Autor Tópico: Clima e desenvolvimento de um país ou região  (Lida 1824 vezes)

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Offline Buckaroo Banzai

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Clima e desenvolvimento de um país ou região
« Online: 18 de Abril de 2011, 12:29:25 »






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Cold hands, warm heart is a myth, scientists reveal
By Richard Alleyne, Science Correspondent 7:00PM BST 23 Oct 2008
Comment
The old adage that cold hands often conceal a warm heart has been dispelled by scientists, after they found how physically warm you are has a direct correlation to how nice you are to people.
People holding a warm cup of coffee were found to be more generous and charitable - particularly about others - than individuals holding an iced coffee, the study found.
The researchers believe the effect relates to childhood when emotional warmth given by a parent was often accompanied by the physical warmth of being held or hugged.
The Yale University research seems to disprove the old saying 'cold hands, warm heart' which has generally been seen to describe how a cool exterior often disguises a kind heart.
To test the theory the scientists, who reported their results in the journal Science, carried out two studies involving a total of 94 undergraduates.
For the first they presented half the unwitting participants with a hot or ice cold coffee and then asked what they thought of a stranger after a brief meeting.
They found that holding a hot cup of coffee led people to judge the stranger to be a "warmer" person, in terms of traits such as generosity and kindness, compared to a group of people who held a cup of iced coffee.
In the second study the researchers had people, who thought they were evaluating a product, hold either a warm or cold object - hot pads or cold pads as used in muscle therapy- and then given a choice of reward for participating in the study: either a gift for a friend, or a reward for themselves.
The study found that people who held the hot pad were more likely to choose the gift for a friend, and people who held the cold pack were more likely to choose the reward for themselves.
"It appears that the effect of physical temperature is not just on how we see others, it affects our own behaviour as well," Professor John Bargh, a psychologist who carried out the study.
"Physical warmth can make us see others as warmer people, but also cause us to be warmer - more generous and trusting - as well."
His co-author Lawrence Williams, who has since moved to the University of Colorado, said he thought the effect related to childhood.
"As a young child or infant, being held close by a care-giver with love and affection leads us to develop a concept of what it means to be a warm person, or to feel interpersonal warmth," he said.
"But during those learning experiences, children are simultaneously being exposed to physically warm temperatures, through close contact with another human being."


http://www.telegraph.co.uk/science/science-news/3353788/Cold-hands-warm-heart-is-a-myth-scientists-reveal.html





Um estudo realizado por pesquisadores canadenses sugere que pessoas que se sentem isoladas socialmente também sentem mais frio.
A equipe, da Universidade de Toronto, realizou dois estudos que mostraram que a sensação de solidão também está ligada à preferência por bebidas quentes, como chá ou sopa.
Na primeira experiência, os especialistas dividiram 65 estudantes em dois grupos e recolheram experiências pessoais de situações em que haviam se sentidos excluídos e em que haviam sido aceitos.
Em seguida, pediram que os voluntários estimassem a temperatura da sala.

Os palpites variaram de 12º C a 40º C, sendo que os que haviam comentado sobre seu isolamento ou solidão deram estimativas mais baixas em relação à temperatura.

No segundo experimento, os pesquisadores pediram a 52 estudantes que jogassem uma simulação de computador com uma bola.

A experiência teve o objetivo de avaliar reações de ganhadores e perdedores.

Ao final dos testes, os especialistas pediram aos estudantes que expressassem suas preferências entre bebidas e comidas quentes ou frias.

Eles perceberam que os voluntários que não haviam se saído bem na partida optaram mais por bebidas quentes, como café e sopa.

Os cientistas sugeriram que a escolha é resultado da “sensação de frio que sentem por causa da exclusão social”.

Chen-Bo Zhong, que coordenou a pesquisa, publicada na revista especializada Psychological Science, disse que “a experiência da exclusão social traz frio, literalmente”.

“Isto pode explicar porque as pessoas usam metáforas relativas à temperatura para descrever a inclusão ou exclusão social”, disse Zhong.
http://www.bbc.co.uk/portuguese/reporterbbc/story/2008/09/080928_solidaofrio_fp.shtml






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Offline Derfel

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Re: Clima e desenvolvimento de um país ou região
« Resposta #1 Online: 18 de Abril de 2011, 14:45:03 »
E... ? Está sugerindo que quanto mais frio o clima mais desenvolvido seu povo? Engraçado, os antigos gregos achavam justamente o contrário...

