Ola Sergio,
"Se esse Deus é criador de tudo e todos tem de ter criado a partir do nada e, portanto, só poderia ser transcendente. Só que nada pode vir do nada (exceto se esse nada já for alguma coisa o que é uma contradição) e a alternativa é Deus ter criado a partir de si mesmo (voluntariamente ou espontaneamente, no segundo caso gera e não cria) ou ter criado a partir de algo pré-existente. Todavia, em ambos os casos, não se poderia dizer que ele foi o criador de tudo já que usou algo de si ou fora de si para criar...
Lá se vai a superior coerência do Deus transcendente face a um Deus imanente (não criador voluntário... mas aberto à geração espontânea)... ou não? "
Ele é transcendente por não depender de espaço-tempo para existir.
Não vejo como a qsetão de ter criado através de si mesmo, ou gerado de forma não espontânea, pode afetar a coerência de um frente o outro. Vc pode detalhar mais ?
"A petição de princípio continua existindo porque nós continuamos a impor premissas.
Porque não poderiam existir dois deuses transcendentes? Ou três?
Se eu definir a não-localidade para dois (ou três) deuses no que isto seria fundamentalmente diferente para um só deus?
A força ideológica religiosa de mais de 2000 anos combinada com a lógica aristotélica?"
Acho que não seria, para a questão central do tema : algo causou o universo. Se este algo for um Deus ou Deuses, ele(s) tem de ser transcendentes, assim como qqer outra coisa que o tenha causado.
Acho que só fará diferença, se adotarmos alguma visão religiosa específica. Por exemplo, para os Judeus, isto não poderia. Para praticantes do Candomblé e Hinduísmo, seria razoável.
Abs
Felipe