Situar-se entre um porco e Sócrates não é algo suficiente para denotar respeitabilidade. Se for para alguém ser um meio-termo que seja entre um imbecil satisfeito e Sócrates.
Mas para quê precisamos denotar "respeitabilidade"? Talvez o imbecil satisfeito não seja o ideal, denota um aspecto de quem está na merda e não tem consciência disto (embora até isto seja questionável, pois se o cara está satisfeito, não tem motivos para se lamentar, mesmo sendo imbecil para alguns). Mas uma pessoa razoavelmente racional, mesmo sem ser nenhum Sócrates, pode simplesmente chegar à conclusão que filosofias existencialistas, embora interessantes para alguns, não passam de abstrações nas melhores hipóteses, ou pura masturbação mental, nas piores.[/quote]
Considerar sabedoria de intelectual existencialista como melancolia ou “frescura” não ajuda nisso.
Talvez chamar de frescura tenha sido muito radical da minha parte, confesso até que algumas idéias e filosofias são até interessantes. Mas
para mim,, não faz a mínima diferença de onde viemos, para onde vamos, qual o sentido da vida, blá, blá, blá... isto vai influir pouco ou nada no meu dia a dia, ou no dia a dia da grande maioria da humanidade. Tudo bem a pessoa se interessar por isso (eu tenho interesse em um monte de coisa que outros achariam completamente inútil), só acho um desperdício de tempo ficar se angustiando e martelando bobagens na cabeça por causa destas filosofias como faz o Ênio, por exemplo.
Contanto que você não considere a absorção de entretenimento puro ou quase puro como um uso significativo das faculdades intelectuais, então você está certo.
Talvez não seja significativo, mas é uma forma de uso das faculdades intelectuais sim... o que seria um uso "significativo" para você?
Um exemplo, puxando já um pouco o saco

, é o CC, aqui eu aprendo muita coisa, vejo diferentes pontos de vista de pessoas que admiro e respeito pela clareza dos argumentos, conhecimento e forma de ver determinados assuntos. Várias vezes mudei de opinião a respeito de alguma coisa vendo tópicos daqui... para mim isto é um uso das faculdades mentais, ler opiniões divergentes, refletir sobre o assunto e formar a própria opinião. Ler um livro, jogar xadrez, fazer palavras cruzadas

, e até conversar com amigos e parentes, tudo isso para mim é bem mais gratificante do que ficar imaginando "filosofias existenciais"... a vida não pode ser simples? Estamos aqui no mundo por pouco tempo, quando morrermos não teremos vida eterna

, não é melhor simplificar as coisas, mesmo correndo risco de sermos taxados de imbecis satisfeitos?
Como já disse Julian Baggini, sentido é sinônimo de “aquilo que é valoroso para nós”. Então quer dizer que o raciocínio usado para análise de algo tão aplicável a qualidade de nossa vida é “frescura”?
Aplicável em nossa qualidade de vida como?
É lamentável que muitas pessoas não questionem a associação que o rebanho do populacho faz entre sabedoria e melancolia (ou "frescura"). Conhecimento traz poder. Então, do que devemos ter medo afinal? Do conhecimento, ou do desconhecimento?
Sabedoria é legal, melancolia por razões existenciais pode ter sua dose de "sabedoria" mas tem também uma grande dose de frescura.
Conhecimento traz poder.
Depende do conhecimento....

Então, do que devemos ter medo afinal? Do conhecimento, ou do desconhecimento?
O conhecimento em tese é melhor do que o desconhecimento, mas nem tudo que se chama por aí de "conhecimento" na verdade traz beneficios ou é relevante.