Offline HeadLikeAHole

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Re: Clima e desenvolvimento de um país ou região
« Resposta #2 Online: 18 de Abril de 2011, 19:12:18 »
E... ? Está sugerindo que quanto mais frio o clima mais desenvolvido seu povo? Engraçado, os antigos gregos achavam justamente o contrário...
Isto (quanto mais frio o clima mais desenvolvido seu povo) é claramente visível, muitos países ricos tem climas frios e a maioria dos tropicais são pobres e/ou sub-desenvolvidos. Não significa, porém, que pessoas que vivem em climas mais quentes pensem menos, ou algo assim. Pode ter um motivo histórico/cultural/econômico/politico/etc.

Offline uiliníli

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Re: Clima e desenvolvimento de um país ou região
« Resposta #3 Online: 18 de Abril de 2011, 19:35:55 »
Sempre foi assim? As civilizações mais avançadas do mundo já foram as do crescente fértil, no Oriente Médio, que não é exatamente um lugar fresquinho (vejam o mapa do Buck!). Egípcios, Babilônicos, Sumérios, Persas, o Império Árabe mais tarde... e também temos o caso da Índia, que também foi um dos países mais ricos do mundo por grande parte da história da humanidade. E nas Américas, Maias, Incas e Aztecas criaram civilizações mais sofisticadas que os nativos americanos que viviam mais ao norte, como Apaches, Sioux, Iroqueses... Os Incas e Aztecas até vivam na altitude, mas os Maias não.
« Última modificação: 18 de Abril de 2011, 19:39:48 por uiliníli »

Offline Geotecton

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Re: Clima e desenvolvimento de um país ou região
« Resposta #4 Online: 19 de Abril de 2011, 00:13:51 »
O que se pode dizer é que hoje os países mais avançados estão em regiões mais frias. Só isto.
Foto USGS

Offline Geotecton

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Re: Clima e desenvolvimento de um país ou região
« Resposta #5 Online: 19 de Abril de 2011, 00:16:59 »
[...]
Os Incas e Aztecas até vivam na altitude, mas os Maias não.

Depende. Os Maias da parte sul da península, no limite com o Oceano Pacífico, viviam em locais de altitudes bem mais elevadas e temperaturas bem mais frias que os do norte, no limite com o Oceano Atlântico.
Foto USGS

Offline Buckaroo Banzai

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Re: Clima e desenvolvimento de um país ou região
« Resposta #6 Online: 19 de Abril de 2011, 16:30:20 »
Na Índia ao menos há forte "sazonalidade" no que se refere às monsões.


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[...] In countries like India , which has a monsoon, these cycles are deeply ingrained in our culture and economy. In fact, the economy can be said to revolve around the monsoon because our agriculture depends on the monsoon and India is an agricultural country whose economy depends on farms and crops; two-thirds of our population earn a living from agriculture and nearly a quarter of all economic activity is related to it. Of this agriculture activity nearly 60% depends on the monsoon rains. Because of this, economists are trying to predict what India 's economy in the year ahead will be like as the monsoon engulfs the country. [...]

http://infochangeindia.org/kids/Peopletalk_rain.php

Offline Buckaroo Banzai

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Re: Clima e desenvolvimento de um país ou região
« Resposta #7 Online: 19 de Abril de 2011, 16:35:00 »
E... ? Está sugerindo que quanto mais frio o clima mais desenvolvido seu povo? Engraçado, os antigos gregos achavam justamente o contrário...

Não necessariamente, apenas me pergunto o papel da sazonalidade de uma região no desenvolvimento da cultura, do modo de pensar de um povo -- o que pode, imagino eu, vir a ser importado ou migrar para regiões mais quentes (se não tiver origem lá) e se manter.

Sazonalidade e outros fatores climáticos afetando o comportamento.

Offline uiliníli

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Re: Clima e desenvolvimento de um país ou região
« Resposta #8 Online: 19 de Abril de 2011, 17:14:09 »
Acho que a sazonalidade tem mais influência no desenvolvimento do que o clima, pois ela força as civilizações a pensar à frente e acumular suprimentos para a época mais difícil, essa acumulação pode ser um estímulo para o surgimento do conceito de propriedade privada e com isso leva a um pré-capitalismo, que estimula a sofisticação da economia local.

Isso explicaria por que algumas civilizações que prosperaram em lugares quentes, mas marcados pela sazonalidade, como a Índia e o Oriente Médio; ao contrário da correlação com a temperatura.

Offline Südenbauer

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Re: Clima e desenvolvimento de um país ou região
« Resposta #9 Online: 20 de Abril de 2011, 00:52:46 »
O livro Armas, Germes e Aço discorre sobre esse argumento com muita calma e persuasão.

