirma que o "Brasil cresceu em média de 5,00% a 6,00% ao ano no governo Lula" (o que não é verdade!) enquanto que "no governo FHC foram pífios 2,00% ao ano" (o que também não é verdade!). Comparando esta (suposta) diferença na taxa de crescimento com a variação na capacidade instalada de energia elétrica, observa-se que há algo errado, pois a capacidade instalada não suportaria tal crescimento (se ele realmente existiu). Ou o crescimento não foi o informado ou a matriz energética se modificou. Ou os dois. Discutirei isto mais tarde.
Mas há mais: A contribuição das PCHs (regulamentadas no governo de FHC e com razoável capacidade instalada) e principalmente das usinas termo-elétricas, frequentemente "esquecidas" pelos petistas, não é nada desprezível para o cômputo atual de produção de energia. Também discutirei isto mais tarde.
Bem já que sua fixação pelos números:
Não tenho fixação pelos números, mas aprecio quando eles são lidos corretamente, principalmente quando as circunstâncias históricas são imperativas.
Já quantas usinas foram inauguradas não achei os dados, mas se isso não exemplificar para você, eu desisto.
Voce não tem obrigação nenhuma de me responder ou de discutir comigo. Portanto sinta-se a vontade em me ignorar.