Caro - Pellicer Se eu tivesse talento literário, eu gostaria de escrever um conto onde "o Pai" é processado por abandonar seus filhos em um quarto de brinquedos onde ele deixou uma arma carregada (ele tinha dito às crianças que com todos os brinquedos elas poderiam brincar, mas se pegassem a arma que estava sobre a mesinha, seriam castigadas); as crianças imaginam que seu cachorro é um dragão e lhes pede para brincar com a arma, o menino dá um tiro para o alto, o pai escuta e então as expulsa de casa. No final do conto o pai não apenas é absolvido, como o veredicto do juiz diz que ele é o pai mais amoroso e mais exemplar do mundo.
Tem um detalhe. Deus não expulsou Adão e Eva por pura desobediência. Expulsou antes que eles comessem da árvore da vida, porque como já tinham comido da árvore da inteligência, poderiam virar deuses. Então foi puro medinho de concorrência. Deus nesse caso foi mais cagão do que escroto.
Eu sou de opinião - que foram as duas coisas - prepotência e concorrência.
Por esse motivo, é que eu considero, que o deus "amoroso, misericordioso, omnisciente, omnipresente e omnipotente", está em absoluta contradição com o deus castigador e julgador; que exterminou 99,9% da Humanidade, com um dilúvio aquático.
E que existindo um só idioma universal, achou por bem, complicar a comunicação entre os seres humanos, com a mais incrível perda de memória linguística.
E que posteriormente - para nos salvar da sua irrascibilidade e mágoa - necessitou de sacrificar o seu inocentíssimo e sagrado filho Jesus Cristo...