Offline uiliníli

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Re: Clima e desenvolvimento de um país ou região
« Resposta #10 Online: 20 de Abril de 2011, 12:23:59 »
O livro Armas, Germes e Aço discorre sobre esse argumento com muita calma e persuasão.

Do frio ou da sazonalidade?

Offline Geotecton

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Re: Clima e desenvolvimento de um país ou região
« Resposta #11 Online: 20 de Abril de 2011, 23:48:59 »
Acho que a sazonalidade tem mais influência no desenvolvimento do que o clima, pois ela força as civilizações a pensar à frente e acumular suprimentos para a época mais difícil, essa acumulação pode ser um estímulo para o surgimento do conceito de propriedade privada e com isso leva a um pré-capitalismo, que estimula a sofisticação da economia local.

Isso explicaria por que algumas civilizações que prosperaram em lugares quentes, mas marcados pela sazonalidade, como a Índia e o Oriente Médio; ao contrário da correlação com a temperatura.

A sazonalidade é muito mais significativa nos países de latitudes mais altas e naqueles que possuem amplas faixas de mar e de massas continentais nas latitudes mais baixas.
Foto USGS

Offline Chemistry

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Re: Clima e desenvolvimento de um país ou região
« Resposta #12 Online: 21 de Abril de 2011, 10:48:16 »
Acho que o fato das regiões sazonais ou trópicos não releva muito quando se fala em deselvolvimento, na época da colonização aqui na america no sul existia o povo Inca que era andino pré-colombiana, e eram bem desenvolvidos culturalmente e cientificamente, o ouro de tolo "cobre, tratato com NAOH e sulfato de zinco" já era feito aqui nessas terras antes da chegada do homem branco, tanto que eles levaram toneladas de ouro de tolo achando que era ouro verdadeiro.


lembrando o fato de que o mundo era ásia, oriente médio e europa até 1480, dai nem vale a pena entrar no enlance de colonização de exploração ou povoamento,...
"O que me preocupa não é o grito dos maus,

é o silêncio dos bons."

Offline JJ

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Re:Clima e desenvolvimento de um país ou região
« Resposta #13 Online: 27 de Outubro de 2016, 09:12:58 »

Mudança Climática Brusca


Temperaturas que despencam 10ºC no inverno e secas repentinas que fustigam plantações ao redor do globo não são só sensacionalismo cinematográfico. Transformações drásticas desse tipo já aconteceram no passado - às vezes em poucos anos


Richard B. Alley


No filme-catástrofe hollywoodiano O dia depois de amanhã, uma tragédia climática de proporções gigantescas pega o mundo de surpresa.Milhões de americanos fogem para o ensolarado México enquanto lobos perseguem as poucas pessoas que se amontoam numa Nova York totalmente congelada. Tornados assolam a Califórnia. Pedras gigantes de granizo despencam sobre Tóquio.


Mudanças climáticas avassaladoras e abruptas do gênero podem mesmo acontecer em um futuro próximo ou trata-se apenas de exagero dos estúdios Fox? A resposta a ambas as questões aparentemente é sim. A maioria dos especialistas em clima acredita que não precisamos temer uma era glacial completa nas próximas décadas. Mas mudanças climáticas repentinas já ocorreram antes e poderiam ocorrer de novo. Na verdade, elas provavelmente sejam inevitáveis.


E também inevitáveis são os desafios que trarão. Ondas de calor podem tornar certas regiões mais hospitaleiras, mas aumentariam o calor já sufocante de outros lugares. Secas graves poderiam tornar estéreis terras que já foram férteis. Essas conseqüências seriam particularmente duras de suportar porque mudanças climáticas que acontecem de repente geralmente persistem por séculos ou até mesmo milênios. De fato, considera-se hoje que o colapso de algumas sociedades antigas - antes atribuído a forças políticas, econômicas e sociais - tenha sido causado principalmente por flutuações rápidas no clima.


O espectro da mudança climática abrupta tem estimulado estudos científicos sérios há mais de uma década, mas só recentemente capturou o interesse dos cineastas, economistas e políticos. Com essa atenção maior vem uma confusão crescente sobre o que dispara esse tipo de mudança e quais seriam suas conseqüências.


Observadores fortuitos poderiam supor que viradas repentinas no clima diminuiriam qualquer efeito do aquecimento global induzido pelo homem, que vem ocorrendo gradualmente. Mas novas evidências indicam que o aquecimento global deveria, mais do que nunca, encabeçar a lista das preocupações: ele poderia facilitar que variações repentinas afetassem o clima da Terra.
É possível que os cientistas nunca tivessem verificado para valer a capacidade de variação do clima terrestre se não fosse por algumas amostras de gelo, extraídas no começo da década de 1990 das calotas glaciais da Groenlândia. Esses cilindros colossais - alguns com três quilômetros de comprimento - preservam um conjunto claro de registros climáticos, que engloba os últimos 110 mil anos. Podem-se distinguir camadas depositadas todos os anos nos cilindros e datá-las usando vários métodos; a composição do gelo, por si só, revela a temperatura em que ele se formou.


