Mas eu não estou falando de um favorecimento de uma determinada religião. O caso da Argentina, já sou contra (mas essa lei é aplicada lá até hoje? E se o presidenciavel for protestante, ou ateu?).
Mas essas minhas idéias são tb para não haver desfavorecimento das religiões, se o laicismo for levado de forma extrema. Por exemplo, se uma parcela politicamente representativa da população achar que conceitos religiosos devam ser ensinados aos seus filhos pelas escolas públicas com o dinheiro dos impostos deles ... então de certa forma o laicismo é autoritário para com a vontade desses cidadãos. E nem to dizendo que esse ensinamento deva ser obrigatório a todos, se gerar conflito, mas sou inclinado a reconhecer que essa parcela da população religiosa tem o direito de querer que o estado tb aborde essa questão.
Acho que se uma determinda religião vir a ter algum grau de reconhecimento pelo estado, e nem to falando de um reconhecimento exagerado, estou falando de um reconhecimento pelo estado como sendo parte da estrutura e manifestação cultural, como é o esporte e as artes. E esse reconhecimento deveria ser de forma a representar a sua parcela da população, sem oprimir ou restringir o reconhecimento de outras manifestações religiosas ou atéias.
Vejo que há um excesso de alarmismo por parte de muitos de nós ateus com relação as religiões, apesar de reconhecer que é justificável. Mas se exagerarmos na exclusão estatal da religião, talvez a nossa democracia não deva ser chamada como tal.