Não, exatamente o contrário. Meme é análogo a gene.
"Sem a analogia com genes ou vírus" é "sem memes"; e aí parece ser mais comum pensarmos em cultura como algo quase que inerentemente positivo, que evolui de forma bastante "progressiva", benéfica, e não como um "ente" independente cuja perpetuação depende em última instância apenas de sua capacidade de/tendência a ser propagado por humanos, o que pode ou não se dar por ser algo benéfico.
A mim essa é a principal contribuição da analogia, não acho que seja qualquer visão revolucionária de "cultura", apenas uma ênfase nela como não uma coisa quase sempre benéfica/"mutualista", como talvez tendêssemos a pensar, supondo que a seleção/criação dela se desse sempre de forma bem deliberada e criteriosa a nosso favor, uma marcha contínua para o progresso.