Esse trabalho revelou uma longa história de loucas flutuações no clima - longos períodos de frio alternados com breves intervalos de calor. A região central da Groelândia enfrentou quedas de temperatura da ordem de 6oC em poucos anos. Por outro lado, atingiu metade do aquecimento que ocorre desde o pico da última era glacial - mais de 10oC - em uma só década. Esse salto, há cerca de 11.500 anos, equivale a Minneapolis ou Moscou passarem a ter as condições relativamente agradáveis de Atlanta ou Madri.


As amostras de gelo não revelam apenas o que aconteceu na Groenlândia. Também dão pistas sobre a situação no resto do mundo. Alguns pesquisadores conjeturavam que o aquecimento de 10oC ali esteve ligado a um evento que esquentou boa parte do Hemisfério Norte, e que esse episódio aumentou a precipitação naquela área e em muitos outros lugares.

Na Groenlândia, a espessura das camadas de gelo mostrou, de fato, que a quantidade de neve havia dobrado em um ano. Análises de bolhas de ar aprisionadas no gelo corroboraram a previsão de aumento da umidade em outras áreas. Medições da quantidade de metano nas bolhas indicam que esse gás dos pântanos estava entrando na atmosfera 50 vezes mais rápido durante o aquecimento intenso. O metano provavelmente entrou na atmosfera devido ao alagamento dos charcos nos trópicos e seu degelo no norte.


Os cilindros de gelo também ajudaram os cientistas a preencher outras lacunas. Camadas de gelo que aprisionaram poeira da Ásia indicaram a fonte dos ventos mais constantes, por exemplo. Eles provavelmente eram mais calmos nas épocas de calor, porque menos sal marinho e cinzas de vulcões distantes carregados por eles se acumularam no gelo.
Episódios intensos e abruptos de aquecimento aparecem mais de 20 vezes no registro climático do gelo da Groenlândia. Várias centenas ou milhares de anos após o começo de um período de aquecimento típico, o clima revertia para um resfriamento lento, seguido por um resfriamento rápido, em intervalos tão curtos quanto um século. Então, o mesmo padrão se repetia, com outro período de aquecimento, com talvez apenas alguns anos. Durante as condições mais extremas de frio, icebergs chegavam à costa de Portugal. É provável que desafios menores do que esses tenham expulsado os vikings da Groenlândia durante o período frio mais recente, chamado de Pequena Idade do Gelo, que começou por volta de 1400 d.C. e durou 500 anos.


Esse esquenta-esfria violento observado no norte aconteceu de forma diferente em outras partes do mundo, ainda que todos os fenômenos possam ter tido uma raiz comum. Épocas frias e úmidas na Groenlândia estão ligadas a condições climáticas particularmente frias, secas e ventosas na Europa e na América do Norte; também coincidiram com clima quente incomum no Atlântico Sul e na Antártida.


Evidências também revelaram que mudanças abruptas nas chuvas causaram problemas que rivalizavam com as oscilações de temperatura. Épocas frias no norte traziam secas à África Saariana e à Índia. Há cerca de 5.000 anos, uma seca repentina transformou o Saara de uma paisagem verdejante pontilhada de lagos no deserto arenoso que é hoje. Dois séculos de seca há cerca de 1.100 anos aparentemente contribuíram para o fim da civilização maia no México e na América Central. Em tempos modernos, o fenômeno El Niño e outras anomalias no Pacífico Norte podem modificar os padrões meteorológicos a ponto de gerar secas como a que causou o Dust Bowl, período de seca grave que ocasionou a perda da camada superior do solo e provocou grandes tempestades de poeira nos EUA na década de 1930.


Sejam ondas de frio, calor ou secas prolongadas, as mudanças climáticas do passado aconteceram basicamente da mesma forma: uma alteração gradual de temperatura ou outro agente físico empurrou algum fator determinante para um limite crítico invisível. Depois de cruzada a barreira, esse fator - assim como o clima todo - escorregou para outro estado e, normalmente, nele permaneceu por muito tempo .


Cruzar um desses limites de equilíbrio climático é como balançar uma canoa. Se a pessoa senta dentro de uma canoa e pende aos poucos para um lado, a canoa vai junto. Ela está sendo levada a um limite - a posição após a qual o barco não consegue mais ficar reto. Se pender demais para o lado, a canoa vira.

