É sacanagem com os refrigerantes - assim como os doces, pizzas, etc - quando a questão é uma dosagem de porções.
Mas imagino que uma propaganda "coma menos!" seja menos convincente. Precisamos de um vilão, né.
O problema é que a "dosagem das porções" é de mais difícil assimilação e prática do que algo como "evitar ao máximo refrigerantes". Você tem que ficar pensando em quantas miligramas de cada coisa está comendo a cada refeição, quanto isso representa no percentual da ingestão diária para o seu sexo, altura e nível de atividade física, e etc. As mensagens/instruções precisam ser práticas, criar um "vilão" talvez seja uma forma de conseguir isso.
Nos EUA, o Center for Science in the Public Interest (CSPI) conseguiu fazer com que partes da população significativas trocassem leite integral por desnatado e semi-desnatado ao fazer campanhas de propaganda que comparavam a gordura saturada (fraseada em algo como "gordura entupidora de artérias") do integral com a de umas duas ou três fatias de bacon (têm a mesma quantidade). Só com essa mudança uma parte substancial da população já passa a ter a ingestão de gordura saturada dentro dos níveis recomendados.
Só deve ser algo que idealmente é testado antes. Eu fico meio surpreso dessa comparação ter levado à diminuição do consumo de leite integral em vez de a um aumento no consumo de bacon (se é que não houve até uma troca, não sei se verificaram).