As viradas climáticas mais extremas da história aconteceram quando esses limites foram ultrapassados, o que aponta para áreas particularmente preocupantes no futuro. Para explicar os intervalos anormalmente frios registrados nas amostras da Groenlândia, a maioria dos cientistas sugere alterações no comportamento de correntes no Atlântico Norte, fator dominante nos padrões meteorológicos dessa região a longo prazo.


O leste da América do Norte e a Europa gozam de clima temperado (como o de hoje) quando as águas do Atlântico, aquecidas pelo Sol, fluem para o norte através do Equador. Durante o inverno setentrional, a água salgada que vem do sul se torna fria e densa o bastante para afundar a leste e a oeste da Groenlândia, e depois migrar de volta ao sul pelo leito oceânico. Enquanto a água resfriada afunda, correntes quentes originadas no sul fluem para o norte e tomam o lugar delas. A água que afunda, por sua vez, movimenta a chamada circulação convectiva, que aquece o norte e refresca o sul.


Os cilindros de gelo contêm evidências de que períodos repentinos de frio ocorreram depois que o Atlântico Norte se tornou menos salgado, talvez porque lagos de água doce tenham transbordado através das paredes das geleiras e chegado ao mar. Os pesquisadores identificam esse fluxo de água doce como a primeira fase de uma ruptura de equilíbrio, porque sabem que o aporte de água doce no Atlântico Norte pode frear ou desligar a convecção.


Diluída pela água que desce do continente, a água salgada do mar acaba perdendo salinidade e fica menos densa. Pode até congelar antes de conseguir afundar. Sem isso, a chuva e a neve que caem no norte não chegam a ser mandadas embora pelo oceano. Elas se acumulam na superfície do mar e diluem ainda mais o Atlântico Norte. A circulação convectiva é desligada, deixando os continentes próximos com clima parecido com o da Sibéria .
Calor de Gelar


Oito mil anos se passaram desde a última grande onda de frio no Atlântico Norte. Será que os seres humanos estão jogando o seu peso do lado certo para evitar que a canoa do clima vire? Talvez, mas a maioria dos climatologistas suspeita que estejamos deixando o barco ainda mais instável. Especialmente preocupante é o aumento, induzido pelo homem, das concentrações de gases-estufa na atmosfera, que provocam o aquecimento global.


O Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática (IPCC), órgão ligado à ONU, previu em seu último relatório que as temperaturas médias globais subirão de 1,5oC a 4,5oC nos próximos cem anos. Muitos modelos de computador consistentes com essa previsão também prevêem que a convecção do Atlântico Norte perderá força. (Pode parecer irônico, mas o aquecimento gradual levaria a um resfriamento repentino de muitos graus.) As incertezas são muitas e, embora uma nova era glacial seja improvável, as mudanças poderiam ser bem maiores do que durante a Pequena Idade do Gelo, quando o Tâmisa congelou em Londres e as geleiras rolaram pelos Alpes.


Talvez mais preocupantes que os períodos de frio no norte sejam os efeitos adversos que ocorreriam ao mesmo tempo em outras partes do mundo. Registros climáticos em vastas porções da África e da Ásia que se beneficiam de uma estação chuvosa intensa indicam que essas áreas tornaram-se particularmente secas sempre que o Atlântico Norte ficou mais frio. Até o resfriamento produzido por uma redução na intensidade da circulação convectiva bastaria para disparar a seca. Já que as lavouras de bilhões de pessoas dependem da estação chuvosa, mesmo uma seca modesta pode provocar fome.


As conseqüências de uma futura perda de salinidade do Atlântico Norte podem dificultar até a vida de pessoas que vivem fora dos extremos de seca e frio. Tais projeções fizeram com que o Departamento de Defesa dos Estados Unidos encomendasse à instituição Global Business Network uma análise das ameaças à segurança nacional que seriam causadas pelo desligamento total do cinturão convectivo. Muitos cientistas, inclusive eu, acham que uma desaceleração gradual é muito mais provável que uma interrupção completa; de qualquer forma, a gravidade das conseqüências do pior cenário faz com que ele mereça consideração. Como afirma a Global Business Network: "As nações com recursos podem erguer barreiras em volta de seus territórios, preservando esses recursos para elas mesmas. Nações com menos sorte... teriam de lutar por comida, água limpa ou energia".
Enchentes e Secas


Mesmo que uma desaceleração da circulação convectiva nunca aconteça, o aquecimento global pode fazer com que os limites do equilíbrio climático sejam ultrapassados em outros lugares.


Os cinturões verdes existentes no interior de muitos países temperados enfrentam risco de secas prolongadas. A maioria dos modelos climáticos prevê mais secas no verão nessas áreas, aconteça o que acontecer com o Atlântico Norte.


As mesmas previsões sugerem que o aquecimento causado pelo efeito estufa aumentará a precipitação média, possivelmente sob a forma de tempestades mais severas e inundações.


Verões mais secos fariam com que estiagens relativamente brandas piorem e persistam por décadas. Essa transição ocorreria devido à vulnerabilidade dos cinturões verdes: eles dependem muito da chuva que as plantas da região reciclam, e não da umidade trazida de outros locais. As raízes das plantas costuman absorver água que, de outra forma, atravessaria o solo e fluiria para o mar.


Parte dessa água evapora das folhas e volta à atmosfera. Quando a região começa a enfrentar verões mais secos, no entanto, as plantas definham e morrem, devolvendo menos água ao ar. O limite é cruzado quando a população de plantas encolhe a ponto de a chuva reciclada se tornar insuficiente para sustentá-la. Mais plantas morrem e a chuva diminui mais ainda - num círculo vicioso semelhante ao que transformou o Saara em deserto. A região não tem dado sinais de recuperação desde aquela época.


Os cientistas temem não ter identificado totalmente os limites de equilíbrio que levariam a mudanças nos climas regionais. Isso é preocupante, porque é bem provável que estejamos causando perturbações das quais nos arrependeremos. Dançar numa canoa não costuma ser recomendável, mas é o que estamos fazendo. Substituímos florestas por plantações, o que afeta a quantidade de luz solar refletida pela terra; retiramos água do subsolo, o que muda a quantidade de líquido que os rios transportam para o oceano; e alteramos a quantidade de gases-traço e matéria particulada na atmosfera, o que modifica as características das nuvens e da chuva.


Encarando o Futuro


As consequëncias negativas de uma grande virada do clima podem ser mitigadas se ela acontecer aos poucos, ou se for esperada. Antecipando a seca, um agricultor consegue cavar um poço, aprender a plantar culturas menos dependentes de água ou simplesmente se mudar para outra região. Mas alterações inesperadas podem ser devastadoras. Um único ano de seca que surja de surpresa arruinaria só os agricultores mais pobres ou despreparados, mas o prejuízo cresce à medida que a estiagem se alonga. Infelizmente, os cientistas têm pouca capacidade de prever quando e como uma mudança climática abrupta acontecerá.


Apesar das conseqüências potencialmente gigantescas de uma alteração repentina no clima, a maioria esmagadora da pesquisa e das políticas públicas na área tem se dedicado a mudanças graduais - como a necessidade de reduzir as emissões de carbono para desacelerar o aquecimento global. Embora reduções como essa provavelmente ajudem a limitar a instabilidade climática, também deveríamos pensar em como evitar mudanças bruscas. No limite, poderíamos decidir ignorar de vez o risco e esperar que nada aconteça.


O despreparo afundou o Titanic, mas vários outros navios despreparados cruzaram o Atlântico Norte incólumes. Ou poderíamos, por outro lado, mudar nosso comportamento a fim de tornar menos provável uma alteração catastrófica. Novas investigações devem revelar outras ações úteis.


Uma terceira estratégia seria fazer com que as sociedades se organizassem para lidar com mudanças climáticas bruscas antes que a próxima surpresa nos apanhe, como sugeriu o Conselho Nacional de Pesquisas dos EUA, ao observar que algumas sociedades se adaptaram à mudança climática, enquanto outras tombaram. Os colonos vikings da Groenlândia abandonaram seus assentamentos quando o início da Pequena Idade do Gelo tornou a vida insustentável, enquanto seus vizinhos, os esquimós de Thule, sobreviveram sem maiores problemas. Entender o que separa a adaptação do fracasso seria útil.


Planos para amenizar os problemas caso uma crise se instale podem ser feitos a custo baixo ou nulo. Comunidades podem plantar árvores agora a fim de ajudar a manter o solo durante a próxima estação seca e ventosa, por exemplo, e fazer acordos neste momento sobre quem terá acesso a quais recursos hídricos quando esse bem se tornar mais escasso.
Por ora, parece que as pessoas estão sacudindo o barco, empurrando certos aspectos do clima para mais perto dos limites capazes de detonar mudanças repentinas.


Eventos do gênero não causariam uma nova era glacial, nem fariam algo que rivalizasse com a mente fértil dos roteiristas de cinema. Mas poderiam trazer desafios incríveis para a vida na Terra. Vale a pena considerar de que forma as sociedades aumentariam sua resistência às conseqüências disso - ou, antes de mais nada, como evitar que a canoa vire.


http://www2.uol.com.br/sciam/reportagens/mudanca_climatica_brusca.html





Offline Lorentz

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Re:Clima e desenvolvimento de um país ou região
« Resposta #14 Online: 27 de Outubro de 2016, 10:29:58 »
tl;dr

Esses textos sem síntese nenhuma eu pulo.

JJ, recomendo você negritar os trechos que considera importantes ou conclusivos.

Esse texto parece ter saído de uma aula de português. A professora pede que o texto tenha um parágrafo inicial que introduz o tema, mas no fundo isso é desnecessário e só serve pra embromar um texto que já é grande:

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No filme-catástrofe hollywoodiano O dia depois de amanhã, uma tragédia climática de proporções gigantescas pega o mundo de surpresa.Milhões de americanos fogem para o ensolarado México enquanto lobos perseguem as poucas pessoas que se amontoam numa Nova York totalmente congelada. Tornados assolam a Califórnia. Pedras gigantes de granizo despencam sobre Tóquio.


Mudanças climáticas avassaladoras e abruptas do gênero podem mesmo acontecer em um futuro próximo ou trata-se apenas de exagero dos estúdios Fox? A resposta a ambas as questões aparentemente é sim. A maioria dos especialistas em clima acredita que não precisamos temer uma era glacial completa nas próximas décadas. Mas mudanças climáticas repentinas já ocorreram antes e poderiam ocorrer de novo. Na verdade, elas provavelmente sejam inevitáveis.

Os dois primeiros parágrafos não dizem nada de importante.
"Amy, technology isn't intrinsically good or bad. It's all in how you use it, like the death ray." - Professor Hubert J. Farnsworth

Offline JJ

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Re:Clima e desenvolvimento de um país ou região
« Resposta #15 Online: 27 de Outubro de 2016, 11:36:39 »
tl;dr

Esses textos sem síntese nenhuma eu pulo.

JJ, recomendo você negritar os trechos que considera importantes ou conclusivos.

Esse texto parece ter saído de uma aula de português. A professora pede que o texto tenha um parágrafo inicial que introduz o tema, mas no fundo isso é desnecessário e só serve pra embromar um texto que já é grande:

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No filme-catástrofe hollywoodiano O dia depois de amanhã, uma tragédia climática de proporções gigantescas pega o mundo de surpresa.Milhões de americanos fogem para o ensolarado México enquanto lobos perseguem as poucas pessoas que se amontoam numa Nova York totalmente congelada. Tornados assolam a Califórnia. Pedras gigantes de granizo despencam sobre Tóquio.


Mudanças climáticas avassaladoras e abruptas do gênero podem mesmo acontecer em um futuro próximo ou trata-se apenas de exagero dos estúdios Fox? A resposta a ambas as questões aparentemente é sim. A maioria dos especialistas em clima acredita que não precisamos temer uma era glacial completa nas próximas décadas. Mas mudanças climáticas repentinas já ocorreram antes e poderiam ocorrer de novo. Na verdade, elas provavelmente sejam inevitáveis.

Os dois primeiros parágrafos não dizem nada de importante.


Realmente para  textos grandes  uma síntese, ou como você  sugeriu negritar os trechos que considera importantes ou conclusivos, é algo facilitador para captura de atenção de possíveis leitores.


« Última modificação: 27 de Outubro de 2016, 11:38:47 por JJ »

Offline Buckaroo Banzai

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Re:Clima e desenvolvimento de um país ou região
« Resposta #16 Online: 27 de Outubro de 2016, 14:29:44 »
Escrever uma síntese e citar apenas um ou outro trecho mais essencial tem a vantagem de evitar problemas com direitos autorais, quando for o caso de não haver permissão de reproduzir o conteúdo, o que deve ser o caso na maior parte do tempo. Mas mesmo quando há, acho preferível num fórum de discussão, um comportamento menos "mirroring bot".

Offline Sdelareza

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Re:Clima e desenvolvimento de um país ou região
« Resposta #17 Online: 06 de Novembro de 2016, 17:26:02 »
Li antes uma teoria explicando o motivo porque  os países com clima temperado seriam mais avançados.

O solo nas regiões de clima temperado é rico em nutrientes (fósforo, potássio, cálcio e magnésio).

Solos com nutrientes são mais produtivos e permitem uma agricultura prolongada.
Isso permitiu o crescimento sustentável  de cidades e consequentemente o processo de industrialização.

Os solos nas regiões de clima tropical são pobres em nutrientes e permitem apenas cultivos por alguns anos (a não
ser que se usam depois fertilizantes).

Uma razão que explicaria o declínio dos Maias (que construiram grandes cidades) foi justamente o esgotamento dos
solos usados na agricultura.
« Última modificação: 06 de Novembro de 2016, 17:34:05 por Sdelareza »

Offline Lorentz

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Re:Clima e desenvolvimento de um país ou região
« Resposta #18 Online: 06 de Novembro de 2016, 18:16:41 »
Li antes uma teoria explicando o motivo porque  os países com clima temperado seriam mais avançados.

O solo nas regiões de clima temperado é rico em nutrientes (fósforo, potássio, cálcio e magnésio).

Solos com nutrientes são mais produtivos e permitem uma agricultura prolongada.
Isso permitiu o crescimento sustentável  de cidades e consequentemente o processo de industrialização.

Os solos nas regiões de clima tropical são pobres em nutrientes e permitem apenas cultivos por alguns anos (a não
ser que se usam depois fertilizantes).

Uma razão que explicaria o declínio dos Maias (que construiram grandes cidades) foi justamente o esgotamento dos
solos usados na agricultura.

Isso é meio furado. O Egito era tropical/semi-árido e uma das mais prósperas civilizações.

Os nativos americanos dos EUA (que tem um clima próximo do europeu) ainda eram caçadores/coletores.

As civilizações pré-colombianas estavam avançando rapidamente, e se não fosse a conquista espanhola, provavelmente em poucos séculos eles seriam ainda maiores.
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Offline Sdelareza

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Re:Clima e desenvolvimento de um país ou região
« Resposta #19 Online: 06 de Novembro de 2016, 19:25:10 »
Isso é meio furado. O Egito era tropical/semi-árido e uma das mais prósperas civilizações.

Concordo, é verdade e pensei nisso ao postar. A região do Nilo é muito fértil e é curioso que depois dos faraós
nunca mais houve uma civilização de grande porte no Egito.

Os nativos americanos dos EUA (que tem um clima próximo do europeu) ainda eram caçadores/coletores.

A agricultura não nasce necessariamente primeiro numa região de clima temperado, mas se adaptaria melhor lá.
Ela não surgiu por vocação de algumas pessoas, mas por necessidade. As pessoas inicialmente colhiam frutos, mas
com a escassez dos recursos (algo mais comum de acontecer em lugares desérticos como o Saara ou Oriente Médio), se viram
obrigados a cultivar o solo.

As civilizações pré-colombianas estavam avançando rapidamente, e se não fosse a conquista espanhola, provavelmente em poucos séculos eles seriam ainda maiores.

Os Maias tiveram um período de apogeu entre o séculos 6 a 9, se não me engano, e depois entraram em declínio, bem antes
da chegada dos espanhóis. O esgotamento dos solos cultivados poderia explicar esse declínio, assim que o de outras civilizações
pré-colombianas (os olmecas no México, aquela civilização que construi Tiwanaku na Bolivia, etc.., tudo isso antes da invasão espanhola).

O mesmo poderia ter ocorrido aos incas e aos astecas, embora é verdade que isso é bastante discutível.
« Última modificação: 06 de Novembro de 2016, 19:55:41 por Sdelareza »

Offline Buckaroo Banzai

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Re:Clima e desenvolvimento de um país ou região
« Resposta #20 Online: 22 de Junho de 2017, 10:29:17 »
A perspectiva de determinismo climático da economia é mais aceita hoje entre esquerdistas ou direitistas?

Ao menos até antes de Jared Diamond, me parecia ser praticamente exclusivamente associada à direita. Inclusive condenada por esquerdistas como "racista". O famado a defendeu em um tópico aqui.

Eu acho curioso que, sendo meio largamente aceita por direitistas, como me parecia ser, estes ainda sejam largamente os maiores negadores de aquecimento global antropogênico.

Imagino que talvez se fosse mais popularizado o argumento de análise de risco, isso talvez pudesse servir como princípio de aceitação da coisa, qualquer que fosse eventualmente a solução política que preferissem. Provavelmente em boa parte do tempo geoengenharia, mas talvez pudesse ser feito um caso econômico mesmo para prevenção com emissões reduzidas e etc.

<a href="https://www.youtube.com/v/zORv8wwiadQ" target="_blank" class="new_win">https://www.youtube.com/v/zORv8wwiadQ</a>

Se bem que o título click-bait alarmista só atrapalha, nesse caso.


Mas para alguns (não poucos), talvez a coisa só fosse ser aceitável se os comunistas/esquerdistas fossem os principais negacionistas. Mas nesses casos os vêem como exceções com algum acerto.

 

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